Capítulo 05

Cléo Sullyvan

Quando a notícia chegou até nós de que atiraram em meu filho na saída da festa onde ele Mel e os amigos estavam, o desespero tomou conta de mim. Minha vontade de correr para casa e encontrar meus filhos, e quando me falam que o Neal foi baleado eu me desesperei. Me vieram com uma história que o tiro foi de raspão. Que de raspão!

Tiro é tiro. O meu filho foi alvejado com o disparo de arma de fogo sabe-se lá Deus quem foi a criatura que fez isso, eu estava presa lá na chácara sem poder ir vê-lo. Como podia me acalmar!?

E já estávamos na véspera de seu casamento, meu Deus como iriamos fazer aquele casamento em meio a um atentado daquele!? Quando enfim nos liberaram para ir pra casa é que falaram que nós também estávamos correndo risco de vida, pois talvez tivesse alguém para nos emboscar.

Cheguei em casa junto com Ava e já encontramos Erick, Karol e Bia na sala. Falamos com eles e vi que estavam bem então perguntei por meu menino.

— Seu irmão? — pergunto pra Erick.

— Está dormindo.

— Preciso ver meu filho. Preciso saber que Mel e meus netos estão bem.

Subi junto com Ava e entramos no quarto deles. Meu pobre coração de mãe falhou algumas batidas quando vi meu menino machucado.

— Graças a Deus eles estão bem. — Diz Ava ao meu lado.

Não me contive e fui até a cama deles. Meu bebê, minha criança linda, meu Deus não permita que a maldade e a inveja dos homens o tire de mim.

Ficamos ali eu e Ava velando o sono deles, mas logo eles despertaram. Neal me olhou e minhas lágrimas caíram, estava com muito medo pelo que eles passaram, e também estava agradecida a Deus por os ter protegido.

— Mãe!

—Oh, filho, eu fiquei com tanto medo.

Como sempre mesmo ferido meu filho já se levantou e assumiu o comando de tudo. Por sorte ele contratou bons seguranças que logo resolveram tudo aquilo. Mas novamente outro inconveniente aconteceu. Como se não bastasse as ameaças, perseguições e tiroteio, começamos a receber presentes macabros e horripilantes. Mas meu filho é o homem mais decidido que conheço, e se todas as pedras que colocaram em seu caminho foi para que ele desistisse dos seus sonhos, essas pessoas erraram feio.

O casamento aconteceu como planejado, a cerimônia foi emocionante, e a recepção também. Agora meu bebê foi passar trinta dias longe dessa confusão, e coube a nós tentar resolver essa bagunça para quando ele voltar as coisas estarem mais calmas.

Mel precisa de paz e tranquilidade para quando chegar a hora, meus netos possam nascer em segurança. E o que depender de mim isso vai acontecer. Meu filho vai sim construir e viver seus sonhos, custe o que custar, ele será feliz com sua família.

Melinda Sullyvan

Nossa lua de mel começou com tudo.

Depois de conhecer o lugar onde iremos passar nossa lua de mel, jantarmos em um aconchegante restaurante, onde aproveitamos bastante, tanto o lugar como também a nós dois, agora mal consigo manter meus olhos abertos, sentindo meu corpo lânguido depois de todas as peripécias que fizemos.

Deito-me para dormir, relaxada e feliz, sendo amparada, protegida e muito amada, tendo os braços do meu marido me segurando firme e aproveito o maravilhoso ombro do meu marido, que agora virou meu travesseiro preferido. Bocejo e enfim, adormeço nos braços do meu amor.

***

Acordo com beijos em meu pescoço e já sinto que nosso dia será bem animado.

— Hummm... Bom dia, marido. Você parece feliz em me ver!

— Bom dia, esposa. Sempre estou feliz em ver você. Como estão nossos pontinhos?

— Estão bem. Apenas com fome depois de todos os exercícios extenuantes que o papai exigiu da mamãe deles.

— Então vamos nos levantar, tomarmos um banho e depois um café reforçado. Não é amorzinhos do papai! — Diz ele alisando minha barriga. — Desculpa o papai, acontece que a sua mamãe é muito linda e o papai as vezes se empolga muito. — Fala ele, alisando minha barriga e enchendo-a de beijos.

— Você acha é? — Faço cara de manhosa.

— Não acho não, tenho certeza. Como diz no seu nome, você é linda meu amor. Até quando acorda, toda descabelada.

— Não estou descabelada! — Faço bico e ele me beija.

Depois de nos levantarmos tomarmos um banho cheio de carícias, com Neal me deixar quente como o inferno, e quando terminamos, seguimos para cozinha para preparar nosso café.

— O que minha amada esposa quer fazer hoje?

— Nem sei. O que meu lindo e amado marido tem em mente?

— Oh baby, eu tenho tantas coisas em mente! — Responde fazendo cara de safado.

— Acho que uma delas deve me agradar! — Murmuro fingindo tirar um fiapo da minha roupa.

— Certo, então deixa comigo. Está disposta para mergulhar? Não vai prejudicar os bebês né?

— Estou ótima e nadar não prejudica. Eu não vou pular de penhascos e nem saltar ondas, — respondo sorrindo para seu jeito fofo, todo relaxado na cozinha.

— Ótimo. Vou avisar ao Bennett para providenciar tudo.

Tomamos nosso delicioso café, nos arrumamos, passo bastante protetor tanto nele, quanto em mim e nos organizamos para sair.

Começamos nosso dia com um maravilhoso passeio em grupo, com mergulho com snorkel na lagoa, aproximando-nos de tubarões de galha-preta, arraias e peixes tropicais, embaixo d'água, o que foi maravilhoso, nunca antes tinha visto peixes assim, tão de perto, principalmente desses tipos.

Em seguida, logo após encerrarmos o mergulho, seguimos todos para um maravilhoso restaurante, onde nos deliciamos com um churrasco estilo polinésio enquanto desfrutávamos da hospitalidade local e relaxamos na praia de areia branca. O passeio foi limitado a 12 passageiros para uma experiência mais personalizada com o guia profissional, e foi maravilhoso.

Me senti feito uma criança e até me pergunto o porquê de nunca ter feito por onde vir conhecer um lugar desse. Tirando algumas coisas diferentes, devido os costumes deles, coisas com as quais tivemos que tomar cuidado para não errar em nada, o que graças a Deus o Neal já sabia o que ficou mais fácil não cometer nenhuma gafe.

— E aí o que achou do passeio, baby? — Pergunta ele assim que voltamos para o bangalô.

— Foi lindo. Esse lugar é lindo, e eu amei o passeio.

— Está muito cansada? — Pergunta ele, me abraçando por trás, e eu já sei o que ele quer.

— Depende, do que meu lindo marido esteja pensando. — digo inclinando meu pescoço para o lado para que ele possa me beijar.

— Advinha! — Fala ele em meu ouvido, causando arrepios no meu corpo todo.

— Acho que ainda tenho energia pra isso. — Respondo manhosa.

— Fico feliz em ouvir isso. — diz ele me pegando no colo e me levando para nossa cama.

— Eu amo você, esposa! — sussurra, com os lábios quase nos meus.

— Também te amo, marido.

Seu toque em minha pele me deixa flutuando em seus braços, as pontas dos seus dedos são como fogo em minha pele, cada toque, acende uma nova terminação nervosa, me deixando flutuando enquanto me sinto ser venerada pelo homem que eu amo.

Eu o amo loucamente e este amor transpira em mim por todos os meus poros, me dominando completamente.

Seus macios, firmes e quentes lábios beijam meu pescoço se prolongando na minha clavícula, onde ele deposita um beijo, ainda leve, então continua até o limite do meu ombro. Refaz o caminho com a ponta do nariz, aspirando meu cheiro e liberando seu hálito quente que aquece meu corpo. Seus dedos sobem pelos meus braços seguindo o mesmo caminho até que suas mãos estão em meus ombros.

— Se estiver cansada é só falar, não quero te esgotar. Basta me pedir para parar — sua voz soa rouca e baixa, representando o desejo carnal que está sentindo, é ao mesmo tempo séria e decidida.

Nossos lábios se encontraram. Primeiro ele recua um pouco, olhando-me nos olhos, pedindo-me permissão, como se em algum momento eu fosse negar-lhe alguma coisa. Neal cola sua boca na minha, em um beijo calmo, doce, leve e tão sensual que me deixa toda entregue.

Uma das suas mãos sobe até minha nuca, seus dedos me acariciando, massageando meu couro cabeludo, de forma delicada e sutil. Sem me pressionar ou forçar. Devagar e com carinho.

Seus dedos voltam a me acariciar apenas com as pontas em um

carinho muito leve e delicado, voltando ao padrão, subindo e descendo nas laterais dos meus braços, ateando fogo por onde passa.

Os dedos subindo pelos meus ombros e se prolongando até minha nuca. Tudo ainda muito leve, quase um sopro, uma brisa.

—Deixe-me ter você — seu sussurro me atingi com força. Meu ventre se contrai me deixando úmida. Fecho os olhos e gemo, deliciada demais com seu desejo em sua voz. — Deixe-me amá-la.

— Sim. Oh, sim.

*******

Tudo ao meu redor desapareceu, me deixando suspensa no ar, sendo consumida pelas chamas do prazer e queimada pelo orgasmo avassalador. Depois disso... mais nada.

Apaguei nos braços do homem que eu amo, o meu amigo, meu amante, meu marido, minha vida, o pai dos meus pontinhos, meu tudo. O sono chega me puxando para um lugar de paz e eu me deixo levar, ciente de que estou com quem amo e que me faz feliz. As últimas palavras que ouço são:

— Descanse baby, eu te amo.

Não sei se minha voz sai, mas por baixo da nevoa e de todo esgotamento, bem no meu subconsciente eu respondo que também o amo.

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