capítulo 9

Narrador presente

O passado muitas veste-se como um morto que decide despertar para cobrar suas dívidas. Surgindo das sombras, ele envolve-se em um manto de memórias, aquelas que pensávamos ter enterrado. Cada dívida não resolvida, cada palavra não dita, transforma-se em um fardo que o espectro carrega, pronto para nos lembrar dos erros e arrependimentos que deixamos para trás.

Quando menos esperamos, esse passado desperta, trazendo consigo a carga de emoções e experiências não resolvidas. Ele nos persegue, exigindo que enfrentemos nossas ações e escolhas, muitas vezes nos confrontando quando estamos mais vulneráveis. O passado, então, não é apenas uma lembrança, mas um juiz severo, buscando justiça pelos caminhos que trilhamos e pelas promessas que quebramos. A única maneira de apaziguar esse espectro é resolvendo o que deixamos inacabado, enfrentando nossos medos e aceitando nossas falhas. Somente assim, podemos encontrar a paz.

Naquele momento, Cintia sentiu como se as sombras
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