...Na manhã seguinte, Sr. Marcelo chegou ao hospital com Saulo para visitar Aline.- Este é Saulo, o mordomo que tem servido nossa família por muitos anos. Se eu não estiver por perto, você pode pedir ajuda a ele - apresentou Marcelo.- Sr. Saulo, prazer em conhecê-lo - Aline cumprimentou educadamente.Assim que Saulo viu Aline na cama do hospital, ele parou, surpreso:- Senhor, esta jovem realmente se parece com a senhora.Sr. Marcelo sorriu:- É, eu também disse que essa moça e eu temos um destino ligado. Saulo, você trouxe o novo celular que pedi?Saulo entregou um novo celular a Aline:- Senhorita, você está com sorte. Este é o novo celular que o senhor comprou para você, já vem com um cartão SIM.Aline hesitou em aceitar:- Sr. Marcelo, eu...- Aceite, é apenas um celular novo. Ficará mais fácil para nos comunicarmos, especialmente porque você está sozinha no hospital e não é conveniente nós irmos e virmos o tempo todo - insistiu Marcelo.Relutantemente, Aline aceitou o celular.
- O que você disse? O pai quer que a Aline use a identidade da Felícia para tirar o visto? A Aline é o quê? Ela é só um cão vira-lata que o pai recolheu! Luna estava à beira de um ataque de nervos ao saber disso. Anos atrás, quando Sr. Marcelo a tirou do orfanato, também foi ele quem lhe deu o nome: - Luna. Um nome que significa lua clara e brilhante, sugerindo que todos os astros giram ao redor da lua. Naquela época, ela adorava o nome. Depois de se tornar a filha adotiva de Sr. Marcelo, ela não precisou mais suportar o bullying no orfanato ou comer restos de comida. Desde que se tornou Luna, parecia que sua vida tinha entrado em modo cheat. Mas por mais que seu nome fosse celebrado, não se comparava ao de Felícia. Felícia, a filha biológica de Sr. Marcelo. O nome, significando 'alegria', refletia a única esperança do pai: que ela tivesse uma vida de paz, alegria e risadas. Ao telefone, Luna disse para o assistente: - Que história é essa da Aline, hein? O pai d
- Sr. Marcelo, vou viver bem, pode ficar tranquilo. Mesmo que fosse apenas para retribuir a Sr. Marcelo, ela faria de tudo para seguir em frente. Marcelo tinha acabado de deixar o hospital. Seu celular tocou, mostrando o nome Ivan na tela. - Pai, o pessoal do Grupo SY chegou, Mateus veio pessoalmente. Eles estão na sala de conferência número um esperando o senhor para assinar o contrato. - Ok, estou indo agora. ... Na sala de conferências do Grupo Windrow, um homem estava de pé ao lado da janela, com uma postura imponente. Logo, Marcelo e Ivan chegaram. - Sr. Mateus, é um prazer conhecê-lo finalmente. Há muito tempo ouço falar do senhor. Sr. Marcelo avançou e apertou a mão de Mateus. A negociação correu tranquilamente. Uma hora depois, o Grupo Windrow e o Grupo SY assinaram um acordo de fornecimento. Nesta visita a S. Vitor, Mateus trouxe apenas um assistente, Pedro. Marcelo estava um pouco surpreso: - Realmente não esperava que o Sr. Mateus viesse pessoal
Dois dias depois, Aline partiria para o País M para tratamento. Na véspera da partida, Sr. Marcelo visitou-a novamente no hospital. Desta vez, ele trouxe uma fotografia: - Aline, esta garota na foto é você, não é? A foto mostrava ela e Mateus brincando de guerra de neve num dia de nevasca. Ela queria negar, mas a garota na foto era idêntica a ela. Sem poder refutar, seu rosto empalideceu instantaneamente: - Sr. Marcelo, como... como você conseguiu essa foto? - Então, você realmente é a esposa do Mateus? Esposa? Aline deu um sorriso amargo e resignado: - Esposa? Eu não tenho esse título. Eu não sou esposa dele, nós... isso já se tornou impossível há muito tempo. - Então, o que vocês eram? - Nós namoramos durante a universidade, apenas ex-namorados. Mas se fossem apenas ex-namorados, por que Mateus faria um esforço tão grande para vir a S. Vitor só para pedir que o procurassem? Um esforço que ele claramente estava disposto a pagar qualquer preço. Marcelo,
S. Vitor é uma cidade do sul, tão próspera quanto Aeminium, com uma noite clara e alta visibilidade. Ela podia até ver o centro da cidade não muito distante, iluminado brilhantemente. O edifício icônico em forma de esfera era o Hotel Península. Ela ficou olhando para ele por um longo tempo... Na manhã seguinte, ela partiria para o País M para receber tratamento. Mais de dez mil milhas náuticas de distância... Daqui para frente, separados por uma distância tão vasta, seria difícil para eles se encontrarem novamente. Ela silenciosamente fechou a janela e puxou a cortina. Se ela decidiu não ser mais Aline, então tudo relacionado a Aline deveria ser deixado no passado. ... Dentro do Hotel Península. Pedro bateu na porta e entrou: - Sr. Mateus, eu pedi sua refeição, logo o garçom do hotel a trará. Mateus guardou a foto que estava segurando. - Alguma notícia da Aline? Pedro balançou a cabeça: - Por enquanto... ainda não. Sr. Mateus, agora que pedimos ajuda ao
- Mateus, a gente vai ficar juntos pra sempre?Aos dezoito anos, Aline Ribeiro, com o rosto corado, se aninhava nos braços de Mateus Barros, olhando para ele com um amor ardente que quase transbordava dos seus olhos.- Vamos.Ele respondeu com firmeza, com um olhar profundo e cheio de desejo fixado em seu rosto belo e radiante. No íntimo abraço, ele finalmente entrou lentamente no corpo dela...Dor!Aline estremeceu, cravando os dedos nos músculos fortes do braço dele.Apesar da dor, Aline olhou para cima e sorriu gentilmente para Mateus:- Mateus, eu te amo.Ele beijou suavemente as lágrimas dos olhos dela, mas a abraçou fortemente, sussurrando autoritariamente ao seu ouvido: - Aline, você é minha... pra sempre.Aline o abraçou apertado, rindo feliz em seus braços, como uma sereia saboreando o gosto do amor pela primeira vez.Mas depois, Aline percebeu que o 'sempre' que falavam era apenas um calor do momento.E que o "eu te amo" nunca superaria o "eu te odeio"....No tribunal solen
Ela realmente não tinha escolha...Aline respirou fundo, levantou a cabeça para o juiz e respondeu com firmeza:- Sim, na noite de 6 de junho, às dez horas, eu estava no banco do passageiro do carro de Mateus e vi com meus próprios olhos ele atropelando uma pessoa até a morte.Mateus, no banco dos réus, ficou imediatamente tenso, e a luz de esperança em seus olhos se apagou num instante.- Réu Mateus, você tem algo a dizer agora?O homem olhou friamente, seus olhos vermelhos fixos em Aline, dando uma risada fria de desespero e ódio.Ele disse, pausadamente:- Não tenho nada a dizer.A mulher que ocupava todo o seu coração agora estava do lado oposto, acusando-o impiedosamente de ser o assassino.Todo mundo poderia trair Mateus, mas por que tinha que ser Aline!- BangO martelo do juiz soou novamente!- O réu Mateus Barros, por violar o artigo 133 do Código Penal, causando a morte do demandante Rodrigo Costa. Agora, este tribunal declara que o réu Mateus é condenado a três anos de prisã
Seis anos depois.No centro movimentado e barulhento de CBD de Aeminium, um grande painel de LED estava a exibir uma entrevista:[Recentemente, o Grupo SY foi listado publicamente na Bolsa de Valores de Nova York. O SY se transformou de uma startup para um imenso conglomerado de influência avassaladora em apenas seis anos.E o seu principal acionista e CEO, Mateus Barros, se tornou uma lenda na Bolsa de Nova York, figurando na capa da 'Time' há uma semana.Hoje temos a honra de entrevistar o Sr. Mateus, para que ele nos conte como criou um império empresarial com as próprias mãos nesses seis anos.]Aline, segurando um currículo, saiu desanimada do Centro da Era Dourada e viu o homem brilhante na tela.Na tela, ele estava vestido com um terno cinza frio, uma camisa preta meticulosamente abotoada com uma gravata cinza prateada. Com a pele clara, traços profundos e elegantes, mãos longas e bem definidas estavam casualmente cruzadas sobre as pernas. Diante da câmera, ele se mantinha relaxa