Cintia Sharapova
Bongavielle, é uma cidade pequena, possui uma atmosfera peculiar, mas era fácil ganhar a vida, o dinheiro que tenho nessa única conta a minha ativa dará para sobreviver até que eu me recupere. Eles bloquearam as minhas contas principais, se apoderaram de tudo o que me pertencia, até mesmo da minha vida. houvera bons momentos, que eu julgava que era a felicidade para mim até que os meus olhos abriram e o meu coração começou a pedir por mais, e decidi abdicar do poder e cause perder a minha vida para buscar um propósito. estabelecer-me não fora nada difícil, entre as sacolas que o príncipe charme deu ontem colocara uma quantia de dinheiro usei para pagar um apartamento condigno e seguro. A noite passada fora tão difícil para mim pegar no sono, ainda estou afetada com tudo. A única coisa que parece estar a sarar é a minha ferida na perna. Decido caminhar pelas ruas na busca de pão para o meu café, e alguns vegetais para o meu almoço. Sou parada por um anúncio que me chama atenção pela quantia de dinheiro envolvida, uma vaga para ser garçonete num casino. Então arranquei o Anúncio, guardei no meu bolso das calças que o príncipe charme comprou para mim. Entro na padaria, o ambiente é mais acolhedor. O sino da porta tilinta suavemente quando entro. O cheiro de pão recém-saído do forno é reconfortante. As paredes caiadas de branco refletem a luz suave que entra pelas janelas. Conversas sussurradas entre os clientes criam uma sensação de intimidade. Às vezes, um riso ou um suspiro escapa, como se as paredes guardassem segredos. Passo do mercado, há um frenesi constante. Conversas animadas se misturam ao barulho de carrinhos sendo empurrados e caixas sendo abertas. O aroma de frutas frescas e especiarias flutua no ar, criando uma sinfonia sensorial. Os vendedores gritam ofertas, competindo pela atenção dos clientes. É um lugar de movimento, cores e vida. Levo vegetais e algumas frutas. Volto para o meu modesto apartamento em Bongavielle, e a sensação de tranquilidade envolve-me. A sala é pequena, mas aconchegante. A luz do dia entra pelas cortinas, criando padrões suaves no chão de madeira. O sofá de veludo desgastado é meu refúgio, e as almofadas coloridas trazem um toque de alegria. A janela aberta deixa entrar uma brisa fresca, e o som da rua chega até mim: risadas distantes, o tilintar de talheres num café próximo e o ocasional buzinar de um carro. Sirvo o pão quentinho e o chocolate quente, saboreando cada mordida, um bálsamo para a alma. A simplicidade desse momento acalma-me. Os detalhes do anúncio estão impressos na minha mente: os requisitos, as expectativas. Decido que é um bom lugar para começar, uma oportunidade de encontrar paz e propósito. Anseio por esta paz, uma vida serena, onde as preocupações se dissolvem. Por isso, abandonei tudo, em busca da minha paz interior. Decido arrumar-me para a entrevista, visto uma roupa discreta como gosto, mas que realça as minhas curvas. As calças pretas abraçam as minhas pernas, e a blusa castanha parece ter sido feita sob medida. Saio e percebo que o tempo mudou desde a manhã. Felizmente, trouxe um casaco, e a brisa agora é mais cortante. Com a ajuda do G****e Maps, localizo o casino, cuja fachada brilha como uma promessa de sorte. Ao entrar, sou deslumbrada pela decoração extravagante. As luzes cintilantes dançam nos tapetes luxuosos, e o som das máquinas de caça-níqueis cria uma sinfonia eletrizante. É como se o próprio ar estivesse carregado de possibilidades, e o meu coração b**e mais rápido. E fico curiosamente a saber que somos apenas duas candidatas, vejo a outra moça alta de pele caucasiana muito jovem, parece nervosa. "Então como são apenas duas vou entrevistá-las em simultâneo ". Disse um senhor vestido de um fato brilhante da cor de ouro. "Sigam-me por este corredor". Disse ele e seguimos. Nos conduz por um corredor estreito, cujas paredes parecem absorver os murmúrios da sorte e do risco. A luz suave que emana das iluminarias cria sombras dançantes no chão de mármore. Atravessamos uma porta pesada, e o ambiente se transforma. Estamos dentro do próprio coração do casino. As máquinas de caça-níqueis piscam e tocam melodias eletrónicas, como sereias sedutoras. Mesas de póquer e roleta estão dispostas num salão amplo, onde jogadores sérios e aventureiros casuais se misturam. O ar é impregnado com o aroma de cigarros e perfumes caros. Volto a ver novamente o anúncio alguma coisa deixei de lado para não haver tantos concorrentes. E lá está, ocupa todo o dia, praticamente é como se a pessoa passasse a residir no casino. "Vamos começar", diz ele, sua voz suave e autoritária. "Este cargo exige dedicação total. Quem quer que o ocupe deve estar disposto a mergulhar de cabeça neste mundo de apostas e intrigas. Vocês estão prontas?" Eu assinto, meu coração acelerando. A outra candidata também parece determinada. "Aneth o que a motiva trabalha aqui?" Ele pergunta-me fiquei um bom tempo em silêncio porque não lembrava do nome que usei para a candidatura. "Bem, é um dos melhores da cidade, e acredito que irei aprender muito". Digo e ele me olha como se estivesse me inspecionando. "Já alguma vez trabalhou num bar ou casino?" Perguntou novamente. "Sim, e eu estou preparada para qualquer tipo de desafio, sei muito bem que nem todos ps clientes gostam de um certo de atenção enquanto uns preferem grudar mais". Respondo e vejo ele a ficar animado. E depois olhou para a moça ao meu lado que tremia feito uma criança, acredito que deve ser a primeira vez e deve estar aflita para arrumar um emprego. "Muito bem, Aneth irá trabalhar na área, vip, a Zulmira vai mostrar-te como tudo funciona, e você lindinha, no balcão". Disse ele e vejo uma mulher muito sensual a aproximar. "Aneth venha comigo ". Diz ela, e sigo-lhe. Entramos por um corredor onde as lâmpadas foram programadas para acender com a presença da pessoa, entramos no elevador. "Eu não sei o que Robert viu em você para lhe mandar para a área vip, geralmente é para pessoas que sabem lidar com trabalho braçal" comenta ela olhando para mim de cima para baixo. "E eu estou acostumada a trabalho braçal". Respondo-lhe e vejo ela a amarrar o rosto. Nesse andar era tudo tão sofisticado, o papel de parede assim como a alcatifa era de veludo um vermelho que ativava os sentidos. Ela mostrou-me o bar, explicou-me que a partir das 4h da tarde ele deve estar pronto para abrir, e depois levou-me para o átrio onde os clientes vip tinham acesso ao prazer, e depois a sala de jogo. Explicou também que a regra é que o cliente é quem tem prioridade, os nossos desejos e sentimentos terminam no elevador nós apenas servimos ao nosso cliente. E depois apresentou-me o uniforme, fiquei aliviada quando mostrou-me o meu uniforme pensei que seria lingerie com a das outras moças, mas é basicamente um conjunto de calças e blusa preta, ambos em couro. "Numa primeira fase ficas no balcão, caso o cliente achar que deseja ser servido por você ai te liberamos". Ela explica-me. "Certo entendi tudo". Eu respondo. "Começa amanhã não atrase". Ela diz e confirmo. O tempo havia realmente mudado quando saí do casino. As nuvens, antes dispersas, agora se agrupavam ameaçadoramente no céu. O vento soprava com uma intensidade que fazia as folhas das árvores dançarem numa coreografia frenética. As pessoas apressadas na rua, com casacos apertados e cachecóis, buscavam abrigo contra o frio cortante. Olho para os lados para ter a certeza que não estou a ser seguida, ainda há um medo enorme dentro de mim, não sou cristã muito menos religiosa, mas esses últimos dias fui obrigada a orar para que ninguém descubra a minha nova localização. As minhas mãos tremiam enquanto eu caminhava. A adrenalina da entrevista ainda pulsava nas minhas veias, mas agora era substituída por uma sensação de vulnerabilidade. Eu não era mais a mesma pessoa que havia entrado no casino horas atrás. Agora, eu carregava a responsabilidade de um novo emprego, uma nova identidade. O meu apartamento ficava a apenas duas ruas dali. Ao chegar, a chave girou na fechadura com um som reconfortante. Aquele pequeno espaço era meu refúgio, meu esconderijo. Aqueci água para o chá, sentindo o vapor acolhedor envolver o meu rosto. O aroma das ervas me trouxe um alívio momentâneo. Sentei-me no pequeno sofá, e o cansaço se abateu sobre mim. Fechei os olhos, e o sono envolveu-me como um cobertor. "Cíntia, achou que eu não fosse-te encontrar?", disse Kovalenco com a sua voz áspera. Senti o ar gelado da noite e vi os seus olhos escuros fixos em mim. Ele aproximou-se, o seu corpo imponente quase me sufocando. As suas mãos, fortes e cruéis, envolveram o meu pescoço, apertando, cortando a minha respiração. Tentei implorar por clemência, mas ele me ignorou, como se eu fosse apenas um inseto insignificante. E então, como um raio, percebi que era um sonho. O meu pescoço não estava sendo esmagado por mãos cruéis; estava apenas torcido por causa da posição inadequada em que dormi. Levantei-me, desliguei a chaleira que fervia o chá há muito tempo, e respirei aliviada. O pesadelo havia passado, mas a sensação de opressão ainda me acompanhava. O mundo real era estranho e confuso, mas pelo menos eu estava viva.Narrador presente. Harris, com o seu café na mão, apressado como sempre, seguiu em direcção ao heliporto para apanhar o seu voo para Bongavielle. Ao chegar ao heliporto, Harris foi recebido por uma equipe de segurança que o conduziu rapidamente até o jato particular.O ambiente estava carregado de expectativa e urgência. O som dos motores do jato ecoava, misturando-se com o zumbido da sua mente ocupada. Ele subiu a bordo, ainda segurando o café, e se acomodou em uma das poltronas de couro. O interior do jato era luxuoso e moderno. O couro macio das poltronas abraçava-o enquanto se acomodava. O som abafado dos motores transformava-se em um zumbido constante, acompanhando-o enquanto trabalhava no seu laptop. As horas passaram sem que ele percebesse, imerso em relatórios e planos.Finalmente, o jato aterrou em Bongavielle.Ao descer do jato, Harris foi recebido por uma brisa quente e o brilho do sol tropical. Um carro preto o aguardava na pista, pronto para levá-lo ao seu destino. A
Cintia Sharapova Minha avó sempre dizia que, quando não há mais nada a fazer, devemos ficar em silêncio. Ela acreditava profundamente que, em certos momentos, as situações escapam ao controle humano e que o silêncio é uma forma de reconhecer essa limitação. Para ela, calar-se era um ato de sabedoria e humildade, uma maneira de dar espaço para que forças supremas pudessem agir. Ela costumava contar histórias de tempos difíceis, quando a família enfrentava desafios aparentemente insuperáveis. Nessas horas, ela nos ensinava a importância de não insistir em soluções que não estavam ao nosso alcance. "Há momentos", dizia ela, "em que precisamos aceitar que fizemos tudo o que podíamos e que agora é hora de confiar no que está além de nós." O silêncio, segundo minha avó, não era um sinal de desistência, mas de respeito e fé. Era um convite para a reflexão e para a conexão com algo maior. Ela acreditava que, ao nos calarmos, permitíamos que a serenidade e a clareza nos envolvessem, abri
Abel Davison As palavras escaparam dos meus lábios com um fervor incontrolável: “Malditos franceses.” A raiva queimava dentro de mim, uma chama que ameaçava consumir tudo à minha volta. Amândio, sempre otimista, contorcia-se desconfortavelmente, como se sentisse o calor da minha indignação. "Chefe, deve haver algum motivo pelo qual eles adiaram. A Gasóleo é uma companhia de boa reputação; aliar-se a gigantes como nós é uma valia", disse Amândio, tentando acalmar os ânimos. Eu não tolerava incertezas. Era tudo ou nada. "Investigue o que há por trás dessa demora. Tenho prazos a cumprir, e a cadeira da presidência não espera. Não podemos brincar com a sorte", ordenei, a impaciência fervendo em mim. O controle era meu domínio, e quando ele escapava, eu me sentia à beira do abismo. Amândio mexeu freneticamente no celular, pronto para se retirar. Mas eu o detive. "Espere, alguma notícia de Bongavielle?" "Sim, o Sr. Harris resolveu o assunto com sucesso", ele respondeu. Frustra
Harris Davison Eu não entendo as mulheres, zangar é uma função que Deus exagerou nelas. Eu simplesmente não compreendo essa mulher, acabei de lhe livrar das mãos daqueles asquerosos. E é assim que me agradece.Vejo Edwin a aproximar-se, pelo andar altivo deve ter boas noticias. "Boss foi mais rápido do que pudessemos imaginar, Samuel cedeu". Diz ele eufórico."Perfeito, Vamos beber, o resto da papelada tratamos amanhã ". Digo ansioso para dar a notícia ao meu tio, há muito que vinhamos tentando, Samuel sempre soube que nós dominamos aqui, mas ele estava confiante demais, achou quenão fossemos descobrir os seus podres. Finalmente conseguimos, mais uma cidade nas nossas mãos.Fomos para o nosso casino, no outro que acabamos de obter não podiamos ainda colocar as mãos porque ainda havia a papelada por tratar. O bom do poder é que um processo que devia ter um certo curso é desviado para corresponder o que esperamos até amanhã estará tudo pronto e poderei voltar o mais rápido pos
Alina Gusmane Era sempre a mesma coisa todos os dias, A monotonia me envolvia como um manto pesado, sufocando qualquer faísca de entusiasmo, até mesmo não consigo mais me distrair com a leitura de romance, agora parecia vazia, incapaz de me distrair da rotina opressiva. Até um certo ponto eu amava porque me davam esperança, acreditava que tal como as protagonistas pudesse ter uma oportunidade de um final feliz. As palavras de minha mãe ecoavam no ar: "O jantar está pronto, por favor cuida dos teus irmãos, evita por favor se meter em confusões ". Diz minha mãe, Ela repetia essas frases como um mantra , até as falas e os conteúdos são os mesmo. Todos os dias a essas horas ela tinha que ir ao hospital, é enfermeira dedicada e mal pagavam grande coisa pelo seu trabalho incansável. Esperei ela sair, mandei uma mensagem para Nicole minha melhor amiga, ela ficou de vir me levar aqui em casa. Aproveito me vestir, escovo os meus cabelos louros cumpridos herança da minha mãe. A voz d
Cintia Sharapova A escassez nunca me definiu. Desde cedo, aprendi a navegar pelas dificuldades, transformando-as em oportunidades de crescimento. Cada desafio superado me moldou, me tornou mais forte e resiliente. Quando outros viam obstáculos intransponíveis, eu via degraus para o meu desenvolvimento. Lembranças de noites de trabalho intenso, de momentos em que a determinação era a única companhia, me lembram do quão longe cheguei. Em cada tarefa que abraço, em cada projeto que assumo, coloco não só minhas mãos, mas também meu coração e minha alma. Essa dedicação inabalável faz com que o sucesso não seja apenas um objetivo, mas uma consequência natural. Por isso, em tudo que coloco minhas mãos, o sucesso é inevitável. Ele não é um acidente, mas o resultado de minha resiliência, paixão e a capacidade de transformar a adversidade em uma força motriz. A trajetória de conquistas que trilho é a prova viva de que a escassez nunca me definiu; ao contrário, ela me refinou. As pro
Narrador presente O passado muitas veste-se como um morto que decide despertar para cobrar suas dívidas. Surgindo das sombras, ele envolve-se em um manto de memórias, aquelas que pensávamos ter enterrado. Cada dívida não resolvida, cada palavra não dita, transforma-se em um fardo que o espectro carrega, pronto para nos lembrar dos erros e arrependimentos que deixamos para trás. Quando menos esperamos, esse passado desperta, trazendo consigo a carga de emoções e experiências não resolvidas. Ele nos persegue, exigindo que enfrentemos nossas ações e escolhas, muitas vezes nos confrontando quando estamos mais vulneráveis. O passado, então, não é apenas uma lembrança, mas um juiz severo, buscando justiça pelos caminhos que trilhamos e pelas promessas que quebramos. A única maneira de apaziguar esse espectro é resolvendo o que deixamos inacabado, enfrentando nossos medos e aceitando nossas falhas. Somente assim, podemos encontrar a paz. Naquele momento, Cintia sentiu como se as sombras
Narrador presente. Cintia, com um olhar firme e decidido, entrou no huber e instruiu o motorista. " Leve-me para a periferia da cidade". A voz era clara e inabalável, revelando sua determinação em escapar do controle de Lori o motorista, hesitante, alertou: "A senhora pretendi ir a Vulcano? É perigoso" A periferia da cidade era conhecida por sua violência e pobreza, um lugar longe do glamour e da segurança que Cintia havia experimentado até então. "Me leve para lá mesmo ". Sua voz era firme e inabalável, Ignorando o aviso do motorista, Cintia reafirmou sua decisão. Olhou para trás pelo retroviso, e viu que Lori a estava seguindo. "Escuta estamos sendo seguidos, despiste o carro atrás" Ordena Cintia O motorista, experiente nas ruas perigosas da cidade, colocou suas habilidades à prova, realizando manobras arriscadas para despistar Lori. A adrenalina corria nas veias de Cintia enquanto ela observava a perseguição pelo espelho retrovisor. A cada curva fechada e cada brecada