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Capítulo III - Os herdeiros

Luigi Romano

Eu me chamo Luigi Romano, tenho 23 anos e se você não sabe quem eu sou, significa que nunca pisou no norte da Itália, ou que não possui nenhum conhecimento sobre o mundo da máfia, pois Romano não é o tipo de sobrenome que passa despercebido na boca de um italiano.

Meu pai faleceu há três meses atrás e desde então as coisas andam bem complicadas pra mim e meu irmão Matteo. Ele agora é o novo Capo da máfia italiana e isso torna tudo bem mais complicado para o nosso lado.

Quando o esperto do meu irmão assumiu a liderança dos negócios da família, a primeira coisa que fez foi se aproveitar de sua posição para me mandar para fazer os serviços sujos, enquanto ele continua ditando suas ordens do escritório.

Matteo disse que estávamos com um probleminha com a conta do banco central. Não me dei nem ao trabalho de perguntar do que se tratava, pois se realmente fosse um probleminha, ele teria resolvido por telefone e não me mandado pra cá. Para minha infelicidade, eu estava certo. O probleminha, era a porr@ de um problemão.

Olho para o desgraçadö a minha frente e não consigo segurar a risada. Ele acha que sou algum imbec#il.

_ Então o dinheiro sumiu e você não sabe nada? - Resumo em poucas palavras o que ele levou quase meia hora explicando.

_ O dinheiro não sumiu, ele foi transferido para uma conta sigilosa, quando seu pai ainda estava vivo. Ele mesmo compareceu aqui pessoalmente para fazer o saque, redirecionando o dinheiro para outros bancos. Como pode ver aqui estão as filmagens comprovando que ele esteve aqui há exatos três meses atrás, quando ainda estava vivo - O filho da putä a minha frente garante ajustando o óculo no rosto, em seguia empurra a cópia do termo de sigilo bancário com a assinatura de meu pai – Eu lamento que o vosso pai não tenha dito nada a respeito desse aaa... – Cansado de ouvir suas baboseiras, eu o pego pelo colarinho da camisa com a mão esquerda e o jogo com brutalidade contra a parede.

_ Não me machuque... – Ele se engasga olhando para o guarda dentro da sala, que agora está com meus dois capangas apontando suas armas na cabeça dele.

_ Você acha que tem algum trouxa na sua frente?

_ Estou falando a verdade – Ele choraminga e eu enfio a mão em suas bolas as puxando para cima sem dor. Ele se contorce suado em pura agonia, gritando como um porco, em seguida cai de joelhos, ainda chorando. Saco minha pistola e a enterro dentro da boca dele, a empurrando na goela.

_ Diga que está falando a verdade de novo seu cretinö filho de uma putä – Ranjo os dentes rentes a seu ouvido, quase babando como um cachorro – Vou te dar uma única chance de falar a verdade, se não a aproveitar, eu irei enfiar um tiro bem no meio da sua cabeça, ou eu não me chamo Luigi Romano. Você entendeu? – Pergunto e ele balança a cabeça agoniado.

_ Muito bem – Puxo a arma da boca dele e percebo que ele está com suas calças molhadas.

_ Giovanna Romano... – Ele vomita o nome de minha querida madrasta tossindo freneticamente – Ela sacou o dinheiro e planejou tudo. Eu só fiz o que ela mandou.

Maledetta baldracca” – (m*****a puta).

Eu sabia que a matrigna (madrasta) não era brincadeira, mas não esperava que fosse tão burra. O que ela achou? Que passaria a mão na grana do meu pai na nossa cara e não faríamos nada? A ideia é tão estúpida que me ofende.

Deixo o banco pisando alto e ligo para Matteo. A raiva que sinto de Giovanna é tão grande que estou meio surdo.

_ A vadiä passou a mão em toda a grana que estava no banco central.

_ Que vadia? – Matteo pergunta com sua lerdeza costumeira.

_ Sua madrecita (mãezinha em espanhol).

Ele fica em silêncio, então concluo que ela deve estar perto dele.

_ Não a deixe... – Ouço um barulho estranho e concluo que Matteo deixou o telefone cair – Rápido – ordeno ao motorista. Giovanna não era uma mulher fácil e desde que meu pai tinha morrido, ela se tornara ainda mais maluca.

Quando chego em casa sou recebido por Dunkel e Furcht, meus dois cães ferozes, que prontamente me cercam como verdadeiros guarda-costas, me acompanhando até a entrada da mansão, onde permanecem do lado de fora da residência.

Da sala ouço os gritos de Giovanna vindos do escritório. Ela parece histérica. Vejo Giorgina, minha irmã de treze anos, encolhida perto de uma das colunas da sala.

_ Vá para seu quarto. Agora – Ordeno e ela sai disparada em direção as escadas.

_ Você é um cafajeste... – Ouço Giovanna xingar Matteo. Entro no escritório e ambos se voltam na minha direção.

_ Eu vou embora. Qualquer coisa que quiserem tratar comigo, terão que falar com meus advogados – Ela fala vindo em direção a porta e eu a seguro pelo braço a impedindo de sair. A malditä enfia a mão na minha cara em um tapa que eu não esperava. Eu a jogo contra a parece zonzo de raiva. Desde que nosso pai morreu, nossa vida virou um verdadeiro infernö e ela parece que está concorrendo com o capetä para nos ferrar.

Segurei o maxilar dela com força, a imprensando contra a parede.

_ No que diabos você está se confiando para passar merda na nossa cara e achar que vai sair dessa numa boa?

_ Me solta – Ela grita furiosa e Gioginna entra no escritório me empurrando como um tourou desgovernado. Ela é pequena e franzina, mas consegue encher o saco. Matteo a segura e Giovanna se aproveita do meu deslize para enfiar suas unhas na minha cara. Meu rosto queima com as linhas que suas unhas traçam de minha orelha até o pescoço.

Seguro as mãos de Giovanna e viro seu corpo, a deixando de costas pra mim, a imobilizando parcialmente.

_ SOLTA MINHA MÃEEEE - Georgina começa a gritar de um jeito que lateja meu juízo.

"Infernö!"

_ Tira ela daqui - Falo e Matteo tira nossa irmã do escritório. A garota esperneia enfurecida, não se dando por vencida.

Giovanna para seu show e cansada exige que eu a solte. A cena toda era para Matteo, ela era louca por ele.

Eu a jogo no sofá e fecho a porta do escritório.

_ Onde está o dinheiro que roubou? – Pergunto folgando a gravata, em seguida tiro o paletó. Meu corpo está pegando fogo.

_ Eu não roubei nada. Como viúva de seu pai, tenho direito na metade de tudo o que ele tinha, TUDO e como mãe de Giorgina, tenho direito a uma terça parte da outra metade, ou seja, quem está de favor nessa casa aqui, são vocês.

_ E a parte da certidão de casamento que diz: separação TOTAL de bens, pra você é só um detalhe? - Zombo em um sorriso retorcido - Não banque a desajustada. Você não herdou NADA além das roupas do corpo. NADA.

_ Giorgina é minha filha, eu tenho direito sobre o que é dela.

_ Giorgina é nossa irmã e nós cuidaremos do que é dela.

_ Eu nunca vou permitir isso - Ela volta a se agitar inquieta.

_ Eu fui mulher de seu pai... – Ela começa a chorar.

_ E putä de meu irmão – Eu completo.

_ Eu sou mãe de sua irmã.

_ Onde está o dinheiro que nos roubou?

_ Aquilo não é nada diante de tudo o que vocês possuem – Ela ofega choramingando – É uma pequena compensação pelo tempo que passei casada com seu pai.

_ Compensação pelo que? Pela forma devota que você mantinha suas pernas abertas para Matteo?

_ Me respeite – Ela avançou na minha direção e eu segurei seus pulsos novamente.

_ Nojento, asqueroso... você é um porco igualzinho ao seu pai – Ela cospe o xingamento com sua histeria.

_ Diga o que quiser, mas não vai tirar nenhum centavo nosso.

_ Não vou? – Ela pergunta em um tom debochado, sorrindo histericamente – Cinco bilhões de euros é grana suficiente para que eu tenha uma vida descente em qualquer parte do mundo.

_ Você vai devolver esse dinheiro ou ...

_ Ou o que? Vai me matar? Então mate, porque não vou devolver nada – Ela tenta se soltar e eu a prendo contra a poltrona.

A minha paciência nunca foi grande e já evaporou faz tempo, então eu a puxo pelos ombros, a obrigando a me fitar, enquanto aproximo nossos rostos.

_ Sempre soube que tinha um cerebro atrofiado, mas admito que sua estupidëz está me surpreendendo. Esprema essa sua cabecinha e pense pelo menos uma vez. O que você acha que vai acontecer com você se não nos devolver esse dinheiro? Esse dinheiro não nos pertence, é a grana dos repasses. Eu só preciso dizer o seu nome pra as "famiglias" e deixar que eles façam o resto.

_ Dois bilhões. Me dê dois bilhões e eu juro que vou embora e nunca mais apareço.

_ Você não vai embora. Não vamos permitir que leve nossa irmã para longe.

_ Não vou levá-la comigo - Ela fala desviando seus olhos dos meus - Me dê um bilhão de euros e eu prometo que não terão que ouvir mais o meu nome. Ela diminuiu a oferta decidida.

_ Muito bem. Se um dia retornar a essa casa, ou procurar por minha irmã, eu mesmo darei cabo da sua vida - Aviso me afastando dela.

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