A vida é um sopro...
Evapora.
Quando botamos uma panela no fogo e cozinhamos algo nela, automaticamente ela comeca a evaporar o liquido que contém no alimento. E é algo tão sem importância, que nem percebemos.
A vida é assim. Supomos que o alimento é sua vida, e o líquido é as experiência que tomamos durante o processo do cozimento. A beira da morte é a tampa, que quando levantamos deixamos escapar o "gás ". As experiências evapora e o que resta é alimentos para alguém. Ou melhor dizendo, as lembranças.
A vida humana é frágil como vidro e previsível como um filme cliché. O roteiro quem faz? tambem queria saber.
Vamos nascer, se der, viver e morrer. Me diz o que tem de novo?
Eu não era assim. Eu amava a vida e tudo o que ela podia oferecer. Acreditava que a vida dar aos seus hóspedes aquilo que realmente merecem. Tipo vida passada se você foi uma boa pessoa vai poder reencarnar conforme suas boas atitudes.
Minha mente era frágil e imaginava coisas. Uma vida boa, filhos, marido, emprego bom que me desse dinheiro suficiente para poder fazer uma viagem internacional duas vezes ao ano. Sonhos e sonhos forjados durante nossa infância para fazer crescermos sem ter realmente a noção da vida de merda que todos temos. Pelo menos a que eu comecei a ter.
Há 2 anos, veio sentindo dores. Repetidas dores da cabeça, na barriga, enjoo, vômitos. Fiquei confusa pois eu tinha 15 anos, e estava apaixonada e estava andando com os populares do colégio. Eu estava muito bem de vida. Eu achei que realmente estava.
Como dito, eu sentia muitas dores e fiquei preocupada, mas como qualquer adolescente do tipo" eu não ligo para minha saúde e vou tomar uma aspirina", eu fiquei assim durante 3 meses.
Até que aconteceu o que eu quase morri. Durante uma corrida na quadra da escola, depois de 5 minutos correndo, comecei a sentir um aperto no meu pulmão. Porém continuei correndo, depois de 2 minutos comecei a tossir e depois de 3 minutos cai no chão tonta e tossindo sangue.
A unica coisa que lembro vagamente é Aline me gritando e logo em seguida gritando o Sr° Junior, o professor de educação física, alegando que eu estava morrendo. Depois disso eu estava no hospital com um aparelho para eu poder respirar. Foi um pesadelo completo.
Conclusão de tudo: eu estava com câncer.
Se eu fizesse radioterapia eu teria chance de cura. De 70% de cura.
Apesar de tudo eu fiquei confiante, passei o restante dos meses escondendo das pessoas que me cercavam( amigos da escola e minha paixonite) , eu segui minha vida normalmente.
Mas não durou muito. 4 meses depois meu cabelos cairão. Em 6 meses eu não tinha sobrancelhas e nem cílios. E em 8 meses eu não queria sair de casa.
Minha "paixonite" me disse essas palavras: " Não quero me apaixonar por ninguém, principalmente alguém que pode me deixar. Desculpe. "
Eu entendi. De verdade. Então eu fiz o que todos fariam. Me afastei e me fechei completamente. Não falo com ninguém naquele colégio ha um ano.
Passei minha ferias de verão trancada em meu quarto querendo fazer absolutamente nada.
E daqui a 2 meses, vai começar meu último ano na escola.
E eu espero morrer antes disso.
2 meses depois...O verão bate na minha janela as 6:30 da manhã. Anunciando que la fora ha um dia lindo para ser aproveitado.Mas pra mim é so mais um dia apodrecendo e descogelando como uma carne. Literalmente.Me levanto e vou ate o espelho da minha cômoda. Os cabelos longos caídos no meu ombro da cor de caramelo me deixa desanimada. A peruca foi escolhida pela minha mãe, alegando que o caramelo iria iluminar meus olhos verdes.Ela tinha razão. Iluminou os meus olhos. E minha pele extremamente branca faz eu aparecer uma pessoa que mora na Alasca. Eu me sentiria bonita até, se algo dentro e mim não tivesse me destruindo aos poucos.Não sinto gosto de nada, vomito tudo que como, e não tenho tanta força assim para correr.Faco um coque na peruca para não molhar e vou ao banheiro tomar uma banho. Lá mesmo faço minha higienes e saio de toalha, me sentindo gelada.
ThomasEu finalmente tinha conseguido a bolsa na escola que eu tentava desde quando fui pro ensino médio. Fui aceito em uma das melhores escolas do estado, o que vai fazer do meu futuro, uma coisa bem legal.Conhecer as pessoas daquele lugar foi umas das melhores coisas que me aconteceu. Elas eram legais, e os professorea bem competentes.E não. Eu não faco parte do time da escola, e não namoro a líder de torcida. E nem gosto de nenhumas delas, sexualmente falando. Eu sou bem egoísta nesse negocio de mulher.Não sou de ficar, muito menos de tranzar com qualquer uma.Eu escolho e olha eu sou bem seletivo. Quero alguem pra somar comigo, sonhos. Isso sim.Mas devo confessar que tem uma menina que me entriga.Julia. Julia Bettencourt. A filha da dona da escola. Ela é... Como vou dizer? Distante. Não fala com ninguém, não esboça um sorriso, mal come.
JuliaNão consegui dormi essa noite.Parece que os efeitos da radioterapia tinham se triplicado essa noite, me fazendo de pesadelos.Desisti de ficar deitada na cama quando já era 6 horas da manhã, decidi levantar e fazer o meu habitual de todas as manhãs antes de ir para escola. Hoje o sol estava mais quente então resolvi colocar uma blusa de frio fina, pois creio que hoje não sentirei muito Frio.Olhei no relógio e já eram 7:05 da manhã e já estava na hora de minha mãe levar eu e o meu irmão para escola. Quando peguei minha mochila a porta se abre revelando minha mãe.- Já está arrumada querida? Achei que precisava ficar descansando hoje- disse ela entrando no meu quarto.- Eu to melhor mãe. Não se preocupe.- eu não estava bem. Ainda sentia dor de cabeca e enjôo, mas não queria o olhar de pena da minh mãe sobre mim o dia todo!- Tudo bem- ela s
ThomasChutei uma pedra pequena que estávamos no caminho, enquanto eu voltava na direção dos meus amigos.Olhei para trás a tempo de ver Julia virar para esquerda indo em direção de alguma sala.- Calma- falou Kelly quando eu sentei no lugar que estava anteriormente- Ela falou com você?- É. Eu vi vocês na esquina da escola juntos.- Josh falou e olhei para todos e eles me olhavam apreensivo.- O que ela tem?- perguntei para eles que se entre olharam- Ela falou para perguntar vocês.- Ela falou isso?- Aurora se pronunciou.- Sim!- passei a mão sobre os cabelos- Pelo jeito ela não me quer por perto.- Ela tem seus motivos de querer ficar só.- Kelly disse mechendo no cabelo de Aurora.- Tá. Me contém então o porquê.Eles novamente se entreolharam, como se estivessem em guerra para ver quem falari
JúliaEu não sabia que horas era. Afinal não fiz questão de olhar no celular assim que acordei. Decidi que não iria a escola naquela manhã.Meus pensamentos estão vagando como meteoro no espaço da minha cabeça. Ideias. Sonhos. Amigos. Escola. Faculdade. Familia.E sem querer o Brian apareceu nessa chiva de meteoros. Seu sorriso, como falava dos seus sonhos comigo.Não. Eu não o amo. Nunca amei. Eu gosta muito. Muito dele, mas não cheguei a ama-lo. Também não deu tempo.Não me importa. Eu não sei porque ainda penso nele. Eu sei que eu entendo o lado dele, não que porra de desculpa era aquela? Não quero me apegar porquê você pode partir!Idiota.Droga. Burra burra, burra. Isso que você é Júlia. Burra que não sabe escolher. Droga ele era quase o meu namorado.Passei a mão no rosto limpando duas lágrimas que resolveram cai
JúliaTalvez esse foi o pior dia da minha vida. Não. O segundo pior dia da minha vida.Faz um pouco mais de dois anos que eu tenho essa maldita doença, e nunca aconteceu essa droga comigo. Mas meu corpo mais uma vez não quis lutar contra isso.Logo após o almoço na sexta, que eu tive a ilustra presença da figura, vulgo Thomas, eu estava me sentindo... Bem? É. Muito bem. Mas foi por causa do Donuts que ele trouxe.Mas esse bem não durou muito. Pela madrugada, comecei com uma tosse que moderou de leve até fica insuportavelmente incomoda. Eu tentei abafar com travesseiro a final de contas eu não queria acorda meus pais. Era apenas eu tomar o remédio que me foi receitado para esse tipo de situação. E assim eu fiz.Não demorou muito para eu estar no banheiro vomitando tudo, inclusive o remédio. Agradeci aos céus por ter banheiro no meu quarto, se não ja teria acordado meus pais e me
JúliaMeus pés estão úmidos pela grama molhada. Mechendo meus pés sinto a grama fazer cócegas e solto um sorriso. Sempre adorei sentir essa sensação.- Querida?- ouço uma voz e levanto a cabeça para onde ela vinha- Júlia querida, entra. - era minha Helena- O bolo de milho que eu fiz ja esfriou. Venha- ela disse sorrindo.- Vovó?- perguntei olhando para ela não acreditando. Ao olhar a entrada da casa, reparo que é a casa na qual eu passei minha infância inteira.- Vamos Júlia- me chamou mais uma vez entrando na casa. Dou um passo para seguir em frente mas algo me faz volta um passo atrás.Olho uma especie de mochila de rodas com um tubo de oxigênio, conectado a um catete que vinha ate mim. Botei a mão no nariz, o que me fez lembrar do hospital e da sensação de morte no corredor da minha casa.Pego na alça na mochila e a puxo seguindo para a entrada da casa. Entro
ThomasO que seria a paz? Tipo qual o significado? O porqu do existir da palavra ja que desde o princio existiu jardim do éden, como ja dizia minha mãe.Procurei no nosso tio google a resposta da minha pergunta. O que estava escrito era:pazsubstantivo feminino1.relação entre pessoas que não estão em conflito; acordo, concórdia.2.relação tranquila entre cidadãos; ausência de problemas, de violência."o bom funcionamento da justiça garante a p."Então porque caramba a Júlia queria paz se ela não estava em conflito comigo? Talvez se eu desenhasse uma pomba branca na minha cara, ela visse que eu só quero protejer ela. Ficar perto dela.Que