NIKOLAY
A chuva estava forte, não ia voltar hoje para a fazenda, mas ganhar o último “rodeio” deixou-me animado, quero mostrar o meu troféu, a minha noiva, o meu prémio será o meu presente de casamento para ela.
Sim, senhores, sou peão de “rodeio”, e um homem comprometido.
Cresci ouvindo os meus pais falarem que o homem tem que ter honra, fazer a sua palavra valer.
Por esse motivo estou noivo, fui irresponsável, sei disso, mas ela não tem culpa, e prometi que iria casar-me com ela depois daquela noite, que nem me lembro direito.
Era noite de festa na fazenda, havíamos chegado de uma viagem, mandei matar um boi, e cerveja rolou solta.
Lembro de ter dançado com todas as moças da festa, nunca havia levado ninguém para dentro de casa, respeito a minha avó, que mora comigo.
Quando acordei de manhã, estava nú na minha cama, e Cecília está ali, nua assim como eu, foi fácil somar dois mais dois, porém quando vi o lençol sujo de sangue, entrei em desespero, ela era virgem, eu havia tirado a pureza da moça.
Cecília estava na fazenda fazia uns quatro meses, era sobrinha de um empregado da fazenda, os pais haviam separado e ela foi morar com os tios na fazenda, quando ela acordou naquela manhã, logo que viu tudo começou a chorar, vendo o sangue e as marcar no corpo, aquilo chamou a atenção da minha avó, que bateu na porta do quarto.
A minha cabeça doía, a única forma foi dizer a moça que tudo ficaria bem, mas ela disse que o tio iria matar ela.
Então combinei de ir conversar com o tio, que nesse horário já procurava por ela.
Liguei para o meu melhor amigo, Rubens, que estava como veterinário da fazenda agora, ele me aconselhou a ser homem e honrar o nome da minha família e a dignidade da moça.
Foi o que fiz, conversei com o tio da moça, que disse que isso era coisa de jovem, não tinha o porquê pensar em casamento, mas eu não aceitei; por isso, faz três meses que não me envolvo com nem uma mulher, até ela, que disse que aquela noite foi um erro por conta da bebida e assim quer esperar a lua de mel.
Ela é bem tímida, não gosta de conversa, o nosso namoro tem sido do estilo de antigamente, na sala ao lado dos tios, que me dão toda a liberdade.
A minha avó que sempre dizia que eu precisava sossegar agora está contra o casamento, ela não gostou muito da moça, mas sei que iremos nós dar bem, ela diz que sempre me amou, que por isso aceitou entrar na casa comigo.
Mesmo com a chuva, vejo a sede da fazenda, a casa onde cresci.
Vou deixar essa casa para minha avó, construi em tempo recorde uma próxima, mais moderna, com todo o conforto para a minha futura esposa, que já mora na casa, pois os tios que pareciam tão bons começaram a discutir com a menina, que só tem vinte anos.
Deixei a minha camionete no rancho ao lado da casa grande, coloco a capa de chuva e vou até lá, quem sabe vendo o troféu a minha noiva deixa eu dar uns beijos, porque está difícil viver nessa seca.
A luz do quarto está acesa ela deve estar acordada.
Como tenho a chave vou fazer uma surpresa, tirei as botas na varanda, e fui a entrar, mas o que escutei gelou o meu corpo ali na sala.
Gemidos, de um homem e uma mulher.
— Ah, Cecília sua s@f@da, put@, isso c@valga no seu macho, senta no meu p** com gosto.
Era a voz do meu "amigo" Rubens, como assim, ele e ela juntos, ela não gosta nem de me beijar, nem posso tocar nela.
— Ai que delicia esse p**, fala para mim, você vai ficar com ciúme quando eu tiver que sentar no p** do troux@ do fazendeiro.
— Vou ficar com t***, imaginando aquele p** grandão entrando em você, estou até com dó da sua b****, mas Como eu já brinquei muito com ela vamos passar uma pomadinha para ele achar que você nunca deu ela para ninguém.
— Ele nem vai perceber nada, ele é um idiot@.
-Nikolay é muito inteligente, o remédio que lhe demos aquela noite que foi forte, por isso pudemos fazer tudo que fizemos com ele dormindo.
— Ele é aquela velha, que irei livrar-me logo.
— Basta dar duas gotinhas do remédinho para ela e a velha criada também.
— Ai, Ru, só de lembrar daquela noite fico ainda mais louca.
— Fica é c@del@, de qual parte você gostou mais?
— De todas, mas ver você deitado em cima dele, enquanto eu sentava no seu p**, teria sido bom se o p** dele tivesse acordado, só o p**, ele não.
— Se tivesse acordado, até eu sentava.
Ouvir essas coisas estava-me a dar enjoo, como assim, ele t**** na minha cama, em cima da mim, ele queria o quê? Como assim ele é g@y?
— Ele nunca suspeitou que você seja esse s@fado que aceita tudo no s***. Que gosta de dar e receber.
— Nunca, mas o pai dele sempre desconfiou, por isso só consegui vir para cá depois da morte do velho, agora juntos vamos conseguir tudo que era dele.
— Vou ficar grávida logo, depois vamos começar a dar os remédios para ele, e logo serei uma viúva bilionária.
— E você não queria vir para cá.
— Você sabe que vida no mato eu não gosto, sem falar que nesses mês aqui fiquei a dar apenas para você.
— Mas, tenho tratado a minha égua como ela merece, agora fica de quatro, quero comer o seu c*, esse não quero que você libere para ele, esse vai ser só meu e da galera pesada.
O sangue gelou, mas por um lado fiquei aliviado, livrei-me de uma interesseira antes do casamento.
Peguei o meu celular, desliguei o ‘flash’, fui até a porta do quarto, tirei algumas foto, filme algumas coisas, e vi quando ele tomou dois remédios azuis, com ela incentivando que queria a noite inteira.
NIKOLAYAs cenas na minha frente eram nojentas, ela era o pior tipo de put@, aceitava ele fazer coisas bizarras com ela, mas ele também era outro depravado, a noite deles estava programada para ser longa.Voltei, saindo da casa em silêncio, fui até a casa do tio dela, que já dormia, falei tudo que havia visto.— Senhor Nikolay eu disse que tinha algo de errado, com aquela menina, mas eu estou com o senhor para colocar essa v@gabuda para fora da fazenda.— Vamos precisar de ajuda porque quero aquele traíra fora daqui nessa chuva também.Chamamos alguns homens, fui até a casa onde Rubens morava, mandei colocar fogo em tudo ali, faço outra casa, não faz m@l, mas daqui ele não leva nada.Seguimos em seis homens para a casa, lá dentro eles estavam numa loucura tão grande que nem ouviram nada, mas foi vergonhoso ouvir o que diziam lá dentro.— Isso, Ceci, me f*** com esse brinquedão.— Isso que vou fazer, e você vai a imaginar que seja o p** do seu amiguinho Nikolay entrando no seu r***.A
NICOLAYTer-me livrado daquele casamento foi um alívio.O desafio agora era outra, arrumar outro veterinárioPor dois meses fui a levar tudo bem, com a ajuda de conhecidos.Até que recebi a visita de um amigo, que trabalha num órgão de fiscalização do governo, sabia que vinha bomba ali.Chamei ele para conversar no escritório da minha casa.— Carlos bom recebê-lo por aqui, mas como hoje não tem festa, nem futebol na fazenda, acredito que tenha vindo a trabalho, pode falar.-Direto como sempre Niko. Mas, não é trabalho.— Então diga-me.— Vim como amigo, alertar você, antes de vir como fiscal. O seu antigo veterinário está envolvido com um esquema de falsificação de medicamentos, você tem duas semanas para contratar um veterinário bom para verificar todo o seu estoque, e fazer nova apresentação.— Está difícil achar alguém, ninguém quer vir para lidar com gado no meio do mato, quer só ar condicionado.— Se quiser posso ver alguém, quais as suas preferências?— Tenho como exigir nada nã
BRIANAOlho para a mulher na minha frente, não pode ser, ela não é minha mãe, ela é mãe desse b@b@ca do enteado dela, pois aqui só quer saber em defender esse moleque, que irei quebrar outro dente.Tento manter a calma, enquanto escuto o advogado.— Senhorita Briana, as suas últimas atitudes, vem apenas reforçar o que a sua mãe pedi. Ter agredido o senhor Paul, não demonstra maturidade para assumir a herança deixada por seu pai.Vou resumir a tragédia aqui.O meu pai conheceu a minha mãe num rodeio, se encantou com a loira de apenas dezoito anos, ele na época vinte e quatro, que até hoje é muito linda, ela ficou gravida, ele louco para ter filhos, já queria levar ela para fazenda. Ela não quis, deu à luz e deixou-me com ele. Foi um favor, mas mantinha contato, eu sabia que tinha uma mãe, não me fazia falta, tinha um pai maravilhoso, e tia Ana e tio Damião ajudaram papai na minha criação.Papai era lindo, mas nunca se casou, eu tentava arrumar namoradas para ele, passava o seu número p
BRIANADeixei a minha mãe no portão do sítio gritando e entrem na minha casa.Foi quando recebi a ligação de um amigo de faculdade.-Boa tarde Bri!-Boa tarde Theu!— Ouvi dizer que você procurou encrenca com gente grande.— Gente grande, a minha mãe.— Olha, a sua situação não está fácil, mas tenho uma dica de um trabalho.— Se for aqui no estado, a pessoa nem vai responder-me.— Fica tranquila, e do outro lado do país, na fazenda onde o "vaquinha" estava.-Vixe, mas lá acho que o fazendeiro não vai querer uma veterinária mulher, já que sabemos como o "vaquinha" conseguiu o trabalho.Falei gargalhando.— Menina, tudo conversa, a coisa ficou feia com ele, o fazendeiro nunca soube quem ele era, apenas quando pegou ele e a noiva juntos, mandou os dois embora pelados de madrugada.— Mais uma para a coleção do "vaquinha".— Olha, eles dão bom salário, moradia, e tudo mais que precisar. Contratação imediata, eles precisam de um veterinário em menos de duas semanas lá.— Eu chego em uma, pa
BRIANAEstá já incomodada com aquele povo olhando para o cavalo, e para mim também, então escutei.— Lúcio, porque Preciosa está aqui fora, Niko, não havia levado ela.— Senhora Tatiana, ele levou, esse é o Precioso, da menina Briana, a nova veterinária.A mulher lançou um sorriso cativante na minha direção. Depois começou a gargalhar.Qual a graça? Eu perguntei na minha cabeça. Enquanto ela caminhava na minha direção.-Bem vinda Briana. Mas, todos aqui esperávamos um tal senhor Shistens. A mulherada até especulava se seria novo velho, bonito, solteiro, casado. Então aparece uma menina linda, que ainda traz um cavalo que é a cópia da égua de estimação do meu neto Nikolay, e para ficar mais divertido, o nome é do seu cavalo é Precioso, a égua é Preciosa. Eu sou Tatiana, mas pode chamar-me vovó Tati.— Obrigada por esclarecer vovó Tati, Shistens, é o meu sobrenome, acho que acabei atrapalhando você chegando antes.— De forma nem uma, agora vamos colocar o Precioso, onde possa descansar
BRIANANaquela primeira noite na fazenda não dormi, busquei nas minhas coisas um café solúvel, energético, e me coloquei a trabalhar.Primeiro problemas, o esperto do "vaquinha" havia recebido um aviso de vistoria, que ia acontecer em dois dias. Por que isso é problema? Simples, aqui não tem nada certo, se os fiscais virem isso além de uma multa grande a fazenda vai entrar em quarentena, sem poder vendar nada.Segundo problema, as notas dos medicamentos veterinários, eram falsas, nem precisava ser um génio para descobrir isso, ou seja, ele comprou de contrabando, mas as notas originais estavam ali, ele comprava e vendia os legais, e para uso da fazenda usava os falsos.Os medicamentos eram falsos, com datas de validade vencidas, frascos m@l armazenados.Os kits do laboratório também estavam na mesma situação.Tabelas com a vacinação do rebanho, desatualizada, era impossível saber o que era certo, ou errado ali, sem falar que se receberam vacinação falsa, precisariam receber uma dose d
BRIANAO meu pai sempre dizia que o importante era saber quem sabe, não apenas saber tudo. Ter influência, conhecer pessoas, ajuda muito em situações como a de agora. Eu conheço pessoas, não terei vergonha de pedir ajuda.Com esse pensamento, resolvi ligar para um conhecido.Ele era o maior fornecedor de produtos veterinários desse estado.Estava no último ano da faculdade, quando eu estava no segundo e conhecemos.Nunca gostei do papo dele, que sempre me cortejou, mas nem um beijo ganhou o coitado, ainda mais quando a namorada apareceu gravida, ai que não quis saber dele.Para a sorte dele, o sogro era representante de produtos veterinários, e trouxe ele para cuidar dos negócios.Porém, todas as vezes que ia visitar a família na nossa cidade, sempre achava um jeito de me ver.— Bom dia Otávio!-Bom dia Briana! Como é bom ouvir a sua voz.— Ainda descubro para quantas você fala isso.— Apenas para você. Diz o que você quer, que eu providencio.— Otávio, estou a tentar arrumar a bagunç
Segui com vovó na moto para a cidade, exatos vinte cinco minutos até a entrada da cidade.Já na cidade seguimos direto para o cartório.O advogado estacionava, então parei ao lado dele, vovó já foi a cumprimentar animada.-Quase chegamos antes de você.— Tatiana, você veio de moto? Nikolay irá ficar uma fera.— Vai não, sei que logo o meu neto vai estar e domado e mansinho.Ela olhou para mim, que não entendi nada.Depois das apresentações seguimos para assinar a papelada.O cartório fechou as portas, mas continuamos ali dentro.Os donos eram conhecidos de dona Tatiana, deixaram que terminássemos tudo.Saindo dali seguimos para o escritório do doutor Osvaldo.— Senhorita Briana você sabe que os produtos precisam estar na fazenda amanhã.-Eles estarão! -Falei com firmeza passando tranquilidade.— O pessoal que pode fornecer tudo isso e difícil de lidar. Gostam de prazos.— Pode ficar tranquilo. Já enviei por email tudo que eles precisam. Já recebi a confirmação.— Tatiana se essa moça