Abel Davison
As palavras escaparam dos meus lábios com um fervor incontrolável: “Malditos franceses.” A raiva queimava dentro de mim, uma chama que ameaçava consumir tudo à minha volta. Amândio, sempre otimista, contorcia-se desconfortavelmente, como se sentisse o calor da minha indignação. "Chefe, deve haver algum motivo pelo qual eles adiaram. A Gasóleo é uma companhia de boa reputação; aliar-se a gigantes como nós é uma valia", disse Amândio, tentando acalmar os ânimos. Eu não tolerava incertezas. Era tudo ou nada. "Investigue o que há por trás dessa demora. Tenho prazos a cumprir, e a cadeira da presidência não espera. Não podemos brincar com a sorte", ordenei, a impaciência fervendo em mim. O controle era meu domínio, e quando ele escapava, eu me sentia à beira do abismo. Amândio mexeu freneticamente no celular, pronto para se retirar. Mas eu o detive. "Espere, alguma notícia de Bongavielle?" "Sim, o Sr. Harris resolveu o assunto com sucesso", ele respondeu. Frustrado, atirei uma bola de baseball ao chão." Por que não me dissera antes?" "Porque o senhor estava preocupado com a Gasóleo, que é mais prioritário do que aquele pequeno trabalho do Sr. Harris", justificou, visivelmente amedrontado. " Amândio, nada é pequeno, escuta, África fora colonizada por homens muito bem estudados com posse de armas e poder. Os colonos nunca pensaram que perderiam suas colônias, porque os escravos não estavam no nível que eles estavam. começaram com pequenas rebeliões e depois foi crescendo cada vez mais, até ganharem as suas independências. Por isso não subestime qualquer que seja a coisa. Agora saia". "Sim chefe". declarou e removou a sua significância da minha frente. Ele se retirou, e eu fiquei ali, à beira do abismo, lutando contra as correntes que ameaçavam me arrastar para o desconhecido. Sento-me novamente a minha cadeira, e vejo que .Meu celular vibra sobre a secretária de mogno, e o visor ilumina o nome " Mel" de Amélia. Atendo a ligação, e sua voz soa impaciente do outro lado da linha: "Amor onde estas? faltam 10 minutos para a consulta ficamos de saber juntos o resultado". Ela resmunga, e vem me a mente que tínhamos combinado ir à clínica juntos, enfrentar o veredicto lado a lado.As palavras dela ressoam em meus ouvidos, e a ansiedade se mistura com a culpa. Tínhamos combinado ir à clínica juntos, enfrentar o veredicto lado a lado. "Eu já estou na via, há um trânsito caótico, chego ai em 5minutos". justifico, enquanto retiro o meu casaco do pendurador e tento vestir. "Mentira, já tinhas te esquecido, não me dê desculpas apenas apareça". diz ela e desliga, e não me dá a oportunidade de me explicar. O celular escorrega de volta para a secretária, e eu me levanto, pegando as chaves no bolso. Passo pela porta entreaberta de madeira, com sua maçaneta de latão, e sigo pelo corredor estreito, com quadros desbotados pendurados nas paredes. O ambiente tem um ar de nostalgia, como se cada quadro contasse uma história esquecida pelo tempo. Vejo Lara que acabara de sair da sala de reuniões. Aceno para ela e sorrio. Ela é uma mulher muito bonita e inteligente, com um corpo elegante, mas não chega aos pés da minha Amélia. Lara tem uma presença marcante, mas é a doçura e a força de Amélia que realmente me cativam. Harris, meu primo, é quem não entende nada sobre como tratar uma mulher. Até hoje, ele e Lara ainda estão na friendzone. Ele é um ótimo profissional, mas não sabe proteger o que é dele. Sempre focado no trabalho, ele deixa escapar as oportunidades de construir algo mais profundo e significativo. A vida me ensinou que, não importa o quão qualificado sejas, se não souberes proteger o que é teu, serás sempre frustrado. Essa lição ecoava em minha mente enquanto eu entrava no elevador privado do prédio. O metal frio das portas se fechou atrás de mim, isolando-me do mundo exterior. Dentro do elevador, o silêncio era quase absoluto, interrompido Foi então que ouvi a voz de Cleiton, meu primo. Ele estava correndo pelo corredor, gritando para que eu esperasse. Eu hesitei por um momento, mas a porta se abriu e eu o deixei entrar. "Eu estou com presa, o que quer que seja vai ter que esperar primo". Digo para ele, não sou chegado a ele porque ele gosta de pousar de Cristo, se dá bem com todos incluindo Harris, sempre a tentar inventar encontros de reconciliação. "É sobre aquele negócio que te falei ontem no clube ". diz ele, parece aflito com essa história, será que voltou aos velhos hábitos. "Me diz algo, voltou a jogar? pergunto e ele sorri como se eu tivesse dito uma piada. "Não voltei a jogar, não precisava mexer na ferida era só dizer que não está interessado". Diz ele revoltado, Cleiton saiu do elevador antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa. Cleiton já esteve muito mal, tanto que foi muito difícil para meu tio voltar a confiar nele. Mas ele provou que era capaz, não a mim, pois eu sempre acreditei que viciado uma vez, viciado sempre. No entanto, ele conseguiu reconquistar a confiança de meu tio, mostrando uma determinação que eu não esperava. Ele tinha seus demônios, e eu não sabia se ele realmente estava livre deles. Havia momentos em que eu via a sombra do passado em seus olhos, uma luta interna que ele tentava esconder. Mas eu não podia julgar. Cada um de nós carregava suas próprias batalhas internas, e a dele era apenas mais visível. Lembro-me de noites em que ele ficava acordado, sentado na varanda, olhando para o horizonte como se buscasse respostas nas estrelas. Era nesses momentos que eu via a verdadeira extensão de sua luta. Ele estava tentando, dia após dia, superar seus vícios e encontrar um caminho de redenção. Apesar de minhas dúvidas, eu não podia ignorar o esforço que ele fazia. Cleiton estava determinado a mudar, a provar que era mais forte do que seus demônios. E, aos poucos, comecei a ver pequenas mudanças. Ele se tornava mais presente, mais envolvido com a família, e isso me dava uma ponta de esperança. Eu sabia que o caminho para a recuperação era longo e cheio de obstáculos, mas Cleiton estava disposto a enfrentá-los. E, embora eu ainda tivesse minhas reservas, comecei a acreditar que talvez, só talvez, ele pudesse realmente vencer essa batalha. Chego no átrio, e meu motorista já me espera no carro. Ele vem rapidamente abrir a porta, e eu lhe instigo a ser veloz, pois Amélia está à minha espera na clínica. O trânsito rugia lá fora, um emaranhado de carros impacientes e buzinas estridentes. Mas ele, o meu motorista, obedeceu às minhas ordens com maestria. Desviou pelas ruas secundárias, escapando do tráfego como um habilidoso dançarino evitando obstáculos invisíveis. Cada curva que ele fazia, cada rua estreita que ele escolhia, mostrava sua habilidade e conhecimento das vias da cidade. Eu observava pela janela, vendo os prédios e as pessoas passarem rapidamente, enquanto minha mente estava focada em Amélia e no que nos aguardava na clínica. O som das buzinas e o caos do trânsito pareciam distantes dentro do carro, que se movia com uma fluidez quase mágica. Meu motorista mantinha a calma, mesmo diante dos desafios do tráfego, e sua confiança me transmitia uma sensação de segurança. Sabia que ele faria o possível para chegarmos a tempo. Enquanto avançávamos, minha mente vagava entre a preocupação e a esperança. Pensava em Amélia, em como ela estava se sentindo, e em como eu queria estar ao seu lado o mais rápido possível. Cada minuto parecia uma eternidade, mas o ritmo constante do carro me dava um pouco de conforto. Finalmente, avistamos a clínica ao longe, o edifício cor de rosa que se erguia como um farol de esperança. Meu coração acelerou com a antecipação. O motorista fez a última curva com destreza e parou suavemente em frente à entrada. Ele saiu rapidamente para abrir a porta, e eu desci do carro com um misto de alívio e urgência. Agradeci ao motorista pela sua habilidade e rapidez, e corri em direção à entrada da clínica, ansioso para encontrar Amélia e estar ao seu lado. Sabia que, independentemente do que acontecesse, estávamos juntos nessa jornada, prontos para enfrentar qualquer desafio que viesse. Chegamos à clínica com cinco minutos de sobra, e eu senti um alívio momentâneo. O edifício cor de rosa se erguia diante de mim, uma visão reconfortante em meio à agitação do dia. Era uma clínica obstétrica materna, onde a esperança e a ansiedade se entrelaçavam em cada canto. Ao entrar, fomos recebidos por um ambiente acolhedor. As paredes eram decoradas com murais de paisagens serenas e quadros de bebês sorridentes, criando uma atmosfera de tranquilidade. O cheiro suave de lavanda no ar ajudava a acalmar os nervos, enquanto o som distante de risadas infantis trazia um toque de alegria. No corredor, cruzei com outras mulheres grávidas, seus ventres arredondados testemunhando a vida que crescia dentro delas. A ansiedade começou a tomar conta de mim também, apertando meu peito como um nó apertado. Estamos casado faz 5 anos, e nesses anos enfrentamos dificuldades para gerar um herdeiro, e agora graças aos avanços tecnológicos decidimos frequentar a esse ensaio recém desenvolvido. chego a sala de espera, e vejo minha Amélia em pé impaciente a minha espera, ela vestia um fato branco, não a nada que não ficava bem naquele lindo corpo. "Vamos a médica está a espera ". diz ela, e eu dou lhe um beijo na testa para lhe amolecer, eu sei que ela esta irritada porque me esqueci da consulta mas aqui estou. Segurei a mão dela, e entramos juntos na sala da médica, Os instrumentos médicos me arrepiavam, mas o consultório era convidativo, com uma decoração impecável. A esperança e o medo se misturavam ali, enquanto aguardávamos notícias que poderiam mudar nossas vidas para sempre. A doutora segurava o envelope com mãos cuidadosas, como se contivesse um segredo precioso. Eu ainda segurava a mão de Amélia, nossos dedos entrelaçados, uma âncora contra a ansiedade que nos envolvia. "Os resultados já saíram", disse ela, sua voz calma, mas seus olhos revelando a gravidade do momento. "Vou abri-los."Eu odiava suspense. Queria arrancar o envelope das mãos dela e ler os resultados por mim mesmo. Mas me contive, esperando que a doutora fizesse o que precisava fazer. Finalmente, ela retirou o papel do envelope e encarou-nos. "Este processo foi longo e exaustivo", continuou ela. "Mas a boa notícia é que vocês serão pais de gêmeos." A notícia atingiu-me como um raio de sol após uma tempestade. Ri alto, uma risada que escapou de mim sem controle. Amélia me cutucou, mas eu não conseguia parar. Dois bebês! Depois de tantos fracassos, tantas lágrimas, finalmente tínhamos sucesso. "Eu pago o que for preciso para dar atenção à minha esposa", declarei, olhando para Amélia. Nada poderia falhar agora. A doutora sorriu. "Estou convencida de que nada vai falhar." Saímos do consultório, euforia nos envolvendo. A ansiedade ainda estava lá, mas agora era temperada com esperança. Gêmeos. Nossos filhos estavam a caminho, e o futuro parecia mais brilhante do que nunca. Foram anos difíceis, nosso casamento testado por tempestades e incertezas. Amélia, com sua força e determinação, soube proteger nosso lar, mantendo-nos unidos mesmo quando tudo parecia desmoronar. A notícia dos gêmeos trouxe uma alegria que transbordava. Eu queria celebrar, compartilhar essa bênção com todos. "Temos que fazer um chá de bebê à altura", disse eu para Amélia. "Vamos convidar todos." Ela concordou, os olhos brilhando de entusiasmo. "Eu darei uma entrevista para a revista da Regina", anunciou. Sua animação era contagiante. "Meu tio ficará orgulhoso", acrescentei. "Não há dúvidas de que a presidência estará em nossas mãos." Afinal, nossa família sempre foi influente, e agora, com os gêmeos a caminho, nosso futuro parecia ainda mais promissor. Não perdi tempo. Chamei o motorista e pedi que nos levasse à casa do tio. Hoje, ele almoçaria lá, e eu acreditava que chegaríamos a tempo para dar a ele a notícia em primeira mão. As emoções se misturavam: esperança, alegria e a certeza de que, juntos, enfrentaríamos qualquer desafio que viesse pela frente.Harris Davison Eu não entendo as mulheres, zangar é uma função que Deus exagerou nelas. Eu simplesmente não compreendo essa mulher, acabei de lhe livrar das mãos daqueles asquerosos. E é assim que me agradece.Vejo Edwin a aproximar-se, pelo andar altivo deve ter boas noticias. "Boss foi mais rápido do que pudessemos imaginar, Samuel cedeu". Diz ele eufórico."Perfeito, Vamos beber, o resto da papelada tratamos amanhã ". Digo ansioso para dar a notícia ao meu tio, há muito que vinhamos tentando, Samuel sempre soube que nós dominamos aqui, mas ele estava confiante demais, achou quenão fossemos descobrir os seus podres. Finalmente conseguimos, mais uma cidade nas nossas mãos.Fomos para o nosso casino, no outro que acabamos de obter não podiamos ainda colocar as mãos porque ainda havia a papelada por tratar. O bom do poder é que um processo que devia ter um certo curso é desviado para corresponder o que esperamos até amanhã estará tudo pronto e poderei voltar o mais rápido pos
Alina Gusmane Era sempre a mesma coisa todos os dias, A monotonia me envolvia como um manto pesado, sufocando qualquer faísca de entusiasmo, até mesmo não consigo mais me distrair com a leitura de romance, agora parecia vazia, incapaz de me distrair da rotina opressiva. Até um certo ponto eu amava porque me davam esperança, acreditava que tal como as protagonistas pudesse ter uma oportunidade de um final feliz. As palavras de minha mãe ecoavam no ar: "O jantar está pronto, por favor cuida dos teus irmãos, evita por favor se meter em confusões ". Diz minha mãe, Ela repetia essas frases como um mantra , até as falas e os conteúdos são os mesmo. Todos os dias a essas horas ela tinha que ir ao hospital, é enfermeira dedicada e mal pagavam grande coisa pelo seu trabalho incansável. Esperei ela sair, mandei uma mensagem para Nicole minha melhor amiga, ela ficou de vir me levar aqui em casa. Aproveito me vestir, escovo os meus cabelos louros cumpridos herança da minha mãe. A voz d
Cintia Sharapova A escassez nunca me definiu. Desde cedo, aprendi a navegar pelas dificuldades, transformando-as em oportunidades de crescimento. Cada desafio superado me moldou, me tornou mais forte e resiliente. Quando outros viam obstáculos intransponíveis, eu via degraus para o meu desenvolvimento. Lembranças de noites de trabalho intenso, de momentos em que a determinação era a única companhia, me lembram do quão longe cheguei. Em cada tarefa que abraço, em cada projeto que assumo, coloco não só minhas mãos, mas também meu coração e minha alma. Essa dedicação inabalável faz com que o sucesso não seja apenas um objetivo, mas uma consequência natural. Por isso, em tudo que coloco minhas mãos, o sucesso é inevitável. Ele não é um acidente, mas o resultado de minha resiliência, paixão e a capacidade de transformar a adversidade em uma força motriz. A trajetória de conquistas que trilho é a prova viva de que a escassez nunca me definiu; ao contrário, ela me refinou. As pro
Narrador presente O passado muitas veste-se como um morto que decide despertar para cobrar suas dívidas. Surgindo das sombras, ele envolve-se em um manto de memórias, aquelas que pensávamos ter enterrado. Cada dívida não resolvida, cada palavra não dita, transforma-se em um fardo que o espectro carrega, pronto para nos lembrar dos erros e arrependimentos que deixamos para trás. Quando menos esperamos, esse passado desperta, trazendo consigo a carga de emoções e experiências não resolvidas. Ele nos persegue, exigindo que enfrentemos nossas ações e escolhas, muitas vezes nos confrontando quando estamos mais vulneráveis. O passado, então, não é apenas uma lembrança, mas um juiz severo, buscando justiça pelos caminhos que trilhamos e pelas promessas que quebramos. A única maneira de apaziguar esse espectro é resolvendo o que deixamos inacabado, enfrentando nossos medos e aceitando nossas falhas. Somente assim, podemos encontrar a paz. Naquele momento, Cintia sentiu como se as sombras
Narrador presente. Cintia, com um olhar firme e decidido, entrou no huber e instruiu o motorista. " Leve-me para a periferia da cidade". A voz era clara e inabalável, revelando sua determinação em escapar do controle de Lori o motorista, hesitante, alertou: "A senhora pretendi ir a Vulcano? É perigoso" A periferia da cidade era conhecida por sua violência e pobreza, um lugar longe do glamour e da segurança que Cintia havia experimentado até então. "Me leve para lá mesmo ". Sua voz era firme e inabalável, Ignorando o aviso do motorista, Cintia reafirmou sua decisão. Olhou para trás pelo retroviso, e viu que Lori a estava seguindo. "Escuta estamos sendo seguidos, despiste o carro atrás" Ordena Cintia O motorista, experiente nas ruas perigosas da cidade, colocou suas habilidades à prova, realizando manobras arriscadas para despistar Lori. A adrenalina corria nas veias de Cintia enquanto ela observava a perseguição pelo espelho retrovisor. A cada curva fechada e cada brecada
Harris Davison O sol banhava as ruas com uma luz dourada, iluminando meu caminho em direção à Emperious. Ao volante do meu carro, observava a cidade despertar, com um sorriso triunfante nos lábios. O dia estava cada vez mais interessante, e eu podia sentir a presidência da empresa se aproximando cada vez mais. Em minha mente, já me imaginava no topo da Emperious, liderando com pulso firme e determinação inabalável. A cada quilômetro percorrido, a adrenalina pulsava em minhas veias, alimentando minha ambição e impulsionando-me para frente. O plano que eu havia elaborado com tanto cuidado estava correndo perfeitamente, e a cada passo me aproximava da concretização do meu sonho. Com os olhos fixos na estrada, eu ignorava as leis do trânsito. O tempo era precioso, e eu não podia me dar ao luxo de perder um minuto sequer. A reunião na Emperious era crucial para meus planos, e eu precisava chegar o mais rápido possível. Com habilidade e ousadia, driblava os carros e ultrapassava semáf
Cintia Sharapova ( Aneth Ferão)Cheguei ao meu novo lar, retirei a maldita peruca da cabeça e o sapato de salto, fiquei na varanda a apreciar aquela vista magnífica, vontade que eu tinha era de pular e ir cair na praia, mas sei que nem a praia chegarei , gargalho da minha própria imaginação engraçada.Amanhã preciso de sair para arranjar uma avó de aluguer. Aquela garota é minha solução, ela é bem esperta me será bem útil. Espero que ela consiga o que pedi, não tenho a certeza do carácter do Harris preciso me prevenir por isso preciso de escuta e um sistema de câmeras. Volto para o quarto visto a camisola de ceda branca, acho que até agora é única coisa que gostei nesse closet, não havia nada relacionado a minha personalidade. É pois esqueci que agora sou outra mulher, a executiva Aneth Ferão, odeio tons claros, odeio o perfil criado, sem falar dessas perucas de cabelo liso, o meu afro é bem mais bonito, eu lembro quando criança as pessoas ficavam cobiçando o meu cabelo.Deito-
Narrador presente O sol de verão já brilhava forte quando a manhã despontou, revelando um céu azul sem nuvens. Era o dia do chá de bebê de Abel e Amélia, e a expectativa pairava no ar como o calor da estação. E os preparativos estavão ao rubro , a equipe da empresa contratada pelo casal cuidava de cada detalhe com esmero, transformando o ambiente em um verdadeiro paraíso tropical. A celebração tomará lugar na casa do patriarca Davison, uma vez que fizeram questão que lá fosse, assim convidariam somente amigos mais íntimos da família, mas o casal insistia que a impresa devia lá estar. A enorme mesa de madeira maciça da família Davison era palco de um café da manhã tenso naquela manhã de verão. Alonso, sentado à cabeceira, folheava o jornal com atenção, enquanto sua esposa, Cláudia, mastigava um croissant em silêncio, seus olhos distantes. A atmosfera era pesada, carregada de uma expectativa sufocante. Alonso, intrigado com a quietude da esposa, a observou por entre as páginas