Dimitri chegou cedo na boate de quinta categoria, a única vantagem é o fato de ser um lugar discreto, Demétrio o encontraria lá, ficou satisfeito quando avistou a beldade de curvas perfeitas fazendo a passagem do som com uma mulher de tão belas curvas quanto ela.Não era Heloísa para estar fazendo isso? Perguntou a si mesmo em pensamento.A mulher gorda, baixa e cabelo que caia em pequenas ondas? Ele sentiu certa admiração por ela, uma mulher competente, cantora incrível e uma bartender excepcional, é uma pena que tenha um corpo tão desproporcional para tantas qualidades. — senhor Klines, chegou cedo — o dono da boate cumprimentou surpreso pelo homem realmente ter voltado ao seu estabelecimento. — posso levá-lo à área vip? — Osório estava animado com a ideia do homem à sua frente trazer clientes importantes ao seu estabelecimento. Então notou que o homem de prestígio não tirava os olhos da sua cantora mais bonita e mais desejada. Não era novidade que homens c
sem revisãoA última vez que Heloísa se sentiu tão ansiosa foi na sua fuga do internado, que tinha tudo para dar errado e no fim, deu certo. Mas ainda assim sua mente dizia que naquela noite, não teria a mesma sorte e não ajudava o fato da única pessoa que pode ser o seu apoio está perdidamente apaixonado pelo carro de Dimitri Klines. Céus! Tinha esperanças que o homem tivesse apenas sentido pena deles que estava sem transporte e lhe deu uma carona. Queria muito se apegar a isso, mas não conseguia, pensar sempre no pior era a sua natureza. Porque tudo sempre dava muito errado quando se tratava dela. — Sério, esse possante é muito maneiro… véi, valeu pela carona! Não estava conseguindo um táxi pra gente. — Pietro não parava de falar e por mais que Heloísa conseguisse ao menos manter uma postura tranquila e séria, o comportamento do colega não estava colaborando para que saísse ilesa daquela carona e o pior de tudo é que a casa de Pietro ficava mais próxima do que a dela, o homem que m
sem revisãoDimitri estava no seu escritório, na mansão Klines, aproveitando o breve sossego que a manhã de um domingo poderia lhe dar antes que os sogros aparecessem para o aborrecer com discursos moralistas e ofensas nada discretas, claro que a tradicional família Granger não abaixava a cabeça diante das ações do genro, mesmo ele sendo dono de quase tudo que um dia já pertenceu à eles, incluindo a mansão Granger, hoje em dia Klines. Batidas na porta interrompem seu breve momento de paz.— Seu café senhor — a governanta entra sem esperar a permissão para isso.— Toma um gole primeiro — ordena seriamente, ele faz isso desde a morte de sua esposa, quando Polly, a governanta o acusou aos berros que havia matado Amanda, a menina dos olhos de toda a família Granger, não poderia correr o risco de morrer envenenado pela governanta em busca de justiça. A mulher lança um olhar altivo para ele e o obedece.— Espero que goste de beber café com saliva da criadage
sem revisão— Obrigada por vim — Heloísa estava aliviada ao ver a mulher passar pela porta do seu pequeno kit-net. — Eu iria até ao inferno por você minha, Amy. — A mulher de cabelos brancos disse carinhosamente, mas logo levou as mãos a boca, horrorizada ao perceber o estado da mulher. — O que aconteceu com você, minha menina?— Ele me achou e tentou me levar para a mansão contra a minha vontade, não tive outra escolha, senão pular do carro. — A mulher explica sem jeito. — Eu meio que estou toda arrebentada. — Esboça um sorriso envergonhada.— Ele quem? — A senhora não estava entendendo nada. — Dimitri — Helô respondeu.— Como ele a achou? — A mulher estava aflita, anos ajudando sua pequena a se esconder para tudo ser em vão por causa daquele homem. — É uma longa história — Heloísa estava cansada. — Você me conta quando eu voltar da farmácia, vou comprar alguns remédios para cuidar desses machucados. Meu
sem revisãoDimitri acabará de sair do quarto quando deu de cara com o sogro no corredor, o homem o encara de forma acusatória do mesmo modo que a sogra faz há dez anos, se não fosse pelo fato de Amélia ter 25% da casa ele poderia colocar pessoas tão indesejáveis na rua. — Soube que deixou seu filho sozinho de novo, como pode ser tão cruel com seu próprio sangue? — Seu Olavo não resiste a chance de alfinetar o genro. Ele poderia não ser alguém que convivia com o neto, mas se achava no direito de criticar Dimitri sempre que tinha a oportunidade. Dimitri o olha dos pés a cabeça, sério, frio, um homem que com certeza é não se deixa afetar por emoções sem sentido. Era risível que o homem à sua frente quisesse criticá-lo por ser um péssimo pai. Ele vendeu a própria filha em troca de dinheiro. — É muita hipocrisia essa pergunta vindo do homem que vendeu a própria filha e mandou a outra para um internato por ela ser gorda, o que faço com meu filho nem
sem revisão— Olá, Augusto.Guto esperou dez anos para rever a irmã e tudo que ela diz é ''Olá,Augusto?'' educadamente como se nada tivesse acontecido. Um simples encontro casual entre irmãos. Ele não sabia o que fazer. Como agir. Estava diante da sua irmã. Sua única irmã. Sua irmãzinha, que era pequena e frágil, a irmã caçula que ele e sua outra metade protegeram quando criança mas que foi afastada deles na adolescência. Amélia estava viva, aparentemente saudável e linda. E aquilo era um grande alívio. O filho da p*ta do cunhado estava errado, ela não estava morta e iria esfregar aquilo na cara dele com prazer. — Que se dane! — Ele esperou tanto tempo por aquele reencontro que não fazia sentido perder tempo com pensamentos idiotas. Deu alguns passos, abraçando sua irmãzinha amada.Amélia aceitou o abraço, o coração acelerado, pensou que jamais voltaria a ver o irmão, nem sequer cogitou essa possibilidade quando entrou no hospital em busca de informações
sem revisãoDemétrio observava enquanto o irmão analisava a proposta de uma empresa chinesa para exportação de arroz. Ele estava concentrado, não demonstrava estar nem um pouco abalado pela forma irresponsável que deu a Amélia a notícia sobre o pai. — Fala — Dimitri ordenou sabendo que o irmão estava com aquilo entalado na garganta. Mesmo depois de tudo o que passaram, ele ainda era alguém de bom coração que se importava demais com as pessoas. — Poderia ter sido mais empático com Amélia — Demétrio censura o irmão, que continuou a analisar o documento. Ele pode ser dona de metade da antiga cosmética Granger, mas jamais deixou de lado seus outros investimentos, a cosmética foi um mero capricho, mas que está lhe rendendo bons lucros. Sabia que o irmão estava incomodado pela forma que ele tratou um assunto tão delicado desde que saíram daquela loja cheirando a mofo e poeira. — Hum, ok — Dimitri disse sem se importar se foi correto ou não a forma como deu a notícia sobre o pai a cunhada
sem revisãoHeloísa, vulgo Amélia, passou a noite acordada sem conseguir pregar os olhos. Todos os acontecimentos dos dias anteriores pesaram, sentia vontade de nunca mais levantar da cama, porém, não tinha escolha. Ainda era uma assalariada que precisava pagar as contas em dia. Passou a noite pensando sobre sua antiga vida, chegou a conclusão que não queria voltar. O breve encontro com dona Anastácia foi o suficiente para descartar qualquer possibilidade. O irmão teria que aceitar sua decisão. Não se tratava dele e de mais ninguém, se tratava dela. De como se sentia. E naquele momento sentia que não tinha psicológico para lidar com toda a m*rda que sua família estava atolada por causa da ganância. Quando se lembrava do que fizeram com a irmã, se sentia nauseada. Levantou-se sem vontade de realmente fazê-lo, queria ficar o dia no conforto da sua cama. Mas como todo o brasileiro pobre, precisava colocar o cropped e ir trabalhar. Sabia que bastava voltar para a família para seus proble