25. BATIMENTOS (Apolo)
— Enfermeira, posso falar com o médico agora, por favor?

— Sr. Trindade…

— É Apolo, o senhor está no céu. Agora não venha me dizer que o doutor não pode vir por isso ou aquilo. Eu posso me dar alta se eu quiser, porque isso não é uma prisão, certo?

— Acontece que o senhor…

— Eu já disse…

— Desculpa, você não está em condições de andar e se continuar agitado, tenho permissão de aplicar um calmante no seu soro.

— Nem pense em uma coisa dessas.

Eu tentei mesmo me levantar, imagine, eu preso em uma cama de hospital. Se você pudesse pensar em um pesadelo mais terrível para minha vida, seria isso. Acho que chega a ser uma fobia. Vou tentar de novo.

Mas o que é isso, está tudo girando….

— Sr. Apolo, pelo amor de Deus… pessoal ajudem aqui!

A enfermeira não me aguentava sozinha, coitada, caí sobre ela como uma jaca madura.

Depois de dois rapazes me colocarem na cama, e me sedaram, eu dormi por muitas horas.

— Bom dia, dorminhoco.

Era a cara feia do Maurício me olhando e vindo com um
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