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Cap 1: carro vermelho

Sabina Becker.

Seres humanos...erramos correto?

Correto!

Quem nunca errou que atire a primeira pedra.

Afinal somos falhos, ninguém é perfeito e assim como eu, as pessoas cometem erros. Sejam elas filhos de pessoas importantes ou até mesmo alguém normal.

Bom, como eu posso começar....hum! Me chamo Sabina, tenho 19 anos e com essa idade já carrego responsabilidades enormes sobre minhas costas.

Eu sabia que os meus pais pertenciam à máfia Alemã, eu sabia que o meu pai era braço direito do Senhor Adam que até então é seu chefe, que tem meu total respeito é claro.

Sinceramente? Eu estou saturada dessa vida miserável.

Mas Sabina, como você pode reclamar dessa vida? "Miserável"

Vou contar um pouco da minha rotina.

As 8:00 da manhã eu tenho aula com minha professora particular, isso mesmo! Particular.

Eu não vou a escola como a minha irmã.

As 14:30 da tarde eu tenho aula de etiqueta, isso é chato demais.

As 15:40 tenho aula de ballet.

Acho que ja ta bom né?

Ah! Mais uma coisa.

Daqui a 7 mêses irei me casar com um homem que nunca conheci em toda minha vida.

Um estranho...

Por que eu nunca o vi? simples! Tradições.

Ou falta de tempo da parte daquele infeliz.

Irei me casar com desconhecido e passar o resto da minha vida presa ele.

Tem como isso piorar?

Acreditem que sim.

Tudo que sei é que Aaron será o futuro chefe da máfia Alemã dentro de alguns meses, ou seja.... Quando o casamento se tornar oficial.

Ele precisará de uma esposa leal, que lhe apoiará e principalmente que garantirá os seus herdeiros.

Contratos, eu odeio contratos!

E eu?

Eu serei apenas um fantoche em meio a tudo isso, será apenas um papel que irá fazer uma certa pessoa chegar ao poder e conseguir o que quer.

Fui prometida a ele quando tinha 6 anos de idade.....

Respiro fundo lutando contra a imensa vontade que sinto de chorar e socar a cara de um certo estranho que está prestes a virar a pessoa que dividirei a cama.

-SABINA.- paciência Sabina, respira e inspira.

reviro os olhos ao ouvir pela 3 vez o meu nome ser praticamente gritado.

A voz fina ecoa no imenso quarto causando ecôo na minha cabeça. Por cima do ombro, observo minha cópia se aproximando entusiasmada.

-O que a loira mais bonitinha da minha vida está fazendo?- Ela para ao meu lado inclinando-se um pouco, Sabrina alterna o olhar entre mim e o espelho a nossa frente.

-Olhando a sua cara de otária, garota.

Ela rir e faz reverência ao se afastar.

-Sim, futura esposa do nosso mafioso.- Ela brinca nos fazendo rir. -Ok! Esse nosso foi estranho.- ela rir sem graça. -Esse casamento vai ser incrível, já imagino os doces e salgados....comida!

Com certeza!

Nunca duvidei.

Incrível.

Afinal, é o Aaron.

filho único ainda por cima.

Essas palavras ecoa na minha mente e ainda tem um grande poder impactoso sobre mim.

Não sei por que ainda me espanto, fui criada para isso não é verdade?

-Não enche.- Levanto-me e ela me segue em direção a porta. -Sabe que eu não estou nem um pouco ansiosa.

-Você tem 19 anos mesmo?- Ela cruza os braços seguido meus movimentos com o olhar.

-Sim, até onde eu saiba.- Desço as escadas e me apoio no corrimão de mármore. -Inclusive a mesma idade que a sua.

chego aos últimos degraus onde avisto senhorita Ester e a surpreendo com um beijo na bochecha.

-Bom dia garotas.- Ela nos recebe com um imenso sorriso.

Lembro-me que papai contava como a conheceu, e que se apaixonou de cara pelo seu sorriso branco e perfeitamente alinhado.

-Bom dia mãe.- respondo devolvendo o sorriso e me sento ao seu lado. -E o Papai?

-Adam veio buscar ele logo cedo.- Mamãe se esforçar para parecer tranquila, nunca foi boa em disfarçar "coisas" ou até mesmo contar uma mentirinha. -Disse que voltava logo.

Eu já me imaginava esperando Aaron para o jantar depois de um dia cansativo, isso é uma loucura.

Mas o quê eu to pensando??

Minha função é dar a cadeira do chefe e herdeiros.

Somente!

-Como vai os preparativos pra festa?- mamãe pergunta com uma sobrancelha arqueada.

Ela sempre que pode me ajuda a organizar tudo mas Melissa está mais focada que nós duas juntas.

-Essa é minha deixa, até mais tarde família.- Sabrina solta beijos no ar e sai pegando umas das chaves dos 4 carros.

Só agora percebo que ela estava arrumada.

Céus logo cedo.

-Eu irei ver alguns vestidos daqui há algumas horas.- Suspiro já cansada mesmo sem ter feito nada. -Eu só quero que isso acabe logo. Falta os doces, salgados, bebidas...

Mamãe se aproxima e acaricia minha bochecha esquerda com o polegar e fecho os olhos com o carinho.

-Filha...- ok! E lá vamos nós...-Você tem certeza que quer casar-se com Aaron?

Sorrio sem humor, não tenho opção.

-Mamãe, eu não tenho opção.- seus olhos demonstram compreensão e logo ela assenti. -Regras foram criadas para serem compridas.

-É um caminho sem volta, são as regras. Mulheres da máfia....

-Devem se casar com somente homens da própria máfia.- Completo antes que ela termine. -Eu sei mamãe.

Ela sorrir orgulhosa.

-Eu te amo Sabina.- Ela me abraça forte e retribuo o abraço com a mesma intensidade. -Tô orgulhosa de você filha e a mulher que irá se tornar em breve.- ela sussurra e não consigo conter a lágrima solitária de desliza pela lateral no meu rosto.

Eu vou me casar com Aaron levi Duckworth.

[...]

Eu tinha saído da aula de ballet a algumas horas, essa é a única aula que eu não faço trancafiada naquela casa.

Para minha total alegria.

Eu já tinha passado no ateliê e tirado as medidas para o vestido, o que foi bem mais rápido do que eu esperava.

Meu tempo é precioso demais para ser pedidos com prova de vestidos.

As ruas de Berlim estão bem calmas para um horário de pico, já que está quase anoitecendo.

A casa na qual eu moro fica afastada da cidade, Adam tinha dito para o meu pai que séria melhor para a minha segurança.

Minha casa fica em uma área florestal, é um caminho de via dupla e por segurança a pedido do meu pai carrego uma pistola que ganhei do Adam em meu aniversário de 15 anos.

Aleatório? Talvez.

Alguns carros passam rapidamente por mim.

Meu pai diz que sempre devo estar em alerta a qualquer movimentação estranha, até mesmo em veículos logo atrás de mim.

Passo a marcha do veículo para a 4° e o cargo acelera um pouco mais logo a velocidade reduz.

Droga.

-Mais que droga!- Desfiro t***s contra o volante irritada.

Olho pelo retrovisor para certificar que não há carros atrás do meu.

Retiro a pistola dourada do porta luvas e coloco por trás da calça jeans.

Desço do carro acionando antes o botão do capô e logo escuto o barulho que me dar a certeza de quê está aberto.

Não faço muito esforço e suspende o capô do carro onde sai uma fumaça densa e logo me vem uma crise de tosse que fazem meus olhos lacrimejaram.

-Porra Sabina, que azar.- Resmungo para mim mesma indignada com o bendito carro que inventa de quebrar uma hora dessa.

Um veículo vermelho se aproxima e de imediato me posiciono, eu fui treinada para defesa pessoal eu consigo me virar.

Isso é, até notarem a minha demora e mandarem os guarda costas que tanto odeio.

Ele passa por mim e logo o carro encosta no acostamento, solto uma das mãos do capô e seguro a arma com força por trás das costas virando-me de frente aguardando seja lá quem for...

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