Kallista estava parada em frente à mala aberta, seu coração pesado enquanto encarava a realidade que a cercava. Em uma única noite, sua vida havia mudado radicalmente; agora, ela estava prestes a deixar tudo o que conhecia para trás e se aventurar em um mundo desconhecido. Um mundo onde era vista como uma estranha, onde os sobrenaturais a olhavam com desconfiança e desprezo. O medo do que estava por vir se mesclava à ansiedade, e ela se sentia como se estivesse prestes a saltar de um penhasco sem saber o que encontraria lá embaixo.
Alaric, encostado na porta, observava em silêncio. Ele sempre fora seu apoio, mas agora a deixaria seguir sozinha. Kallista virou-se para ele, a frustração começando a brotar. "Por que você não pode me acompanhar para essa escola?" Ela perguntou, a voz trêmula. "Eu não quero ir sozinha." Ele suspirou, seu olhar sério. "Kallista, no reino dos lobos e dos vampiros, eu sou visto como um bastardo, um filho fora do casamento. Não sou bem-vindo lá. Assim que você estiver segura, eu voltarei para o reino feérico. Mas saiba que você jamais estará sozinha. Estarei sempre ao seu lado, mesmo que à distância." As palavras dele ecoaram em sua mente, mas o desespero de estar sozinha em um lugar tão hostil ainda a consumia. Com um último olhar para a mala, Kallista terminou de arrumar suas coisas, sentindo-se cada vez mais nostálgica. Logo, dois homens enormes estavam na porta de sua casa. Um deles era alto, levemente pálido, com cabelos negros e olhos escuros. Ele se apresentou como Adrian, um dos professores da escola e vampiro. O outro era Fenrys, o lobo que a visitara na noite passada. Ele era imponente, com cabelos curtos e loiros, e grandes olhos verdes que pareciam brilhar na luz. Ambos possuíam uma beleza quase assustadora. "Você só pode levar roupas," Adrian explicou, seu tom sério. "Nada do mundo humano pode atravessar o portal, nem mesmo livros." Kallista assentiu, seu coração apertando enquanto os dois inspecionavam suas malas, garantindo que não havia nada que pudesse comprometer sua segurança. Assim que terminaram, se afastaram, permitindo que ela se despedisse de seus pais. Kallista estava sentada no banco de trás do carro, perdida em seus pensamentos, enquanto a paisagem passava rapidamente pela janela. Já fazia uma hora desde que haviam partido, e sua mente estava cheia de perguntas. O que exatamente a esperava no mundo sobrenatural? Ela imaginou que talvez houvesse um portal mágico, algo mais encantador e menos aterrorizante do que o que acabara de atravessar. Fenrys, que dirigia, percebeu a inquietação dela. "A magia não é um meio alternativo para se atravessar para o mundo sobrenatural," ele disse, e Kallista ficou surpresa por ele ter falado exatamente o que ela havia se perguntado mentalmente. Como ele sabia? "Como você é metade loba, eu consigo ler a sua mente," Fenrys explicou, sua voz tranquila. "E quando você tiver treinamento, poderá fazer o mesmo comigo." Ele sorriu levemente, quase divertido. "Por enquanto, ao invés de pensar, você acaba gritando suas perguntas. Isso é normal para aqueles que ainda não têm aprendizado." Kallista não pôde evitar uma risada tímida. A ideia de estar gritando em sua mente era embaraçosa, mas ela apreciava a leveza que Fenrys trazia para a situação. Curiosa, ela se virou para Adrian. "E você? Também pode se comunicar por telepatia?" Adrian balançou a cabeça, um sorriso no rosto. "Isso é algo exclusivo dos lobos. Os vampiros têm outras habilidades, mas a telepatia não é uma delas." Apesar da seriedade da situação, Kallista se sentia incrivelmente confortável com os dois. Havia uma bondade neles, mesmo que fossem reservados. A conversa ajudava a acalmar o turbilhão de emoções dentro dela. "Estamos perto do portal," Adrian anunciou, e Kallista sentiu seu coração acelerar. O que seria aquele lugar? Ela olhou pela janela e viu um enorme muro de pedra à frente. O desespero tomou conta dela. "Vocês estão vendo o muro, certo?!" Ela alertou, segurando-se no banco, mas os dois apenas trocaram olhares tranquilos. "Esse é o portal para o mundo sobrenatural," Fenrys disse, como se fosse a coisa mais normal do mundo. Kallista não queria imaginar o carro colidindo contra aquela parede sólida. O medo a consumia. Antes que pudesse pensar em outra coisa, Kallista fechou os olhos e, em um instante, tudo mudou. Quando ela os abriu novamente, estava em um lugar completamente diferente. O muro parecia intacto atrás deles, e o carro ainda estava em movimento, mas agora ela estava oficialmente no mundo sobrenatural. O vilarejo à sua frente era simples, mas encantador. Pessoas com traços semelhantes a Alaric e Fenrys circulavam por ali, homens e mulheres de porte atlético, alto e levemente bronzeados, com cabelos em tons claros que brilhavam sob a luz do sol. Kallista ficou fascinada e um pouco intimidada. "Bem-vinda à alcateia de lobos," Fenrys explicou, observando a reação dela. "Essa é uma característica forte dos lobos. E assim como todos os vampiros são altos, esguios e pálidos, com cabelos que vão do preto ao ruivo, você começará a entender como funciona o mundo ao qual agora pertence." Kallista olhou em volta, absorvendo cada detalhe. Havia uma energia vibrante no ar, e, apesar de todo o desconhecido, uma parte dela se sentia em casa. O medo ainda estava presente, mas era acompanhada por uma curiosidade ardente. O mundo sobrenatural era real, e agora ela fazia parte dele. Com um suspiro profundo, Kallista se preparou para dar o próximo passo em sua nova vida, determinada a descobrir quem era e onde se encaixava nesse novo cenário. A mãe, Amelia, se aproximou com um colar que Kallista reconheceu imediatamente. Era o brasão de sua família, uma águia bípede, um símbolo de força. Amelia também segurava uma carta, que Kallista sabia que era da sua mãe biológica. "Leia quando estiver menos confusa," disse seu pai, a voz cheia de amor e preocupação. "Quando puder compreender quem foram seus pais." Com lágrimas nos olhos, Kallista olhou para os objetos como se tivessem vida própria. Ela se despediu de seus pais com um abraço apertado, sentindo o calor e o amor que sempre a cercaram. O mundo humano estava atrás dela, e o desconhecido à frente. Antes de partir, Alaric se aproximou e entregou um presente. Era um diário de capa preta, com desenhos de estrelas e da lua. "Quando se sentir confusa ou perdida, escreva neste diário. Ele ajudará você," ele disse, o olhar sincero. Kallista observou o presente, confusa, mas achando o gesto incrivelmente bonito. Ela sorriu, um sorriso triste, e então olhou profundamente para aquelas três pessoas que tanto amava. O amor e a saudade a envolviam, mas ela sabia que precisava seguir em frente. Com um último olhar para o lar que deixava para trás, Kallista seguiu em direção ao mundo sobrenatural. O portal a aguardava, e com cada passo, seu coração pulsava com a mistura de medo e esperança. A jornada estava apenas começando, e ela estava determinada a encontrar seu lugar, mesmo em meio à incerteza. Kallista parou em frente a um pequeno castelo, admirando as grandes estátuas de anjos caídos que guardavam a entrada. Ela fez uma careta, pensando em quão dramático aquilo parecia. Era como se cada figura estivesse ali para contar uma história de tragédia e desespero, e Kallista não pôde deixar de rir da situação. Adrian parou ao seu lado, admirando os mesmos anjos. "Patético, não? Beirando ao drama?" ele perguntou, um sorriso de lado iluminando seu rosto. Kallista assentiu, a risada escapando de seus lábios. Havia algo reconfortante na presença dele, uma sensação familiar que ela não conseguia identificar. Os olhos azuis, cheios de expressividade, e o sorriso de lábios cheios pareciam ressoar com uma parte dela. Percebendo que Kallista o observava com curiosidade, Adrian suspirou e disse: "Devemos entrar para conhecer a diretora." Ele fez questão de desviar dos alunos que circulavam, explicando que ela não precisava desse tipo de atenção no momento. Kallista sentiu-se grata por isso; a última coisa que queria era ser o centro das atenções em seu primeiro dia. Ao entrar, Kallista se viu em um antigo palácio que agora servia como escola. O lugar era magnífico, e um sorriso se espalhou pelo seu rosto ao pensar em como aquilo lembrava Hogwarts. Havia uma sensação de magia no ar, embora os símbolos de águia e lobo estivessem por toda parte. "Adrian, o que a águia e o lobo significam?" Kallista perguntou, olhando ao redor e tentando absorver cada detalhe. "Por que estão em todo lugar?" Adrian sorriu ao ouvir a pergunta. "A águia é o brasão do Reino dos Hungrias," ele explicou. "E o lobo representa os reis Saint Luise. Juntos, eles simbolizam a união das nossas linhagens." Kallista estava tão imersa na conversa que não percebeu a conexão imediata. Mas, de repente, um estalo percorreu seu corpo quando olhou para seu pescoço. Com um movimento rápido, pegou o colar que sua mãe lhe deixara, o brasão da águia bípede brilhando sob a luz suave do castelo. Ela olhou assustada para Adrian, que, com um sorriso sem graça, confirmou sua suspeita. "Katherine Hungria era sua mãe, a princesa herdeira," ele disse com suavidade. "E Damon Saint Luise, seu pai, era o único herdeiro do trono dos lobos." As peças do quebra-cabeça começaram a se encaixar em sua mente. Kallista ficou em silêncio, o coração acelerado. "Isso faz de mim... a única sucessora viva?" A pergunta saiu em um sussurro, como se ela temesse que a resposta fosse negativa. "Sim," Adrian confirmou, seu olhar sério. "É por isso que você não foi morta. Você é a última princesa dos dois tronos." Kallista sentiu uma onda de emoções a invadir. Medo, confusão, mas também um senso crescente de identidade. Ela não era apenas uma adolescente perdida; era parte de algo maior, de um legado que a conectava ao passado e ao futuro. A responsabilidade pesava sobre seus ombros, mas, ao mesmo tempo, algo dentro dela começou a se acender. "Se eu sou a última princesa, o que isso significa para mim? O que eu faço agora?" Kallista perguntou, a incerteza evidente em sua voz. Adrian olhou nos olhos dela, a seriedade de sua expressão refletindo a importância do que estavam discutindo. "Significa que você tem um papel a desempenhar, Kallista. Mas primeiro, você precisa se conhecer e entender suas habilidades. Essa escola é o primeiro passo." Ela respirou fundo, sentindo a mistura de ansiedade e excitação. Havia muito a aprender e a descobrir. Com um último olhar para o colar, Kallista se preparou para enfrentar o que estava por vir, determinada a abraçar seu destino e entender verdadeiramente quem ela era.Kalista agora estava sentada em frente a uma mesa enorme de madeira, algo raro de se ver nos dias de hoje. Atrás dela estava o diretora Adriata, uma vampira de beleza estonteante. Sua pele pálida e impecável era típica da sua espécie, e seus lábios vermelhos contrastavam com os olhos azul-claros que transmitiam uma serenidade acolhedora. Kalista percebeu que havia ternura e compaixão no olhar de Adriata, o que a deixava um pouco mais à vontade em meio a toda a estranheza que a cercava."Kalista, precisamos discutir algumas regras", começou ela, sua voz suave. "Aqui, você não pode usar nada que pertença ao mundo humano. É uma questão de segurança.Ela assentiu, sentindo o peso das palavras. "E se eu esquecer e usar algo por acidente?""Os resultados podem ser severos", respondeu , com um olhar sério. "Mas não se preocupe, você terá tempo para se acostumar. A escola pode ser um lugar acolhedor, se você permitir."Kalista olhou para ela, seu coração apertando. "E quanto ao meu dormitório
A professora Ursula caminhava de um lado para o outro na sala de aula, o som de seus saltos batendo no chão ecoando como um metrônomo. Sua voz era firme e clara enquanto falava sobre a maturidade sobrenatural. "Quando os lobos atingem seu pico de maturidade, seus ossos são todos quebrados para que o novo corpo possa se adaptar," ela disse, com uma expressão séria. "Dias antes, eles apresentam picos de febres e dores de cabeça constantes. Após a primeira transformação, tendem a ganhar músculos e peso, e claro, habilidades noturnas."Kallista se encolheu ao ouvir que os ossos eram quebrados. A ideia de passar por algo tão doloroso e traumático parecia surreal e, ao mesmo tempo, normal para todos os outros alunos. Ela se perguntou se também teria que passar por aquilo. A sala estava em silêncio, mas a expressão de todos mostrava que estavam acostumados com essa realidade.A professora continuou. "Para os vampiros, o processo é diferente. Costumam apresentar dores de cabeça frequentes, av
Depois da conversa na diretoria, Kallista saiu da sala com uma mistura de indignação e confusão. A diretora Sullivan havia lhe avisado sobre a necessidade de controlar seu gênio, mas Kallista sentia-se como um alvo, injustamente marcada por ser diferente. Enquanto caminhava pelo corredor, Adrian a seguiu, mantendo-se próximo para garantir que ela estivesse segura."Ei, Kallista," ele chamou, seu tom de voz suave, mas Kallista percebeu que ele estava tenso. "Como você está se sentindo?""Como você acha que eu estou? É tão injusto! Sou um alvo só por ser diferente. Meu melhor amigo, Alaric, não está aqui porque esse bando de 'perfeitos' o julga por ser bastardo. É tão vulgar usar um termo tão arcaico para alguém!" Kallista desabafou, sentindo a frustração transbordar.Adrian parou ao lado dela, colocando as mãos nos bolsos, a expressão dele carregada de preocupação. "Eu entendo como você se sente," ele começou, hesitando por um momento antes de continuar. "Passei pela mesma situação mui
A madrugada envolvia Kallista em um manto de desconforto e delírios, enquanto ela se contorcia em sua cama. O suor escorria pelo seu rosto e a sensação de mal-estar a dominava, levando-a a um estado entre a consciência e o sonho. Em meio a essa névoa, lembranças de sua infância começaram a emergir, vívidas e cheias de emoção.Ela se viu em um dia chuvoso, envolta pela proteção calorosa de sua mãe. O som da chuva batendo contra as janelas preenchia o ar. Enquanto sua mãe a segurava, Kallista sentia a segurança em seus braços.A imagem mudava, e agora era seu pai, com um sorriso largo, brincando com ela. Ele a levantava no ar, e Kallista sentia a leveza e a felicidade daquele momento."Você é a nossa garotinha especial!" ele exclamava, rindo, enquanto Kallista balançava os pés, deslumbrada com a atenção.Os flashes de alegria continuavam, mostrando sua mãe e pai juntos, brincando e rindo ao seu redor. As vozes deles formavam um coro de amor e proteção, enquanto o mundo exterior parecia
A biblioteca da escola estava mergulhada em um silêncio profundo, interrompido apenas pelo sussurro do vento que passava pelas janelas. Kallista caminhou entre as estantes, iluminada apenas pela luz suave de uma lâmpada em um canto. Na noite anterior, ela finalmente tivera coragem de sair e encarar o mundo lá fora. Os olhares que recebeu foram variados: alguns julgadores, outros admirados. Ela se destacava entre as lobas, sua beleza e curvas chamando a atenção de muitos. Os pensamentos descarados dos machos a perseguiam, e Ravenna tinha razão; todos pareciam ter esquecido que ela era híbrida.Decidida a evitar mais atenção indesejada, Kallista optou por se refugiar na biblioteca durante a madrugada. Seu objetivo era claro: aprender mais sobre o mundo dos lobos e dos vampiros, especialmente com a aproximação do encontro com seus avós maternos, que eram reis. A última coisa que ela queria era fazer papel de idiota diante deles.Ao entrar na seção de história sobrenatural, uma lembrança
O sol se punha lentamente no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados e lilases, enquanto Kallista estava em seu quarto, imersa na leitura do livro sobre o mundo feérico. As páginas viravam-se com facilidade sob seus dedos, e cada nova descoberta a deixava mais fascinada. Ela estava prestes a aprender sobre as antigas tradições feéricas, quando uma sensação inexplicável a atingiu.Uma presença magnética e poderosa parecia chamar por ela, como se o próprio universo estivesse sussurrando seu nome. Kallista se levantou delicadamente, movendo-se em direção à janela, seu coração batendo mais rápido a cada passo. Assim que chegou à borda da janela, um lobo enorme e cinza apareceu em seu campo de visão, como uma sombra da noite que emergia da penumbra.Ela ficou imóvel, a respiração suspensa, enquanto o lobo a encarava. Seus olhos brilhavam intensamente, refletindo a luz do crepúsculo e transmitindo uma sabedoria antiga. No entanto, algo no olhar do lobo parecia assustado, quase como se
Kallista entrou em seu quarto, ainda atordoada com tudo o que havia acontecido. O coração batia acelerado enquanto ela avistava Vivianne e Ravenna, que estavam sentadas na cama, conversando em sussurros. Ambas levantaram os olhos para ela, e a expressão de expectativa em seus rostos era clara.“Kallista! Onde você esteve?” Vivianne perguntou, a preocupação evidente em sua voz. “O que aconteceu?”Kallista se deixou cair na cadeira próxima à mesa, sentindo-se um turbilhão de emoções. “Vocês não vão acreditar no que aconteceu!” Ela respirou fundo, tentando organizar os pensamentos. “Eu conheci meus avós. Eles são o Rei e a Rainha, e… e o clã de lobos estava lá também.”Ravenna arregalou os olhos, claramente intrigada. “O clã de lobos? E como foi isso?”“Foi um pouco… intenso,” Kallista admitiu, lembrando-se dos olhares avaliadores que havia recebido. “Mas o que realmente me deixou em choque foi que Lucien estava lá! Ele é o filho do Alpha e… ele é meu parceiro.”As duas amigas trocaram o
Kallista estava absorta em seus pensamentos, lembrando do beijo de Lucien, a sensação de calor e eletricidade ainda pulsando em seus lábios. A mente dela girava entre a confusão e a excitação, até que Ravenna a despertou de seus devaneios.“Kallista?” Ravenna chamou, rindo levemente. “Você está bem? Parece meio aérea.”Kallista sorriu sem graça, tentando disfarçar a intensidade das emoções que a envolviam. “Sim, estou bem. O que você estava perguntando?”Ravenna observou sua amiga com um olhar curioso. “Eu estava perguntando se você já se apaixonou por alguém que não deveria.”A pergunta fez Kallista hesitar, notando uma mudança na expressão de Ravenna. A amiga parecia um pouco triste, e Kallista imediatamente se preocupou. “Está tudo bem?” ela questionou, percebendo que Ravenna olhou em direção à porta do quarto, como se estivesse tentando ouvir se Vivianne vinha pelo corredor.“Na verdade, até pouco tempo atrás, eu namorava Raelan,” Ravenna confessou, sua voz suave. Kallista ficou c