Heloísa estava tendo um típico dia de tédio na Glover Time quando o sino da porta bateu anunciando a chegada de alguém.Geralmente são pessoas curiosas que primeiro dão uma olhada e depois saem, então ela ignorou por completo o visitante e continuou a ver a programação do cinema para o domingo, Pietro deu uma ótima ideia para ela sobre o que fazer com sua manhã de folga. Ela só não queria fazer com ele. — Bom dia. A mulher sentiu um arrepio na espinha ao ouvir a voz forte e imponente.— Bom dia. — Heloísa disse em resposta ao cumprimento, levantando a cabeça para ver o dono da bela voz, seu coração quase parou ao ver que era o homem da área vip. O cara que estava na Star Wars e quase a fez perder a voz com o mesmo meio sorriso que está em seu rosto naquele momento, pelos céus, se fosse apenas o sorriso, o homem à sua frente é muito lindo. Um verdadeiro deus grego, não, não, ele estava mais para um deus nórdico.Eles ficaram um tempo se encarando até que ela percebeu o relógio que e
Dimitri chegou cedo na boate de quinta categoria, a única vantagem é o fato de ser um lugar discreto, Demétrio o encontraria lá, ficou satisfeito quando avistou a beldade de curvas perfeitas fazendo a passagem do som com uma mulher de tão belas curvas quanto ela.Não era Heloísa para estar fazendo isso? Perguntou a si mesmo em pensamento.A mulher gorda, baixa e cabelo que caia em pequenas ondas? Ele sentiu certa admiração por ela, uma mulher competente, cantora incrível e uma bartender excepcional, é uma pena que tenha um corpo tão desproporcional para tantas qualidades. — senhor Klines, chegou cedo — o dono da boate cumprimentou surpreso pelo homem realmente ter voltado ao seu estabelecimento. — posso levá-lo à área vip? — Osório estava animado com a ideia do homem à sua frente trazer clientes importantes ao seu estabelecimento. Então notou que o homem de prestígio não tirava os olhos da sua cantora mais bonita e mais desejada. Não era novidade que homens c
sem revisãoA última vez que Heloísa se sentiu tão ansiosa foi na sua fuga do internado, que tinha tudo para dar errado e no fim, deu certo. Mas ainda assim sua mente dizia que naquela noite, não teria a mesma sorte e não ajudava o fato da única pessoa que pode ser o seu apoio está perdidamente apaixonado pelo carro de Dimitri Klines. Céus! Tinha esperanças que o homem tivesse apenas sentido pena deles que estava sem transporte e lhe deu uma carona. Queria muito se apegar a isso, mas não conseguia, pensar sempre no pior era a sua natureza. Porque tudo sempre dava muito errado quando se tratava dela. — Sério, esse possante é muito maneiro… véi, valeu pela carona! Não estava conseguindo um táxi pra gente. — Pietro não parava de falar e por mais que Heloísa conseguisse ao menos manter uma postura tranquila e séria, o comportamento do colega não estava colaborando para que saísse ilesa daquela carona e o pior de tudo é que a casa de Pietro ficava mais próxima do que a dela, o homem que m
sem revisãoDimitri estava no seu escritório, na mansão Klines, aproveitando o breve sossego que a manhã de um domingo poderia lhe dar antes que os sogros aparecessem para o aborrecer com discursos moralistas e ofensas nada discretas, claro que a tradicional família Granger não abaixava a cabeça diante das ações do genro, mesmo ele sendo dono de quase tudo que um dia já pertenceu à eles, incluindo a mansão Granger, hoje em dia Klines. Batidas na porta interrompem seu breve momento de paz.— Seu café senhor — a governanta entra sem esperar a permissão para isso.— Toma um gole primeiro — ordena seriamente, ele faz isso desde a morte de sua esposa, quando Polly, a governanta o acusou aos berros que havia matado Amanda, a menina dos olhos de toda a família Granger, não poderia correr o risco de morrer envenenado pela governanta em busca de justiça. A mulher lança um olhar altivo para ele e o obedece.— Espero que goste de beber café com saliva da criadage
sem revisão— Obrigada por vim — Heloísa estava aliviada ao ver a mulher passar pela porta do seu pequeno kit-net. — Eu iria até ao inferno por você minha, Amy. — A mulher de cabelos brancos disse carinhosamente, mas logo levou as mãos a boca, horrorizada ao perceber o estado da mulher. — O que aconteceu com você, minha menina?— Ele me achou e tentou me levar para a mansão contra a minha vontade, não tive outra escolha, senão pular do carro. — A mulher explica sem jeito. — Eu meio que estou toda arrebentada. — Esboça um sorriso envergonhada.— Ele quem? — A senhora não estava entendendo nada. — Dimitri — Helô respondeu.— Como ele a achou? — A mulher estava aflita, anos ajudando sua pequena a se esconder para tudo ser em vão por causa daquele homem. — É uma longa história — Heloísa estava cansada. — Você me conta quando eu voltar da farmácia, vou comprar alguns remédios para cuidar desses machucados. Meu
sem revisãoDimitri acabará de sair do quarto quando deu de cara com o sogro no corredor, o homem o encara de forma acusatória do mesmo modo que a sogra faz há dez anos, se não fosse pelo fato de Amélia ter 25% da casa ele poderia colocar pessoas tão indesejáveis na rua. — Soube que deixou seu filho sozinho de novo, como pode ser tão cruel com seu próprio sangue? — Seu Olavo não resiste a chance de alfinetar o genro. Ele poderia não ser alguém que convivia com o neto, mas se achava no direito de criticar Dimitri sempre que tinha a oportunidade. Dimitri o olha dos pés a cabeça, sério, frio, um homem que com certeza é não se deixa afetar por emoções sem sentido. Era risível que o homem à sua frente quisesse criticá-lo por ser um péssimo pai. Ele vendeu a própria filha em troca de dinheiro. — É muita hipocrisia essa pergunta vindo do homem que vendeu a própria filha e mandou a outra para um internato por ela ser gorda, o que faço com meu filho nem
sem revisão— Olá, Augusto.Guto esperou dez anos para rever a irmã e tudo que ela diz é ''Olá,Augusto?'' educadamente como se nada tivesse acontecido. Um simples encontro casual entre irmãos. Ele não sabia o que fazer. Como agir. Estava diante da sua irmã. Sua única irmã. Sua irmãzinha, que era pequena e frágil, a irmã caçula que ele e sua outra metade protegeram quando criança mas que foi afastada deles na adolescência. Amélia estava viva, aparentemente saudável e linda. E aquilo era um grande alívio. O filho da p*ta do cunhado estava errado, ela não estava morta e iria esfregar aquilo na cara dele com prazer. — Que se dane! — Ele esperou tanto tempo por aquele reencontro que não fazia sentido perder tempo com pensamentos idiotas. Deu alguns passos, abraçando sua irmãzinha amada.Amélia aceitou o abraço, o coração acelerado, pensou que jamais voltaria a ver o irmão, nem sequer cogitou essa possibilidade quando entrou no hospital em busca de informações
sem revisãoDemétrio observava enquanto o irmão analisava a proposta de uma empresa chinesa para exportação de arroz. Ele estava concentrado, não demonstrava estar nem um pouco abalado pela forma irresponsável que deu a Amélia a notícia sobre o pai. — Fala — Dimitri ordenou sabendo que o irmão estava com aquilo entalado na garganta. Mesmo depois de tudo o que passaram, ele ainda era alguém de bom coração que se importava demais com as pessoas. — Poderia ter sido mais empático com Amélia — Demétrio censura o irmão, que continuou a analisar o documento. Ele pode ser dona de metade da antiga cosmética Granger, mas jamais deixou de lado seus outros investimentos, a cosmética foi um mero capricho, mas que está lhe rendendo bons lucros. Sabia que o irmão estava incomodado pela forma que ele tratou um assunto tão delicado desde que saíram daquela loja cheirando a mofo e poeira. — Hum, ok — Dimitri disse sem se importar se foi correto ou não a forma como deu a notícia sobre o pai a cunhada