Sempre adorei a adrenalina de correr contra o tempo, sentir o vento acariciar meu rosto em alta velocidade. Hoje, porém estou presa num sonho. O alarme toca insuportavelmente, mas recuso-me a acordar. Não agora. Só mais uns minutos de sono, só mais um pouco de paz. O telemóvel vibra de novamente. Acordo, contrariada, e vejo que é a Ágata, a única amiga verdadeira entre uma multidão de falsos aliados.
— Hoje não, Ágata — murmuro, sabendo que ela vai ignorar. Como esperado, começa a gritar como uma desvairada. Adoro a Ágata, mas o silêncio seria um dom que ela nunca terá. — Sasha, houve uma corrida ontem! Sento-me de repente. Como assim, uma corrida, eu não sabia? alcanço meu o tablet, minhas mãos tremem de raiva enquanto procuro notícias. E lá está “Personatus”, o novo piloto que reina sobre as estradas da meia-noite. A minha estrada, a minha coroa Quem é este idiota? Vou destruí-lo. — Sasha, ele é incrível! — a voz de Ágata volta a invadir-me os ouvidos, o entusiasmo claro como cristal. — Como sabe que é um homem? — pergunto, com o tom mais indiferente que consigo. — Pela fisionomia, obviamente. Vê-se de longe! Tento não revirar os olhos aborrecida. — O que faz uma futura cirurgiã numa corrida clandestina? — Tento esconder a irritação. Não preciso disto agora. — Ah, amor, é bom explorar novos ambientes… — responde ela, displicente. — Novos ambientes ou Theo? — Prima, estou atrasada, conversamos mais tarde! Reviro os olhos e desligo, preciso de me focar, faculdade, corro para á casa de banho, tento afastar o sono e a raiva. Ontem à noite terminei o meu trabalho de imagem publicitária, e devia chegar cedo a faculdade, mas claro que o destino tem outros planos. — Filha! — A voz grave do meu pai, William D’Angelo, ecoa pelo corredor. Perfeito, ele sempre aparece nos momentos certos para me enervar. — Pai, precisa de uma namorada. Ele finge que não ouviu e entrega-me um iogurte com cereais e uma maçã. — Minha menina precisa ficar forte. — Apaixonado? — A pergunta sai antes que eu possa travá-la. Ele está a ser estranhamente prestativo. — Sim, tenho namorada. Engasgo-me com o iogurte. Namorada? Ele está a brincar. — Hoje temos um jantar com ela. O quê? Jantar? Como se isso pudesse piorar… — Ela tem um filho — acrescenta. Ah, ótimo, como se fosse o detalhe que vai acalmar-me. Já sem tempo para processar este drama, saio de casa, no carro, a irritação com a novidade vai crescendo. A faculdade fica a trinta minutos, mas parece que hoje tudo está a andar devagar demais. Estou no último ano e, nos anos anteriores estudei na Espanha, França e Estados Unidos, esta será a minha última paragem: Inglaterra. Chego ao anfiteatro com o coração acelerado, estou atrasada para apresentar o meu trabalho o professor e novo, mas já começa com a reprimenda. — Na minha aula, não permito atrasos. Perfeito. Tento manter a calma, apesar da raiva latejar nas têmporas. — Não foi minha intenção, professor…? — Dominic Keen. Que mal levanta seus olhos do seu tablet. Ótimo. Parece o tipo de pessoa que adora regras. — Sasha D’Angelo, tem um seminário para apresentar. Sua voz grave percorre meus tímpanos. — Sim. Reviro os olhos, mas mantenho a voz serena. Ele olha para o relógio, acusando-me sem palavras. — Está uma hora atrasada. — O seminário começa às nove, professor — digo, com confiança. — O meu horário diz outra coisa. Fala firme e distante. —Não recebeu o email sobre a mudança do horário? Se o tivesse recebido não estaria atrasada, génio. — Óbvio que não. —Minha resposta sai com mais força do que esperava, o seu olhar gélido deixa claro que não devia ter dito aquilo. — Posso apresentar? Todos no anfiteatro têm seus olhos em mim, aplausos para meu teatro gratuito. A frieza dele é desconcertante, mas não me deixo intimidar. — Não vai apresentar, senhorita Sasha D’Angelo. Claro que ele não deixa-me apresentar o seminário. Aceito a derrota e sento-me, não sou de perder tempo a discutir. A aula decorre, e o nome que martela a minha cabeça é o mesmo “Personatus”. Cada colega parece estar a falar dele, idolatrá-lo é a nova arte. Quando a aula termina, Dominic aborda-me. — Sasha, na minha aula, precisa adaptar-se as regras. Sorrio, sem emoção, e mantenho-me em silêncio. Palavras seriam um desperdício aqui. Sou publicitária nos tempos livres, posso assim dizer, telemóvel toca pela quinta vez. Atenda Sasha a Melissa deve estar a ficar, louca. — Melissa, diga que têm novidades. — Claro, o projeto novo foi enviado, encontramos a influencer que fala de dark romance. — Sasha, sem dúvida ela é perfeita para a publicidade. Fico tranquila menos um dilema para preocupar-me. — Temos o fotografo? — Ágata escolheu o Theo Wilson. Fico em silêncio, Ágata sempre imprevisível. — Agora tenho a reunião com os representantes da empresa. Entro no restaurante para uma reunião rápida. Os clientes aprovaram a nossa escolha de influenciadora digital para a campanha do novo carro, A conversa é aborrecida, como sempre, mas necessária. — Senhores vou retirar-me, tenham um almoço agradável. — Não ficará senhorita D’Angelo? — Podemos desfrutar de uma refeição futuramente. — O almoço é por conta do restaurante. — Agradecemos, senhorita D’Angelo. Quando saio, os olhos de alguém seguem-me. — Linda sobrinha, não vai cumprimentar o teu tio favorito? Milan. O irmão gémeo da minha mãe, corro para abraçá-lo. — Tio Milan! Que surpresa boa. — Sasha fica bem. O telemóvel vibra. Felipe, atendo. — Sasha, temos um problema com a roupa para a corrida. Suspirei. Sempre há um problema. — Cinza e preto não são mais as cores escolhidas. A sério? —Cinza é a minha assinatura. — As coisas muda, seja adepta a mudança. De volta á casa, coloco o meu vestido castanho simples. Não estou com disposição para nada elaborado. O jantar vai ser uma tortura. Quando desço, as vozes ecoam pela sala de jantar. O meu pai está a falar com… Dominic Keen? —O que este homem faz aqui? — Ele é filho da Sophie — explica o meu pai, com o ar mais casual do mundo. — É um prazer conhecê-la, Sasha — diz Sophie, estendendo a mão com um sorriso. Ignoro-a. O ar torna-se pesado na sala. Sinto o olhar de Dominic em mim, mas não dou importância. Vou sobreviver a esta noite, tal como sobrevivo a todas as outras batalhas.Minha mãe é uma mulher linda e inteligente, aprovo o seu relacionamento com William D’Angelo, pois ele a trata como uma rainha. Hoje, eles comemoram dois anos de namoro. Ela estava tão alegre, mas, com o comportamento de Sasha, ficou sem reação. William segurou a mão dela para mostrar que estava ao seu lado, meu olhar, porém, estava fixo na ironica da Sasha. O rosto dela se transformou, em pura decepção e tristeza, quando os seus olhos caíram sobre mim. Um bónus pelo desrespeito a minha mãe. O jantar começou silencioso, mas minha mãe decidiu quebrar o gelo. — Então, Sasha, como é morar novamente na Inglaterra? Sasha respirou fundo e apertou o punho. — Senhora Sophie, está grávida? Pergunta sem tirar os olhos do prato. — Não seja rude, Sasha. Repreende seu pai, ela faz contato visual com seu pai, o que faz-me perceber que esta conversa não terminará bem. — Pai, faz quanto tempo que conhece a Sophie? A pergunta suave parecia acalmar os músculos de quem a teme. — Sasha, não f
Estou na cozinha, cozinhar é minha terapia matutina. — Bom dia! — cumprimenta o meu pai, com um sorriso no rosto. Ele parece feliz, o que é bom… até certo ponto. — Bom dia — respondo sem ânimo. Sophie entra ao lado do professor Dominic Keen, o antagonista de qualquer romance água-com-açúcar. — Bom dia! — Bom dia — desta vez, esforço-me para parecer animada. — O que estás a preparar, Sasha? — O bolo está no forno, agora estou a fazer algo salgado. — Precisas de ajuda? — Oh, não. Já terminei. Linda Juliana pode verificar o bolo e a lasanha.— Ainda chateada com o seu pai? — ela questiona, com os olhos fixos nele. — Juliana, sempre inconveniente… — Não é mentira, o seu pai sabe que os filhos odeiam segredos — Responde ela, desafiando com o olhar. — Juliana, já chega — O meu pai repreende, enquanto ela se ajeita. — Ainda não terminei, senhor — Continua Juliana, de forma petulante.Sophie intervém, tentando aliviar a tensão. — Vamos tomar o pequeno-almoço.Dominic está em sil
As estrelas brilhantes que demonstram trilhos, os carros ficaram posicionados a flor da meia noite parece, faz meu mundo torna-se caótico preciso dela para mim não entendo o sentimento. Ela é muito rápida sem duvidas está escondida silenciosamente, pensei que arma podia assustá-la. — Não acredito que levou uma arma, amore mio, não atira louco. Enquanto ouço a voz do Coringa sou recebido com uma golpe doloroso que quase parte minha costela, ela é mais rápida que eu, a deixo imobilizada no chão e tento tirar sua máscara. O chão húmido sinto o frio passar pela minha máscara. Escuto sua gargalha ela usa seus quadris para libertar-se de mim, olho para ela é vejo que está com minha arma. — É assustador, Personatus. —Não vai atirar em mi, certo? Ela aponta para o lado do seu abdómen. — Que coincidência alguém fez o mesmo comigo, não vai doer. Voz doce e afiada. — Tentou quebrar minha costela, quem é flor da meia noite. Sinto a tensão desfazer na floresta. — Saia do meu caminho, n
—Não acredito, onde ela está? Escuto os gritos do meu pai, não consigo levar da cama estou exausta o tiro não afetou nenhum órgão vital, homem louco personatus, meu pai entra no quarto. — O que é isto? Coloca o tablet na minha cara o notícia terrível. Informações da última hora, a flor da meia noite está de volta para tirar a coroa do Personatus, e destruir o tráfico humano mais uma vez. Todos sabem que a flor da meia noite não é um piloto qualquer. — Não foi minha intenção. Falo não tenho nada a dizer o mal está feito. — Prometeu que não voltaria a correr. — Não somos bons com promessas. — Esta em perigo novamente. Fala nervoso. — O tiro e prova das minhas palavras. — Foi o personatus o amador. — Não quero que volte para este mundo, seu irmão é o bastante. — O senhor não pode decidir isto por mim. —Encontrar os culpados pela morte da minha mãe é importante. Ele continua em silêncio. —Fingir que não aconteceu não vai resolver eu estava lá pai. — Sasha não posso suportar outra
Desobediente e selvagem, percebo seu sorriso. —Sasha seu nome certo? Questiona Mara com segundas intenções, ela suspira, Sasha prossegue em silêncio e seu sorriso muda para um olhar cortante. —Não é meu nome, somente um vocativo. Seguro a gargalhar que faz minha garganta emitir um gemido. —Não seja rude, Sasha. Adverte minha bela mãe que luta pela sua suposta, nora cobra. — Lamento Sophie, mas a Mara foi impertinente. — Vou descansar, Juliana, por gentileza pode. Sasha não termina suas palavras, Juliana acena, o telemóvel da Sasha toca, ela responde a chamada. —Melissa como está? Ela toca seus lábios com os dedos subtilmente, ela está opressiva e começa andar de um lado para o outro. — Mandou uma mensagem para o senhor D’Angelo. Ela deixa o copo cair sem notar, está em estado de negação, seja o que for que ouviu, a deixou perdida. — Ele estava comigo a 1 hora, Melissa como ele está? Ela não espera respostas. Olha para as chaves do meu carro e as leva sem falar nada, Sasha sai rápi
ESPERO QUE TENHA ENCONTRADO A FELICIDADE , ANTES DE INVADIR O MEU CAMINHO, BADBOY. SABE É MUITO ENGRAÇADO SABER O PRIMEIRO A SUCUMBIR EM MINHAS MÃOS , MALEDITO. Ela realmente está com raiva de mim, não sou de desistir. Flor da meia-noite, não é do meu feitio desistir do que quero, então terá mesmo que matar-me. Pois não sou de desistir principalmente quando o adversário esta altura das minhas expetativas. Badgirl. Espero sua resposta ansioso. É tão idiota que não entende que no meu caminho só existe, morte. Não responda minha mensagem. Entro no carro para voltar, estou exausto amanhã tenho aula para dar, Sasha, quero que fique bem, selvagem. — Filho a Sasha está melhor? —Sim, ela só precisa descansar. Subo para o meu quarto encontro a Mara. — Estava a sua espera. Fala com um sorriso no rosto, sua camisola vermelha quase transparente, continuo na entrada do meu quarto. — Mara saia do meu quarto. —Não seja estraga prazeres, baby. Ela está deixar-me nervoso. Dá passos de mod
As vezes podemos pensar que a vida e injusta na verdade somos injustos com cada um em situações complicadas ou mesmo momentos felizes. O que é bom para mim, não é bom para outra pessoa. Respiro fundo. — Baixinha tudo vai ficar bem. — Não tenho a certeza, tenho um nó na garganta. Que dificulta a respiração Lucca limpa minhas lágrimas. — Não pode desistir, Sasha. Eles merecem ser felizes depois de tantas perdas. — Agora quero voltar para casa, que nunca poderei voltar. — Podemos desfrutar da adrenalina. Fala Lucca entusiasmado. — Como Sasha e Lucca, sem Flor da meia noite e…. — Não pode falar este nome novamente, certo? — Certo! Começamos a gargalhar. — Precisa de uma namorada Lucca D’Angelo. — Sasha. Chama e seus olhos ficam presos aos meus. — Precisa ler mais para ter assuntos inteligentes. — Cerro meus ponhos e bato seu ombro. — Gosto da violência mesmo. Ele toca o ombro e da um olhar sombrio. — Não tenho medo do seu olhar eletrizante. — Devia, baixinha, não quero uma mulhe
Cenário do passado —Sasha não esqueça que nem sempre podera contar com uma luta física justa, enquanto tiver uma arma atire diretamente na cabeça do inimigo. Fico surpresa. — Precisamos sempre ser justos mano. — Baixinha as pessoas não são constantemente imparciais em situações de dificuldades. — Flor da meia noite, seu irmão está certo. — Tenha noção que sempre precisa pensar com a mente se deseja sobreviver como uma Espiã. — Mas a honestidade faz nos seguir o caminho certo. — Flor, as vezes o que e certo para si, para outro é injusto. — Luta física em momentos onde não pode usar uma arma, baixinha. Olho para o Jimmy em busca de respostas. — O Lucca é um irmão sábio. — Ainda prefiro a luta física como um samurai. Eles trocam olhares.— Minha flor da meia noite, infelizmente não pode ser um samurai, pois é uma espiã. — Não sou uma criança, tenho 16 anos Lucca e Jimmy. Os dois respondem em uníssono. — Sabemos baixinha. — A honestidade é o que torna o coração intacto neste mundo, o