capítulo 1

Harris Davison

Assim que chego em Grandes Lagos, sou recebido com um sol cálido típico da cidade. Daqui do aterro, é possível ver a beleza da cidade se estendendo à minha frente.

Os arranha-céus refletem a luz, criando um espetáculo de vidro e aço. O lago, à distância, cintila como diamantes sob o sol. Vejo o Loris me esperando, A aflição está nos seus olhos, embora ele mantenha a postura ereta

"A reunião do conselho está prestes a começar". Diz Lori, me mostrando a agenda da reunião. A sua voz é firme ao mencionar a agenda da reunião do conselho, mas há um leve tremor. E eu examino-a, consciente da responsabilidade que recai sobre nós.

"E os relatórios já estão prontos?" Pergunto-lhe.

"Está tudo pronto, fiz a questão de mandar ontem mesmo". Disse Lori, entramos no elevador. O ar é impregnado de formalidade e expectativa. O edifício do conselho se ergue à nossa frente, as suas colunas altas e janelas amplas conferindo-lhe uma aura de autoridade.

Os retratos dos líderes anteriores pendurados nas paredes parecem observar cada passo nosso, como se julgassem a nossa capacidade de conduzir os negócios da cidade.

"Seu tio tem estado de mau-humor, a Cleizy voltou bêbada ontem e deu um show". Contou Lori, soltei uma gargalhada, Cleizy é única filha do meu tio, apesar dos escândalos é um amor de pessoa.

A sua presença traz um toque de humanidade ao ambiente tenso, lembrando-nos de que somos todos vulneráveis, mesmo em posições de poder. Seguimos ambos pelo corredor do imponente edifício do conselho, cujas paredes de mármore parecem sussurrar segredos de poder e intriga.

A luz filtrada pelas janelas altas cria padrões dourados no chão polido, e o ar é carregado de expectativa. Vejo Abel sorrindo e cumprimentando os outros director, os seus olhos brilham com confiança, como se ele fosse o presidente da Emperious. Ele se aproxima de mim, a voz áspera e cheia de familiaridade.

"Harris é bem-vindo, como foi o fim de semana em Cabo? Tem umas praias belíssimas". Disse Abel com a sua voz áspera deu-me uma palmada no ombro, olhei o estreitamente.

"Eu fui a trabalho, querido primo". Respondo, sentando-me à mesa. A tensão entre nós é palpável,

"Nós sabemos que o tio não lhe dá trabalho á sério depois daquele fiasco com os italianos ". Declarou Abel, a vontade que tenho é de partir para cima dele agora, mas evito calo-me. Estou em desvantagem desde aquele desastre. Desde então, o meu tio não me confia maiores projetos.

Fui excluído do clube seleto de empresários, onde muitos costumam se reunir. Chamam-no paraíso, mas para mim, agora, é um lugar proibido. O meu tio entra na sala com o seu séquito, o rosto marcado pelo cansaço. È evidente que é acção dos dramas da Cleizy. Os seus olhos encontram os meus, e sei que esta reunião será crucial para meu futuro na Emperious

"Cleiton, qual é o estado atual da Emperious?" Pergunta o meu tio. Coçando as têmporas, ele fazia isso toda a vez que estivesse ansioso. O ambiente na sala de reuniões era tenso, e as palavras ecoavam como notas dissonantes. Cleiton, o diretor de operações, apresentava o relatório do estado da Empirious.

Os projetos em andamento eram um sucesso, exceto pela área de produção alimentar, que sofrera uma grande queda devido a uma das sucursais em Limpopo, uma região naturalmente rica.

"Abel como vão às negociações com a Total?" Questiona o meu tio.

"Muito em breve iremos assinar o memorando de entendimento só estamos ainda no processo de levantamento das concessões ". Declarou Abel, o responsável pelas negociações com a Total, respondeu com confiança: muito confiante, e de facto ele tinha razão, era um grande projeto em vista. Com esse avanço, a Empirious poderá se tornar universal não haverá no mundo uma empresa capaz de competir, pois dominamos basicamente todos os mercados, faltando estabilizar a indústria petrolífera e melhorar a situação de Limpopo.

"Perfeito, nesse ritmo, poderei finalmente aposentar-me, não haverá dúvidas que é meu sucessor". Disse o meu tio convicto, aquelas palavras foram como uma punhalada no meu coração. Eu era quem ouvia esse tipo de elogios,

eu fui quem ramifiquei a emperious, se não fosse aquele impasse com a ENI, nada me leva a duvidar que Abel esteja envolvido.

"Harris, precisa resolver o problema do casino de Bongavielle é único homem solteiro de todos os meus fies". Declarou o meu tio e todos começaram a gargalhar, entendi perfeitamente o que ele queria dizer com aquilo.

Eu era o único homem solteiro entre os fiéis da empresa. O meu passado glorioso parecia esquecido. Não respondi exatamente nada, esse era o meu castigo. Assim que reunião terminou tentei seguir o meu tio, isso não podia ficar assim, praticamente eu era visto como um patife, e ninguém considera o meu passado glorioso.

"Harris o que quer?" Pergunta o meu Tio, e entramos no elevador privado, e ele estava na companhia dos seus homens.

"Eu tento fazer os possíveis e parece que nada é o suficiente, não tem-me dado um trabalho á serio, como se tudo o que eu fizera antes não fosse nada". Digo com angústia e só falta pouco para que eu começasse a chorar. E quem disse que os homens não se emocionam. Ele encarou-me e lançou uma pergunta filosófica:

"Esse é o seu problema Harris, estas tão preso ao passado que não consegues sobressair, diz-me algo, o que comeste ontem tem algum impacto no hoje??"

"Não, mas um homem sem legado é um homem que sequer existiu". Digo sabiamente.

"Verdade, indo por essa ordem de ideais, o último projeto que o dei, não te deu um legado, mas sim apagou-te. Faça alguma coisa Harris, cresça, seja um homem que inspira confiança. Homens de família no mundo dos negócios são os que inspiram confiança". Declarou o meu tio, e quando chegou ao andar do seu destino, foi-se sem olhar para trás, ele deixou-me, não tenho forças para acompanhar os seus passos. Loris estava à minha espera, silencioso. Decidi seguir para casa, precisava preparar-me para a viagem de amanhã cedo.

A estrada se estendia à nossa frente, e as nossas emoções pairavam no ar. "Chefe precisamos de um bom plano, essa situação não é boa. Devia considerar casar nem que seja um casamento arranjado, porque se não o trono fica nas mãos de Abel." Disse Lori enquanto dirigia. A ideia de casar-me irritava, não adiantava zangar, Lori estava certo.

"Não consigo visualizar uma mulher que aceitaria casar se o mais rápido. Lara é uma mulher de princípios e bem elevados ainda não a consegui convencer a termos uma relação ". Eu disse com os olhos atentos na janela.

"Chefe fazemos assim, eu preparo uma lista de pretendentes potências, durante esse tempo que estaria fora, e quando voltar organizo a sua agenda, eu garanto-lhe que em breve estará casado. E o seu tio vai parar de dar esses trabalhos ". Disse Lori, e eu concordei no momento essa era a solução.

Lori estaciona em frente ao meu apartamento, eu vivo numa Penthouse, não era tão exuberante como a do Lúcifer Morningstar, era perfeito para mim do meu jeito simples como eu gosto e com requinte. Vejo que há algo em falta e não consigo perceber o que é, só depois de ver no meu celular a mensagem de voz de Serena, a minha ex-parceira a me xingar com todo o tipo de insultos, finalmente ela decidiu remover os seus pertences. Fico tão aliviado, porque eu não queria por nada ter que a encarar de novo. Eu sempre fui sincero sobre as minhas intenções e ela achou que poderia algum dia me fazer mudar de ideias. As mulheres são assim mesmo aceitam tudo no início com a expectativa de um dia nos cobrar por coisas que não faziam parte do acordo.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo