Cléo Sullyvan
Fiquei muito feliz quando o Erick falou que Mel estaria à frente da reforma no prédio que o Neal comprou. E que ela estaria trabalhando diretamente com ele. Tentei sondar alguma coisa, mas parece que eles só se comunicam por e-mail e que nunca se viram. Eu preferia que não existisse profissionalismo nessas horas.
Chegou o dia do meu menino voltar pra casa e a felicidade não cabia em meu peito. Como eu pedi a Deus para esse dia chegar, e em fim chegou. Erick já foi para o aeroporto espera-lo, e eu não vejo a hora de ver meu menino entrando por essa porta, com aquele lindo sorriso que só ele tem. Ele nos fez prometer que não contaríamos para ninguém sobre a sua volta, e cumprimos com essa promessa, apesar da minha vontade ser gritar aos quatro cantos do mundo.
Quando o carro passa pelo portão não consigo ficar dentro de casa e saio para encontrá-lo. Ele desce do carro e tanto eu quanto o Albert vamos ao seu encontro, não acreditando que depois de tantos anos, por fim, nos reencontramos.
— Meu filho, quanta saudade meu menino! — Oh, Deus, obrigada por ter trazido meu filho de volta pra mim, sã e salvo.
— Também estava com saudades mamãe. — Ele me abraça apertado, e logo Albert se junta ao nosso abraço.
— Fi...lho! — é a única palavra que Albert consegue pronunciar e o abraça apertado. Ele não falava, mas eu sei que sentia muita saudade do nosso menino, assim como eu.
Albert se afasta e logo vem Bia gritando.
— Ele já chegou!?
Ela mal pergunta e já se j**a nos braços do irmão.
— Você chegou, você voltou. Eu estava com tanta saudade, meu irmão.
— Eu também minha bonequinha. — Diz ele distribuindo beijos por todo o rosto da irmã que faz o mesmo com ele. Ele abraça Bia e juntos entramos em casa.
Deus, muito obrigada, muito obrigada por permitir que essa mãe reencontrasse seu filho.
Ele está ainda mais lindo do que antes, parece confiante, seguro, determinado, meu menino cresceu, está um homem, e um homem muito bonito.
Ele nos conta por alto como foram esses anos longe de casa, e sei que meu bebê trabalhou muito, mas isso foi tudo que ele sempre quis. Sirvo o jantar e chamo eles feliz, por ter minha família completa. Fazia anos que não tinha uma refeição tão feliz, que não me sentia tão completa. Hoje, tenho de volta aquele pedaço que estava faltando em mim. Hoje me sinto inteira e feliz.
Ele combina com o Erick de visitar a empresa na manhã seguinte e também nos informa da chegada de um homem que irá trabalhar com ele e que será seu chefe de segurança. Agora é que me toco que meu filho é um homem rico e que precisa sim de segurança. Fico feliz que ele já tenha um. Só me assusto quando ele fala que o homem é um ex fuzileiro. Meu Deus, pra que isso!? Erick faz essa mesma pergunta para ele, que responde dizendo que é preciso e que novos seguranças serão contratados para todos.
Quando ele pede ajuda ao Erick para contratar pessoas qualificadas para trabalhar com ele, só me vem a Mel em minha cabeça, e pelo que vejo na cabeça do Erick, também. Ele não perde tempo e já liga para ela, mancando de se encontrarem na manhã seguinte na empresa. Observo Neal, enquanto Erick fala com Mel, mas não vejo nenhuma mudança na sua fisionomia, ele só questiona quando Erick chama Mel de Melzinha e sorrio internamente para sua observação.
Depois que eles combinam tudo para o dia seguinte, subimos com Neal até seu quarto, onde Erick vai fazendo suas gracinhas com o irmão e eu amo ver meus filhos tão unidos. Deixo meu menino em seu quarto para descansar e vou para o meu, feliz por saber que de hoje em diante ele estará junto a mim, todos os dias.
— Bom descanso meu filho. — Digo beijando seu lindo rosto antes de deixá-lo só.
Chego no meu quarto e Albert já está deitado.
— Você está sentindo a ar mais leve? Sente que está mais fácil respirar? — Pergunta Albert quando me sento em nossa cama.
— Sinto. Um pedaço meu que estava faltando voltou pra mim. Agora só vou agradecer a Deus por trazer meu menino de volta e vou dormir como a alguns anos não durmo.
— Eu também.
O dia amanhece e acordo cedo para preparar o café do meu menino. Quero mimar muito ele e fazer tudo o que sei que ele gosta. Gilma nossa governanta, me ajuda em tudo e quando todos já estão a mesa ele chega, todo lindo, como Erick diz; parecendo mais um modelo do que um engenheiro.
Tomamos nosso café e logo Erick sai com ele, falo para Gilma caprichar no almoço apesar que nem perguntei se ele virá almoçar em casa, não quero cobrar nada dele e nem sufocá-lo, então mesmo morrendo de vontade, decido que não vou ligar.
O tal de Michael Bennett chega e realmente ele é como o Neal falou, porém ele e Albert parecem terem se dado muito bem, pois já estão conversando como se fossem amigos de longa data.
Chega a hora do almoço e nada de Neal e nem de Erick chegarem. Estou prestes a ligar para Erick quando ele adentra a sala como sempre faz, parecendo um vendaval.
— Fanília, cheguei!
— E seu irmão, meu filho?
— Deixei ele na empresa com Mel. Eu achei melhor sair fora, inventei uma desculpa qualquer e me mandei.
— Porquê?
— A senhora tinha que ver a cara dos dois quando se viram, a atmosfera pesou, um campo gravitacional foi construído ao redor deles, foi muito esquisito. Deixei eles lá, dei uma desculpa e me mandei. E já que ele não me ligou para ir buscá-lo deve estar muito concentrado no trabalho, ou na Mel, quem sabe!
— Vamos almoçar então. Mel está de carro, sei que ela não vai deixar meu menino ficar com fome nem a pé.
— Não vai mesmo.
Passo a tarde pensando no que o Erick falou e então tenho a ideia de convidar Mel para jantar conosco, não será nenhum absurdo, já que ela vez ou outra vem almoçar ou jantar aqui em casa. Só que ao invés de ligar para ela, ligo para Neal, como quem não quer nada. Ele atende todo sério e acho que nem viu que era eu que estava ligando.
— Sullyvan!
— Filho, você ainda está na empresa?
— Oi mãe, estamos saindo agora. — Estamos? Isso significa que Mel ainda está com ele. — Algum problema mãe?
— Problema nenhum meu filho, Mel ainda está aí? — Melhor me fazer de desentendida.
— Está sim.
— Pensei em convidar ela para jantar, já que meu filho alugou ela o dia inteiro. — Ouço-o sorrir.
Ele pede um tempo e sei que é para consultar a Mel. Logo ele me confirma que ela vem e que só vai passar em casa.
Ótimo!
Quero ver com meus próprios olhos se o que o Erick falou procede.
Quando ele chega em casa, logo me chama e vou ao seu encontro, seus olhinhos estão brilhando de felicidade e ele fala o quanto sua empresa está linda. Erick logo vem e toca no assunto que mais me interessa. Não que eu também não esteja feliz com sua realização profissional, essa parte eu sei que ele tira de letra, mas o que quero mesmo saber, é a outra parte, a sentimental.
— E aí mano, como foi passar o dia com Melzinha?
Observo o seu jeito quando ele vai responder para Erick, ele bem que tenta soar profissional, mas a mim ele não engana, e quando Erick insiste falando na cara que os dois fizeram ao se encontrarem, ele corta logo a conversa e sobe para o seu quarto.
— Eu a convidei para jantar aqui em casa hoje. — Digo baixinho para Erick.
— Sério!? Vou chamar minha loira também.
— Perfeito!
****
Quando Neal desce Mel e Karol já tem chegado e estão conversando sentadas no sofá. Observo de um canto onde eles não podem me ver, e posso ver o olhar dos dois, eles bem que tentam disfarçar, porém é impossível. Encho umas taças e levo uma bandeja com bebidas para eles, acho que isso vai deixá-los mais relaxados e assim também tenho um pretexto para voltar a sala e observar as coisas.
Estou tão feliz por ver meus filhos em casa e se Deus quiser, logo, logo, mais uma filha.
*****
Depois do jantar nos sentamos a sala e Erick pergunta sobre a empresa e ver o jeito que Neal e Mel já se entendem, eles já falam como se... se conhecessem a anos. Eles se empolgam tanto discutindo os projetos, que nem percebem quando saímos da sala e os deixamos sozinhos.
— Caramba! Eles nem viram a gente sair. — Fala Karol depois que subimos as escadas.
— Eu falei. — Diz Erick.
— Seu santo é forte em mulher! — Comenta Albert e todos sorrimos.
Sorriu para Albert e cada um segue para seu quarto, e mais uma vez vou conversar com o meu Deus, ele que tudo sabe, tudo pode e tudo ver, vai poder guiar meu menino em seu novo caminho.
Passa um tempo e quando já estou me ajeitando para dormir a porta do meu quarto se abre em um rompante quase me matando de susto.
— O que é isso menina, que jeito é esse de entrar nos quartos.
— Desculpa mãe, mas eu não ia conseguir dormir sem falar com alguém.
— Falar o que?
— Eu acabei de ver os dois se pegando no sofá!
— Você está falando sobre o que menina? Quem estava pegando quem? E que linguajar é esse, mocinha?
— A mãe, presta atenção ao que interessa. E pai, eu não sou bebê. Mãe, estou falando do Neal e da Mel.
— Oh, Deus! Obrigada. Obrigada meu Deus!
— É dona Cléo, sua reza é forte.
— Forte é o meu Deus!
****
Tudo ficou perfeito no meu mundo, meu filho em casa, começando sua empresa, ver a felicidade em seu rosto, e saber que além da realização profissional ele também estava feliz por ter encontrado uma nova paixão e posso até jurar que também encontrou o amor. Tudo isso me deixou mais que realizada, pois tudo que uma mãe e um pai deseja para seus filhos, é vê-los felizes. Tudo estava perfeito, até que minha irmã resolveu nos fazer outra surpresa.
Cléo SullyvanNão sei como Elizabeth ficou sabendo, apesar que não teve como esconder um prédio enorme como a SCE. Mais ela logo pela manhã me ligou falando que estava sabendo da volta de Neal, e querendo saber se ele iria colocar os primos para trabalhar com ele. Achei absurdo da parte dela.— Elizabeth, eu não sei se você se lembra mais o meu filho pegou o seu na cama dele com aquela desclassificada.— Cléo irmã, mais isso já faz tanto tempo, eles eram garotos e nós já esquecemos isso.— Não Elizabeth. Nem eu e nem ele esqueceu. Eu apenas te dei uma nova chance para se redimir do que você fez com meu filho, mais isso não incluiu o Damon. E quanto ao Neal, ele não quer ver nenhum de vocês. Então não percam o tempo de vocês, pois tenho certeza que ele não vai querer contratar nenhum de vocês. E se seus filhos quisesse trabalhar estariam com o Robert.— As coisas não são assim Cléo, o Neal é jovem, é moderno, diferente do Robert, vai dá certo para o Damon e Samantha. Por favor irmã, fa
Cléo SullyvanTrês dias após o ocorrido graças a Deus Mel acordou, mas logo veio mais um choque, saber que quem a atacou pretendia matar todas as pessoas que estavam lá no evento, isso nos deixou extremamente assustados. Agora estamos lidando com terroristas! E o pior foi saber que essa era a segunda tentativa dele contra meu filho. Algo que eu não sabia. Mas sentia. Eu sentia a todo momento que meu menino tinha que voltar para casa, só não contava que tinha tanta gente com inveja do seu sucesso.Graças a Deus, mesmo depois de outra tentativa fracassada lá no hospital, esses delinquentes foram pegos e com isso pudemos ficar mais tranquilos. Os dias se passaram Mel estava se recuperando lindamente, mas para abalar nossa tranquilidade recebi a notícia da morte de Robert marido de minha irmã Elizabeth. Uma morte muito estranha já que ele era um homem muito saudável. E já previ problemas. Mas Neal já deixou claro que não queria nenhum contato com eles, restava saber de minha irmã se ela
Cléo SullyvanQuando a notícia chegou até nós de que atiraram em meu filho na saída da festa onde ele Mel e os amigos estavam, o desespero tomou conta de mim. Minha vontade de correr para casa e encontrar meus filhos, e quando me falam que o Neal foi baleado eu me desesperei. Me vieram com uma história que o tiro foi de raspão. Que de raspão!Tiro é tiro. O meu filho foi alvejado com o disparo de arma de fogo sabe-se lá Deus quem foi a criatura que fez isso, eu estava presa lá na chácara sem poder ir vê-lo. Como podia me acalmar!?E já estávamos na véspera de seu casamento, meu Deus como iriamos fazer aquele casamento em meio a um atentado daquele!? Quando enfim nos liberaram para ir pra casa é que falaram que nós também estávamos correndo risco de vida, pois talvez tivesse alguém para nos emboscar.Cheguei em casa junto com Ava e já encontramos Erick, Karol e Bia na sala. Falamos com eles e vi que estavam bem então perguntei por meu menino.— Seu irmão? — pergunto pra Erick.— Está d
Melinda SullyvanContinua a lua de mel...— Linda! — ouso sua voz rouca e doce me chamando enquanto ainda estava longe, presa em sonhos e fantasias. — Baby, esposa. Acorde. Acorde meu anjo! — ele pede daquela sua maneira peculiar, me enchendo de beijos e carinho o que só me deixa com mais vontade de continuar deitada e de olhos fechados. Porém sua insistência me faz abrir meus olhos lutando contra a vontade de continuar dormindo e fecho-os rapidamente ao ver as cortinas abertas e o quarto totalmente iluminado pelo sol. Neal sorrir, despejando beijos em meu rosto, distribuindo-os em vários pontos, inclusive nos meus lábios.São beijos leves que me fazem cócegas devido ao contato com a sua barba por fazer. Sorrindo, me permito despertar completamente. Voltando a abrir os olhos, contemplando o seu rosto lindo, logo acima do meu. Ele é lindo! Perfeito! Meu marido é o homem mais lindo do universo.— Temos que nos levantar baby, ou vamos perder o passeio que está programado para hoje. — El
KarolineFazem só quinze dias que Mel e Neal viajaram, mas já estou com muita saudade da minha prima/amiga/irmã. Desde quando vim morar aqui em Seattle, que Mel passou a ser mais do que minha prima. Ela é minha irmã, minha melhor amiga, minha confidente. Apesar de as vezes ficarmos um ou dois dias sem nos vermos, devido meus plantões malucos, mesmo assim, sempre damos um jeito de nos falarmos e colocar as fofocas em dia.Eu vivia uma vida solitária desde quando perdi meus pais. Nunca saía de Denver, sempre vivi para meus estudos e para cuidar dos meus avós. Pouco saía, mal tinha amigos e quando meus avós se foram, decidi que estava na hora de mudar de lugar. E essa foi a decisão mais acertada que tomei em toda a minha vida. Em Seattle encontrei minha prima, meu tio, e assim já não me sentia mais tão só no mundo. Tio Sam me recebeu de braços abertos e me acolheu como uma filha. Também foi nessa cidade que encontrei o amor da minha vida.O Erick é tudo pra mim, combinamos em tudo e tem
Erick SullyvanMe lembro perfeitamente do dia em que conheci minha galega e a sua prima, Mel. Eu nem estava a fim de ir ao pub naquela noite, porém toda a galera estava indo então resolvi acompanhar. Quando a vi, sabia que estava perdido, ela era a garota certa pra mim eu sabia que tinha ali encontrado o amor, o meu amor.Começamos uma amizade incrível, que logo virou namoro e com o passar dos anos eu a pedi em noivado. Queria garantir para todos e para ela também, que minhas intenções eram sérias, que por mais que nenhum de nós dois quiséssemos um compromisso como casamento naquele momento de nossas vidas, não significava que não estávamos comprometidos um com o outro.A Mel, prima da minha galega, logo se tornou minha amiga e também amiga da minha irmã, ela é uma pessoa muito querida por todos nós e até por meus pais. Devido ela ser arquiteta, fazia todos os serviços que o Neal, meu irmão, me passava. Tanto na compra e reforma da casa dos meus pais, quanto na compra, reforma e tudo
BiancaAs coisas aqui em casa andam calmas, já fazem vinte dias que Neal e Mel partiram em lua de mel, e tudo anda muito calmo e espero que continue assim.Estou vivendo dias maravilhosos, não que tenha vivido dias ruins, só que é muito bom está apaixonada e ser correspondida, e melhor ainda é viver, dormir e acordar sem uma notícia ruim, sem uma informação de que alguém próximo a você foi vítima de alguma coisa.Eu tive sorte por não ter passado pelo que meu irmão passou, e já conversei muito com o Scott sobre isso. Se tenho medo de sofrer por amor? Claro que tenho. Qual é o idiota que não tem! Meu irmão nem amava a vaca da Thaís e na época sofreu feito um condenado pela traição. Imagina eu que sou louca por esse gatinho dos olhos verdes, cabelos claros e carinha de cachorro pidão!— O que minha menina espoleta tanto pensa? — Pergunta Scott olhando para mim enquanto tomo meu sorvete, sentada em um banquinho na praça de alimentação do shopping. Eu nem tinha percebido que tinha ficado
Bianca SullyvanPara disfarçar, ataco meu namorado de forma impetuosa, girando seu corpo para ficar de costas pra ela. Scott é alto forte e todo musculoso, seu corpo pode me cobrir totalmente e como sou mais baixa, fico bem escondida. Só espero que eu tenha sido rápida o suficiente para ela não me ver ou pelo menos não me reconhecer.Quando me desgrudo do meu gatinho, olho para os lados e não vejo mais nem sinal dela.— Está vendo ela? — Pergunta Scott.— Não. Acho que ela foi embora. — Respondo olhando para os lados, mas nem sinal da peça.— Então pode voltar a me atacar, eu deixo. — Mas ver se pode!— Agora não. — Digo, passando as mãos na camisa dele, dando um jeito já que me segurei nela e deixei toda amarrotada.— E se ela não tiver ido? E se ela estiver nos esperando lá fora? E se ela te reconheceu? — Scott agora parece alerta e em pânico.— Calma Scott. Vamos pra casa. Acho que ela não nos viu. — Eu espero que não.— Péssimo dia pra saímos sem a sua segurança. Confesso que esta