Capítulo XII

Diana Lizano

Estou de pé na calçada da rua estreita. Bellano é uma cidade turística, com a arquitetura mais voltada para o estilo alemão. As ruas, casa e lojas já estão abarrotadas de enfeites de natal e luzes piscantes. A neve começa a cair e as pessoas andam de um lado para o outro com sorrisos eufóricos. A felicidade no rosto deles é tão linda que me deixa anestesiada. Eu... eu queria tanto, mesmo que por um dia, descobrir como é isso.

Não é a primeira vez que me pego parada olhando para os outros. Vendo mães andando de mãos dadas com seus filhos. Irmãos brincando e até brigando. Vendo amigas abracadas cochichando e rindo. Não sei como é isso e nunca vou saber. A única pessoa que tenho semelhante a isso é Marta, mas eu quase não passo tempo com ela por causa do trabalho.

Meu peito dói, como se tivesse um buraco dentro dele e meus olhos enchem de lágrimas. Eu tenho pavor dessa data. É a época do ano que mais me machuca, em que mais me sinto sozinha. É como se fosse o momento do ano
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