Dominic Lexington
Com uma ereção sincera e dolorosa, e um autocontrole que me deixou orgulhoso, me virei, sentando na posição de um rei em seu trono, e encarei a estrada. A respiração ofegante tão perto não me ajudava em nada. Eu sentia que ela estava tremendo ao meu lado. Ainda envergonhada. Sabia de todos os efeitos que eu causei nela, e sabia que seria fácil tirar aquele vestido e fazer o que eu quisesse por uma noite inteira. Eu ainda achava que deveria tê-la beijado, mas, meu controle teria ido para os infernos, e eu sabia que transaria com ela dentro desse carro mesmo. Não me importava que outras pessoas estivessem nos ouvindo. E sinceramente, não seria a primeira vez que faria esse tipo de exibição. Mas então, por alguma razão, eu me contive.
Esperei pacientemente até que chegamos a minha mansão, e gentilmente desci do carro, mas, ela ainda continuou ali, tão estática e trêmula que não parecia a mesma do palco.
— Desça! – Estendi a mão para ela, assim que abri a porta do carro.
Aquela mulher linda ainda continuou parada por algum tempo, e então, ela olhou para o lado. Sentir o calor das mãos dela me deixou instantaneamente duro novamente. Eu estava antecipando o momento em que ficaríamos a sós desde que coloquei os meus olhos nela de novo, e pensar que duas dúzias de filhos da puta pensavam o mesmo, me deixou irritado. Eu odiava pensar que havia uma competição para algo que pertencia somente a mim!
Ela girou o corpo, colocando os pés pequenos no chão. Eu estava apenas olhando naquele rosto angelical, mantendo uma força sobre-humana para não olhar a fenda do vestido que a deixava mais exposta agora.
— É a sua mansão?
— Uma delas!
Ela abriu completamente a boca. – Uma... – Repetiu. – Quantas você tem?
Não tinha muita importância. Só havia um lugar que eu gostaria que ela conhecesse, e era dentro da casa. Praticamente a arrastei, enquanto meus seguranças tentavam ser discretos ao olhar para a mulher linda entrando na minha casa. Subi as escadas, enquanto sentia o peso de leva-la comigo até o primeiro andar.
Parei diante de uma porta e a abri. Não que tudo estivesse preparado para ela. Não estava, mas tinha um lugar perfeito. – Esse vai ser o seu quarto! – Anunciei.
Ela virou o rosto de vez. – Meu? – Eu podia notar como ela engolia em seco. Estava nervosa? Infeliz? – Quer dizer? Só meu?
Deslizei a mão para dentro dos bolsos. – Realmente dormir com alguém está fora dos meus planos.
Ela soltou a minha mão, deu alguns passos para dentro do cômodo. Os olhos curiosos encaravam tudo. – De quem era o quarto? – Os braços cruzados e uma sobrancelha erguida indicavam que ela parecia brava. Só pode ser brincadeira...
— De uma pessoa que jurei nunca mais deixar pisar nessa casa!
Ela piscou algumas vezes, como se acordasse para a realidade. – Quem? – A cabeça tombou para o lado, arrastando uma quantidade sedutora de cabelo para a frente do ombro.
Eu andei até ela, tirando as mãos dos bolsos. Estava tão perto que ela quase podia sentir o que havia guardado dentro das calças. Minhas mãos tocaram as laterais macias do rosto, e as bochechas dela se tornaram rosadas. Aquela merda me levou a pensar em como ficaria depois de uma palmada. – Você faz perguntas demais.
Ela me encarou. O olhar inocente também era desafiador, e eu gostava disso. Foi uma grata surpresa perceber que o desafio dela me instigava. E foi quando eu entendi que seria um jogo prazeroso.
— Só estou tentando conhecer você. – A voz tão baixa que eu mal podia escuta-la.
— Porque não vai tomar um banho. Eu te espero aqui!
Ela arregalou os olhos. – Esperar? – Ela sorriu, mostrando os dentes pequenos e brancos de coelho. – Quer dizer, você não tem o seu próprio quarto?
Ergui uma sobrancelha, e ela entendeu bem que estava fazendo perguntas demais. – Não torne difícil. Eu estou tentando ser paciente.
Ela balançou a cabeça. As mãos dela ainda estavam tremendo quando me encarou com raiva, e removeu o meu toque do rosto macio. Aquilo também me fez rir. Eu tinha que admitir que ela tinha uma personalidade difícil e cativante.
– Você não está cansado ou algo assim?
Deslizei o meu olhar de cima para baixo, e fiz o mesmo percurso novamente. – Nenhum pouco. – Andei até a poltrona branca no canto do quarto e me sentei. – O banheiro fica ali! – Remexi no terno e peguei um charuto que havia guardado. Sabia que ia precisar disso hoje. O acendi e liberei a fumaça no ambiente. Ela continuava ali, parada. O que só aumentou a minha vontade de agarra-la naquele momento. – Ou, se preferir, você pode vir aqui agora...
Me levantei e comecei a dar passos lentos na direção dela. A forma como eu estava olhando para ela... Sabíamos o que eu estava prestes a fazer, e eu notei como o corpo dela se tornou tão rígido.
– NÃO! Eu... Eu... Eu vou. – Ela andava praticamente na ponta dos saltos, dando passos para trás, até que se bateu contra a porta.
Os olhos dela estavam enormes e lindos, com aquela cor de âmbar brilhante. O corpo trêmulo dela liberava um cheiro de flor que me deixou ainda mais louco. Inclinei meu corpo, curvando a cabeça sobre o ombro dela. Eu absorvi o cheiro até o pescoço, e parei com a boca tão perto que podia sentir os pelos eriçados na nuca.
Ela me olhava pelo canto dos olhos. O peito subindo e descendo chegava a encostar em mim. Desviei até que estivéssemos com os lábios tão perto que chegavam a se encostar. Então, segurei na maçaneta e abri a porta, fazendo com que ela desequilibrasse alguns passos para trás. – Fique à vontade... E não demore demais. – Sorri, mas o rosto dela fervia de raiva mais uma vez. Ela queria um beijo? Eu a faria implorar por um.
Me virei de costas e andei até a poltrona novamente. A porta ainda estava aberta quando ela me olhou mais uma vez. – Cretino! – E bateu a porta na minha cara.
Baby, Baby, você é muito instigante...
Olá meus queridos, é maravilhoso estar de volta. Este livro terá um enredo engraçado, mas com nosso habitual drama. Vocês poderão rir muito, chorar e se emocionar com esses dois. Prometo que o Dominic é um amor, apesar dos mistérios. ENFIM, Por favor, curtam e comentem no livro se puderem, para me ajudar. obrigada anjos!
Baby Ortiz Eu nem tirei a roupa, embora estivesse louca para me livrar desse vestido. As minhas vestimentas tradicionais não passavam de um punhado de trapos escuros e comportados. Chamar a atenção de homens era a última das minhas intenções.Meu estado de alerta aflorou quando ouvi passos na direção do banheiro. Tranquei a porta. Nem pensar que eu vou fazer algo com ele aqui! Ele não vai me ver nua! Não pode! Meu coração estava acelerado, e eu mesma podia ouvi-lo vividamente.Olhei para o chuveiro, ainda sem tirar as roupas, e o liguei. A água quente estava caindo aos montes, e por mais que aquilo fosse sedutor, estava mais preocupada em subir no vaso sanitário e alcançar a janela. Era alto, e metade do meu corpo conseguiu alcançá-lo. Deveria agradecer a cretina por ter me feito exercitar os braços por tanto tempo. Meu rosto já estava do lado de fora, quando olhei para baixo. Alto... Muito alto. – Merda! – E então, um segurança olhou para cima. Eu precisava mesmo aprender a ficar qu
Dominic Lexington O canto da minha boca se ergueu levemente, enquanto ela me olhava com aqueles incríveis olhos claros. Andando passos para trás, ela tentava desviar de mim. Nunca tive mulheres fugindo de situações como essa antes. Para ser bem sincero, nunca precisei conquistar alguém. Não fui o tipo de homem que teve uma vida difícil ou pobre. Na realidade, meus pais foram milionários. Me tornar bilionário e ultrapassar a fortuna dele foi uma questão de honra, e bom, mulheres são atraídas por dinheiro.— E... Eu acho melhor vesti-la! – Ela disse, apontando para a lingerie que eu joguei no chão. Ok, Baby, vamos fingir que você não quer ganhar tempo...— Claro, Baby... – Ela estreitou os olhos, e eu senti vontade de rir. A maneira irônica com a qual eu sempre falava o nome dela estava mais do que óbvia. Nossas cartas estavam na mesa. Claramente, um jogo de gato e rato. Bom, eu não seria a caça, mas ela seria a comida, com certeza. A segurei pelo pulso e a puxei até que estivesse nos
Baby Ortiz. As minhas mãos tremiam tanto que pensei que fossem sair pulando do meu corpo. Eu deslizei as alças finas daquela camisola de seda nem um pouco discreta, e esperei pelo pior. Eu sei que deveria estar envergonhada, mas estava mais com medo. Meu olhar estava fixado nele em cada passo. Era como se aquele homem me desafiasse a cada segundo em que me olhava. Bom, eu não estava disposta a perder. Minha mãe havia sido uma cretina a vida inteira, mas soube me ensinar uma grande lição: Nunca desvie os olhos de um predador, ou ele te atacará em segundos. Era isso que eu estava fazendo, e acho que não estava funcionando como eu esperava que fosse.Minha respiração ofegante esperou pela reação que não podia mais ser contida. Ele pularia em mim? Me prenderia na cama? Ele seria violento como todos os outros? Mas a camisola caiu até os meus quadris, e para a sorte de uma pessoa tão desastrada como eu, minha bunda segurou aquele mínimo pedaço de pano que cobria a intimidade. Seria o cumul
Baby Ortiz Eu me sentei na cama, confusa, incapaz de entender o que estava acontecendo. Não havia mais ninguém ali, então, continuei com a roupa mal vestida. Por que ele me achava tão feia? A insegurança estava me matando.Me assustei quando a maçaneta da porta começou a se mover. O lençol da cama foi a única coisa rápida que encontrei para cobrir a minha nudez. Uma pontada de alegria percorreu o meu corpo quando uma mulher jovem entrou no meu quarto.— Oh, que alívio. Pensei que fosse o Dominic.Ela sorriu. – O senhor Lexington está trabalhando no escritório. Pediu para não ser interrompido. Mas disse que deveríamos cuidar de você. Ele se preocupa, sabe? Com as garotas dele...Olhei na direção da bandeja. Estava com a barriga roncando a algum tempo, mas não diria nada para aquele cretino, ou ele seria capaz de usar isso para me chantagear de alguma maneira.— Comida? – Disse. O entusiasmo estava me matando.— Não senhora. É bolsa térmica. Sabe? O senhor Lexington disse que estava co
Dominic Lexington Quase quarenta minutos depois, aborrecido e com dor de cabeça, joguei a minha caneta por cima dos papéis espalhados sobre a mesa. Espalmei a mão e me levantei. Estava irritado. Com passos largos, andei em direção a sala de jantar. Descendo as escadas, notei que estava tudo vazio como sempre. Isso me fazia lembrar de como a Ketty nunca estava aqui também.Mesa posta. Olhei para os lados. Faltava algo. – Onde está a Baby?A minha funcionária me encarou. As mãos posicionadas em frente ao corpo, e uma seriedade que eu exigia delas o tempo inteiro. Coisas aconteciam nessa casa, e falar de mais não era uma opção. – Senhor, ela ainda não desceu para o jantar.Levantei a sobrancelha esquerda. Meu dedo massageando a minha têmpora. Eu estava cansado, e mais irritado agora. – Você avisou que ela deveria descer? – Um tom de voz que não queria dizer absolutamente nada, mas ela sabia que isso podia mudar a qualquer momento.— Sim senhor! – Um segundo, e ela parecia apertar os ol
Dominic LexingtonUma gargalhada sincera deixou o fundo da minha garganta. Eu sabia que ela estava envergonhada, e começando a ficar com a pele vermelha, mas eu não conseguia me controlar.— Você pensou que... – Interrompi, entre uma gargalhada e outra. – Por Deus, Baby. Isso não pode estar acontecendo.Ela estava brava. – Não ria de mim, senhor grande cretino! – Exigiu.Eu fui incapaz de cumprir essa demanda dela. – Não tem como você ser tão ingênua, “Baby”. – Minha pele havia se tornado um pouco vermelha também. E mesmo com a dor de cabeça me matando, não havia formas de conseguir parar de rir dela.As bochechas e o colo estavam rosados, e eu não conseguia tirar os meus olhos disso. Porra, baby...Dois minutos depois, limpei uma lágrima solitária no canto do meu olho e substituí o meu sorriso por um semblante gélido e sem sentimentos.— Baby.— Sim? – Ela perguntou, mostrando os dentes, como se estivesse com medo de algo.— Deite na cama!— Por que? – As mãos dela começaram a tremer
Baby Ortiz.Ele ainda segurava a minha mão quando descemos pela escada daquela casa estupidamente grande. Eu estava rezando mentalmente para ele não sentir os pequenos choques enviados de mim para ele, mas algo me dizia que as minhas preces não foram atendidas. Por que outro motivo ele me olharia como se fosse me devorar a cada cinco minutos?Chegamos à sala, e a mesa já havia sido posta. Eu olhei algumas opções. Sinceramente, não me lembro de alguma vez que tenha comido tanto, o que, é claro, me fez pensar em alguém me esperando em um pequeno apartamento no subúrbio em Newark.— Pensando em alguém, Baby? – Aquele homem me encarou como se pudesse adivinhar os meus pensamentos.Isso me deixava cada vez mais intimidada. A última coisa de que precisava, era que ele soubesse o risco que corria ao me colocar dentro dessa casa. Eu nem deveria estar aqui, para falar a verdade, e agora, tinha que achar uma maneira de sair sem que ele me odeie.— Você comprou somente o meu corpo. Meus pensame
Dominic LexingtonMeu corpo quase cobriu aquela mulher pequena, sentada na cadeira que já estava vazia a um bom tempo. Eu senti o corpo dela estremecer quando toquei seus ombros. De alguma maneira, minha pelve batia na altura da parte de trás da cabeça da Baby. Parecia tão tentador quanto parecia, e provavelmente em outras circunstâncias, um talher seria a última coisa que eu estaria segurando. Mesmo assim, me inclinei sobre ela, e merda, eu precisava me dobrar bastante e de um jeito desconfortável para ensiná-la.— Comece com esse sempre que for salada... Indiquei, tocando as mãos aveludadas que seguravam o garfo agora.Ela tinha um olhar bastante curioso, como um filhote aprendendo sobre o mundo. Eu adorava isso, e justamente esse fato tornava tudo frustrante. Eu não precisava me envolver com mais ninguém, depois do que aconteceu com a minha ex noiva.Ela sorriu pela primeira vez, como se entendesse cada uma das minhas explicações. E por um segundo, o rosto girou até que alcançasse