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Cap 2: Bendita chuva

Sabina Becker.

O homem dono dos fios claros em um tom de castanhos perfeitamente penteado para trás formando um leve topete elegante desce do veículo com uma postura determinada.

Cabelo mais arrumado e hidratado que o meu..

Ele sorri sutilmente quando seu olhos pairam sobre mim. Dou o meu máximo para manter o meu olhar discreto, não posso dar a entender que estou dando em cima dele e ao mesmo tempo poder analisá-lo.

Sua postura não é rígida. Por tanto, descarto a idéia de ser militar ou algum engraçadinho da máfia Russa.

Meus sete sentidos estão totalmente alarmados. Qualquer gracinha e o barulho de tiro será ouvido a quilômetros de distância e um belo furo será feito bem no centro de sua testa.

Sou eu ou ele.

Mas ele não me parece apresentar algum tipo de risco.

Suspiro aliviada por não ter que atirar em ninguém.

Por enquanto.

O homem se aproxima exibindo o sorriso simpático e ainda sutil em seu belo rosto. Mantenho a postura séria ainda apertando o cabo da arma com força.

O avalio rápido de maneira minuciosa a procura de algum volume que indicasse que o mesmo estava armado.

Nada.

-Oi.- Ele sorrir apoiando-se no capô do carro com um dos braços estendidos observando o motor. Sua cabeça balança em um movimento negativo. -Sem óleo, provavelmente.

-Como?- Questiono confusa fechando o cenho, isso não pode realmente está acontecendo comigo.

-O carro.- Ele da uma risadinha baixa. -Está sem óleo, não precisa ser um bom mecânico para perceber.- Ele sorrir ladino. -Acontece senhorita.

Ótimo!

Eu vou matar a Sabrina.

Nunca mais usará o meu carro.

-Me chamo Kléber e à senhorita seria....- Ele estende sua mão e por um momento hesito em aperta-lá mas logo cedo.

-Sabina.- aperto sua mão. Seu sorriso se alarga fazendo-me recuar a mão rapidamente. -Minha irmã usou meu carro, provavelmente o erro foi dela.

-Lhe entendendo completamente, tenho uma irmã mais nova.

Nessas horas rezo mentalmente para pessoas ligadas a máfia ou até mesmo o meu pai passem bem distantes daqui.

-Você irá chamar o guincho?- questiona curioso levando as mãos em torno do quadril. -Garanto que vai precisar.

-Parece que sim.- reviro os olhos e bufo visivelmente irritada. -Já que não tenho opção e tenho que ir pra casa.

Obrigado Sabrina.

Minhas mãos apalpam meus bolsos traseiros em busca do meu celular, sem sucesso.

-Droga.- Resmungo para mim mesma e o homem sorri mais ainda.

-Sabe? É Perigoso a senhorita ficar aqui sozinha.- Ele aponta para floresta densa ao nosso redor, já escurecia a final. -Sem contar as gangues rivais que vivem por aí fazendo bagunça.

Ok! Eu conto ou vocês contam?

Anoitecendo, carro quebrado por conta da minha irmã e estou acompanhada de um estranho.

Tem como isso piorar?

Em sua voz é nítida o toque de preocupação...talvez eu tenha me perdido na beleza dos seus olhos cor de mel e…

Ou eu estou ficando louca de vez.

-Sabina? Ouviu o que eu disse?- ele estala os dedos em frente ao meu rosto me fazendo voltar a realidade e nego com a cabeça piscando várias vezes.

Já estáva escurecendo, os meus pais vão me matar isso é... Se Aaron não me achar primeiro.

Como se ele se importasse comigo.

Estou morta.

Balanço a cabeça afastando os pensamentos novamente.

-Pro seu azar, meu celular está sem bateria.- Ele Checa o telefone. -Desculpe, mas seria muito inconveniente se eu te convidasse para minha casa? Não leve-me a mau. Mas, uma dama sozinha em meio a uma floresta não séria legal.

O olho de cima abaixo analisando rapidamente seu porte físico, ele me parece atleta ou praticante de algum esporte.

Ok! Eu tô viajando em minha pequena mente.

Eu não deveria está fazendo isso, eu não devia estar conversando com um estranho!

Ele cruza os braços a espera da minha resposta, seu semblante é calmo e me parece ser bastante paciente, muito calmo...

-Médico.

-Perdão?- duas rugas em sua testa se formam ao franzir o cenho.

-Você é médico.- Afirmo e ele sorrir orgulhoso e assentiu. -Notável.

-Exatamente, médico cirurgião e talvez um pouco de fisioterapia.- ele relaxa a postura. - E a senhorita? Aliás como adivinhou?

Como eu digo para ele que sou a futura mulher de um mafioso?

-Uma garota normal...-Divago. -Só chutei mesmo.

Sinto gotas de chuvas caírem sobre minha pele anunciando o temporal previsto pelos jornais nesta manhã.

Perfeito.

-Parece que não tens opção.- O homem deixar um sorriso convencido escapar. -A menos que queira pegar um resfriado.

Enxuguei uma gotícula que escorria pela minha testa e suspirei.

Ele fecha o capô do meu carro e estende sua mão para mim.

Ok! Eu não devo está em meu pleno juízo mental para aceitar o convite de um estranho, mas vendo por outro lado estou armada e não tenho opção.

Seguro em sua mão, ele me guia até o seu carro abrindo a porta do passageiro para mim.

Com meu cinto já travado ele dá meia volta quase que correndo para evitar que se molha-se.

Foi o tempo para que a tempestade caísse ao lado de fora o que me deixou extremamente aliviada.

Amo a chuva, ela me traz um sentimento de paz e tranquilidade.

Ele dá a partida, sinto o carro se locomover através da pista já molhada e cercadas por árvores esverdeadas, pena que a chuva não permiti-me vê-las direito.

Observo pelo retrovisor o meu carro se afastando ao ser consumido pela a escuridão e a chuva que molha o asfalto assim como as árvores.

-Meu pai vai me matar.- murmuro focando na pista descansando a cabeça sobre o encosto do banco.

Não posso aparecer em casa com esse homem.

Preciso memorizar cada canto dessa estrada.

-No lugar do seu pai, também te mataria.- ele sorrir de lado. -Eu não irei te fazer mal, tenho uma irmã que me mataria só por ouvir isso.

Comentou humorado sem perder o seu belo sorriso de canto.

Ele é alegre, não parece se preocupar com a vida.

Era isso que eu queria para mim.

-Você não é alemão.- O fito e ele me olha de relance.

-Sou Americano, você é detetive por acaso?- ele focou seus olhos cor de mel na estrada.

-Experiência.- dou de ombros. -Seu sotaque também colaborou um pouco.- confesso.

-Sabe? Você não deveria entrar em carros com estranhos assim.- Mais uma olhada. -Sorte que foi eu.

Gargalho em irônia, mais por um lado ele tinha razão.

-Eu não tinha opção.- respiro fundo. -E se você me fizesse algum mal, amanhã estará morto.- Falo séria e ele gargalha dessa vez. -Estou falando sério.

Sua voz é rouca e sua risada é algo incrível de se ouvir.

-A casos de garotas que somem aqui na alemanha, você sabe não é?

Hum.. Ele deve ta se referindo as garotas que vão para os prostíbulos.

Realmente, é triste.

-Sim! eu sei.- o respondo sem humor. -Uma pena.

Ele assentiu.

-É perigoso pra uma pessoa da sua idade andar por aí sozinha.- Ele rir, sinto um pouco de sarcasmo em seu tom mas ignoro.

Adam me fala a mesma coisa e olha onde eu tô agora.

-Acho que tenho quantos anos?- O olho e o mesmo dá de ombros.

-Dezoito?

-Tenho quase vinte.

Afundo-me no banco do carro, eu imagino o desespero do meu pai a essa hora.

O resto da viagem foi em silêncio, mas nada muito constrangedor.

Ele é um estranho Sabina, acorda!

Depois de alguns minutos na estrada o carro finalmente parar, saio do meu transe ao ouvir sua voz suave.

-Chegamos loira.

Ele destrava o seu cinto e desce o que faz retirar o cinto também. Preparava-me para abrir a porta ao meu lado mas sou surpreendida por ele que a abriu.

Sussurro um "obrigado" ao descer do veículo, só então percebo que ele mora em um apartamento.

O ritmo da chuva já havia diminuído, para minha alegria.

-Quando chegamos lá em cima, você liga para algum parente e explica a sua atual situação.- Ele fecha a porta do veículo logo acionando as travas.

Kléber caminha há alguns passos a minha frente.

Apenas assenti e o seguir pela recepção.

Uma mulher sorriu para ele e logo pronunciou: "boa noite, senhor Valentin."

As portas de metal se fecham e o elevado começa a subir lentamente.

-Isso foi uma loucura.- Digo em voz alta sem querer.

-Realmente.- O olho envergonhada, droga de mania em pensar alto.

Ele parecia relaxado, em nenhum momento preocupado, seu semblante continuava ali... Estável, de certa forma me tranquilizava.

Deus! Se o Aaron souber disso...

Eu nem quero imaginar.

As portas se abrem e o rapaz de mais ou menos 1:85 toma a minha frente me guiando até o seu apartamento.

Postura, Sabina.

Você tem uma arma, não se esqueça.

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