Personatus 2

Minha mãe é uma mulher linda e inteligente, aprovo o seu relacionamento com William D’Angelo, pois ele a trata como uma rainha. Hoje, eles comemoram dois anos de namoro. Ela estava tão alegre, mas, com o comportamento de Sasha, ficou sem reação.

William segurou a mão dela para mostrar que estava ao seu lado, meu olhar, porém, estava fixo na ironica da Sasha. O rosto dela se transformou, em pura decepção e tristeza, quando os seus olhos caíram sobre mim. Um bónus pelo desrespeito a minha mãe.

O jantar começou silencioso, mas minha mãe decidiu quebrar o gelo.

— Então, Sasha, como é morar novamente na Inglaterra?

Sasha respirou fundo e apertou o punho.

— Senhora Sophie, está grávida? Pergunta sem tirar os olhos do prato.

— Não seja rude, Sasha.

Repreende seu pai, ela faz contato visual com seu pai, o que faz-me perceber que esta conversa não terminará bem.

— Pai, faz quanto tempo que conhece a Sophie? A pergunta suave parecia acalmar os músculos de quem a teme.

— Sasha, não faça isso. —Ela sorri e minha mãe fica tensa. O clima mudou.

— Faz dois anos. Respondeu William, distante.

Sasha continuou a comer.

— Confiança é tudo, senhor William D’Angelo. Não podemos desfazer um acordo.

— NÃO CONFUNDA AS COISAS – William elevou a voz, sem perder a classe.

— Não deveríamos ter segredos, pai. Sasha continua. Minha mãe segurou as mãos de William e sussurrou que estava tudo bem.

— Com o tempo, pensei que o senhor contaria. Sasha não entendo as palavras, os olhos de William estão vermelhos.

— Sophie e Dominic ficaram connosco, sinta-se informada.

Sasha dá uma risada dolorosa, será que esta mulher é louca ou apenas doente mental?

— Tenho um plano, papá. Eu morri para que o senhor pudesse viver, agora…

— Agora? – William a interrompe confuso.

— Não importa, pai.

Eu esperava que compartilhasse sua felicidade comigo, quando terminar a faculdade, vou morar na Itália, os olhos dela estão cheios de lágrimas que não tocam seu rosto, quero que ela fique calma.

— Sophie é linda, são um casal fascinante. Fala Sasha com a voz fria.

— Não queria que as coisas ficasse assim, Sasha diz minha mãe, com um olhar penetrante, o rosto de Sasha demonstra melancolia e dor, como ela pode ser tão encantadora?

Sasha terminou de comer e levantou-se sem dizer uma palavra.

— Lamento pela minha filha. Não podemos mudar o que aconteceu.

— Seja o que for que ela desistiu pelo senhor, ela morreu no mesmo momento. Falo e o desconforto de William e perceptível à distância.

— Com licença.

Saio da mesa, a casa e linda e eu amarei ficar aqui até minha casa estar pronta. Antes morava na Espanha. Ouço a voz de Sasha por trás da porta.

— Ágata, não acredito que, em meio ao caos, só desejas falar desse fantasma… Personatus.

Ela parece furiosa, apesar de manter a calma. Entrei sem pensar duas vezes.

— O que faz aqui?

Pergunta, com os olhos fixos na janela.

— Ágata, preciso desligar, murmura antes de focar-se em mim.

— Procuro a casa de banho. Explico seus olhos encontraram os meus e ela tem um sorriso forçado.

— Como pode perceber, aqui não é a casa de banho, senhor Dominic Keen. Sua pronúncia mexe comigo, Sasha olha para o meu corpo. — O senhor é muito alto, agora saia do meu quarto.

— Precisa respeitar o novo hóspede. Provoco.

— Saia do meu quarto antes que perca a vida em território inimigo, seu espanhol. Retroca ela com o tom desafiador.

— Desobediente selvagem.

Comento, o olhar está entediado, toco sutilmente seus lábios com os dedos, e ela estremece, começa a gargalhar alto, surpreendendo-me.

— Assédio do professor no meu próprio quarto? —Espero que não tenha amor pela sua profissão de meio período. Debocha.

Agora, percebo que está com uma roupa diferente da anterior.

— Professor, quando sair, fecha a porta – diz

Sasha, desdenhando. Ela é insuportável.

Meu telemóvel toca Coringa.

— Mano, temos uma corrida em uma hora.

— Estarei aí em breve – respondo.

Sou CEO de uma das melhores empresas de engenharia da Espanha, mas amo dar aulas de publicidade, sou um génio, mas há algo sobre mim que ninguém sabe amo sentir adrenalina nas veias.

Sou Personatus, é assim que chamam-me, e tenho uma obsessão pela Flor da meia noite, seja ela quem for. A única que fez meu coração acelerar forte.

Chego com meu Ferrari LaFerrari Aperta preto e minha máscara, para ninguém reconhecer-me.

— Pronto para mais uma corrida triunfante, Personatus? Grita Coringa.

— É o momento perfeito para desligar a escuta.

— Sou os seus olhos, amore mio. Fala Coringa inspirado. Seu italiano de duma figa acrescento.

— Neste contexto, sou o seu talismã.

—Não conheço os outros pilotos, mas eles são os melhores, duas mulheres e três homens, contando consigo.

Ficamos posicionados e vejo Sasha com suas duas tranças, ela sorri para homem ao seu lado. Não gosto da situação.

Sinto algo dentro de mim, quero tirá-la de lá.

—Foco na corrida, Dominic. Fala Coringa.

Uma mulher parou no meio da pista para deixar cair um lenço. Olhou para os carros.

— Preparados ou não…

— E o lenço cai. A corrida começa, sinto a eletricidade correr pelo meu corpo, e o prazer intensifica-se. Amo este sentimento. Nada mais importa. Eu posso sobreviver a tudo, o céu é o limite, e a cidade é o meu palco, quem estiver contra que tente parar-me. Quero ver alguém conseguir.

— Ainda temos três carros perto de ti, fica esperto. Alerta Coringa.

— Deixa que resolvo. Respondo, com confiança. Sinto falta do meu irmão. Fazíamos isso juntos, e ele sempre foi incrível. Eu, por outro lado, sou apenas um aspirante a piloto. Meu irmão correu com a Flor da meia noite. Ele disse que ela é fantástica, a melhor, vou encontrar-te, Flor da meia-noite.

Ganhei a corrida, quando volto, a Sasha não está, provavelmente está com aquele homem que raiva, ela é minha estudante e minha irmã postiça. Volto para á casa do senhor William D’Angelo, ficar aqui é extremamente perigoso para mim. Ouvi vozes vindas do quarto da selvagem, o que chama a atenção é a voz masculina, áspera.

Entro no quarto sem pensar duas vezes, o homem esta sentado à mesa, com os olhos no computador. Sasha dorme serena.

— O que faz aqui? – pergunto, irritado.

Ele olha para mim e reviro os olhos, sem tirar o foco do computador.

— Eu é que devo perguntar o que faz no quarto da minha irmã. Ou precisa de uma arma para saber que não gosto de homens no quarto da Sasha?

— Como assim, irmão? O senhor William D’Angelo só tem uma filha - rebato.

Ele sorriu, sarcástico. Esse homem deveria ser assustador para qualquer um.

— William D’Angelo só tem um filho – diz ele, com desdém.

Senti meu corpo estremecer.

— Fique longe da minha irmã. Keen é um homem obcecado – continua com um olhar sério.

— Sabe como isso funciona – retruco.

Ele olhou para mim com uma expressão neutra.

— Ficará sem seu coração se continuar obcecado por ela – ameaça, levantando-se.

A semelhança com Sasha é perceptível.

— Sou o irmão mais velho. Ninguém pode tocá-la sem passar por mim. Está avisado, irmãozinho – ironiza.

— Sinto muito pelo seu irmão. Ele salvou minha vida várias vezes – diz e tenta apaziguar. Sinto o peso de suas palavras.

— Mas não pensarei duas vezes se tentar machucá-la. A Mara conhecerá os países de baixo.

Ele é um mafioso ou assassino? Penso apreensivo.

— Não sou um assassino – diz ele, com um sorriso que lembra Sasha. — Dominic não viu-me — completa passa por mim e sai do quarto.

Sasha continua a dormir, serena.

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