Capítulo 33

Cillian

O táxi estacionou em frente ao prédio. Desci após pagar pela corrida e subi os degraus que levavam até a porta. Estava frio, muito frio. Nevaria a qualquer momento, mas eu só sairia dali após falar com ela.

Toquei o botão do seu apartamento e logo alguém atendeu:

— Quem é? — A voz se parecia com a da Anna.

— É o Cillian.

— O que está fazendo aqui?

— Quero falar com ela.

— Mas ela não quer falar com você!

— Por favor. A gente precisa conversar, eu não aguento mais isso! — Fui persistente.

— Vá para casa, Cillian. A Cris está mesmo tentando esquecer você. Seria bom se ajudasse com isso.

— Diz para ela que eu só saio daqui depois que a gente conversar, mesmo que eu congele aqui fora.

O silêncio foi a minha resposta.

— Alô?! Anna! — O silêncio perdurou.

Apertei novamente o interfone e ninguém atendeu. Apertei de novo, determinado a só retirar o meu dedo dali, quando Cristina falasse comigo.

Através do vidro da porta, eu vi uma silhueta feminina se aproximar. Eu me
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