Capítulo 14

Clara Tommaso

Passaram-se algumas horas, ninguém achou o animal peludo que me atacou. Faço a minha mudança para a mansão, como Marco irá viajar, ficarei no quarto dele, mas desde manhã que não o vejo, já está perto do horário de entregar o contrato. Mordo a ponta da caneta, e me perco em pensamentos sobre esse documento, que por sinal é ótimo para mim, mesmo assim, estaria presa ao chefão por um ano. Suspiro e tomo minha decisão, assino, foda-se o que o destino me preparou, só quero meu território de volta.

Sigo para a mansão, o dia se estendeu e ninguém encontrou a aranha, infelizmente ela deve ter se escondido em algum lugar no meio do mato. Vou manter minha promessa de matá-la quando a ver, não sou doida, eu vi realmente aquele monstro peludo. Entro na enorme casa, o silêncio desse lugar é consolador, sem homens bebendo e se achando as merdas dos melhores mafiosos, e me identifico com Marco por essa razão: poucos amigos.

Nem noto o caminho, quando me vejo estou na porta do quar
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