Capítulo 17

Cristina

Na manhã seguinte, às sete horas, já estávamos na estrada. Eu ainda estava com sono, demorei muito para dormir. O meu corpo parecia não querer desligar. O caminho estava sendo feito em um silêncio confortável. Às vezes, nos entreolhávamos e sorriamos de um jeito… sei lá. Apaixonado? Cedo demais?

— Por que você não dirige? Vi a licença na sua carteira aquela vez.

Olhei para ele.

— Na tarde após o enterro do Thomaz, os meus pais me pediram para levar as meninas para casa enquanto eles recebiam alguns cumprimentos no cemitério. Próximo de casa, eu parei no sinal vermelho e me distraí por alguns segundos. O carro de trás buzinou enfurecidamente, me assustando. Achei que era porque o sinal estivesse livre e acelerei o carro. Mas não estava. Um ônibus atravessou o cruzamento e pegou o meu carro em cheio. Capotamos três vezes. Por sorte, estávamos todas usando cinto de segurança. No hospital, eu fiquei na sala de espera com a Sol quanto as gêmeas eram atendidas. Os meus pais c
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