Cap. 35: Quem disse que não me importo?O ambiente pareceu congelar, O sorriso de Rodrigo se manteve, mas a postura de Andrews endureceu, Seu olhar fixou-se no amigo, e sem dizer nada, ele virou a taça de vinho de uma só vez, pousando-a com firmeza na mesa de vidro.— Se você repetir isso mais uma vez — sua voz era baixa, ameaçadora — nossa amizade termina aqui e agora.Rodrigo gargalhou, apontando o dedo para Andrews ainda segurando sua própria taça.— Eu sabia! — Ele riu mais um pouco, balançando a cabeça. — Você está apaixonado por ela.Andrews desviou o olhar, pigarreando, tentando manter a compostura, Sua mandíbula se contraiu enquanto ele negava, tentando ignorar o aperto no peito ao ouvir aquelas palavras.— Não seja ridículo, Eu não vou me aproximar dela e também não vou deixar nenhuma mulher chegar perto de mim. — Ele cruzou os braços, seu tom carregado de amargura. — Não depois do que minha mãe fez, do que Janete fez, Eu já aprendi minha lição, elas não são confiáveis, por i
Cap. 36: seja meu servo.— Que diabos... o que faz aqui? Não sabe bater? — ele perguntou ainda calmo enxugando o cabelo, enquanto ela corava ao encarar os ombros dele descendo até o peitoral.— Você não tem o costume de bater antes de entrar? — Sua voz saiu grave, carregada de exasperação agora a despertando de seus devaneios;Aurora, ainda envolta em uma mistura de vergonha e raiva, cruzou os braços e apontou para ele.— E você não tem o costume de invadir o quarto das pessoas? Entrei sem bater, se incomodou? Eu também me incomodo com o fato que você sempre invade. — Ela rebateu, sua voz carregada de indignação.Andrews bufou e jogou a toalha sobre a cama, dando um passo em sua direção, e ela recuou assustada mas mal conseguindo desviar o olhar do corpo dele.— Eu não invadi seu quarto, Só fui ver se você estava bem, a propósito, você parecia muito confortável na banheira para alguém que adora reclamar de mim. — Ele esboçou um sorriso de canto, notando o rubor crescente nas bochechas
Cap. 37: quem te beijou?Assim que Andrews abriu os olhos naquela manhã, levantou-se com a calma luz do dia invadindo seu quarto. Sua cabeça estava pesada após ter bebido, mesmo sem poder.Ele estava pronto para se arrumar e sair junto com Rodrigo. Selecionou as peças de roupa e, ao passar a mão pelo rosto, percebeu uma vermelhidão na pele. Pensou que havia se machucado novamente. Apesar de estranhar, seguiu até o banheiro.O choque foi imediato.Seus olhos se estreitaram, e sua expressão endureceu ao notar o tom avermelhado sobre seus lábios. O álcool ainda entorpecia um pouco seus sentidos, mas sua mente trabalhava rápido o suficiente para sentir um princípio de pânico. Ele mal conseguia tocar aquilo ao redor da boca. Seu único pensamento foi que estava tendo uma reação alérgica agressiva. O medo cresceu em seus olhos.— Jacy! — chamou, a voz saindo mais ríspida do que pretendia.A governanta entrou apressada, surpresa com o tom alarmado do patrão. Atrás dela, Rodrigo acompanhava com
Cap. 38: penhorando minha alma.Ela finalmente chegou à casa de vendas de joias e entrou com decisão, O brilho dos diamantes e pedras preciosas espalhados pelas vitrines reluziu ao seu redor, mas seu foco estava em apenas um item, o colar dentro de sua bolsa, suas mãos estavam tremendo, sentindo medo enquanto pensava na punição quando Andrews descobrisse.Calma aurora, quando estiver com o dinheiro na mão, não tem com o que se preocupar.” Ela dizia para si mesmo para se dá coragem, enquanto tirava o colar da bolsa.O homem do penhor, um joalheiro de aparência refinada, lançou lhe um olhar avaliador quando ela colocou a joia sobre o balcão.Ele pegou o colar entre os dedos experientes, analisando cada detalhe, e então ergueu os olhos para Aurora com um brilho desconfiado.— De onde conseguiu isso? — perguntou ele, sua voz carregada de suspeita.Aurora não percebeu o tom, ansiosa demais para saber o valor.— Isso importa? Eu só quero saber quanto vale. — ela respondeu, impaciente.O joa
Cap. 39: soluço, mas não conto.Andrews entrou no estabelecimento como se fosse o dono do lugar, Seu terno escuro contrastava perfeitamente com a camisa clara, e seu perfume fresco invadiu o ambiente, havia uma confiança arrogante em cada passo que ele dava, como se soubesse exatamente o impacto que causava.Aurora apertou os lábios, um pouco desapontada, queria ter visto a reação dele ao acordar com o batom vermelho nos lábios, mas tudo que tinha agora, era um homem visivelmente irritado prestes a acoita-la se pudesse.O joalheiro, respeitoso, estendeu a mão para Andrews, entregando-lhe o colar sem hesitar, aurora podia sentir o vulto das mãos deles em seu lado.— Senhor Andrews, eu sinto muito pelo inconveniente.Andrews pegou a joia com naturalidade, como se já soubesse que acabaria recuperando-a, Então, virou-se para Aurora, seu olhar frio e intenso.Ela cruzou os braços e tentou manter a pose, mas o peso daquele olhar fez sua confiança vacilar por um momento se entregando ao medo
40: Sim, eu só quero seu dinheiro.Aurora hesitou por um momento, mas ergueu o olhar com determinação com o rosto ainda encharcado.— Porque me casei por dinheiro, mas até agora não recebi a minha parte, é só por isso!Os olhos de Andrews brilharam com diversão diante da ousadia dela, mas, ao mesmo tempo sentiu uma leve frustração com as palavras dela.— Ah... Então a pequena esposa está cobrando o pagamento?Ela cerrou os punhos.— Sim! E se eu estou casada com você, é justo que eu tenha acesso a pelo menos parte da sua fortuna!Andrews soltou um riso baixo e debochado.— Se queria dinheiro, deveria ter pedido.Aurora franziu o cenho.— Então me dá. — ela berrou batendo o pé fazendo birra.— Não. — A resposta veio imediata, carregada de provocação ao mesmo tempo que ele revelava uma discreta sombra de sorriso.Aurora estreitou os olhos, furiosa.— Você é insuportável!Ela bateu o pé no chão como uma criança contrariada enquanto chutava os cascalhos do jardim em seguida, entrou na man
41: Feche os olhos e me abrace.Com passos firmes e um ar de irritação, Andrews caminhou pelo corredor e abriu a porta do quarto de Aurora sem sequer bater.Ela estava sentada na cama, contando algumas notas empilhadas, mas sua tranquilidade foi destruída pelo estrondo da porta se chocando contra a parede.Aurora deu um salto, assustada.— O que diabos está fazendo? — questionou, fechando os punhos ao ver a fúria estampada no rosto dele.— Eu que pergunto! — A voz de Andrews saiu fria, cortante. — Então é verdade? Você estava trabalhando em uma boate? O que exatamente fazia lá, Aurora? Estava se vendendo?Aurora arregalou os olhos, sentindo uma onda de indignação subir por seu peito.— E se estivesse? Isso te diz respeito? O que eu fazia antes desse casamento forçado não é da sua conta!— Forçado? Ninguém te forçou! Você se casou por livre e espontânea vontade, do que está falando? — Ele perguntou com deboche.— Forçado porque estar com um homem como você é um inferno! — Ela gritou, e
Capítulo 42: feche os olhos e seja meu.AuroraEu não tinha ideia do que fazer e não sei o que aconteceu para ele estar agindo assim... Ele me envolvia em seus braços de uma forma como se sentisse algo por mim, eu poderia acreditar nisso por hoje e admito que não acharia nada ruim.Mas era completamente estranho ter ele deitado em minha cama, do meu lado, de frente para mim, nunca na minha patética vida pensaria que estaria com um homem do seu tipo, em questões tão extravagantes quando se trata de Andrews Westwood.Os braços fortes me aninhavam contra seu peito quente e desnudo, e, por mais que eu soubesse que deveria afastá-lo, não consegui de imediato,Seu toque era firme, mas não opressor de como era quando estava acordado, E o cheiro dele... Deus, aquele perfume amadeirado, misturado com algo mais puro e quente, fazia um nó se formar no meu estômago. Eu queria me afastar, Precisava me afastar, Mas, por um instante, só um instante, me permiti sentir.Quando finalmente criei corage