sem revisãoO sorriso de Polly foi o suficiente para acalmar seu coração aflito. Depois de tomar a decisão de se demitir da Glover e Time, ela sentiu-se perdida e acabou indo para a casa da babá. Polly a recebeu de braços abertos juntamente com sua família, passou o dia com eles, no fim da tarde, se sentou com a mulher na varanda da casa, cada uma com uma xícara de café fresquinho e uma fatia de bolo. Aqueles momentos que lembravam a casa da tia Poliana era um dos mais que Amy sentia falta.— Tomou a decisão certa, você não precisa mais do emprego e agora pode se dedicar a fazer o que realmente quer ao invés de ocupar a vaga de alguém que realmente precisa. — A babá sempre dava um jeito de fazer as coisas parecer melhor. Mesmo sabendo que fez o certo, estava sendo difícil para Amy ter se desligado do emprego que foi seu sustento por muito tempo. Ela também adorava o chefe e a esposa, temia perder o contato agora que estava fora da loja. — Eu sei, só que… — Amy pensou um pouco antes d
sem revisão— Não sei o que tem de tão desesperador ir passar uns dias em Nova Iorque, eu estaria vibrando de alegria, e faria o meu tio fazer todas as minha vontades. — Amy disse ajeitando a coberta do seu sobrinho. Dionísio ficou surpreso pela tia ter achado uma ótima ideia ele passar uns dias com o tio em outro país. — Além do mais, é uma ótima oportunidade para treinar o seu inglês. Polly disse que o internato é bilíngue. Seu pai precisa saber se o investimento dele está tendo retorno. — A tranquilidade na voz de Amélia, estranhamente começou a surtir efeito em Dionísio. Ele não havia pensado que poderia ser divertido viajar sem a tia. — Mas ele só tá me obrigando a viajar para eu ficar longe da senhora. — O garoto disse em protesto. Amy sorriu, sua covinha se destacando e tornando seu sorriso mais bonito. Desde que conheceu a tia, sempre que ela sorria, parecia que as coisas se tornavam melhores. Mesmo que nada tenha mudado. — Seu pai precisa se esforçar um pouco mais para n
sem revisãoDimitri estava perdendo o controle da situação. Sabia disso. O irmão andava de um lado para o outro, aflito, angustiado e sem conseguir respirar. Puxava seus cabelos com força. Tentou se aproximar de novo mas Demétrio se afastou. Aquilo doeu mais se tivesse levado um soco na cara. — Não quero que me toque. — Ele disse em completa angústia. — Fica longe. — Pediu como se estivesse se afogando num mar de dor e desespero. Ele sabia que estava perdendo o controle de si, o irmão queria ajudar, mas ele não poderia deixá-lo se aproximar, Dimitri sempre foi o seu herói, sua família. Aquele que ficou ao seu lado e sempre assumiu a responsabilidade por seus erros. Tudo o que passaram o moldou a ser quem é hoje, o que teve que suportar e abrir mão para cumprir a promessa que fez quando era apenas um garoto que tentou salva-lo mas que foi em vão. Viu seu irmão gentil e obstinado, se tornar frio, implacável, até impiedoso. Mas nunca passou pela sua cabeça que fosse se tornar que nem ele
sem revisão— Está tudo bem senhora? — o segurança perguntou pelo retrovisor para a patroa, que estava em silêncio desde que saiu do salão de festas. — Sim — Amy respondeu sem desviar a atenção de onde quer que sua mente estivesse. Tadeu tinha uma regra clara, não só ele, mas todos os seguranças que serviam a Dimitri Klines. Manter Dionísio seguro e relatar quando algo estivesse errado com Amélia. Nunca ninguém questionou essas regras, tão pouco entendiam. Afinal, o que importava o que a mulher que ele supostamente odeia fazia? Sabia que teria uma grande dor de cabeça se não relatasse o que aconteceu naquele fim de tarde. Porque mesmo que ele optasse por não contar, o homem com certeza acabaria sabendo e ele seria responsabilizado por não manter o patrão atualizado. — Vamos na casa da Polly? — Dionísio pediu alheio ao comportamento silencioso da tia. — Outro dia, estou cansada. — Ela recusou forçando um pequeno sorriso. — Mas a senhora nem ficou pra fazer o show, não pode está c
sem revisãoA voz do Roberto Carlos entoava pela cozinha através do rádio. Roberto Carlos em detalhes era um programa de rádio que acontecia todos os dias desde que os irmãos Klines se entendiam por gente. Era o problema favorito da rádio da sua avó e da sua mãe. Aquele programa era uma das poucas lembranças que os irmãos tinham da avó e uma das muitas que tinham da mãe. O programa tocava as melhores músicas do rei. Quando estava na cidade, no meio de suas obrigações e do trabalho, não perdia tempo ouvindo rádio. Mas quando estava no interior, isolado, ligava todas as manhãs no programa de rádio que começava às 8:00 h da manhã. Preparava o café da manhã enquanto ouvia as músicas e até cantava baixinho para não ser zoado pelo irmão. "Não adianta nem tentar me esquecerDurante muito tempo em sua vidaEu vou viverDetalhes tão pequenos de nós doisSão coisas muito grandes pra esquecerE a toda hora vão estar presentesVocê vai ver"Um raro sorriso sempre surgia em seu rosto diante da no
sem revisãoDimitri caminhou até o rio. Era tarde da noite, porém, o sono decidiu abandoná-lo. Estava preocupado com o irmão, e com o fato de que ele não pode mais adiar o seu retorno para Nova Iorque. Os dias no sítio apaziguaram sua mente doente, porém, temia não ter sido o suficiente. A presença de Amélia dificultou tudo. Ele mesmo aproveitou aqueles dias para colocar a cabeça em ordem. Nunca foi um homem que perdia o controle de suas emoções. Em seu casamento, Amanda gritava enquanto ele esperava e falava calmamente com a esposa, isso a deixava ainda mais irritada, o fato dela não conseguir despertar suas emoções ao ponto dele perder o controle. Dimitri sabia o que acontecia quando deixava suas emoções falarem mais alto que a razão. Deveria ter mandado o segurança levá-la de volta para a mansão, mesmo que fosse o caminho mais longo. Ela não deveria estar ali, se fazendo presente num momento em que precisava ficar o mais distante dela para que pudesse voltar a pensar com razão e nã
sem revisãoAmy permaneceu no quarto após a partida de Demétrio. Estava incomunicável. Mas tudo o que tinha que fazer era esperar o carro que o homem prometeu mandar para levá-la de volta pra casa. Só precisava aguentar algumas horas até finalmente estar de volta em casa e começar a cuidar da sua mudança para o apartamento do irmão. Começar a decidir o que fazer da sua vida porque estava mais perdida que gato em galinheiro. Uma batida soou na porta, deixando em alerta. Não perguntou quem era, afinal, havia apenas outra pessoa naquela casa e era justamente a pessoa que queria evitar. Tinha consciência de que Dimitri não a queria ali, a prova era que mal havia trocado algumas palavras desde que ela acordou no sítio que um dia pertenceu a seus avós. Ainda era estranho que o homem tenha tomado posse de tudo o que era da sua família, descobri que o sítio que um dia acreditou que seria seu agora pertencia a ele foi… doloroso, mas ver o quanto lugar ainda era bem cuidado e preservado, também
sem revisão Existe um limite que Dimitri não podia ultrapassar. Ver Amélia tomando banho com a porta do banheiro entreaberta era um desses limites. Primeiro que não deveria ter entrado sem permissão, se não houve resposta da quando a chamou, deveria ter ido embora ao invés de abrir a porta do quarto com a chave mestra, usando a desculpa esfarrapada de estar preocupado com uma recaída em Seu resfriado. Ele sabia que era papo furado, mas foi a desculpa que achou para vê-la Depois de dois dias quando o único sinal de sua presença era as bandejas vazias da comida que ele deixava na porta do seu quarto. Seu coração começou a bombear sangue com força para partes indesejáveis do seu corpo quando as Mãos de Amélia começaram a deslizar por seu corpo, tirando o excesso de sabão. Klines entremeou as mãos no cabelo e os puxou com força quando ela pousou a mão acima da tatuagem que aquela distância não conseguiu identificar o desenho. Era uma maldita surpresa descobrir que a caçula Granger guar