Eu estava parada em frente à mala aberta, meu coração pesado enquanto encarava a realidade que me cercava. Em uma única noite, minha vida havia mudado radicalmente; agora, eu estava prestes a deixar tudo o que conhecia para trás e me aventurar em um mundo desconhecido. Um mundo onde era vista como uma estranha, onde os sobrenaturais me olhavam com desconfiança e desprezo. O medo do que estava por vir se mesclava à ansiedade, e eu me sentia como se estivesse prestes a saltar de um penhasco sem saber o que encontraria lá embaixo.
Alaric, encostado na porta, observava em silêncio. Ele sempre fora meu apoio, mas agora me deixaria seguir sozinha. Virei-me para ele, a frustração começando a brotar. "Por que você não pode me acompanhar para essa escola?" Perguntei, a voz trêmula. "Eu não quero ir sozinha."
Ele suspirou, seu olhar sério. "Kallista, no reino dos lobos e dos vampiros, eu sou visto como um bastardo, um filho fora do casamento. Não sou bem-vindo lá. Assim que você estiver segura, eu voltarei para o reino feérico. Mas saiba que você jamais estará sozinha. Estarei sempre ao seu lado, mesmo que à distância."
As palavras dele ecoaram em minha mente, mas o desespero de estar sozinha em um lugar tão hostil ainda me consumia. Com um último olhar para a mala, terminei de arrumar minhas coisas, sentindo-me cada vez mais nostálgica.
Logo, dois homens enormes estavam na porta de minha casa. Um deles era alto, levemente pálido, com cabelos negros e olhos escuros. Ele se apresentou como Adrian, um dos professores da escola e vampiro. O outro era Fenrys, o lobo que me visitara na noite passada. Ele era imponente, com cabelos curtos e loiros, e grandes olhos verdes que pareciam brilhar na luz. Ambos possuíam uma beleza quase assustadora.
"Você só pode levar roupas," Adrian explicou, seu tom sério. "Nada do mundo humano pode atravessar o portal, nem mesmo livros."
Assenti, meu coração apertando enquanto os dois inspecionavam minhas malas, garantindo que não havia nada que pudesse comprometer minha segurança. Assim que terminaram, se afastaram, permitindo que me despedisse de meus pais.
Estava sentada no banco de trás do carro, perdida em meus pensamentos, enquanto a paisagem passava rapidamente pela janela. Já fazia uma hora desde que havíamos partido, e minha mente estava cheia de perguntas. O que exatamente me esperava no mundo sobrenatural? Imaginei que talvez houvesse um portal mágico, algo mais encantador e menos aterrorizante do que o que acabara de atravessar.
Fenrys, que dirigia, percebeu minha inquietação. "A magia não é um meio alternativo para se atravessar para o mundo sobrenatural," ele disse, e fiquei surpresa por ele ter falado exatamente o que eu havia me perguntado mentalmente. Como ele sabia?
"Como você é metade loba, eu consigo ler a sua mente," Fenrys explicou, sua voz tranquila. "E quando você tiver treinamento, poderá fazer o mesmo comigo." Ele sorriu levemente, quase divertido. "Por enquanto, ao invés de pensar, você acaba gritando suas perguntas. Isso é normal para aqueles que ainda não têm aprendizado."
Não pude evitar uma risada tímida. A ideia de estar gritando em minha mente era embaraçosa, mas apreciava a leveza que Fenrys trazia para a situação. Curiosa, me virei para Adrian. "E você? Também pode se comunicar por telepatia?"
Adrian balançou a cabeça, um sorriso no rosto. "Isso é algo exclusivo dos lobos. Os vampiros têm outras habilidades, mas a telepatia não é uma delas."
Apesar da seriedade da situação, me sentia incrivelmente confortável com os dois. Havia uma bondade neles, mesmo que fossem reservados. A conversa ajudava a acalmar o turbilhão de emoções dentro de mim.
"Estamos perto do portal," Adrian anunciou, e senti meu coração acelerar. O que seria aquele lugar? Olhei pela janela e vi um enorme muro de pedra à frente. O desespero tomou conta de mim. "Vocês estão vendo o muro, certo?!" Alertei, segurando-me no banco, mas os dois apenas trocaram olhares tranquilos.
"Esse é o portal para o mundo sobrenatural," Fenrys disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não queria imaginar o carro colidindo contra aquela parede sólida. O medo me consumia.
Antes que pudesse pensar em outra coisa, fechei os olhos e, em um instante, tudo mudou. Quando os abri novamente, estava em um lugar completamente diferente. O muro parecia intacto atrás de nós, e o carro ainda estava em movimento, mas agora eu estava oficialmente no mundo sobrenatural.
Eu estava parada em frente à mala aberta, meu coração pesado enquanto encarava a realidade que me cercava. Em uma única noite, minha vida havia mudado radicalmente; agora, eu estava prestes a deixar tudo o que conhecia para trás e me aventurar em um mundo desconhecido. Um mundo onde era vista como uma estranha, onde os sobrenaturais me olhavam com desconfiança e desprezo. O medo do que estava por vir se mesclava à ansiedade, e eu me sentia como se estivesse prestes a saltar de um penhasco sem saber o que encontraria lá embaixo.
Alaric, encostado na porta, observava em silêncio. Ele sempre fora meu apoio, mas agora me deixaria seguir sozinha. Virei-me para ele, a frustração começando a brotar. "Por que você não pode me acompanhar para essa escola?" Perguntei, a voz trêmula. "Eu não quero ir sozinha."
Ele suspirou, seu olhar sério. "Kallista, no reino dos lobos e dos vampiros, eu sou visto como um bastardo, um filho fora do casamento. Não sou bem-vindo lá. Assim que você estiver segura, eu voltarei para o reino feérico. Mas saiba que você jamais estará sozinha. Estarei sempre ao seu lado, mesmo que à distância."
As palavras dele ecoaram em minha mente, mas o desespero de estar sozinha em um lugar tão hostil ainda me consumia. Com um último olhar para a mala, terminei de arrumar minhas coisas, sentindo-me cada vez mais nostálgica.
Logo, dois homens enormes estavam na porta de minha casa. Um deles era alto, levemente pálido, com cabelos negros e olhos escuros. Ele se apresentou como Adrian, um dos professores da escola e vampiro. O outro era Fenrys, o lobo que me visitara na noite passada. Ele era imponente, com cabelos curtos e loiros, e grandes olhos verdes que pareciam brilhar na luz. Ambos possuíam uma beleza quase assustadora.
"Você só pode levar roupas," Adrian explicou, seu tom sério. "Nada do mundo humano pode atravessar o portal, nem mesmo livros."
Assenti, meu coração apertando enquanto os dois inspecionavam minhas malas, garantindo que não havia nada que pudesse comprometer minha segurança. Assim que terminaram, se afastaram, permitindo que me despedisse de meus pais.
Estava sentada no banco de trás do carro, perdida em meus pensamentos, enquanto a paisagem passava rapidamente pela janela. Já fazia uma hora desde que havíamos partido, e minha mente estava cheia de perguntas. O que exatamente me esperava no mundo sobrenatural? Imaginei que talvez houvesse um portal mágico, algo mais encantador e menos aterrorizante do que o que acabara de atravessar.
Fenrys, que dirigia, percebeu minha inquietação. "A magia não é um meio alternativo para se atravessar para o mundo sobrenatural," ele disse, e fiquei surpresa por ele ter falado exatamente o que eu havia me perguntado mentalmente. Como ele sabia?
"Como você é metade loba, eu consigo ler a sua mente," Fenrys explicou, sua voz tranquila. "E quando você tiver treinamento, poderá fazer o mesmo comigo." Ele sorriu levemente, quase divertido. "Por enquanto, ao invés de pensar, você acaba gritando suas perguntas. Isso é normal para aqueles que ainda não têm aprendizado."
Não pude evitar uma risada tímida. A ideia de estar gritando em minha mente era embaraçosa, mas apreciava a leveza que Fenrys trazia para a situação. Curiosa, me virei para Adrian. "E você? Também pode se comunicar por telepatia?"
Adrian balançou a cabeça, um sorriso no rosto. "Isso é algo exclusivo dos lobos. Os vampiros têm outras habilidades, mas a telepatia não é uma delas."
Apesar da seriedade da situação, me sentia incrivelmente confortável com os dois. Havia uma bondade neles, mesmo que fossem reservados. A conversa ajudava a acalmar o turbilhão de emoções dentro de mim.
"Estamos perto do portal," Adrian anunciou, e senti meu coração acelerar. O que seria aquele lugar? Olhei pela janela e vi um enorme muro de pedra à frente. O desespero tomou conta de mim. "Vocês estão vendo o muro, certo?!" Alertei, segurando-me no banco, mas os dois apenas trocaram olhares tranquilos.
"Esse é o portal para o mundo sobrenatural," Fenrys disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Não queria imaginar o carro colidindo contra aquela parede sólida. O medo me consumia.
Antes que pudesse pensar em outra coisa, fechei os olhos e, em um instante, tudo mudou. Quando os abri novamente, estava em um lugar completamente diferente. O muro parecia intacto atrás de nós, e o carro ainda estava em movimento, mas agora eu estava oficialmente no mundo sobrenatural.
O vilarejo à minha frente era simples, mas encantador. Pessoas com traços semelhantes a Alaric e Fenrys circulavam por ali: homens e mulheres de porte atlético, altos e levemente bronzeados, com cabelos em tons claros que brilhavam sob a luz do sol. Eu fiquei fascinada e um pouco intimidada."Bem-vinda à alcateia de lobos," Fenrys explicou, observando minha reação. "Essa é uma característica forte dos lobos. E assim como todos os vampiros são altos, esguios e pálidos, com cabelos que vão do preto ao ruivo, você começará a entender como funciona o mundo ao qual agora pertence."Olhei em volta, absorvendo cada detalhe. Havia uma energia vibrante no ar, e, apesar de todo o desconhecido, uma parte de mim se sentia em casa. O medo ainda estava presente, mas era acompanhado por uma curiosidade ardente. O mundo sobrenatural era real, e agora eu fazia parte dele.Com um suspiro profundo, me preparei para dar o próximo passo em minha nova vida, determinada a descobrir quem eu era e onde me enca
A professora Ursula caminhava de um lado para o outro na sala de aula, o som de seus saltos batendo no chão ecoando como um metrônomo. Sua voz era firme e clara enquanto falava sobre a maturidade sobrenatural. "Quando os lobos atingem seu pico de maturidade, seus ossos são todos quebrados para que o novo corpo possa se adaptar," ela disse, com uma expressão séria. "Dias antes, eles apresentam picos de febres e dores de cabeça constantes. Após a primeira transformação, tendem a ganhar músculos e peso, e claro, habilidades noturnas."Eu me encolhi ao ouvir que os ossos eram quebrados. A ideia de passar por algo tão doloroso e traumático parecia surreal e, ao mesmo tempo, normal para todos os outros alunos. Me perguntei se também teria que passar por aquilo. A sala estava em silêncio, mas a expressão de todos mostrava que estavam acostumados com essa realidade.A professora continuou. "Para os vampiros, o processo é diferente. Costumam apresentar dores de cabeça frequentes, aversão à clar
Depois da conversa na diretoria, saí da sala com uma mistura de indignação e confusão. A diretora Sullivan havia me avisado sobre a necessidade de controlar meu gênio, mas eu me sentia como um alvo, injustamente marcada por ser diferente. Enquanto caminhava pelo corredor, Adrian me seguiu, mantendo-se próximo para garantir que eu estivesse segura."Ei, Kallista," ele chamou, seu tom de voz suave, mas percebi que ele estava tenso. "Como você está se sentindo?""Como você acha que eu estou? É tão injusto! Sou um alvo só por ser diferente. Meu melhor amigo, Alaric, não está aqui porque esse bando de 'perfeitos' o julga por ser bastardo. É tão vulgar usar um termo tão arcaico para alguém!" Desabafei, sentindo a frustração transbordar.Adrian parou ao meu lado, colocando as mãos nos bolsos, a expressão dele carregada de preocupação. "Eu entendo como você se sente," ele começou, hesitando por um momento antes de continuar. "Passei pela mesma situação muitos anos atrás."Eu o encarei, surpres
A madrugada me envolvia em um manto de desconforto e delírios, enquanto me contorcia na cama. O suor escorria pelo meu rosto e a sensação de mal-estar me dominava, levando-me a um estado entre a consciência e o sonho. Em meio a essa névoa, lembranças de minha infância começaram a emergir, vívidas e cheias de emoção.Vi-me em um dia chuvoso, envolta pela proteção calorosa de minha mãe. O som da chuva batendo contra as janelas preenchia o ar. Enquanto minha mãe me segurava, sentia a segurança em seus braços.A imagem mudava, e agora era meu pai, com um sorriso largo, brincando comigo. Ele me levantava no ar, e eu sentia a leveza e a felicidade daquele momento."Você é a nossa garotinha especial!" ele exclamava, rindo, enquanto eu balançava os pés, deslumbrada com a atenção.Os flashes de alegria continuavam, mostrando minha mãe e meu pai juntos, brincando e rindo ao meu redor. As vozes deles formavam um coro de amor e proteção, enquanto o mundo exterior parecia distante e inofensivo."Ol
A madrugada me envolvia em um manto de desconforto e delírios, enquanto me contorcia na cama. O suor escorria pelo meu rosto e a sensação de mal-estar me dominava, levando-me a um estado entre a consciência e o sonho. Em meio a essa névoa, lembranças de minha infância começaram a emergir, vívidas e cheias de emoção.Vi-me em um dia chuvoso, envolta pela proteção calorosa de minha mãe. O som da chuva batendo contra as janelas preenchia o ar. Enquanto minha mãe me segurava, sentia a segurança em seus braços.A imagem mudava, e agora era meu pai, com um sorriso largo, brincando comigo. Ele me levantava no ar, e eu sentia a leveza e a felicidade daquele momento."Você é a nossa garotinha especial!" ele exclamava, rindo, enquanto eu balançava os pés, deslumbrada com a atenção.Os flashes de alegria continuavam, mostrando minha mãe e meu pai juntos, brincando e rindo ao meu redor. As vozes deles formavam um coro de amor e proteção, enquanto o mundo exterior parecia distante e inofensivo."Ol
O sol se punha lentamente no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados e lilases, enquanto eu estava em meu quarto, imersa na leitura do livro sobre o mundo feérico. As páginas viravam-se com facilidade sob meus dedos, e cada nova descoberta me deixava mais fascinada. Estava prestes a aprender sobre as antigas tradições feéricas, quando uma sensação inexplicável me atingiu.Uma presença magnética e poderosa parecia chamar por mim, como se o próprio universo estivesse sussurrando meu nome. Levantei-me delicadamente, movendo-me em direção à janela, meu coração batendo mais rápido a cada passo. Assim que cheguei à borda da janela, um lobo enorme e cinza apareceu em meu campo de visão, como uma sombra da noite que emergia da penumbra.Fiquei imóvel, a respiração suspensa, enquanto o lobo me encarava. Seus olhos brilhavam intensamente, refletindo a luz do crepúsculo e transmitindo uma sabedoria antiga. No entanto, algo no olhar do lobo parecia assustado, quase como se ele estivesse em c
Entrei em meu quarto, ainda atordoada com tudo o que havia acontecido. Meu coração batia acelerado enquanto avistava Vivianne e Ravenna, que estavam sentadas na cama, conversando em sussurros. Ambas levantaram os olhos para mim, e a expressão de expectativa em seus rostos era clara.“Kallista! Onde você esteve?” Vivianne perguntou, a preocupação evidente em sua voz. “O que aconteceu?”Deixei-me cair na cadeira próxima à mesa, sentindo-me um turbilhão de emoções. “Vocês não vão acreditar no que aconteceu!” Respirei fundo, tentando organizar os pensamentos. “Eu conheci meus avós. Eles são o Rei e a Rainha, e… e o clã de lobos estava lá também.”Ravenna arregalou os olhos, claramente intrigada. “O clã de lobos? E como foi isso?”“Foi um pouco… intenso,” admiti, lembrando-me dos olhares avaliadores que havia recebido. “Mas o que realmente me deixou em choque foi que Lucien estava lá! Ele é o filho do Alpha e… ele é meu parceiro.”As duas amigas trocaram olhares de incredulidade. “O futuro
Eu estava absorta em meus pensamentos, lembrando do beijo de Lucien. A sensação de calor e eletricidade ainda pulsava em meus lábios. Minha mente girava entre a confusão e a excitação, até que Ravenna me despertou de meus devaneios.“Kallista?” Ravenna chamou, rindo levemente. “Você está bem? Parece meio aérea.”Eu sorri sem graça, tentando disfarçar a intensidade das emoções que me envolviam. “Sim, estou bem. O que você estava perguntando?”Ravenna me observou com um olhar curioso. “Eu estava perguntando se você já se apaixonou por alguém que não deveria.”A pergunta me fez hesitar, notando uma mudança na expressão de Ravenna. Ela parecia um pouco triste, e eu imediatamente me preocupei. “Está tudo bem?” eu questionei, percebendo que ela olhava em direção à porta do quarto, como se estivesse tentando ouvir se Vivianne vinha pelo corredor.“Na verdade, até pouco tempo atrás, eu namorava Raelan,” Ravenna confessou, sua voz suave. Eu fiquei chocada ao ouvir isso. Raelan? O vampiro? “Eu a