Cap:32— Não, mas com certeza você deveria ser o único tipo que eu não deveria ter cruzado o caminho.— Se estar arrependida, apenas se divorcie.— Com certeza eu tenho mais a perder que ganhar com esse divórcio, não acha?— Exatamente, por isso deveria apenas ficar quieta, suas palavras não são lá grande coisa para mim, e você sabe bem o motivo...— Sei! Sei que, para você, eu não passo de uma impostora e um peso morto, fique tranquilo, Andrews, Eu não vou incomodá-lo. — concluiu ela, sua voz carregada de ironia.Andrews ficou sem palavras por um instante, Engoliu em seco, pigarreando antes de responder.— Ótimo, falando nisso, já devolvi sua liberdade, não voou tão mal agradecido assim, já pode sair da mansão, vá para onde quiser, mas não tente fugir, se tentar, eu vou encontrá-la. — Sua voz carregava uma ameaça velada, mas Aurora apenas sorriu, como se aquilo não a afetasse nem um pouco.— Mal posso esperar. — Ela disse, dando um passo para trás.Andrews a observou por mais alguns
Cap.: 33o corpo inteiro doía, e ela tentava ignorar as fisgadas intensas que percorriam seus músculos, Com um suspiro, levantou-se lentamente, sentindo cada articulação protestar.Lembrou-se de ter visto um frasco de comprimidos no quarto de Andrews, algo que ele tomava para dores musculares pensou ela, Seu próprio estoque de analgésicos tinha acabado, e ela não tinha intenção de chamar alguém para buscar mais.Se fosse rápida, ninguém notaria.Caminhou pelo corredor silenciosamente, tomando cuidado para que ninguém a visse, Abriu a porta do quarto de Andrews e, segurando a respiração, avançou até o criado-mudo.O frasco de comprimidos estava ali, pegou um, depois hesitou e pegou mais alguns, escondendo-os no bolso, Engoliu um comprimido com um gole de água e saiu apressada, voltando para seu quarto antes que alguém a pegasse no flagra.Andrews estava ocupado caminhando no jardim, prestando atenção na hora, mas antes que se esquecesse, chamou Jacy.— Avise Aurora que ela não pode sai
Cap. 34: Você bebeu?Andrews se levantou da cadeira rapidamente assim que Aurora passou por eles, mas ficou completamente sem reação ao vê-la cambaleando pela sala, vestindo apenas uma camisola fina,O tecido leve delineava seu corpo e, com o cabelo desgrenhado caindo parcialmente sobre o rosto, ela parecia uma visão hipnotizante, Rodrigo, sentado no sofá, ficou petrificado, seu olhar fixo na mulher que parecia alheia à sua presença.Aurora parou por um momento e piscou algumas vezes, seus olhos pesados pelo sono e pelos efeitos do remédio, Andrews se aproximou com pressa, segurando-a pelos ombros.— O que diabos você está fazendo aqui desse jeito? — ele rosnou, sentindo o calor do corpo dela sob suas mãos em seguida a soltando com pressa com a impressão que ela estava mais quente que o normal.Aurora levantou um dedo em desafio, apontando para o rosto dele, os olhos semicerrados em uma expressão que misturava atrevimento e sonolência.— Você não manda em mim! Me deixa em paz! — ela p
Cap. 35: Quem disse que não me importo?O ambiente pareceu congelar, O sorriso de Rodrigo se manteve, mas a postura de Andrews endureceu, Seu olhar fixou-se no amigo, e sem dizer nada, ele virou a taça de vinho de uma só vez, pousando-a com firmeza na mesa de vidro.— Se você repetir isso mais uma vez — sua voz era baixa, ameaçadora — nossa amizade termina aqui e agora.Rodrigo gargalhou, apontando o dedo para Andrews ainda segurando sua própria taça.— Eu sabia! — Ele riu mais um pouco, balançando a cabeça. — Você está apaixonado por ela.Andrews desviou o olhar, pigarreando, tentando manter a compostura, Sua mandíbula se contraiu enquanto ele negava, tentando ignorar o aperto no peito ao ouvir aquelas palavras.— Não seja ridículo, Eu não vou me aproximar dela e também não vou deixar nenhuma mulher chegar perto de mim. — Ele cruzou os braços, seu tom carregado de amargura. — Não depois do que minha mãe fez, do que Janete fez, Eu já aprendi minha lição, elas não são confiáveis, por i
Cap. 36: seja meu servo.— Que diabos... o que faz aqui? Não sabe bater? — ele perguntou ainda calmo enxugando o cabelo, enquanto ela corava ao encarar os ombros dele descendo até o peitoral.— Você não tem o costume de bater antes de entrar? — Sua voz saiu grave, carregada de exasperação agora a despertando de seus devaneios;Aurora, ainda envolta em uma mistura de vergonha e raiva, cruzou os braços e apontou para ele.— E você não tem o costume de invadir o quarto das pessoas? Entrei sem bater, se incomodou? Eu também me incomodo com o fato que você sempre invade. — Ela rebateu, sua voz carregada de indignação.Andrews bufou e jogou a toalha sobre a cama, dando um passo em sua direção, e ela recuou assustada mas mal conseguindo desviar o olhar do corpo dele.— Eu não invadi seu quarto, Só fui ver se você estava bem, a propósito, você parecia muito confortável na banheira para alguém que adora reclamar de mim. — Ele esboçou um sorriso de canto, notando o rubor crescente nas bochechas
Cap. 37: quem te beijou?Assim que Andrews abriu os olhos naquela manhã, levantou-se com a calma luz do dia invadindo seu quarto. Sua cabeça estava pesada após ter bebido, mesmo sem poder.Ele estava pronto para se arrumar e sair junto com Rodrigo. Selecionou as peças de roupa e, ao passar a mão pelo rosto, percebeu uma vermelhidão na pele. Pensou que havia se machucado novamente. Apesar de estranhar, seguiu até o banheiro.O choque foi imediato.Seus olhos se estreitaram, e sua expressão endureceu ao notar o tom avermelhado sobre seus lábios. O álcool ainda entorpecia um pouco seus sentidos, mas sua mente trabalhava rápido o suficiente para sentir um princípio de pânico. Ele mal conseguia tocar aquilo ao redor da boca. Seu único pensamento foi que estava tendo uma reação alérgica agressiva. O medo cresceu em seus olhos.— Jacy! — chamou, a voz saindo mais ríspida do que pretendia.A governanta entrou apressada, surpresa com o tom alarmado do patrão. Atrás dela, Rodrigo acompanhava com
Cap. 38: penhorando minha alma.Ela finalmente chegou à casa de vendas de joias e entrou com decisão, O brilho dos diamantes e pedras preciosas espalhados pelas vitrines reluziu ao seu redor, mas seu foco estava em apenas um item, o colar dentro de sua bolsa, suas mãos estavam tremendo, sentindo medo enquanto pensava na punição quando Andrews descobrisse.Calma aurora, quando estiver com o dinheiro na mão, não tem com o que se preocupar.” Ela dizia para si mesmo para se dá coragem, enquanto tirava o colar da bolsa.O homem do penhor, um joalheiro de aparência refinada, lançou lhe um olhar avaliador quando ela colocou a joia sobre o balcão.Ele pegou o colar entre os dedos experientes, analisando cada detalhe, e então ergueu os olhos para Aurora com um brilho desconfiado.— De onde conseguiu isso? — perguntou ele, sua voz carregada de suspeita.Aurora não percebeu o tom, ansiosa demais para saber o valor.— Isso importa? Eu só quero saber quanto vale. — ela respondeu, impaciente.O joa
Cap. 39: soluço, mas não conto.Andrews entrou no estabelecimento como se fosse o dono do lugar, Seu terno escuro contrastava perfeitamente com a camisa clara, e seu perfume fresco invadiu o ambiente, havia uma confiança arrogante em cada passo que ele dava, como se soubesse exatamente o impacto que causava.Aurora apertou os lábios, um pouco desapontada, queria ter visto a reação dele ao acordar com o batom vermelho nos lábios, mas tudo que tinha agora, era um homem visivelmente irritado prestes a acoita-la se pudesse.O joalheiro, respeitoso, estendeu a mão para Andrews, entregando-lhe o colar sem hesitar, aurora podia sentir o vulto das mãos deles em seu lado.— Senhor Andrews, eu sinto muito pelo inconveniente.Andrews pegou a joia com naturalidade, como se já soubesse que acabaria recuperando-a, Então, virou-se para Aurora, seu olhar frio e intenso.Ela cruzou os braços e tentou manter a pose, mas o peso daquele olhar fez sua confiança vacilar por um momento se entregando ao medo