Marco Cesare — Eu disse que esconder isso de Clara seria pior! — Eric joga na minha cara a pior burrada que fiz na noite. — Não está ajudando ao dizer isso. — Realmente não é para ajudar, olha a merda dessa noite, eu não devia ter concordado com isso! — É mesmo? Você quase falou na sala quando cheguei e o vi, acha que não sei, ou que não vejo? — O quê? — Você é um invejoso, quer a minha mulher! — Empurro Eric para longe, completamente explodindo de raiva. — Negue! — Consegue se ouvir? — Eric me empurra, e noto que passei dos limites. — Nunca vi Clara dessa forma, ela é como uma irmã para mim! — Preciso vê-la, tentar consertar essa merda! Passo por ele, que segura meu braço e afirma: — Estou indo embora para os Estados Unidos amanhã, não precisa de mim aqui, e se pensou que em algum momento eu queria sua mulher, me mostrou seu nível de confiança, não sou o Magno! — Estou estressado… — Seguro os ombros do meu primo, falei coisas que feriram ele e Clara. — Sinto muito, n
Clara Tommaso Acordo assustada quando me jogam um balde de água, tento me mexer, mas estou em pé com os pulsos presos em algemas no telhado. Minha cabeça está doendo um pouco, vejo a silhueta de alguém, forço minha visão turva a observar bem, são duas pessoas: Jack e Valentina. — Good Morning, babygirl! — Jack sorri e segura meu queixo, deixa um leve beijo em meus lábios. — Estou cansado de falar no seu idioma, pombinha, o italiano é chato. — Se me beijar de novo, arrancarei um dos seus lábios com os dentes! — Ainda continua selvagem? Isso é uma prova que seu corpo adorou o que ensinei em Londres, e seus lábios continuam macios como sempre, e sua pele tão linda… comprei uma camisola vermelha, já que me disseram o quanto gostava dessa cor e ao te ver quase nua agora, confirmo que realmente cai muito bem em você. — Cadê meu filho, Jack? — Nossa, acreditou mesmo na criança? — Alisa minha bochecha e sorri. — Jasper era apenas um garotinho que peguei no orfanato, aliás, ele não se
Clara Tommaso Grávida? Estou na ligação com Marco e ouço quando o médico diz que eu estou esperando um filho. Levo as mãos ao abdômen e me pergunto como se eu tomei a pílula do dia seguinte, então não faz sentido ter engravidado. Treze semanas? Faço os cálculos na cabeça e me lembro exatamente de quando aconteceu. Em nossa noite após o casamento, eu fugi com Eric para ver Marco, fizemos sexo no banheiro, naquela noite Magno fez toda a confusão… Como me esqueci disso? Encosto na parede de um dos quartos, me tranco e desço escorregando na parede. — Está zombando de mim, doutor? — Marco pergunta. — Não, garanto, sua esposa está grávida, os níveis de hormônio afirmam, o Beta-HCG deu reagente. — Não é possível, eu vou ser pai? — Ouço a voz de Marco cada vez mais longe, meu corpo está ferido e cansado, deito no chão, e fecho os olhos gradualmente. Marco Cesare (mesmo Cap) Paro no tempo, não sei no que pensar, agora eu não estou indo buscar apenas Clara, mas a minha rainha e o meu
Clara TommasoMeses depois… Estou no corredor da maternidade, andando de um lado para o outro, Bruna está na sala de parto dando à luz a pequena Stella, nesses cinco meses peguei uma afeição muito grande ao bebê. Eu e Marco teremos um menino, o Riccardo, que significa “o dominante poderoso”, e Stella significa “estrela celestial”. Uma mão toca minhas costas e me viro assustada. — Acabei de chegar do aeroporto. — Eric! — Abraço-o. Meu marido está na sala de parto com Bruna, embora eu não goste dela, já amo a nossa pequena garotinha. — Como vai a mamãe mais linda da Itália? — Afasto-me, sorrindo. — Estou bem, e você? — Melhor agora, o primeiro bebê da família Cesare está nascendo, o segundo vem daqui há um tempo, é uma benção para a nossa linhagem. — Quando você se casará, Eric? — Ainda é cedo para pensar nisso, estou bem sendo apenas o titio desses bebês. — Acaricia a minha barriga e logo Riccardo chuta, sorrimos. Marco sai da sala com a nossa garotinha nos braços. — Ol
Clara Tommaso Quando chegamos ao hospital, Marco me pega nos braços e me leva para dentro, como estou em trabalho de parto, fico em um quarto internada, mas a cada minuto que passamos aqui a minha sensação de sair de mim só aumenta. Acho que estou morrendo, olho para meu marido e sorrio fracamente. — Estou morrendo… — murmuro. — Não, meu amor, não vai te acontecer nada! — Senhora Cesare, precisa respirar fundo, isso que sente é uma crise de ansiedade, precisa confiar em mim. Passará daqui alguns minutos, é só a sua mente brincando com seu nervosismo. — O médico tenta me tranquilizar, entretanto, tudo isso parece piorar. Meu corpo reage aterrorizantemente, não acredito que a ansiedade possa causar tantas sensações como: calafrios, tremores no corpo, sensação de sufocamento, sudorese, dificuldades para respirar, boca seca e formigamento. Esses são os meus sintomas, eles não acreditam em mim, parecem até rir da minha quase morte. — Marco, diz que acredita em mim, por favor… — Puxo
Marco CesareUm ano depois… Chego em casa, cansado, depois de alguns dias longe da minha mulher e dos meu filhos por motivos de trabalho, não vejo a hora de vê-los. Afrouxo a gravata assim que entro na sala, a babá está sentada com Riccardo no colo, enquanto Stella engatinha, ela vem até minha direção, pego-a nos braços e beijo a sua testa. — Arabela, cadê minha esposa? — Senhor, ela pediu que eu lhe entregasse isso ao chegar. — Dá para mim um cartão, beijo a cabeça de Riccardo e coloco Stella no quadrado no meio da sala para ler o papel.“Chefão, nós merecemos um momento só nosso, não é verdade?Esses meses foram intensos com duas crianças, mas,ainda assim, conseguimos viver boas memórias.Hoje é um dia para eternizar mais uma dessasmemórias. Me encontre onde tudo começou.Onde a maioria de nossos encontros foram lá.No lugar que purifica nossas almas, na beirade uma nascente de água artificial.”— Clara Tommaso. Não acredito que ela preparou algo para a nossa noite, mas faço
EpílogoQuatro anos depois…Clara Tommaso Sento perto de Marco na toalha quadrangular que trouxemos para um piquenique no quintal, é o programa que as crianças mais gostam. Deito a minha cabeça no ombro do meu marido e ele sussurra: — Amo meus filhos, mas preferia estar no quarto agora, com você embaixo de mim! — Não cansa de ser safado! — Dou um tapa no braço dele que logo sorri. — Mamãe, pode ler para mim? — Stella se aproxima segurando um livro nas mãos, o sorriso tímido e os olhos brilhantes fazem qualquer um de nós ler para ela. Sempre muito meiga, adora o verde, combina com seus olhos verde-esmeralda. — Claro que sim, senta aqui, qual é esse livro? — Ela senta ao meu lado com um sorriso de agradecimento, acaricio seu cabelo negro curto, Stella é decidida, ela escolhe o próprio corte de cabelo, Channel com franja, tem um ótimo gosto, esse estilo de cabelo realça sua beleza, cada dia que passa, mais se parece conosco. — É o livro Mamma Mia, de Ricardo Dreguer, é sobre um
Clara TommasoLondres, 20 de janeiro de 2020 Agora sei o que significa o ditado “lobo em pele de cordeiro”. Para ser honesta, descobri da pior forma possível. O amor da minha vida, um crápula nojento, por ganância matou o próprio filho no meu ventre. Sou princesa em uma máfia italiana, e minha primeira missão é matar um agente da MI6, conhecido como Jack Brow, mas como qualquer jovem imatura, apaixonei-me e entreguei-me inteiramente para o maldito policial. Temos regras claras de não ter envolvimento emocional com nenhum verme fardado. Presa e entregue a escuridão em uma cela nos esgotos de Londres é a minha condição atual, embora, com essa lição, eu tenha aprendido a nunca confiar em alguém. E se eu sair daqui viva, pode ter certeza que serei o pesadelo de quem cruzar o meu caminho. Solitária, desnutrida e sem esperança, seria uma forma até tranquila de me descrever, entretanto, estou aqui há três meses, com comida regrada: um pão seco e, algumas vezes, arroz puro. Por semana, rec