ELEONORUm pesadelo sem fim, isso se tornou a minha vida.O tempo em que estive no exterior, apenas com o meu pai, era tudo maravilhoso.Sim, continuei com os remédios, pois segundo eles ainda tinha alucinações.Fiz faculdade de arte, especializando em esculturas.Amo trabalhar com materiais diversos, madeira, argila, ferro, tudo vira vida emminhas mãos.Vivia para os estudos, fazer minhas peças, que vendia online, e fazer visitas a orfanatos e asilos, sentia que nesses lugares, ninguém olhava com desprezo na minha direção.Nunca mais namorei, nunca mais olhei para nem um rapaz, pois sabia que se caso, se aproximassem, seria por conta do dinheiro do meu pai, ou para humilhar-me.Por isso, ser sozinha, no meu mundo foi uma ótima opção para sobreviver.Infelizmente, quando completei dezenove anos, o meu avô paterno faleceu.Papai precisou voltar para o país, assumir de vez a empresa.Voltei com ele!O pesadelo voltou junto.As minhas primas agora, tinham status na sociedade. Eram queri
ELEONORAminha vida na mansão virou um verdadeiro i***, os meus avôs, cobravam explicações, diziam que eu tinha obrigação de casar com Jonas.As minhas primas aumentaram as humilhações.A minha adorada tia Teodora em uma tarde passou de todos os limites da humilhação.Num momento de coragem, acabei respondendo ela, que nem pensou muito, deu um tapa em meu rosto.Mas, esse ela não iria poder dizer que foi alucinação, pois papai, acabava de entrar na casa.Ele ficou bravo com ela. Que se fez de vítima, claro.Naquela noite, papai, levou-me para um passeio, chorei em seu colo, e tomei uma decisão.-Pai, quero ir embora!-Filha, não irei impedir qualquer coisa que queira. Vou sentir saudades, mas irei te apoiar. Você, não precisa do dinheiro da família para viver bem. Ao contrário do que os seus avôs acham, e por isso ficam te ameaçando de tira-la da herança.-Vi um quadro a venda online, era de uma praça de uma cidade do interior do país. Quero ir para lá, ficar longe de todos.Combinei
ELEONORChorei muito no dia que encontrei o loiro.Porém, foi um choro diferente de todos que já havia derramado.Dessa vez o choro era de não ter uma oportunidade de ser como as outras mulheres, um homem como ele nunca me olharia.Na minha casa, não tenho espelhos, foi uma opção para evitar ficar cada dia mais deprimida.Quando comprei os moveis da casa, também adquiri, uma esteira e outros equipamentos de ginástica.Faço exercícios duas vezes por dia, sei que não adianta nada, pois sou assim por algum distúrbio, que não entendo o que é.Como apenas verduras e frutas, recomendado por uma nutricionista, não, alimentação que a minha tia quem me acostumou assim.Com todo esse esforço, nada adianta, continuo feia, gorda, os meus cabelos parecem estar a pegar fogo, as minhas roupas, bem, se resumem a moletons, sim, eu tenho outras, mas não uso, nem saiu.Desde o dia que encontrei com o loiro, que não tiro ele da minha cabeça, isso foi há quatro dias.A minha vida não tem mais sentido, por
GEOVANEPapai e Nikolas deram muitos conselhos, eu sabia que precisava reagir.O difícil que não tinha nem uma informação dela.No outro dia voltei na cidade, nada do pessoal do mercado saber dela, parecia um fantasma.Ninguém conhecia a moça linda de cabelos ruivos.Fazia três dias que ia na cidade, em horários diferentes.Naquele dia, ia a estacionar quando vi ela no balcão.Desci rápido e fui até ela.Fui muito sem noção, já cheguei espantando a moça:-Oi! Tudo bem?Perguntei, já puxando assunto, ela olhou-me nos olhos, pegou a sacola e saiu correndo, assustada outra vez.— Essa moça, é estranha, parece até que tem medo de gente. — O atendente falou vendo a cena.— Não fale o que você não sabe.Eu estava bravo comigo mesmo, olhei para baixo desanimado, e vi uma carteira.— E a sua? — Perguntei já com o objeto na mão.— Não, acredito ser da moça.Abri, tinha um documento com foto. Eleonor, nome lindo, assim como ela.— Você sabe onde ela mora?— Ela é vizinha da dona Rosa, ali perto
GEOVANEEntrei no quarto onde ela estava, deitada, pálida, os seus lindos cabelos ruivos espalhados no travesseiro, a minha linda.Fiquei sentado ao lado dela, segurando a sua mão.O celular que dona Rosa havia colocado no meu bolso, não parava de receber mensagens, sei que era errado, mas vai que era a família dela preocupada.Sim, era a família, mas nada preocupada.O celular não tinha senha, com isso abri fácil numa conversa, na verdade, mensagens de ofensas:"Eleonor, aceita que doí menos querida. Jonas agora está comigo, fosse seria apenas um sacrifício que ele teria que fazer. Mas, agora vamos casar, e você vem com essa conversa que tem um homem, um namorado. Estamos a rir muito aqui da sua piada. O seu loiro, não existe, nunca existiu. Nem um homem nunca irá olhar-te, todos têm nojo da sua cara gorda. Olha pelo valor de $$$$$$$, o nosso amigo do colégio disse que se passa por seu namorado, ele aceita tudo por dinheiro, aceitava lá atrás quando pagamos para ele t*** com você, e
GEOVANEO médico veio até o quarto, foi servido-me uma refeição.Liguei para os meus pais, e irmãos, explicando tudo.Liguei também para madrinha, mandei uma foto de Eleonor, de corpo inteiro, para ela enviar roupa, e produtos de higiene pessoal, para nos dois, pois só iria sair dali com ela ao meu lado, quem sabe direto para a fazenda, nada melhor para recuperar a saúde que uns dias, ou a vida na fazenda.Não demorou muito, chegou uma cesta da tia Ana, que enviou doces saudáveis, e bons para quem está a precisar de força.As sacolas da madrinha Ariane vieram cheias, a madrinha disse que tenho bom gosto, que a moça era linda.Os meus sobrinhos, mandaram fotos de desenhos que eram para Eleonor ficar boa logo.Dona Rosa e as vizinhas de Eleonor, mandaram algumas refeições, que o médico autorizou entrar, eram canjas, sopas, tudo muito nutritivo.Por volta das três da tarde, ela começou a despertar, parecia perdida, quem não estaria.Eu ainda segurava a mão dela, que olhou para mim, com d
ELEONORAcreditei estar num sonho, fora da realidade de vez.Mas, não, ele era real, senti a sua mão forte, grossa, segurando a minha.Prometeu ao menu pai cuidar de mim, será alguém que papai pagou para vir até aqui cuidar de mim.Seja o que for, está a cuidar.Entrei no banheiro e comecei a deixar a água morna cair no menu corpo, por sorte os cortes foram superficiais, lembrei do medido falar dos remédios. Não das drogas que eu tomava.Faz todo o sentido, eu ser a louca, para ela não ser a assassina, se isso for verdade, como irei provar, preciso ser forte, fazer justiça por mamãe e menu irmão, que nem nasceu.Os produtos que tinham no banheiro eram os melhores, mas quando vi as roupas ali.Então lembrei, falaram estilista.Fui até a porta, chamando ele.— Senhor Geovane, as roupas que eu estava, irei precisar, não acredito que essas aqui irão servir-me.— Eleonor confie na melhor estilista do país, a minha madrinha Ariane, eu mandei uma foto sua, ela disse que mandou tudo que ficar
ELEONORFiquei a olhar para ele, que tinha um sorriso lindo, esse homem todo é lindo.— Eleonor, agora que você se alimentou, por favor ligue para o seu pai, ele está preocupado, disse que não passou o seu número para ninguém, ela quem pegaram. Eu já confirmei com ele que estarei do seu lado no casamento da sua prima, vou precisar apenas que você mais detalhe de tudo, para te ajudar, mas agora ligue para ele, eu tenho esse costume, sempre ligo para os meus pais, para informá-los de tudo, não quero que fiquem preocupados por minha culpa.— Está certo!Pequei o celular e liguei.— Filha, que bom que você ligou, estou muito preocupado, diz a verdade, o que aconteceu?— Pai, desculpe, não queria preocupar-te. Foi apenas um acidente domestico, por sorte o meu loiro chegou para me ajudar.- O seu loiro, gostei, ele chama-te ruivinha. Isso é verdade filha? Ele disse que vocês estão se conhecendo, gostei dele.— Sim, papai, estamos nos conhecendo.— Olha, você não precisa vir até aqui. Mas, a