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Peguei a concha com muito cuidado, aproximando-a do meu ouvido direito. Eu nunca havia pegado em uma concha tão bonita e grande antes como aquela. Dizem por aí que se você coloca-la no ouvido, pode ouvir o mar. E agora eu posso garantir que pode.

Quando descolei a concha do ouvido, meus olhos cruzaram com o de Mattias e ele sorriu.

— É legal, né? — disse ele, cruzando as pernas. — Meu avô fazia coleção. Ele morava na praia. Era um sujeitinho legal.

— Bem, conchas são legais. A única pessoa que eu conheci que fazia coleção de alguma coisa, fazia coleção de figurinhas de chiclete — falei torcendo o nariz.

Mattias riu:

— O que vale é a intenção, poxa

— É, acho que sim — de

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