TON
Ton estava tendo muitos sonhos estranhos ultimamente, mas esse era o mais real.
Ele estava num lugar mal iluminado por uma fogueira de chamas verdes fantasmagóricas, parecia uma caverna. Ton ouviu uma risada fria e espera, ele olhou em volta e viu uma figura sentada numa espécie de trono no fundo da caverna, estava vestida em trapos, mas ele não via o rosto, exceto pelos olhos que brilhavam verdes como as chamas da fogueira.
Ton decidiu se aproximar, não sabia se podia ser visto ou não, mas ainda assim se aproximou. A criatura não estava sozinha, em pé na sua frente havia um homem de aparência cruel e f
Jhanny Era a terceira vez seguida nesta semana. O mesmo sonho/pesadelo/visão/lembrança ou seja lá o que fosse aquilo. Sempre a mesma coisa. Uma mulher com longos cabelos lisos e loiros, olhos muito verdes e muito bonita. Usava um vestido medieval azul claro e uma capa de seda branca com capuz cobrindo parcialmente a cabeça. Ela estava correndo por uma floresta, desconhecida a Jhanny, parecia estar fugindo de algo ou alguém. Levava em seus braços, alguma "coisa", que parecia emitir sons, embrulhada em um manto de seda rosa que, por vezes, tambem se movia e colocava o que
Jhanny se sentou na cama e ficou pensando nos eventos de sua lembrança, ou seja lá o que fosse aquilo. Quem era aquela mulher? Seu rosto e sua voz pareciam pouco familiar a Jhanny. E o bebê? Sempre o mesmo sonho, ela achou que seria melhor dizer que aquilo era um sonho, e agora cada vez mais frequente e real. Jhanny respirou fundo se levantou da cama e caminhou para o seu banheiro. Jhanny Stone tinha 16 anos, morava com a sua tia em um apartamento alugado, de frente para o Central Park, em Nova York. Sua tia, Dhora Stone, era a sua única familia, era uma mulher muito bonita, pele clara, longos cabelos lisos e escuros, e olhos azuis claros, iguais aos da Jhanny. Desde que seu pai se fora, quando ela era apenas um bebê, sua tia Dhora cuidava dela como se fosse sua filha, e ela a amava muito por isso.
Lúcia estava na esquina do prédio onde morava com seus avós, encostada na parede esperando pela Jhanny. Ela estava usando uma calça jeans preta, um tênis branco e uma blusa vermelha. Seus longos cabelos castanhos ondulados estavam soltos.Lúcia morava com seus avós, num apartamento comprado pelos seus pais, que viviam viajando a trabalho. Viver com os avós não era ruim, eles eram ótimos com ela, viver longe dos pais e vê-los apenas uma ou, no máximo, 3 vezes ao mês é que não era legal. Ela sentia muita falta deles, por mais que eles não deixassem que nada faltasse para ela. Mas lá no fundo, ela sabia que trabalhavam tanto assim por ela, era o que sempre diziam, e ela acreditava nisso. Os avós da Lúcia eram aposentados, então não trabalhavam, eles eram William e Judy Carrow, os pais do pai da Lúcia. Ela olhou o relógio no seu pulso e olhou para a direção em que a Jhanny sempre vinha, avistando a garota se aproximar. Jhanny era a colega de toda
John torceu para que a garota, Lúcia, tivesse entendido e contasse ao seu tio, Thomas Johnson, o professor de matemática, o que tinha acontecido e que ele estaria com Jhanny.Eles não esperavam que isso fosse acontecer tão cedo, mas aconteceu. A garota viu uma das criaturas mágicas do mundo ao qual John, e ela também, pertenciam.Enquanto corria, ele pensou no que o seu tio disse quando eles chegaram em Nova York, para vigiar e proteger a garota de possíveis ameaças. Ele falou que por ser apenas uma descendente, de dois dos deuses mais poderosos de seu mundo, ela não despertaria tão cedo nenhum tipo de magia ou poderia ver algum ser mágico de seu mundo, a não ser que a levassem para lá, o mundo a que eles pertenciam. Mas parece que seu tio estava
Jhanny caminhou em silêncio, alguns passos atrás de John, ela estava confusa com tudo isso. Do que é que ele estava falando? Deuses da natureza? Filhos da natureza? E o que eram aqueles... gnomos? Gnomos que tinham roubado a sua mochila? Mas que coisa... estranha, ela pensou. Será que ainda estava dormindo? Sonhando? Não, isso era muito real. Ela não falou uma única palavra, continuou em silêncio. John também não dizia nada, mas, por vezes, lançava um olhar para ela que caminhava atrás dele. Ele falou que o Professor Johnson saberia explicar melhor tudo isso, ela esperava que sim. Ele era o melhor professor que ela e Lúcia já tiveram. John lhe lançou outro olhar. - Você está bem? - Ele perguntou. - Está muito quieta. - Eu estou confusa. - Ela respondeu. - Não sei se deveria estar ta
Lúcia estava extremamente confusa com tudo isso, ela percebeu que Jhanny também estava. Isso é loucura, pensou. Mas decidiu que tentaria acreditar. Após terem ouvido o que aconteceu com Jhanny, o Prof. Johnson deu uma breve explicação pra ela, disse algo sobre pertencerem a outro mundo, ela o perguntou se o que estava querendo dizer é que são E.T's, mas, depois de rir por uns 2 minutos, ele disse que não, o mundo do qual ele falava, não era outro planeta. Era meio que uma outra dimensão e que havia portais espelhados em vários lugares da terra que davam acesso a ele, mas só filhos da natureza e criaturas mágicas podem vê-los e atravessá-los. - Certo, então eu sou descendente de um desses tais deuses. Mas qual deles? - Lúcia quis saber. - Na verdade, de dois, Srta. Carrow. - Sério? E
John ficou imaginando como Thomas consegiu convencer os avós de Lúcia da verdade, já que ele disse que foi muito mais fácil do que imaginou. Cerca de dez minutos após eles deixarem a casa de Lúcia, chegaram a casa de Jhanny. Falar com a tia dela sobre o que aconteceu foi ainda mais fácil, pois Dhora Stone já sabia da verdade sobre Jhanny. Sobre o lugar ao qual ela pertencia. Ela era irmã do pai da garota, e sabia que esse dia chegaria. O que os fez demorar mais na casa de Jhanny foi o fato de ela e a tia os convidarem a ficar para o jantar. Isso depois de Jhanny ter ficado ressentida com a tia por ela nunca ter dito a verdade. Convencê-la de que tudo isso tinha sido para sua própria segurança foi mais difícil de que convencer os avós de Lúcia, mas no fim Jhanny acabou aceitando tudo. Enquanto jantavam ela fez algumas perguntas sobre s
Jhanny despediu-se de Tia Dhora aquela manhã com um aperto no coração. Ela sabia que não estava indo embora para sempre, mas sentiria saudades da tia. Thomas a estava esperando parado do outro lado da rua, encostado numa mini van preta. Ele se aproximou dela e a ajudou com as suas coisas. Ela não estava levando muita coisa, apenas uma mochila com que ela achou que fosse ser essencial e uma mala pequena contendo algumas peças de roupa. Thomas tinha dito que não havia necessidade de levar aparelhos eletrônicos para Natureza, pois não precisaria usá-los lá. Ele colocou a mala dela no porta malas. - Está pronta? - Perguntou, com um sorriso simpático pra ela. - Acho que sim. - Ela respondeu. Ele abriu a porta de trás para ela entrar. E