Lúcia estava preocupada com John, ele ficou muito calado depois do Salão, mesmo depois de ela e Jhanny terem dito que estariam com ele.
As duas estavam no quarto se preparando para partir, tinham se certificado de que não tinha mais ninguém nas ruas. Já passava das 23 horas, e, exceto pelos guardas nas torres de vigia, o vilarejo estava vazio. Tomariam cuidado para que eles não os notassem.
- Pronta? - Jhanny perguntou ao terminar de prender o cabelo em um rabo de cavalo que ela jogou sobre o ombro, a mecha colorida presa atrás da orelha.
- Sim. - Lúcia estava guardando no bolso o apito em forma de beija flor que a Mãe Natureza a deu. Ela tinha feito uma trança a qual jogou por cima do ombro também. - Vamos descer.
Jhanny pegou a
Enquanto seguiam voando, Lúcia ficou pensando em Linus, em como ele os culpava. Ela achava isso injusto, mesmo que ela se sentisse mesmo culpada, mas a maneira como ele os culpava era diferente. O som de uma flecha passando zunindo perto de sua cabeça, fez Lúcia escapar de seus devaneios. - O que foi isso?! - Ela gritou. - Droga! - Ela ouviu John. - Acho que aquela é Cordall... ou o que sobrou! - Ele apontou. - Jake, dê a volta por trás daquela colina! - Ele gritou pro grifo que o obedeceu, dando meia volta e voando para detrás de uma colina que eles haviam passado. - Deuses! - Jhanny falou quando pousaram. - Eu consegui ver alguma coisa, Cordall está infestada de filhos da trevas.
John já tinha visto desenhos do Templo do Oráculo em alguns livros e pinturas, mas pessoalmente era ainda mais impressionante. Era exatamente como Jhanny descrevera de seu sonho. Uma enorme construção com colunas de mármore branco polidas, a imagem de uma garota sem expressão, segurando um livro aberto, entalhada na parede acima da entrada. Jhanny dissera que estava escuro, mas agora haviam dois braseiros enormes, um de cada lado da entrada, ardendo em chamas. Alguma coisa lá dentro chamava por John. - Espera aqui, Jake. - John falou, quando o grifo pousou ao seu lado. - Descanse. - O que eram aqueles... guerreiros? - Jhanny perguntou. - Elfos. - John respondeu. - Estão sentindo
Jhanny estava com tanta raiva quanto John pelo que Kallow falou da morte dos seus pais, mas ela sabia que ele estava jogando, então conseguiu se controlar. Ela o atacou pra valer quando os três partiram juntos para cima de Kallow. Ela e John com espadas e Lúcia atirando flechas. Kallow era muito bom e extremamente rápido, ele desviava das flechas de Lúcia e ainda conseguia se defender dos golpes dela e de John com bastante facilidade, porém, estava encurralado, se errasse poderia ser o seu fim. Jhanny usava sua habilidade de super velocidade para desferir seus golpes, ela e John atacavam sem parar, mas também tomavam muito cuidado para não serem atingidos pela espada flamejante do lord das trevas. Eles não sabiam o que aconteceria se fossem tocados por aquelas chamas. - Isso! - Kallow gritou. - Vocês são ótimos! - Ele gargalhou enquan
- Temos que mandar uma equipe de... - Thomas estava falando, mas parou ao vê-los invadir a sala de reunião. - Busca. - Ele finalizou.- Oh, aí estão eles. - Sther sorriu.- Equipe de busca para o quê? - John perguntou.- Nada, Canton. - Lincoln falou.- Era para vocês, mas já voltaram. - Thomas falou. - Já vou avisando que, independente do que vocês vão nos falar agora, vão ficar de castigo. Deviam ter avisado. - Lúcia riu, mas Thomas não.- Espera, isso é sério? Vamos ficar de castigo? - Ela parou de sorrir e ele assentiu. - Fala sério!
TON Ton estava tendo muitos sonhos estranhos ultimamente, mas esse era o mais real. Ele estava num lugar mal iluminado por uma fogueira de chamas verdes fantasmagóricas, parecia uma caverna. Ton ouviu uma risada fria e espera, ele olhou em volta e viu uma figura sentada numa espécie de trono no fundo da caverna, estava vestida em trapos, mas ele não via o rosto, exceto pelos olhos que brilhavam verdes como as chamas da fogueira. Ton decidiu se aproximar, não sabia se podia ser visto ou não, mas ainda assim se aproximou. A criatura não estava sozinha, em pé na sua frente havia um homem de aparência cruel e f
Jhanny Era a terceira vez seguida nesta semana. O mesmo sonho/pesadelo/visão/lembrança ou seja lá o que fosse aquilo. Sempre a mesma coisa. Uma mulher com longos cabelos lisos e loiros, olhos muito verdes e muito bonita. Usava um vestido medieval azul claro e uma capa de seda branca com capuz cobrindo parcialmente a cabeça. Ela estava correndo por uma floresta, desconhecida a Jhanny, parecia estar fugindo de algo ou alguém. Levava em seus braços, alguma "coisa", que parecia emitir sons, embrulhada em um manto de seda rosa que, por vezes, tambem se movia e colocava o que
Jhanny se sentou na cama e ficou pensando nos eventos de sua lembrança, ou seja lá o que fosse aquilo. Quem era aquela mulher? Seu rosto e sua voz pareciam pouco familiar a Jhanny. E o bebê? Sempre o mesmo sonho, ela achou que seria melhor dizer que aquilo era um sonho, e agora cada vez mais frequente e real. Jhanny respirou fundo se levantou da cama e caminhou para o seu banheiro. Jhanny Stone tinha 16 anos, morava com a sua tia em um apartamento alugado, de frente para o Central Park, em Nova York. Sua tia, Dhora Stone, era a sua única familia, era uma mulher muito bonita, pele clara, longos cabelos lisos e escuros, e olhos azuis claros, iguais aos da Jhanny. Desde que seu pai se fora, quando ela era apenas um bebê, sua tia Dhora cuidava dela como se fosse sua filha, e ela a amava muito por isso.
Lúcia estava na esquina do prédio onde morava com seus avós, encostada na parede esperando pela Jhanny. Ela estava usando uma calça jeans preta, um tênis branco e uma blusa vermelha. Seus longos cabelos castanhos ondulados estavam soltos.Lúcia morava com seus avós, num apartamento comprado pelos seus pais, que viviam viajando a trabalho. Viver com os avós não era ruim, eles eram ótimos com ela, viver longe dos pais e vê-los apenas uma ou, no máximo, 3 vezes ao mês é que não era legal. Ela sentia muita falta deles, por mais que eles não deixassem que nada faltasse para ela. Mas lá no fundo, ela sabia que trabalhavam tanto assim por ela, era o que sempre diziam, e ela acreditava nisso. Os avós da Lúcia eram aposentados, então não trabalhavam, eles eram William e Judy Carrow, os pais do pai da Lúcia. Ela olhou o relógio no seu pulso e olhou para a direção em que a Jhanny sempre vinha, avistando a garota se aproximar. Jhanny era a colega de toda