sem revisão
A última vez que Heloísa se sentiu tão ansiosa foi na sua fuga do internado, que tinha tudo para dar errado e no fim, deu certo. Mas ainda assim sua mente dizia que naquela noite, não teria a mesma sorte e não ajudava o fato da única pessoa que pode ser o seu apoio está perdidamente apaixonado pelo carro de Dimitri Klines. Céus! Tinha esperanças que o homem tivesse apenas sentido pena deles que estava sem transporte e lhe deu uma carona. Queria muito se apegar a isso, mas não conseguia, pensar sempre no pior era a sua natureza. Porque tudo sempre dava muito errado quando se tratava dela.— Sério, esse possante é muito maneiro… véi, valeu pela carona! Não estava conseguindo um táxi pra gente. — Pietro não parava de falar e por mais que Heloísa conseguisse ao menos manter uma postura tranquila e séria, o comportamento do colega não estava colaborando para que saísse ilesa daquela carona e o pior de tudo é que a casa de Pietro ficava mais próxima do que a dela, o homem que mais parecia um menino num parque de diversões continuou com a sua empolgação.— Aposto que custou uma grana preta! Olha, Helô… tem até porta copo.Heloísa não deixou de sorrir, Pietro era um cara incrível, estava parecendo uma criança quando se tratava de carros, o sonho da vida dele é ter o seu possante, como ele fala.— Pi, menos. — Ela repreende o colega, eles não deveriam está chamando a atenção do homem ao volante.Já era constrangedor o suficiente está no mesmo carro com o cunhado que conhecia apenas por nome, o homem que segundo os jornais da época foi o responsável pela morte da sua irmã e a ruína da família Granger, a morte da irmã foi assunto dos tablóides por um longo tempo.— Adoro quando me chama de Pi, mudou de ideia sobre o cinema? — O rapaz esqueceu que está no carro de um completo desconhecido. Aquela insistência dele a irritava, já disse não tantas vezes e não conseguia entender a razão do porque o colega continuava a constrangê-la.— Não — Helô foi rápida na resposta.— A direita, depois à esquerda — Pietro começou a orientar Dimitri, frustrado por receber outra resposta negativa de sua gordelícia. — Vou ficar na São Bernardo.Dimitri não disse nada, apenas continuou dirigindo, atento à conversa dos dois.— Boliche, poderíamos ir ao boliche amanhã à tarde e depois ir juntos para a boate. — Pietro sugeriu animado, uma vez Helô deixou escapar que adorava jogar boliche, ela ficou tentada, ele notou. Contudo, ela não cederia. Preferia manter distância das pessoas por mais incríveis que elas fossem.— Você nunca desiste? — Heloísa estava cansada, ainda assim sorriu, o sorriso que é a perdição de todos que são alvos dele, o homem engoliu em seco, ele é louco por essa mulher que não tinha medo de enfrentar um bêbado drogado para impedir que seu colega de trabalho não tivesse mais do que um nariz quebrado.— Não, uma hora você vai... — Pietro começa a dizer.— São Bernardo, onde paro? — Dimitri interrompe o momento do casal.— Em frente a oficina de bicicleta, mais adiante — o rapaz aponta. — Sim ou não? — Ele insiste ao virar-se para Heloísa, esperando uma resposta, de preferência positiva.— Sinto muito, mas não. — Ela recusa sem nunca ter pensado em dizer sim.Pietro sorriu, ao menos ela considerou a proposta, ele pôde ver.— Até amanhã — Pietro deseja quando o carro para em frente a sua casa, — valeu pela carona e por favor, leva ela em segurança pra casa. — Agradeceu a Dimitri antes de sair do carro.Agora, sozinha com Klines, Heloísa mantêm a postura relaxada, apesar de está extremamente ansiosa por se ver sozinha no carro com o homem que destruiu a vida da sua irmã, olhando pela janela, ela não queria dar sua localização, não estava pronta para voltar a ser aquela garota fraca de novo. Não queria que ele soubesse onde encontrá-la. Gostava de onde vivia apesar de ser um pouco perigoso, era barato e ficava perto de tudo.— Vai falar seu endereço ou vamos ficar parados aqui o resto da noite? — Dimitri estava impaciente. Queria acabar logo com aquilo e se livrar daquela m*****a promessa.Heloísa olhou para ele, pensou que talvez ele não a tenha reconhecido, que só quis ser gentil ao perceberem que ela e Pietro estavam sem transporte. Dimitri vai deixá-la na porta de casa e no outro dia sequer vai lembrar quem é. Poderia apostar dez reais que ele nem sequer sabe o seu nome. Mas ainda assim, não iria arriscar. Ficaria um pouco longe de casa, mas conseguiria chegar em segurança. Esperava que conseguisse chegar em segurança.— Atrás do cemitério Santa Isabel — mentiu. Deu um bocejo, o cansaço estava começando a pesar. Ela saía da loja de relógios direto para a boate. O único dia que tinha descanso era no domingo durante o dia, pois a noite trabalhava e de segunda a quarta a noite, quando a boate não era alugada para eventos.— Pode tirar um cochilo, quando chegar te acordo. — Dimitri sugere, seria mais fácil levá-la para a mansão se estivesse dormindo.Ela o ignorou e ficou a observar as ruas através da janela, Heloísa não poderia confiar nele. Com tudo o que aconteceu no passado entre ele e a irmã, era nítido que o homem não era confiável. Contudo, em algum momento cochilou e despertou por causa de um solavanco devido a um buraco na estrada. Rapidamente notou que estavam indo para o caminho oposto ao seu.— Esse não é o caminho — disse sentindo o pânico querer tomar de si.— É um atalho — Dimitri mentiu sem remorso.— Não, não é! Por favor, pare o carro. — Ela precisava sair, precisava respirar. Conhecia aquela paisagem, apesar do tempo, quase nada mudou para aquele lado. — Pare o carro! — Exigiu.Contudo Dimitri a ignorou. Não era o que ela queria, Amélia fez tudo o que queria nos últimos 10 anos, estava na hora de voltar, só assim se livraria dos sogros que insistem em permanecer na sua casa com a desculpa que Amélia era dona de parte dela e eles tinham direito por ser seus pais. Bando de abutres.— Agradeço pela carona, de verdade, mas precisa parar o carro. Esse não é o caminho para a minha casa. — Heloísa implorou, desesperada para se ver livre daquele homem, desesperada para fugir para bem longe antes que ele a levasse de volta para o seu inferno.Naquele momento percebeu que não importa o que leu nos jornais, ela não conhecia o homem ao volante. Ele era o marido da sua irmã, o que sabia era o que alguém de confiança havia lhe dito, mais apesar do que os jornais falaram e falam sobre ele, ninguém nunca comprovou a participação dele na morte da irmã, porém, o que Dimitri fez foi algo que deixou sua irmã transtornada, a levando a pegar o carro e dirigir em meio a chuva torrencial, pra fugir do marido. Direta ou indiretamente, tinha uma parcela de culpa pela morte da irmã. Também havia a sua mãe, que com certeza era o terror do homem. Anastácia Granger garantiu que todos os jornais publicasse a notícia da morte de sua primogênita dizendo que o marido era responsável por isso. Ela ainda lembra do show que a mãe deu nos jornais afirmando que o genro era o único responsável pela morte da sua filha amada.— Porque um homem como o senhor daria carona para dois ferrados que não tem nenhum tipo de vínculo com o senhor? — Ela pergunta dando-lhe o sorriso de covinha. Precisava mudar o foco da sua mente, pensar na sua irmã que sempre a machucava.Dimitri se sentiu tentado a entrar no jogo da sua cunhada, mas não o fez, ele também não sabia o que o levou a oferecer carona para um cara imbecil e uma gorda muito educada. ''Claro que você sabe'' seus pensamentos o traíram. ''Ela é a única que pode te livrar do fantasma dela'' ele odiava isso, encontrar Amélia se tornou seu objetivo depois da morte da esposa.Uma promessa que fez a Amanda antes dela morrer, com ele segurando sua mão na ambulância enquanto os paramédicos corriam contra o tempo para salvar a vida do bebê que ela carregava, por mais que diga a Augusto para desistir de encontrar a irmã, ele próprio nunca desistiu de cumprir sua promessa.— Sabe muito bem a resposta para está pergunta — a aspereza na sua voz não assustou a mulher dos olhos cor de âmbar. — Não ouse sorrir — o homem sibila em ameaça. Odiava aquele sorriso, no momento que teve certeza quem ela é, todas as vezes que sorriu lembrou-se da esposa. Como era possível duas pessoas serem tão diferentes e ao mesmo tempo tão parecidas.— Posso fazer isso se me levar para casa — Heloísa arriscou, esperançosa.— É exatamente o que estou fazendo — a frieza na sua voz deixa os pelos seu corpo eriçados, contudo, Helô aprendeu a esconder suas emoções, sejam elas quais forem.— Esse não é o caminho para a minha casa — ela lembra.— Não no lixo que provavelmente você mora, isso com certeza. — Dimitri cospe.Heloísa não se deixou abater, ele sabia, com certeza quem ela é na verdade. Se restava alguma esperança de que não soubesse, se dissipou naquele momento com aquela resposta.— Sabe, agradeço pela carona, mas é melhor eu descer aqui, volto para o lixo onde moro de táxi, pare o carro, por favor — torna a pedir sem deixar a voz oscilar. A calma que expressava no fora nem se comparava com o desespero que estava sentindo por dentro.— Não — foi a única resposta que ela obteve dele. — Você volta pra m*****a mansão comigo. — Klines rosna.— Nem pensar — e movida pelo desespero, Heloísa abriu a porta do carro e pulou.Rolou pela pista, gemeu ao sentir que havia machucado braços e joelhos, mas suportou a dor até conseguir ficar de pé, saiu correndo antes que Dimitri a alcançasse, por sorte, havia um ponto de táxi logo adiante.— Preciso de ajuda, por favor — pede em completo desespero — meu marido, ele me jogou de dentro do carro, acredito que ele queira terminar o serviço. — Mentir era a única forma de conseguir sair dali rapidamente.Os homens ficaram em alerta ao ouvir as mentiras ditas como se fossem verdades.— Eu te levarei para a delegacia — um dos taxistas se manifestou. Xingou mentalmente, tudo que ela não precisava era ir parar numa delegacia, mas era o suficiente para poder se esgueirar. Precisava sair dali o mais rápido possível.— Obrigada. — A mulher entrou no carro e se escondeu, deitando no banco de trás do carro…O homem não aceitou receber pela corrida e também queria entrar com ela na delegacia, mas ela teve a sorte de uma corrida surgir lá mesmo e o motorista se viu obrigado a deixar Helô sozinha, mas somente depois dela garantir que ficaria tudo bem.Ela nem se deu ao trabalho de entrar no prédio, conseguiu um moto táxi, chegando em casa 45 minutos depois...Quando Heloísa entrou no amplo quarto, sabia que havia duas opções para ela: voltar a ser Amélia Granger ou fugir de novo.sem revisãoDimitri estava no seu escritório, na mansão Klines, aproveitando o breve sossego que a manhã de um domingo poderia lhe dar antes que os sogros aparecessem para o aborrecer com discursos moralistas e ofensas nada discretas, claro que a tradicional família Granger não abaixava a cabeça diante das ações do genro, mesmo ele sendo dono de quase tudo que um dia já pertenceu à eles, incluindo a mansão Granger, hoje em dia Klines. Batidas na porta interrompem seu breve momento de paz.— Seu café senhor — a governanta entra sem esperar a permissão para isso.— Toma um gole primeiro — ordena seriamente, ele faz isso desde a morte de sua esposa, quando Polly, a governanta o acusou aos berros que havia matado Amanda, a menina dos olhos de toda a família Granger, não poderia correr o risco de morrer envenenado pela governanta em busca de justiça. A mulher lança um olhar altivo para ele e o obedece.— Espero que goste de beber café com saliva da criadage
sem revisão— Obrigada por vim — Heloísa estava aliviada ao ver a mulher passar pela porta do seu pequeno kit-net. — Eu iria até ao inferno por você minha, Amy. — A mulher de cabelos brancos disse carinhosamente, mas logo levou as mãos a boca, horrorizada ao perceber o estado da mulher. — O que aconteceu com você, minha menina?— Ele me achou e tentou me levar para a mansão contra a minha vontade, não tive outra escolha, senão pular do carro. — A mulher explica sem jeito. — Eu meio que estou toda arrebentada. — Esboça um sorriso envergonhada.— Ele quem? — A senhora não estava entendendo nada. — Dimitri — Helô respondeu.— Como ele a achou? — A mulher estava aflita, anos ajudando sua pequena a se esconder para tudo ser em vão por causa daquele homem. — É uma longa história — Heloísa estava cansada. — Você me conta quando eu voltar da farmácia, vou comprar alguns remédios para cuidar desses machucados. Meu
sem revisãoDimitri acabará de sair do quarto quando deu de cara com o sogro no corredor, o homem o encara de forma acusatória do mesmo modo que a sogra faz há dez anos, se não fosse pelo fato de Amélia ter 25% da casa ele poderia colocar pessoas tão indesejáveis na rua. — Soube que deixou seu filho sozinho de novo, como pode ser tão cruel com seu próprio sangue? — Seu Olavo não resiste a chance de alfinetar o genro. Ele poderia não ser alguém que convivia com o neto, mas se achava no direito de criticar Dimitri sempre que tinha a oportunidade. Dimitri o olha dos pés a cabeça, sério, frio, um homem que com certeza é não se deixa afetar por emoções sem sentido. Era risível que o homem à sua frente quisesse criticá-lo por ser um péssimo pai. Ele vendeu a própria filha em troca de dinheiro. — É muita hipocrisia essa pergunta vindo do homem que vendeu a própria filha e mandou a outra para um internato por ela ser gorda, o que faço com meu filho nem
sem revisão— Olá, Augusto.Guto esperou dez anos para rever a irmã e tudo que ela diz é ''Olá,Augusto?'' educadamente como se nada tivesse acontecido. Um simples encontro casual entre irmãos. Ele não sabia o que fazer. Como agir. Estava diante da sua irmã. Sua única irmã. Sua irmãzinha, que era pequena e frágil, a irmã caçula que ele e sua outra metade protegeram quando criança mas que foi afastada deles na adolescência. Amélia estava viva, aparentemente saudável e linda. E aquilo era um grande alívio. O filho da p*ta do cunhado estava errado, ela não estava morta e iria esfregar aquilo na cara dele com prazer. — Que se dane! — Ele esperou tanto tempo por aquele reencontro que não fazia sentido perder tempo com pensamentos idiotas. Deu alguns passos, abraçando sua irmãzinha amada.Amélia aceitou o abraço, o coração acelerado, pensou que jamais voltaria a ver o irmão, nem sequer cogitou essa possibilidade quando entrou no hospital em busca de informações
sem revisãoDemétrio observava enquanto o irmão analisava a proposta de uma empresa chinesa para exportação de arroz. Ele estava concentrado, não demonstrava estar nem um pouco abalado pela forma irresponsável que deu a Amélia a notícia sobre o pai. — Fala — Dimitri ordenou sabendo que o irmão estava com aquilo entalado na garganta. Mesmo depois de tudo o que passaram, ele ainda era alguém de bom coração que se importava demais com as pessoas. — Poderia ter sido mais empático com Amélia — Demétrio censura o irmão, que continuou a analisar o documento. Ele pode ser dona de metade da antiga cosmética Granger, mas jamais deixou de lado seus outros investimentos, a cosmética foi um mero capricho, mas que está lhe rendendo bons lucros. Sabia que o irmão estava incomodado pela forma que ele tratou um assunto tão delicado desde que saíram daquela loja cheirando a mofo e poeira. — Hum, ok — Dimitri disse sem se importar se foi correto ou não a forma como deu a notícia sobre o pai a cunhada
sem revisãoHeloísa, vulgo Amélia, passou a noite acordada sem conseguir pregar os olhos. Todos os acontecimentos dos dias anteriores pesaram, sentia vontade de nunca mais levantar da cama, porém, não tinha escolha. Ainda era uma assalariada que precisava pagar as contas em dia. Passou a noite pensando sobre sua antiga vida, chegou a conclusão que não queria voltar. O breve encontro com dona Anastácia foi o suficiente para descartar qualquer possibilidade. O irmão teria que aceitar sua decisão. Não se tratava dele e de mais ninguém, se tratava dela. De como se sentia. E naquele momento sentia que não tinha psicológico para lidar com toda a m*rda que sua família estava atolada por causa da ganância. Quando se lembrava do que fizeram com a irmã, se sentia nauseada. Levantou-se sem vontade de realmente fazê-lo, queria ficar o dia no conforto da sua cama. Mas como todo o brasileiro pobre, precisava colocar o cropped e ir trabalhar. Sabia que bastava voltar para a família para seus proble
sem revisão"P*ta" aquela palavra definia como Amélia se sentia naquele momento, ela estava p*ta pela cara de pau do cunhado em aparecer na sua casa, quase dez horas da noite. Dimitri simplesmente puxou uma das cadeiras de plástico e sentou como se fosse o dono supremo do lugar. Como se o seu pequeno kitnet não o incomodasse. Parecia confiante. — Vai vestir uma roupa ou vamos negociar com você assim? — Klines sabia que ela estava com raiva e estava fazendo aquilo apenas para provocá-la ainda mais. Para se livrar dele, era quase uma certeza que aceitaria sua proposta irrecusável. — Está incomodado? Porque eu estou tranquila. — Amélia sorriu em resposta a provocação do cunhado. Apertou bem a ponta da toalha, se empertigou e puxou a pasta das mãos grandes e bem cuidadas do homem à sua frente. Caminhou até a sua cama, sentou-se e começou a ler os documentos. Quase teve um ataque cardíaco quando viu o valor que Klines estava disposto a pagar pela sua parte na casa
sem revisãoDepois do trabalho, Amy foi para o apartamento do irmão. Era um lugar bonito, espaçoso e moderno. Polly não havia contado que o irmão comprou seu próprio apartamento. Pensava que o seu menino ficava em um hotel. Augusto construiu uma vida na Holanda. Mas dividia seu tempo entre lá e cá para procurar a irmã e impedir que Klines desse um jeito de um roubar o que era dela. Por isso vivia em em cima dele. Amélia não entendia de finanças, seu conhecimento em negociações se limitava em ir na feira e pechinchar o valor das carnes e Hortifruti. Decidiu consultá-lo antes de tomar qualquer decisão sobre vender sua porcentagem na casa para Klines. — Gosto daqui — Amélia sentia uma energia boa no lugar. Mais ainda assim, não parecia um lar.— Pode muda-se para cá — Guto não perderia a chance de tentar tirar a irmã daquele buraco no qual vive. — Tentador, mas se eu vender minha parte na mansão, posso comprar o meu próprio lar. — Ainda estava com a ideia de comprar sua própria casa. Q