Entrei no carro batendo a porta na cara dele, logo em seguida Emma e Will entraram e se sentaram ao meu lado.
Dei mais um berro pedindo para que meus pais viessem logo, mas aparentemente eles haviam simplesmente parado para conversar com a Carly e com o marido dela.
Deitei a cabeça no ombro de Will, resmungando baixinho. Sabe-se a hora em que eles parariam de conversar.
– Acalma-se, Sammy, acalma-se — disse ele, em um sussurro.
– Calma? Impossível ter em um momentos desses… — falei.
Emma suspirou, como se estivesse irritada, falou:
– Você é muito… idiota, Samira! O que esse moleque te fez, afinal? Nada! E você fica simplesmente esnobando ele. Sinceramente, eu acho que você deseja o corpo nu dele, você o ama, mas para se convencer que isso não é verdade, fica tratando-o mal. Tudo bem que ele é um convencido idiota, mas ele nunca te fez nada!
Senti meu rosto esquentar e meu lábio tremer. Abri a boca pronta pra responder, mas a fechei de novo. Longos segundos se passaram até eu finalmente murmurar:
— Cale a boca.
POV’S Mattias
Samira Carbone, orgulho e esquisitice é as palavras que definem essa garota.
Sinceramente, eu gostaria de pegar ela, mas pelo jeito ela percebia isso e se mantinha a distância. Talvez porque sabia que não resistiria a mim. É, ela não resistiria a mim, verão passado ela quase não resistiu, e ela sabe que vai chegar uma hora em que não irá aguentar e Bum! Juntos ficaríamos até eu enjoar.
Ultimamente, tudo anda muito pacato. As mesmas garotas, as mesma menininhas infantis e artificiais. É isso que me faz querer a Samira, ela é diferente, estranha, mas atraente. De qualquer forma, eu ainda vou tê-la, nem que for uma vez só Mas tem um problema. Aquele garoto, aquele que vive grudado nela. Qual é o nome mesmo? Wesley, Walker…
Will! Isso, William, ou como prefere, Will. Parece que eles são só amigos, mas eu não acredito em amizades entre homens e mulheres, então aí tem.
De qualquer jeito, assim que recebi a notícia da viajem eu vi a possibilidade de conquistá-la. Ninguém disse que seria fácil, pois aquela garota era mais fria que cubo de gelo. Logo eu percebi que Sam não sabia que viajaríamos, e então entreguei pra ela. Depois que ficou sabendo, decidiu levar seus dois amigos juntos, Emma e Will. Resolvi também levar um amigo, o Josh, talvez ele me seria de alguma utilidade.
Reafirmando uma coisa que já disse, eu vou tê-la, nem que seja uma única vez. Não vou desistir.
POV’S Mattias OFF
Cerca de uma hora depois de muito sofrimento e agonia, meus pais vieram, iriamos de carro. A viagem era de duas horas, duas horas de muito chateamento.
Passei todo o percurso cochilando no ombro de Will, porque, meu deus, esse garoto tinha a forma exata de me acalmar e me irritar. I love it.
Emma, cochilava no outro ombro de Will, e ele cochilava com a cabeça virada para trás, trio perfeito, mesmo que às vezes Emma falasse demais e me deixasse com raiva, isso não durava muito.
Atrás, vinha o carro dos Sartori, que dirigia calmamente.
Senti as cutucadas em meu ombro, de meu pai, pois havíamos chegado.
Me espreguicei e acordei Will e Emma, descemos do carro e vimos onde estávamos.
A casa era enorme, com uma arquitetura moderna e charmosa. Havia piscina no quintal da casa e área para churrasco. Ainda no quintal, tinha um deck de madeira polida que levava a uma parte privada do mar.
O carro dos Sartori estacionou logo em seguida, antes eu entrei para dentro com Emma e Will. Subimos até o segundo andar e fomos para o quarto na qual dividiríamos.
– Nossa! Esse quarto é lindo. — exclamei.
Era mesmo: uma televisão enorme, cama enorme, sofás, pufes, banheiro, frigobar e uma janela enorme que dava uma visão privilegiada do céu.
Me joguei de cara na cama, em seguida Emma e Will me levantaram pelos braços.
– Bora pular na piscina — falou Will.
– Piscina? Tá ficando bobo? Vamos é pro mar — falou Emma, abrindo a bolsa, atrás de seu biquíni.
– É, vamos. — disse eu, sem muito ânimo. Abri minha bolsa e peguei meu biquíni. Se bem que o que eu queria mesmo era dormir ou encher a cara de pizza.
Fui ao banheiro colocá-lo, por causa de Will, e depois que terminei, saí, então Emma foi pôr o dela.
Depois que nós todos já tínhamos vestido nossas roupas de banho, saímos da casa e fomos em direção a área pública da praia.
A praia estava lotada, pessoas para todo lado em suas cadeiras tomando água de coco e pegando um bronzeado.
Me aproximei do mar e molhei meus pés, a água estava fria, mas gostosa. Me virei e me deparei com uma barraca de aluguéis de pranchas de surf.
Agarrei Will, e o puxei até lá.
– Sabe surfar, Will? — perguntei, alvoroçada.
– Não, você sabe? — falou franzindo a sobrancelha.
– Não, mas eu quero aprender! — falei pegando dinheiro em uma sacola que eu tinha trazido.
O sol estava forte no céu, então alguém fez uma sombra atrás de mim. Senti a respiração e o calor da pessoa a minhas costas. Me virei. Era Mattias. Ele arqueou a sobrancelha e apontou o queixo para a barraquinha.
– Eu sei surfar, se quiser eu posso te ensinar — falou Mattias.
Olhei bem pra ele, antes de um sorriso se formar em meus lábios.
– Não. — falei virando-me de volta e indo para a barraca.Um cara que deveria ter seus trinta anos, sarado e bronzeado do sol sorriu. Previ que fosse o dono do estabelecimento. Se bem que tava meio óbvio.– Ei, posso ajudar? — perguntou ele com um forte sotaque sulista.– Quanto tá o aluguel da prancha de surf? — eu disse.Ele disse o preço e eu escolhi uma, paguei e saí levando ela.Dois minutos depois Mattias foi lá e saiu com uma prancha na mão também.– Tem certeza que não quer que eu te ajude? — falou ele.– É claro que não — falei.– Tem certeza? — tentou ele de novo.Bufei.– TENHO.Ajeitei a prancha no mar e como já havia visto em filmes, me joguei sobre ela, procurando manter o equilíbrio enquanto me distanciava cada vez mais. Quand
POV's JoshBrianna Collier. Essa garota é o exato oposto do que eu estava imaginando. Doce, meiga, fofa e educada. SÓ QUE NÃO.Fomos caminhar na praia, e conversávamos animadamente, até que houve uns minutos de silêncio na qual ela parecia agitada e tensa.– O que foi? — perguntei.– Nada — disse ela que parou na areia e seus olhos correram em toda a sua volta antes de se virarem para mim. — Pensando melhor, vamos lá na Missy, na casa dela?– Por quê?– O irmão dela tá dando uma festa na casa deles e eu quero ir! Mas só vou se você for também — disse ela. Era quase como se ela dissesse “você não tem escolha, garoto”.– Ah bem, não tenho nada a perder. — falei coçando o cocuruto.POV’S Josh OFF
Caminhei devagar; Mattias e Josh entraram na frente. Aliás, só acho que Josh não deveria nem estar ali, ele tava quase que caindo de bêbado. Sei que é errado desejar o mal ao próximo, mas, eu estava torcendo pra que ele tivesse uma resseca do caralho amanha, pra ver se aprende.Dei de ombros, Will e Emma me puxaram até a pista de dança, onde começaram a fazer chuva de balão de tinta e em dois segundos eu estava toda imunda, mas animada.POV’S MattiasJosh subiu em cima de uma mesa e começou a dançar. Otário.Tirei ele de lá e comecei a chacolha-lo.– Sai dessa Josh, seu gay — falei.— Vou te levar pra casa…Mas aí Missy apareceu. Porra.
O policial parou a gente e fez que esperássemos seu outro colega policial chegar, o que logo aconteceu. Ele apareceu acompanhado por Mattias.– É que a denuncia surgiu de lá. — Disse nosso policial.Droga, droga, droga. É óbvio que tinha sido minha mãe, ela com certeza tinha percebido que não estávamos no quarto, ouviu o som de música alta, sacou onde estávamos e pra nos lascar de vez chamou a polícia.– Entrem no carro, anda — disse ele.Nos apertamos no banco passageiro e Emma falou:– Tá vendo, tudo culpa sua, Mattias, se você não tivesse obrigado a Samira a vir…– Ela veio porque quis — retrucou Mattias, dando de ombros.Na verdade, eu mal prestava atenção. Eu ainda sentia o gosto da boca do Will na minha.Will soprava a franja compulsivamente, mania que aparecia sem
— Ei, ei, ei! Que putaria é essa aqui no quarto?Will descolou os lábios dos meus. Viramos a cabeça e encaramos Emma em pé. Ela piscava rapidamente por causa da luz, estava de braços cruzados e nos olhava de cara feia.É mesmo, que putaria era aquela no quarto que por acaso eu estava participando?Olhei para Will, atordoada.— Isso é amizade colorida? — perguntei ignorando Emma. — Putaria entre amigos?— Sem compromissos — respondeu Will, meneando a cabeça. — E aí?— Sei lá — franzi a testa.— Aceita ou não? — teimou.Sem compromissos? Sem encanação?— Mas a nossa amizade continua a mesma?— Aham, mas com bônus.Sorri. Por que não?— Beleza — murmurei aproximando nossos rostos.— Tá, t&aacu
— O que você quer? — falou ele, ríspido.— Tá tudo bem? — perguntei. Não, né, sua sonsa, não tava vendo que ele estava chorando? Só eu mesmo pra perguntar isso.— Está — murmurou ele.— Não ligue para seu pai, ele não sabe o que f…— Tanto faz, Samira. Pode me dar licença?Era a primeira vez que ele era grosseiro comigo. Ele podia ser irônico, chato, arrogante, safado, mas nunca usou a grosseria comigo. Até aquele momento.— Mattias…— Não preciso de mais ninguém me julgando. E se você contar pra alguém que me viu chorando, eu te mato.— Não vou te julgar, droga. E daí que você t&aac
Povs EmmaPor que eu havia ficado com raiva de ver Samira e Will se comendo? Porque sim.O.k: Amigos não devem se pegar. Isso é cilada. Eu já havia feito a burrada de ter um amigo colorido, e hoje em dia, se estivermos na mesma calçada, eu mudo de lado.O que eu queria dizer é que não gostaria de perder Will e Sam, não queria que nos separássemos, nem brincando. Eu amava aqueles dois mais do que muitas coisas por aí.Enquanto eu lavava a louça, Josh enxugava. Eu mal conhecia esse garoto, mas ele parecia bem diferente do seu amigo, Mattias. Nenhuma vez ele tentou dar em cima de mim. Aliás, ele parecia até um pouquinho tímido quando não estava bêbado.— Não é nada contra a Caroline, mas aquele cabelo dela é muito brega — fofoquei.— É. Eu também achei — murmurou ele.
Peguei a concha com muito cuidado, aproximando-a do meu ouvido direito. Eu nunca havia pegado em uma concha tão bonita e grande antes como aquela. Dizem por aí que se você coloca-la no ouvido, pode ouvir o mar. E agora eu posso garantir que pode.Quando descolei a concha do ouvido, meus olhos cruzaram com o de Mattias e ele sorriu.— É legal, né? — disse ele, cruzando as pernas. — Meu avô fazia coleção. Ele morava na praia. Era um sujeitinho legal.— Bem, conchas são legais. A única pessoa que eu conheci que fazia coleção de alguma coisa, fazia coleção de figurinhas de chiclete — falei torcendo o nariz.Mattias riu:— O que vale é a intenção, poxa— É, acho que sim — de