Dimitri chegou cedo na boate de quinta categoria, a única vantagem é o fato de ser um lugar discreto, Demétrio o encontraria lá, ficou satisfeito quando avistou a beldade de curvas perfeitas fazendo a passagem do som com uma mulher de tão belas curvas quanto ela.
Não era Heloísa para estar fazendo isso? Perguntou a si mesmo em pensamento.A mulher gorda, baixa e cabelo que caia em pequenas ondas?Ele sentiu certa admiração por ela, uma mulher competente, cantora incrível e uma bartender excepcional, é uma pena que tenha um corpo tão desproporcional para tantas qualidades.— senhor Klines, chegou cedo — o dono da boate cumprimentou surpreso pelo homem realmente ter voltado ao seu estabelecimento. — posso levá-lo à área vip? — Osório estava animado com a ideia do homem à sua frente trazer clientes importantes ao seu estabelecimento.Então notou que o homem de prestígio não tirava os olhos da sua cantora mais bonita e mais desejada. Não era novidade que homens como ele fossem até ali por causa de Mackenna. O dono da boate pagava uma bela comissão à cantora quando aqueles casos aconteciam. Ela só tinha que tratar bem os clientes vips.— Pode ir para a área vip e logo pedirei a Mackenna para lhe fazer companhia, enquanto isso gostaria de um drink? — O homem pergunta ao perceber que só ele fala.— Sim, uísque duplo e claro, assim que possível, quero a companhia de Mackenna. — Dimitri parecia uma pedra de gelo, deu meia volta e seguiu em direção às escadas...Não demorou para o bartender aparecer com um copo e uma garrafa de uísque, curioso o fato de ter dois bartender e apenas um o servia.— Você é o único funcionário desse lixo? — Dimitri estava curioso. Normalmente, os bartenders faziam questão de servi-lo devido à esperança de receber generosas gorjetas. Mas a outra sequer fez caso de ir até ele.— Não, mas Heloísa ainda não chegou e ela cuida dos drinks e da criação deles. — Dimitri percebeu certa emoção quando o homem à sua frente falou da colega de trabalho.— É por isso que só você serve a área vip? — Klines ainda não entendia o porque queria saber o motivo da mulher tão competente não ter subido na noite anterior para servi-lo, notou que era patético questioná-lo por algo tão… trivial.— Está bem, pode trazer um drink de coco daqui a meia hora? — Dimitri perguntou dispensando o rapaz em seguida.— Sim, senhor — O rapaz assentiu e retirou-se rapidamente.Dimitri estava lá por ser um lugar discreto, também havia Mackenna, a deusa de cabelos afros que o levou a loucura na noite anterior, uma noite a mais não causaria nenhum estrago, nem um dano, nem uma paixão que pode levá-lo a fazer um acordo com a família para poder garantir o objeto de seu interesse.— Ora, ora, o homem sem nome, Osório disse que o cliente mais importante dele estava à minha espera. — Mackenna apareceu na área reservada a ele, que estava sentado numa poltrona não muito confortável.— Posso garantir que não estou aqui pela música — A voz dele saiu como sopro que provocou arrepios a bela mulher despudorada.— Que deselegante, mas aposto que a cantora também é do seu agrado — Mack senta de pernas abertas no colo dele, — e de como ela sabe agradar alguém para se tornar um admirador de sua arte. — Pega uma das mãos fortes e firmes, a levando a seu delicado s3io, que cabia perfeitamente na palma de sua mão.— Estou ansioso para que me convença — Dimitri deixa o copo na mesa ao lado da poltrona, levando a mão livre ao traseiro da mulher esbelta.— Mas palavras vazias não valem nada sem ação — ele sussurrou apertando o s3io da cantora com delicadeza, arrancando suspiros de prazer da mulher…Mackenna estava ajeitando a saia quando escutou uma nota desafinada vindo do palco no andar inferior.— Não acredito que essa vaca andou cheirando de novo antes do show! — A mulher exclamou furiosa pelo fato de ter que pedir outro favor a Helô, droga, Osório foi claro na noite anterior que não abriria mão da senhorita perfeita para cantar nesta noite.— Para alguém que acabou de ser levada a um orgasmo intenso você ficou bem abalada por uma nota ruim — Dimitri comenta depois de fechar a braguilha da calça.— Marília me tira do sério — a mulher confessa ao ouvir uma nota mais desafinada do que a outra.— E a que cantou com você ontem? Ela canta muito bem. — O homem pergunta sem se importar muito com a aflição no rosto da cantora.— É sábado, o bar fica lotado , Heloísa é a melhor fazendo os drinks, Osório não vai liberar ela do bar hoje nem que pagasse. — Mack odiava o fato de Pietro não ser competente o suficiente para preparar os drinks temáticos sozinho, o homem se enrolava todo quando estava sufoco e ficava sozinho no bar. — E ela não gosta de cantar, volto depois do show. — A mulher que parecia uma deusa vai até ele e o beija sensualmente — nossa noite ainda não acabou. — O desejo na voz de Mackenna era evidente.Ele a puxa de volta para si, abocanhando sua boca perfeita com uma voracidade sem igual, um beijo que foi interrompido por um barulho de vidro quebrando e gritos vindos do andar inferior.— Malcolm — Mackenna lamentou com pesar.— Quem é Malcolm? — Dimitri ficou furioso pela interrupção.— Um idiota metido a garanhão — ela explica levantando e abaixando a saia. — Se quiser nos dar apoio, será bem-vindo. — Avisa descendo as escadas estreitas.Contrariado, ele decide seguir a moça de belos cabelos de parafusos. Ela passou pela pista seguindo direto para o bar, onde encontrou Pietro com o nariz quebrado, Osório o ajudando e Heloisa conversando baixinho com Malcolm, dando o seu típico e encantador sorriso de covinha na bochecha.Ela segurava as mãos do homem que parecia tentar recuperar o controle à alguns minutos, Dimitri se concentrou na bartender, com sua doçura e sorriso perfeito, os olhos fixos no homem cheios de compreensão. Olhando bem para ela, a bartender lembrava muito alguém, só não conseguia dizer quem.— Ela é boa demais para esse lugar, não sei como consegue lidar com ele. — Mackenna estava furiosa, olhando para Malcom, mas mantendo distância do seu ex-namorado, agressor de mulheres e noiado, mas que se deixava levar pelo sorriso doce da amiga, pela calma que ela transmitia a qualquer um, uma beleza rara, um anjo perfeito. Eram palavras dele, não dela. O ex tinha um encantamento pela colega de trabalho que não sabia explicar, não era interesse físico, era mais um sentimento de gratidão por ela tratá-lo bem apesar de todas as suas falhas. A própria já se safou de uma surra por causa da colega. Pensando bem, ela devia bastante a Heloísa.— Tem certeza que o nome dessa mulher é Heloísa? — Dimitri pergunta olhando para a bartender com ainda mais atenção, na curva de seus lábios quando sorria, a covinha na bochecha direita, tão parecido com… não, não pode ser, ele pensou ao reparar um cacho pender pelo rosto redondo da mulher. Seria coincidência demais e pelo tempo… deveria está morta.— Sim, é Heloísa, porque a dúvida? — Mackenna para no meio do caminho ao ouvir a pergunta curiosa e percebe o olhar atento do homem em sua amiga ou quase amiga, Helô não deixava ninguém se aproximar dela, Heloísa a considerava apenas sua colega de trabalho, apenas isso.O engraçado é que todos a consideravam como amiga, parceira para todas as horas, com exceção de Mackenna que às vezes se irritava com a insistência da mulher em desperdiçar o dom que Deus lhe deu. Mas apesar de tudo, naquele momento Mackenna sentiu que deveria proteger a colega do olhar curioso do seu amante, protegê-la das garras daquele homem que tudo que pode fazer é roubar sua inocência, a pureza daqueles olhos cor de âmbar, Helô não saberia lidar com um homem como Dimitri, ela merecia muito mais que ser a diversão de um homem, pois ela não era como Mackenna, nunca seria.— Pelo visto a situação foi contornada, que tal subir e continuar de onde paramos? — Mackenna se insinua para Dimitri porém não deu certo, nem um pouco, ele a ignorou e saiu andando até a Heloísa.— Está tudo bem? — Ele pergunta parando de frente para Malcolm e Helô, que ficou bastante chocada ao ver o enorme homem parar em sua frente.— Está tudo, beleza, desculpa pela algazarra mais o imbecil do Pietro não quis me vender uma dose de vodca mas a Helô me ajudou. — o homem que estava visivelmente bêbado explica a situação diante da imponência que Klines causava com sua presença, ele continuou olhando para Heloísa, esperando uma resposta, mas ela simplesmente pareceu ficar muda, as emoções dela estavam a mil, com certeza esse era o homem da noite anterior, com certeza ele estava olhando para Mackenna, não para ela como havia pensado antes e sim, com certeza Demétrio e esse homem são irmãos ou seja, o homem a frente dela é Dimitri Klines, seu cunhado, o homem responsável pela morte da sua irmã e ele estava com a Mack.— Está tudo bem. Helô, pode deixar que eu cuido deles agora. — Osório interveio como se tivesse ouvido seus pensamentos de desespero da sua funcionária.— Você não me respondeu — Dimitri a lembra friamente, mas sempre atento a qualquer movimento da bartender. Qualquer coisa que pudesse confirmar suas suspeitas.— Desculpa, estou bem. Com licença. — A moça pede, levantando-se e saindo o mais rápido possível de perto dele, Heloísa saiu correndo com a desculpa de que precisava fazer algo urgente, naquele momento, com a necessidade da mulher de se afastar dele, Dimitri soube que era ela…Se concentrar no trabalho foi fácil, Heloísa estava acostumada com situações difíceis, o que ela não conseguia entender é o que Dimitri está fazendo em uma boate como a Star Wars.— Três sabres de luz — Pietro grita. — Três princesas Leias e duas estrelas da morte.Heloísa preparou tudo com rapidez e muita eficiência, sem se enrolar no processo, ela se orgulhava disso, ser a Heloísa, uma mulher independente, que tinha dois empregos e tinha bons colegas de trabalho, gostava de não ser aquela adolescente que vivia às sombras dos irmãos, a pobre menina inocente que precisava ser protegida, a doce e vulnerável irmã gorda dos gêmeos perfeição…— Escutou como Marília desafinou? — Pietro perguntou enquanto Helô preparava um drink chamado mestre Yoda.— Sim, mas isso não é problema meu, ela é a back vocal da Mackenna, não eu. — Ela o lembra sem desviar a atenção da decoração dos drinks feitos com abacate e cachaça de jambú…Heloísa esperava sentada enquanto Pietro tentava conseguir um táxi para eles aquela hora da madrugada, viu o colega encerrar a ligação não muito satisfeito e para o seu desespero, viu Dimitri se aproximar dele, o homem surgiu do nada, falou alguma coisa que acenderam os olhos do bartender, fazendo-o abrir um sorriso de gratidão, o rapaz se voltou para ela, a chamando feliz depois que o homem saiu da boate.— O táxi chegou? — Ela perguntou esperançosa para chegar logo em casa e aproveitar o seu dia de folga.— Muito melhor — ele pegou em seu braço e a levou para fora do Star Wars, um carro estava parado na saída da boate.— Égua do carro maneiro! — Pietro exclama animado ao abrir a porta do carona. "Aquilo só podia ser brincadeira!" — A mulher pensou em desespero, olhou em volta na esperança de ver ao menos um mototaxista, nada, a rua estava um deserto e não tinha condições de voltar sozinha para casa. Heloísa respirou fundo e acabou fazendo o mesmo que o colega, abriu a porta do passageiro, sentou ao lado de Pietro, quando ela bateu a porta do carro, Dimitri deu partida…sem revisãoA última vez que Heloísa se sentiu tão ansiosa foi na sua fuga do internado, que tinha tudo para dar errado e no fim, deu certo. Mas ainda assim sua mente dizia que naquela noite, não teria a mesma sorte e não ajudava o fato da única pessoa que pode ser o seu apoio está perdidamente apaixonado pelo carro de Dimitri Klines. Céus! Tinha esperanças que o homem tivesse apenas sentido pena deles que estava sem transporte e lhe deu uma carona. Queria muito se apegar a isso, mas não conseguia, pensar sempre no pior era a sua natureza. Porque tudo sempre dava muito errado quando se tratava dela. — Sério, esse possante é muito maneiro… véi, valeu pela carona! Não estava conseguindo um táxi pra gente. — Pietro não parava de falar e por mais que Heloísa conseguisse ao menos manter uma postura tranquila e séria, o comportamento do colega não estava colaborando para que saísse ilesa daquela carona e o pior de tudo é que a casa de Pietro ficava mais próxima do que a dela, o homem que m
sem revisãoDimitri estava no seu escritório, na mansão Klines, aproveitando o breve sossego que a manhã de um domingo poderia lhe dar antes que os sogros aparecessem para o aborrecer com discursos moralistas e ofensas nada discretas, claro que a tradicional família Granger não abaixava a cabeça diante das ações do genro, mesmo ele sendo dono de quase tudo que um dia já pertenceu à eles, incluindo a mansão Granger, hoje em dia Klines. Batidas na porta interrompem seu breve momento de paz.— Seu café senhor — a governanta entra sem esperar a permissão para isso.— Toma um gole primeiro — ordena seriamente, ele faz isso desde a morte de sua esposa, quando Polly, a governanta o acusou aos berros que havia matado Amanda, a menina dos olhos de toda a família Granger, não poderia correr o risco de morrer envenenado pela governanta em busca de justiça. A mulher lança um olhar altivo para ele e o obedece.— Espero que goste de beber café com saliva da criadage
sem revisão— Obrigada por vim — Heloísa estava aliviada ao ver a mulher passar pela porta do seu pequeno kit-net. — Eu iria até ao inferno por você minha, Amy. — A mulher de cabelos brancos disse carinhosamente, mas logo levou as mãos a boca, horrorizada ao perceber o estado da mulher. — O que aconteceu com você, minha menina?— Ele me achou e tentou me levar para a mansão contra a minha vontade, não tive outra escolha, senão pular do carro. — A mulher explica sem jeito. — Eu meio que estou toda arrebentada. — Esboça um sorriso envergonhada.— Ele quem? — A senhora não estava entendendo nada. — Dimitri — Helô respondeu.— Como ele a achou? — A mulher estava aflita, anos ajudando sua pequena a se esconder para tudo ser em vão por causa daquele homem. — É uma longa história — Heloísa estava cansada. — Você me conta quando eu voltar da farmácia, vou comprar alguns remédios para cuidar desses machucados. Meu
sem revisãoDimitri acabará de sair do quarto quando deu de cara com o sogro no corredor, o homem o encara de forma acusatória do mesmo modo que a sogra faz há dez anos, se não fosse pelo fato de Amélia ter 25% da casa ele poderia colocar pessoas tão indesejáveis na rua. — Soube que deixou seu filho sozinho de novo, como pode ser tão cruel com seu próprio sangue? — Seu Olavo não resiste a chance de alfinetar o genro. Ele poderia não ser alguém que convivia com o neto, mas se achava no direito de criticar Dimitri sempre que tinha a oportunidade. Dimitri o olha dos pés a cabeça, sério, frio, um homem que com certeza é não se deixa afetar por emoções sem sentido. Era risível que o homem à sua frente quisesse criticá-lo por ser um péssimo pai. Ele vendeu a própria filha em troca de dinheiro. — É muita hipocrisia essa pergunta vindo do homem que vendeu a própria filha e mandou a outra para um internato por ela ser gorda, o que faço com meu filho nem
sem revisão— Olá, Augusto.Guto esperou dez anos para rever a irmã e tudo que ela diz é ''Olá,Augusto?'' educadamente como se nada tivesse acontecido. Um simples encontro casual entre irmãos. Ele não sabia o que fazer. Como agir. Estava diante da sua irmã. Sua única irmã. Sua irmãzinha, que era pequena e frágil, a irmã caçula que ele e sua outra metade protegeram quando criança mas que foi afastada deles na adolescência. Amélia estava viva, aparentemente saudável e linda. E aquilo era um grande alívio. O filho da p*ta do cunhado estava errado, ela não estava morta e iria esfregar aquilo na cara dele com prazer. — Que se dane! — Ele esperou tanto tempo por aquele reencontro que não fazia sentido perder tempo com pensamentos idiotas. Deu alguns passos, abraçando sua irmãzinha amada.Amélia aceitou o abraço, o coração acelerado, pensou que jamais voltaria a ver o irmão, nem sequer cogitou essa possibilidade quando entrou no hospital em busca de informações
sem revisãoDemétrio observava enquanto o irmão analisava a proposta de uma empresa chinesa para exportação de arroz. Ele estava concentrado, não demonstrava estar nem um pouco abalado pela forma irresponsável que deu a Amélia a notícia sobre o pai. — Fala — Dimitri ordenou sabendo que o irmão estava com aquilo entalado na garganta. Mesmo depois de tudo o que passaram, ele ainda era alguém de bom coração que se importava demais com as pessoas. — Poderia ter sido mais empático com Amélia — Demétrio censura o irmão, que continuou a analisar o documento. Ele pode ser dona de metade da antiga cosmética Granger, mas jamais deixou de lado seus outros investimentos, a cosmética foi um mero capricho, mas que está lhe rendendo bons lucros. Sabia que o irmão estava incomodado pela forma que ele tratou um assunto tão delicado desde que saíram daquela loja cheirando a mofo e poeira. — Hum, ok — Dimitri disse sem se importar se foi correto ou não a forma como deu a notícia sobre o pai a cunhada
sem revisãoHeloísa, vulgo Amélia, passou a noite acordada sem conseguir pregar os olhos. Todos os acontecimentos dos dias anteriores pesaram, sentia vontade de nunca mais levantar da cama, porém, não tinha escolha. Ainda era uma assalariada que precisava pagar as contas em dia. Passou a noite pensando sobre sua antiga vida, chegou a conclusão que não queria voltar. O breve encontro com dona Anastácia foi o suficiente para descartar qualquer possibilidade. O irmão teria que aceitar sua decisão. Não se tratava dele e de mais ninguém, se tratava dela. De como se sentia. E naquele momento sentia que não tinha psicológico para lidar com toda a m*rda que sua família estava atolada por causa da ganância. Quando se lembrava do que fizeram com a irmã, se sentia nauseada. Levantou-se sem vontade de realmente fazê-lo, queria ficar o dia no conforto da sua cama. Mas como todo o brasileiro pobre, precisava colocar o cropped e ir trabalhar. Sabia que bastava voltar para a família para seus proble
sem revisão"P*ta" aquela palavra definia como Amélia se sentia naquele momento, ela estava p*ta pela cara de pau do cunhado em aparecer na sua casa, quase dez horas da noite. Dimitri simplesmente puxou uma das cadeiras de plástico e sentou como se fosse o dono supremo do lugar. Como se o seu pequeno kitnet não o incomodasse. Parecia confiante. — Vai vestir uma roupa ou vamos negociar com você assim? — Klines sabia que ela estava com raiva e estava fazendo aquilo apenas para provocá-la ainda mais. Para se livrar dele, era quase uma certeza que aceitaria sua proposta irrecusável. — Está incomodado? Porque eu estou tranquila. — Amélia sorriu em resposta a provocação do cunhado. Apertou bem a ponta da toalha, se empertigou e puxou a pasta das mãos grandes e bem cuidadas do homem à sua frente. Caminhou até a sua cama, sentou-se e começou a ler os documentos. Quase teve um ataque cardíaco quando viu o valor que Klines estava disposto a pagar pela sua parte na casa