NIKOLAY
As cenas na minha frente eram nojentas, ela era o pior tipo de put@, aceitava ele fazer coisas bizarras com ela, mas ele também era outro depravado, a noite deles estava programada para ser longa.
Voltei, saindo da casa em silêncio, fui até a casa do tio dela, que já dormia, falei tudo que havia visto.
— Senhor Nikolay eu disse que tinha algo de errado, com aquela menina, mas eu estou com o senhor para colocar essa v@gabuda para fora da fazenda.
— Vamos precisar de ajuda porque quero aquele traíra fora daqui nessa chuva também.
Chamamos alguns homens, fui até a casa onde Rubens morava, mandei colocar fogo em tudo ali, faço outra casa, não faz m@l, mas daqui ele não leva nada.
Seguimos em seis homens para a casa, lá dentro eles estavam numa loucura tão grande que nem ouviram nada, mas foi vergonhoso ouvir o que diziam lá dentro.
— Isso, Ceci, me f*** com esse brinquedão.
— Isso que vou fazer, e você vai a imaginar que seja o p** do seu amiguinho Nikolay entrando no seu r***.
A cena era horrível, não sei qual dos dois é mais depravado, demorou para perceberem, na verdade, só perceberam quando um dos peões não aguentou e começou a vomitar.
Sim, a cena era nojenta.
Eles assustaram-se vendo todos ali, tentaram cobrir o corpo.
-Nikolay eu posso explicar. — Ele falou até calmo.
-Explicar o que? Que você gosta de dar o c*, não me interessa, o c* é seu, faça dele o que bem-quiser. Que você queria dar-me um golpe? Não vai mais. Que você e essa v@dia são amantes? Na verdade, o que mais me deixou feliz foi saber que nunca coloquei o meu p** nela. Porque ela é suja. Vocês merecem-se.
— Estou envergonhado menina. O seu pai ainda tentou alertar-me. A minha irmã e cega, não sabia o tipo de v@dia que criou.
Dava para ver a vergonha no rosto do tio dela. Porém, ela não tinha nem uma.
Jogou o lençol que cobria o corpo, ficou em pé, e falando com autoridade.
-Parem de ser falsos moralistas. Rubens contou o que você apronta nessas viagens. Saí com um monte de put@s. Sou put@ sim. Não consegui agora, mas irei conseguir um rico idiot@.
— Vai conseguir, mas longe daqui. Os dois tem trinta minutos para sair pela porteira.
— Amigo está a chover.
— Não me chame amigo. Não vou dar-lhe uma surra por ter nojo de vocês.
— Mas, o senhor vai deixar a gente se divertir um pouco. Por favor patrão.
O pessoal da fazenda não gostava de Rubens.
-Tudo bem. Ele só poderá levar daqui o carro dele. Ela nem uma peça de roupa. Já que gosta de ficar a mostrar esse corpo usado.
Saí da casa e me assustei as mulheres também estavam ali, até vovó com um vidro de pimenta na mão.
-Vovó vamos para casa. Eles logo irão embora.
— Todos irão se divertir e eu não. Vou ficar. Irei ficar e divertir-me também, nunca gostei dessa menina. Que bom que descobriu quem ela era de verdade!
— Eu sou a tia, quero participar também por todas as vezes que ela me humilhou.
Fiquei de longe apenas olhando não queria que aquilo acabasse errado.
Levaram o casal pelado até o curral, onde o grande veterinário nunca ia.
Por conta da chuva o lugar estava muito sujo, jogaram os dois pelados ali e o tio dela gritou:
— Vocês tiveram de tudo do bom e melhor aqui nessa fazenda, o patrão foi bom com vocês. Antes de sair daqui terão que limpar toda essa sujeira.
Cecília xingava todos, falando desaforos com palavras vulgares, parecia nem ligar por não estar com as suas roupas.
Rubens chorou, vomitou, apanhou dela com a vassoura.
Algumas pessoas buscaram sujeira na casinha dos porcos.
A situação estava caótica, nojenta.
Deixei àquilo por uns trinta minutos, depois deixei eles irem embora.
Não quero saber deles nunca mais, foi um livramento em dose dupla, o falso amigo e a noiva v@dia.
Na verdade, percebi que não fui feito para ter um relacionamento.
Nas poucas vezes que tentei sempre quebrei a cara.
Interesseiras, apenas isso encontrei.
Pior umas que odiavam tudo aqui, queriam o meu dinheiro, não o meu jeito de ser.
Na faculdade, sofri durante dois anos por um amor, ela sempre me tratava bem, mas não deixava abertura para me declarar.
Tratei aquela mulher como uma rainha, presentes caros, viagens, festas, para ter o título de melhor amigo por dois anos.
Foi na nossa formatura que após beber um pouco fiz a declaração, para ouvir, "Amo você como um irmão."
Depois dela nem uma mexeu comigo.
Não, uma mexeu, um olhar, na verdade, mas ali era perigo, aquela baixinha cheirava encrenca, não apenas por ser nova de mais, era algo diferente, perigoso.
Nem vi o rosto dela por completo, estávamos os dois com lenço cobrindo a boca.
E que boca afiada ela tinha, que voz linda ela tinha.
Mas, algumas vezes acho que foi um sonho, uma miragem linda, pequena.
O que sei, e que nunca mais encontrei ela, nem naquele rodeio, onde dediquei a minha vitória para ela, acreditando que ela iria vir para agradecer, apenas recebi um bilhete: "ELA PRECISOU IR EMBORA CEDO, MAS IREI CONTAR PARA ELA QUE VOCÊ DEDICOU A VITÓRIA PARA ELA, MAS APENAS QUANDO ELA FOR MAIOR DE IDADE, OU SEJA, DAQUI TRÊS ANOS, VOU FAZER GOSTO DE TER VOCÊ COMO O MEU GENRO."
Nunca mais soube dela, talvez o pai arrumou um genro melhor que eu.
Fazer o que, mulher apenas por uma noite, e bem longe daqui da fazenda, com um lenço no rosto, porque não quero que ela nem lembre de mim.
NICOLAYTer-me livrado daquele casamento foi um alívio.O desafio agora era outra, arrumar outro veterinárioPor dois meses fui a levar tudo bem, com a ajuda de conhecidos.Até que recebi a visita de um amigo, que trabalha num órgão de fiscalização do governo, sabia que vinha bomba ali.Chamei ele para conversar no escritório da minha casa.— Carlos bom recebê-lo por aqui, mas como hoje não tem festa, nem futebol na fazenda, acredito que tenha vindo a trabalho, pode falar.-Direto como sempre Niko. Mas, não é trabalho.— Então diga-me.— Vim como amigo, alertar você, antes de vir como fiscal. O seu antigo veterinário está envolvido com um esquema de falsificação de medicamentos, você tem duas semanas para contratar um veterinário bom para verificar todo o seu estoque, e fazer nova apresentação.— Está difícil achar alguém, ninguém quer vir para lidar com gado no meio do mato, quer só ar condicionado.— Se quiser posso ver alguém, quais as suas preferências?— Tenho como exigir nada nã
BRIANAOlho para a mulher na minha frente, não pode ser, ela não é minha mãe, ela é mãe desse b@b@ca do enteado dela, pois aqui só quer saber em defender esse moleque, que irei quebrar outro dente.Tento manter a calma, enquanto escuto o advogado.— Senhorita Briana, as suas últimas atitudes, vem apenas reforçar o que a sua mãe pedi. Ter agredido o senhor Paul, não demonstra maturidade para assumir a herança deixada por seu pai.Vou resumir a tragédia aqui.O meu pai conheceu a minha mãe num rodeio, se encantou com a loira de apenas dezoito anos, ele na época vinte e quatro, que até hoje é muito linda, ela ficou gravida, ele louco para ter filhos, já queria levar ela para fazenda. Ela não quis, deu à luz e deixou-me com ele. Foi um favor, mas mantinha contato, eu sabia que tinha uma mãe, não me fazia falta, tinha um pai maravilhoso, e tia Ana e tio Damião ajudaram papai na minha criação.Papai era lindo, mas nunca se casou, eu tentava arrumar namoradas para ele, passava o seu número p
BRIANADeixei a minha mãe no portão do sítio gritando e entrem na minha casa.Foi quando recebi a ligação de um amigo de faculdade.-Boa tarde Bri!-Boa tarde Theu!— Ouvi dizer que você procurou encrenca com gente grande.— Gente grande, a minha mãe.— Olha, a sua situação não está fácil, mas tenho uma dica de um trabalho.— Se for aqui no estado, a pessoa nem vai responder-me.— Fica tranquila, e do outro lado do país, na fazenda onde o "vaquinha" estava.-Vixe, mas lá acho que o fazendeiro não vai querer uma veterinária mulher, já que sabemos como o "vaquinha" conseguiu o trabalho.Falei gargalhando.— Menina, tudo conversa, a coisa ficou feia com ele, o fazendeiro nunca soube quem ele era, apenas quando pegou ele e a noiva juntos, mandou os dois embora pelados de madrugada.— Mais uma para a coleção do "vaquinha".— Olha, eles dão bom salário, moradia, e tudo mais que precisar. Contratação imediata, eles precisam de um veterinário em menos de duas semanas lá.— Eu chego em uma, pa
BRIANAEstá já incomodada com aquele povo olhando para o cavalo, e para mim também, então escutei.— Lúcio, porque Preciosa está aqui fora, Niko, não havia levado ela.— Senhora Tatiana, ele levou, esse é o Precioso, da menina Briana, a nova veterinária.A mulher lançou um sorriso cativante na minha direção. Depois começou a gargalhar.Qual a graça? Eu perguntei na minha cabeça. Enquanto ela caminhava na minha direção.-Bem vinda Briana. Mas, todos aqui esperávamos um tal senhor Shistens. A mulherada até especulava se seria novo velho, bonito, solteiro, casado. Então aparece uma menina linda, que ainda traz um cavalo que é a cópia da égua de estimação do meu neto Nikolay, e para ficar mais divertido, o nome é do seu cavalo é Precioso, a égua é Preciosa. Eu sou Tatiana, mas pode chamar-me vovó Tati.— Obrigada por esclarecer vovó Tati, Shistens, é o meu sobrenome, acho que acabei atrapalhando você chegando antes.— De forma nem uma, agora vamos colocar o Precioso, onde possa descansar
BRIANANaquela primeira noite na fazenda não dormi, busquei nas minhas coisas um café solúvel, energético, e me coloquei a trabalhar.Primeiro problemas, o esperto do "vaquinha" havia recebido um aviso de vistoria, que ia acontecer em dois dias. Por que isso é problema? Simples, aqui não tem nada certo, se os fiscais virem isso além de uma multa grande a fazenda vai entrar em quarentena, sem poder vendar nada.Segundo problema, as notas dos medicamentos veterinários, eram falsas, nem precisava ser um génio para descobrir isso, ou seja, ele comprou de contrabando, mas as notas originais estavam ali, ele comprava e vendia os legais, e para uso da fazenda usava os falsos.Os medicamentos eram falsos, com datas de validade vencidas, frascos m@l armazenados.Os kits do laboratório também estavam na mesma situação.Tabelas com a vacinação do rebanho, desatualizada, era impossível saber o que era certo, ou errado ali, sem falar que se receberam vacinação falsa, precisariam receber uma dose d
BRIANAO meu pai sempre dizia que o importante era saber quem sabe, não apenas saber tudo. Ter influência, conhecer pessoas, ajuda muito em situações como a de agora. Eu conheço pessoas, não terei vergonha de pedir ajuda.Com esse pensamento, resolvi ligar para um conhecido.Ele era o maior fornecedor de produtos veterinários desse estado.Estava no último ano da faculdade, quando eu estava no segundo e conhecemos.Nunca gostei do papo dele, que sempre me cortejou, mas nem um beijo ganhou o coitado, ainda mais quando a namorada apareceu gravida, ai que não quis saber dele.Para a sorte dele, o sogro era representante de produtos veterinários, e trouxe ele para cuidar dos negócios.Porém, todas as vezes que ia visitar a família na nossa cidade, sempre achava um jeito de me ver.— Bom dia Otávio!-Bom dia Briana! Como é bom ouvir a sua voz.— Ainda descubro para quantas você fala isso.— Apenas para você. Diz o que você quer, que eu providencio.— Otávio, estou a tentar arrumar a bagunç
Segui com vovó na moto para a cidade, exatos vinte cinco minutos até a entrada da cidade.Já na cidade seguimos direto para o cartório.O advogado estacionava, então parei ao lado dele, vovó já foi a cumprimentar animada.-Quase chegamos antes de você.— Tatiana, você veio de moto? Nikolay irá ficar uma fera.— Vai não, sei que logo o meu neto vai estar e domado e mansinho.Ela olhou para mim, que não entendi nada.Depois das apresentações seguimos para assinar a papelada.O cartório fechou as portas, mas continuamos ali dentro.Os donos eram conhecidos de dona Tatiana, deixaram que terminássemos tudo.Saindo dali seguimos para o escritório do doutor Osvaldo.— Senhorita Briana você sabe que os produtos precisam estar na fazenda amanhã.-Eles estarão! -Falei com firmeza passando tranquilidade.— O pessoal que pode fornecer tudo isso e difícil de lidar. Gostam de prazos.— Pode ficar tranquilo. Já enviei por email tudo que eles precisam. Já recebi a confirmação.— Tatiana se essa moça
BRIANASeguimos para a pista.O avião já havia pousado, vi de longe Otávio descendo, assim que me viu ficou a acenar com a mão.— Bom tarde homem de palavra.— Bom tarde, mulher linda.Ele caminhou até onde estava, Precioso recuou.— Esse cavalo tem uma personalidade forte. Só não mais forte que a dona.Ele era patético, ficava a fazer sorrisinhos, piadinhas com um olhar falso de apaixonado.Para me salvar vovó chegou sorridente.— Boa tarde doutor Otávio.-Boa tarde dona Tatiana. Prazer em conhecê-la. Onde está Nikolay?— Surgiu uma emergência na fazenda Floresta. Ele precisou ir às pressas para lá. Mas deixou a nossa Briana cuidando de tudo.Lúcio chegou com o caminhão para buscar toda a encomenda.Deixamos ele ali e seguimos para a sede da fazenda, Otávio foi com vovó Tatiana, eu lembrei que ele sempre falava da lembrança de infância quando andava de charrete com os avôs.Chegando na sede uma bela mesa de café da tarde esperava por nós.-Briana linda, você é uma bruxinha. Está a qu