Capítulo 2
Ela realmente não tinha escolha...

Aline respirou fundo, levantou a cabeça para o juiz e respondeu com firmeza:

- Sim, na noite de 6 de junho, às dez horas, eu estava no banco do passageiro do carro de Mateus e vi com meus próprios olhos ele atropelando uma pessoa até a morte.

Mateus, no banco dos réus, ficou imediatamente tenso, e a luz de esperança em seus olhos se apagou num instante.

- Réu Mateus, você tem algo a dizer agora?

O homem olhou friamente, seus olhos vermelhos fixos em Aline, dando uma risada fria de desespero e ódio.

Ele disse, pausadamente:

- Não tenho nada a dizer.

A mulher que ocupava todo o seu coração agora estava do lado oposto, acusando-o impiedosamente de ser o assassino.

Todo mundo poderia trair Mateus, mas por que tinha que ser Aline!

- Bang

O martelo do juiz soou novamente!

- O réu Mateus Barros, por violar o artigo 133 do Código Penal, causando a morte do demandante Rodrigo Costa. Agora, este tribunal declara que o réu Mateus é condenado a três anos de prisão e uma multa de quinhentos mil reais.

Após o julgamento, os guardas levaram Mateus, vestido em seu uniforme prisional.

Ele olhou para trás profundamente para ela, seus olhos cheios de um ódio incontrolável.

Aline sabia que ele agora a odiava profundamente.

Ela destruiu completamente Mateus, que deveria ter um futuro brilhante.

As pontas dos dedos finos de Aline pressionavam a palma da mão, sangrando...

...

Três dias depois.

Aline conseguiu o direito de visitar Mateus.

Separados por um vidro, eles se olhavam enquanto falavam ao telefone.

- Mateus, vou encontrar alguém para te tirar daqui logo!

Ele deu uma risada fria:

- Aline, acabou entre nós. Você não precisa mais vir aqui com essa farsa. A partir de agora, você continua sendo a filha da família Ribeiro, e eu sou um prisioneiro atrás das grades!

- Mateus, me desculpe...

As lágrimas, escorrendo dos olhos para o coração, ela estava com tanta dor que não conseguia respirar.

- Você não deveria estar aqui!

Mateus tirou um pequeno caderno do bolso do uniforme prisional, mostrando-o a ela.

Era o retrato que ela secretamente fez para ele.

Cada página era uma imagem dele.

Mateus sempre guardou como um tesouro.

Ele sorriu friamente e sombriamente, rasgando o caderno em pedaços e jogando-os no ar.

- Aline, não há mais possibilidade entre nós. Tudo isso é graças a você!

Mateus era resoluto e assustador.

- Tudo isso é graças a você!

Essas palavras eram como uma faca afiada, esfaqueando diretamente no coração de Aline!

A hora da visita acabou.

Os guardas levaram Mateus.

Mateus se levantou, pisando nos pedaços de papel, e também esmagando o coração dela.

- Mateus...!

Ela gritou por ele, chorando.

Mas ele nunca mais olhou para trás.

Aline cobriu a boca com a mão, chorando incontrolavelmente, murmurando:

- Estou grávida... Mateus... estamos esperando um filho.

Talvez por causa da emoção, Aline sentiu uma dor forte no baixo ventre, tocando-o instintivamente, olhando para baixo...

Na calça branca, já havia manchas de sangue vermelho e brilhante...

[Aviso: O enredo é dramaticamente intenso, misturando doçura e sofrimento.]
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