Sabina Becker.
Sabe? Alguns homens tendem a possuir uma fama de... Bagunceiros, pegadores, infantis e idiotas por assim dizer.Nem todos é claro.Mas para minha total surpresa, o apartamento do Kléber é perfeitamente arrumado e acompanhado com um leve aroma de lavanda. O que me fez suspirar ao mesmo tempo que me sinto em um belo campo florido.-É lavanda.- Ele diz com um leve ar humorado, mas eu já suspeitava, mamãe ama.Seu apartamento tem uma decoração um tanto que moderna, paredes pintadas em tom azul marinho e branco com um imenso sofá de couro marrom e alguns quadros sem mencionar mesinha de vidro no centro da sala.-Tenho um telefone extra.- Ele aponta para o sofá onde está um celular. -Pode usá-lo, eu vou tomar um banho, coisa rápida.Assenti recebendo de volta seu belo sorriso que o mesmo fazia questão de exibir.-Eu já volto.- Ele caminha em direção a um corredor abrindo uma das portas sumindo do meu campo de vista.-Ok né.- suspiro totalmente confusa.Apresso-me para alcançar o telefone descendo um pequeno degrau que quase tropeço.Para minha sorte o aparelho estava carregado e desbloqueado, amém!Deslizo o dedo sobre a tela acessando a área de discagem do aparelho.Me alegro ao lembrar mentalmente o número da minha irmã e logo o disco sem pensar duas vezes.São 21:03 eu estou ferrada.Levo o aparelho até a orelha enquanto analisava o restante do apartamento. Demora um pouco, mas já é possível ouvir a voz irritante da minha gêmea.-Esse número é extremamente privado, sabia? Então se você não tem medo de morrer...-Sou eu Idiota! Sabina.-GAROTA!- Ela grita indignada me fazendo afastar o aparelho da orelha. -ONDE VOCÊ TÁ? EU ESTOU NO SEU QUARTO JÁ FAZ HORAS, DESESPERADA! O AARON VEIO JANTAR AQUI COM O OS PAIS DELE... ALIÁS MUDA A COR DESSE QUARTO, TÁ CAFONA.Se eu tô em choque? Não! Só estou em pânico em relação às palavras ditas por minha irmã.Minha mente congela, mantenho meus olhos fixos em vaso chinês na estante."AARON veio jantar aqui"-Sabina?- ela sussurra meu nome me tirando do transe. -Ei! Você tá me ouvindo?-Estou ouvindo.- Respiro observando de relance Kléber se aproximar. -Escute Sabrina, você já fez isso, me substitua nesse jantar.-Vai sair caro irmãzinha.- Sorrio para Kléber que devolve o sorriso simpático ao se sentar no sofá. -Mas a gente havia prometido...-Eu sei!-Onde você está, afinal?- Sua voz sai baixa e ouço o barulho da porta se abrindo. -Se papai descobre que você está fora de casa e sozinha você tá morta garota.-Na casa de um amigo.- Olho de relance o homem vestido em um moletom preto e fios recentemente molhados. -Prometo que conto quando chegar.-Tudo bem.- Ela rir baixo. -Você não tem muitas amizades masculinas, na verdade você não tem ninguém.-Doeu, eu tenho coração!Ouço sua risada cínica do outro lado da linha.-Sabrina? Pelo amor. Não estrague minha imagem, por favor.Ela gargalha assim como Kléber.-Relaxa Olívia.- Logo em seguida ela desliga o seu telefone na minha cara.Mamãe estava no quarto! Ela usou nosso código de segurança.Eu estou morta.-Obrigado!- Devolvo o celular para Kléber e o mesmo dar de ombros.-Disponha.- Ele põe o aparelho no braço do sofá logo voltando sua atenção para mim.-Eu... Posso fazer um pedido?- peço levemente tímida, ok! Que vergonha.-Claro, Sabina.- Ele se aconchega no sofá e sorrir para mim.Ele tem um belo sorriso, por isso deve sorrir tanto.Exibido.-Se importaria se eu ficasse mais algumas horas?- O olho com expectativa. Minhas pernas balançam em nervosismo enquanto aperto meus joelhos.Ir para casa agora seria um risco imenso, os pais do Aaron até mesmo o próprio Aaron poderiam me ver.Isso não seria nada agradável.-Claro.- responde calmo. -As vezes ficar aqui sozinho é entediante.Ele rir sem humor. Engraçado, um homem lindo como esse não é casado ou não tem algum tipo de relacionamento?-Perdão, não é casado?Apóio o cotovelo sobre o encosto do sofá e com o punho fechado apóio a cabeça à espera de sua resposta.Curiosa? Não...Interessada? Claro!Ele se vira ficando de frente para me fazendo a mesma posição.Ele nega sutilmente.-Perdi as contas de quantas vezes fracassei em um relacionamento, desde minha adolescência até aqui.Ele penteia os cabelos castanhos para trás com os dedos, seu semblante de frustração não passa despercebido por mim.-Eu lamento.-Eu não!- Sorriu ladino. -Elas não valiam o pão que o diabo amassou.Ok! Lá estava eu, conversando com um estranho, sentada no sofá de um estranho e ouvindo seus fracassos em relação a sua vida amorosa e agora....bebendo vinho com um estranho.Hoje eu alcancei o nível máximo de insanidade.O álcool já se fazia presente em 100% da minha consciência fazendo minha mente virar um parque de diversão.Eu fui educada para me tornar uma verdadeira dama e claro, saber beber com moderação.Confesso que extrapolei um pouquinho...-Isso é realmente sério?- Gargalho tombando a cabeça para trás, minha risada é alta mas o melhor é a cara de descrença do rapaz à minha frente.-Sim, eu tive que explicar a ela que eu não era veterinário.- Ele me acompanha me fazendo rir ainda mais. -Foi uma coisa muito louca.Ele me contava uma de suas histórias envolvendo suas pacientes...-Mas e você...-Ele se recompõe. -Namora? Ou casada...Nessa mesma hora me lembro de Aaron, um rapaz que nunca vi em toda minha vida e com um futuro complexo....Me recomponho e só então percebo, não estou tão bêbada ao ponto de esquecer isso...-Bom....se eu te dizer que fui prometida a um mafioso?- Ergo uma sobrancelha franzindo o cenho.Os seus olhos cor de mel me fitavam com curiosidade e com um leve toque de espanto e uma dose exagerada de sarcasmo e dúvida.-Acho que você bebeu demais, mocinha.- Ele toma a taça já vazia da minha mão e a coloca sobre a mesinha de vidro.O olho com dúvida, em seu lugar também não acreditaria.-Falo sério, Valentin.- Ele me olha rápido e logo desvia sua atenção dos meus olhos.-Tipo essas histórias que você só vê em livros?- Ele rir me trazendo um alívio imediato voltando a olhar em meus olhos.Se ele tivesse acreditado? Sabina? Que droga você tem na cabeça?!-Existem histórias desse tipo?- não contive o sorriso abafado. -loucura.-Sim, existe!.- Ele rir -Deixa eu adivinhar, tem que casar virgem também?Exatamente.Minhas bochechas queimam sobre o seu olhar interrogativo.-Oh! Céus, você está corada.- Ele acaricia minha bochecha esquerda com um belo sorriso em seu rosto.Eu nunca fui tocada de nenhuma maneira por nenhum homem, o ato que Kléber está tendo agora aquece meu coração traíra e não reluto sobre sua ação.Isso é estranho para uma pessoa que acaba de conhecer...A tela do seu celular reserva se ilumina, exibindo na tela o nome da minha irmã.Sim eu adicionei o seu número.-Pode pegar.- Ele abandona o meu rosto e logo se levanta dando um gole em sua bebida.Pego o telefone abrindo o aplicativo de mensagem."Eles já foram, pode voltar seja lá de onde você está."Sorrio ao ver sua mensagem e logo me levanto dando de cara com Valentin de braços cruzados um tanto curioso.-Preciso ir...Sabina Becker. Enquanto o táxi fazia o roteiro de volta para minha casa, ao passar pela mesma estrada qual havia acontecido meu pequeno acidente, percebi que o meu carro não estava mais estacionado no local em que eu havia deixado.-Isso não é possível.- Sussurrei baixo sem levar suspeitas.A iluminação é precária. A única coisa que permiti-me avistar a estrada são os faróis dos carros em sentidos contrário ao táxi. Meu pai provavelmente rastreou o veículo ou até mesmo o próprio Duckworth. Céus!Kléber queria me trazer até em casa, mas seria muito arriscado. Sem contar que ele havia bebido então optei por pegar um táxi. Foi a melhor opção tanto para mim, quanto para ele! Infeliz o destino o fez cruzar justamente comigo, posso ter o colocado em risco...Lembro da sua insistência para pelo menos pagar a corrida então aceitei."vamos nos ver de novo?" Com certeza não. Concordei positivamente mesmo sabendo que isso nunca poderia acontecer. De maneira alguma!Seus olhos brilhavam so
O dia já havia amanhecido, o sol hoje escolheu brilhar em meio a imensidão azul do céu, Sabrina havia acordado primeiro que eu só para que eu contasse detalhadamente o que tinha acontecido entre mim e o estranho do carro vermelho. Não aconteceu nada e eu fico super feliz com isso, imagino a reação do meu pai se eu fizesse algo.-Senhorita Becker, parabéns.- Minha professora particular de etiqueta sorri contentemente. -A senhorita se supera a cada dia mais.Eu só acertei o modo de usar todos os talheres, o que tem de mais nisso? -Obrigado!- Sorrio de volta logo arrumo a postura devidamente correta sobre a poltrona confortável. Já sabem né? Peito estufado...coluna ereta, cabeça erguida e um monte de idiotices que nunca entendia o por quê.Sabina? você será a mulher de um dos homens mais importantes da Alemanha.-Por hoje é só Senhorita.- Ela desliza sua mão por meu ombro, pensando por trás de mim. -Seu pai está a sua espera, senhorita.Arregalo os olhos em surpresa ao mesmo tempo em
Sabina Becker. Tudo aconteceu tão rápido...Eu não sei se estava sonhando, mas tenho certeza que ouvir a voz dele, eu não sei se seria paranóia da minha cabeça ou se realmente era ele. -Você tem que acordar, Minha princesinha.- A voz era a do meu pai, ele acariciava meu rosto suavemente, seu polegar quente faziam movimentos circulares em minha bochecha.Sentir o seu toque de alguma maneira me confortáva...ele só queria me proteger. Eu não sei há quanto tempo estou aqui, tendo a total companhia do meu subconsciente que está me deixando louca. Já cheguei a discutir com o mesmo.sairei daqui direto para um hospital psiquiátrico. -Sabrina não para de chorar, toda vez que ela se olha no espelho se derrama em lágrimas.- Ouço seu sorriso fraco o que me faz querer rir também, mas não consigo. -Ela afirma que ao se olhar no espelho lembra-se de você.- Porque será?Somos gêmeas não é? É normal. Pela vigésima vez entro em uma guerra falha com minhas pálpebras, quais estão fechadas ao um b
Kléber Valentin. O motivo da minha insônia tem nome...Sobrenome? Com certeza, Sabina Becker. Sabina é o motivo da minha perda do sono, eu não sei vocês, mas acredito em destino e o quanto ele pode influenciar em nossas vidas tanto no presente quanto no futuro. Em um momento de distração me vi pensando na profundidade e imensidão dos seus olhos azuis, que lembrava-me o oceano, seus fios loiros bem arrumados e sedosos possuíam um aroma tão doce quanto a dona.Aquela mulher não saia dos meus pensamentos por algum motivo persistente.E como se já não bastasse ser atormentado pela a insônia ainda sou incomodado durante a tarde por minha irmã é que não desisti de enche o meu saco. -Kléber? Você escutou o que eu disse?- Ela finalmente para de andar de um lado para o outro seposicionando em minha frente de braços cruzados completamente furiosa.-Sim! Eu escutei Elisa.- Apoio meus cotovelos sobre os joelhos e entrelaço as mãos em frente a minha boca fechando os olhos.Como ela deve está?
Sabina Becker. A luz refletida pelo sol da manhã atravessava o vidro do quarto pairando sobre seu rosto.Seus olhos cor de mel já são perfeitos! Sobre a luz solar não há como descrever tamanha perfeição.-Senti dor em algum local?- ele pressiona de leve o estetoscópio sobre meu peito coberto por um fino tecido brabo e logo nego.-Não...-na verdade só doia um pouquinho. -Devo chamar você de doutor?- o questionei com cenho franzido.-Com certeza! já que você está me atendendo. coincidência...Ele sorrir visivelmente sem graça, céus! O sorriso desse homem é perfeito. -Me chame de Kléber, senhorita Sabina.- Ele retira o aparelho do meu peito deixando pendurado em seu pescoço, caindo sobre seu peitoral coberto pelo seu jaleco perfeitamente branco.Pisco algumas vêzes saindo do transe. -Porque estou aqui afinal?Seu olhar sobre mim é pensativo e receoso. Seus olhos castanhos varrem o pequeno cômodo trabalhado no branco e logo suspira.Sim, ele fofo. -Nao lembra?- ele faz uma careta conf
Kléber Valentín. -Obrigado por me avisar Laura.Desligo o telefone o entregando para minha irmã que me olha esquisito enquanto dirijo. Paro o carro quase encima da sinaleira, respiro fundo relaxando os músculos. -O que houve?- Ela questiona analisando o aparelho. -Você não sabe disfarçar, irmãozinho. -Sabina recebeu alta.-Não deveria está feliz?- a olho de relance com uma sobrancelha arqueada. -Quer dizer, é sua paciente né? e quando recebem alta é um bom sinal. Claro que estou feliz! Ver Sabina naquela cama me destruía internamente a cada dia, fazendo-me está cansado fisicamente e mentalmente.-Claro que estou.- Olho pulso onde está o meu relógio. -20:10- resmungo frustrado.O sinal abre e piso fundo no acelerador ouvindo os xingamentos de Elisa ao meu lado. -Ei! Calma ai, eu ainda não casei.- Ela grita irritada. -Se isso tudo é saudades, manda uma mensagem para ela ou liga, sei lá.Me lembro que Sabina havia ligado para alguém, irei checar o número assim que chegar em casa e
Ela estava sem dúvidas, perfeita! Mesmo não sendo treinada e recebendo educação para aquele momento, ela estava divina. Seu vestido vermelho com uma fenda na lateral chamava atenção. Seus fios soltos formando leves ondulações e uma maquiagem nada muito exagerada.A loira descia deslizando suavemente sua mão pelo corrimão de mármore, chamando a atenção do Homem que estava à sua espera.A garota estende sua mão para o rapaz que a beija sem desviar a atenção das suas íris azuis. -Esta belíssima senhorita.- Ele diz totalmente impressionado pela beleza da garota que sorri envergonhada. Ela sabia que estava linda, mais um elogio sempre caia bem. Seu ego inflado é incrível.-Obrigado Senhor, Duckworth.- ela se esforça para segurar a vontade de rir perante o futuro chefe da máfia Alemã que simplesmente assentiu discretamente.Era engraçado a vontade que ela sentia de rir quando chamava um homem de 27 anos de senhor. Ela sabia que o quê fazia era perigoso, mas preciso. -Onde está Sabrina
Kléber Valentin. Não posso negar. Realmente estou preocupado, mas, ela havia prometido que assim que chegasse mandaria mensagem. -Então o pai dela estava lá?.- Ela ergue suas sobrancelhas surpresa. -Essa garota não tem quase 20 anos? céus!Caminho em direção a cozinha em passos frustados deixando minha irmã sozinha na sala e falando sozinha. -Sim! Acho que ela tem problemas com os pais, é normal nessa idade. Ela é apenas uma jovem.Ela é maior de Idade não é? É normal sair. Fecho a porta da geladeira dando de cara com Elisa escorada no balcão com os braços cruzados. -Vai meter medo em assombração Elisa! Com essa máscara de pepino horrível. Elisa possui sua face pintada de verde e uma toalha branca na cabeça envolvendo os fios castanhos junto com o roupão rosa com sua inicias estampada nele. -É bom para pele.- Dá de ombros. -Ela é uma mulher, Kléber. Sabe o que faz! Ela não tem 5 anos. Tô vendo que esse assunto não acabará por aqui. -Sim! Uma mulher muito inocente.- Dou uma