Cap. 122. drama de um apaixonado.O corredor do hospital estava silencioso, exceto pelo zumbido distante dos aparelhos e o som abafado de passos apressados. Rodrigo estava sentado na maca, o braço imobilizado por uma tala provisória, enquanto Alice permanecia de pé à sua frente, os braços cruzados e o olhar firme, quase inabalável.— Eu já pedi desculpas, não sei quantas vezes — ela disse, com a voz contida, mas decidida. — Foi reflexo. Instinto. Não fiz por mal.Rodrigo a encarava, ainda confuso com o rumo daquela manhã.— Eu entendi isso. O que eu não entendi foi... todo o resto.Alice desviou os olhos, respirou fundo.— Rodrigo, você é... divertido. Charmoso até. Mas eu não tô interessada em ninguém. Eu simplesmente... não funciono desse jeito.— Como assim “desse jeito”?Ela deu um passo para trás, mantendo distância.— Relacionamentos, aproximações, qualquer coisa que envolva mais do que cooperação profissional. Eu não sei lidar com isso. Nem quero.O silêncio que se seguiu foi m
Cap. 123: Expectativas da primeira noite.Entrei no apartamento com cautela, o coração acelerado sem motivo aparente. O ambiente era... lindo. Sofisticado. Os tons suaves da decoração pareciam sussurrar um convite perigoso. Havia velas espalhadas com sutileza, flores frescas e um aroma envolvente de baunilha e canela que me envolveu por inteiro. Era íntimo, acolhedor... preparado. Quase corei com a ideia. Hesitei por um segundo antes de cruzar completamente a porta, sentindo que estava entrando em um cenário de filme romântico — mas com um enredo do qual eu não conhecia o roteiro.Parei no centro da sala, surpresa. Segurei os documentos com força, quase como uma proteção.— Isso não parece uma reunião... — murmurei.A porta se abriu atrás de mim. Virei devagar e lá estava ele, Andrews, ajustando as mangas da camisa com a elegância que só ele parecia ter. Ele parecia que já estava aqui a algum tempo, mesmo que tenha acabado de entrar, sim, pelo fato dele estar tão casual e confortável,
Cap. 124 Ele é quente e visceral.Porém, naquele momento... tentei imaginar como Andrews poderia ser, mas porque está tão ansiosa? Os toques dele eram sempre intensos e seus beijos eram sempre profundos, e quando lembro de quando nos odiávamos, Andrews gostava de punir, de repente meu cérebro parece um computador, para meu próprio bem tentando saber o que esperar de Andrews.Mas meus pensamentos se desmancharam quando sentir a mão dele deslizando pelo elástico da minha peça intima, puxando e descendo, céus... ele tocou... ele tocou lá? Apertei os olhos e cerrei os punhos tentando não o impedir, eu queria isso.Seus dedos rocando entre minhas pernas, eu podia sentir a umidade em seus dedos, isso veio de mim?— Você está mais molhada do que imaginei e eu ainda nem fiz nada... — ele sussurrou em meu ouvido ao se inclinar em minhas costas beijando minha nuca, senti seu dedo massagear meu ponto sensível, mordi o lábio inferior para conter o gemido, mas foi inútil quando sentir o dente dele
Cap.125 — A Ligação na MadrugadaA escuridão do quarto era cortada apenas pela luz morna do abajur, projetando sombras suaves nas paredes. O silêncio era denso, quase aconchegante, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir. Aurora dormia profundamente, a cabeça repousada no peito de Andrews, os cabelos espalhados, a respiração lenta, sincronizada com a dele.Mas então vibração. O som insistente do celular rompeu a paz, vibrando sobre a mesa de cabeceira como um lembrete de que o passado nunca dorme.Andrews abriu os olhos, Ficou imóvel por um instante, como se o mundo ainda estivesse entre o sonho e o pesadelo, O número na tela não tinha nome. Mas ele conhecia bem aquele numero que até então estava desativado, o pressentimento apertou seu peito com uma força conhecida.Com cuidado para não acordar Aurora, ele estendeu o braço e atendeu, baixando o tom da voz até quase um sussurro.— Alô?Silêncio por um segundo. Então, a voz feminina, parecia um sussurro envenenado, carregad
Capítulo 1: Um casamento tramado.Implacável, Difícil de lidar, Impossível de agradar. E... cadeirante.— Essa era a descrição completa de seu noivo, Andrews Westwood. O homem que dominava a cidade com um poder absoluto e inquestionável. Aurora passou a mão pelo rosto, enxugando os vestígios das lágrimas que ainda não haviam secado. Não podia parecer fraca. Não agora. Ela era resiliente, moldada pelas adversidades que a vida lhe impôs—e, mais ainda, pelos dias de humilhação na mansão que agora ficava para trás. Mas as humilhações nunca a abalaram de verdade. Seu foco sempre foi sobreviver, encontrar um caminho para a estabilidade que tanto precisava, especialmente com as responsabilidades que carregava nos ombros. Mesmo quando tudo ao seu redor parecia desmoronar, ela se forçava a ser forte. E, por trás da fachada inabalável, suas escolhas pesavam como correntes invisíveis que não podia quebrar. Agora, estava a caminho de um casamento que nunca escolheu. E, mesmo que o medo
Cap:2: Casamento com uma estranha.A noiva que se aproximava tinha traços semelhantes, mas era visivelmente mais jovem. O vestido caía perfeitamente em seu corpo esguio, e mesmo com o véu cobrindo parte de seu rosto, Andrews conseguia notar sua expressão hesitante, como se ela estivesse pisando em um território perigoso.O coração de Andrews não acelerou, ele não se perturbou tão facilmente. Mas o que sentiu naquele momento não foi surpresa… foi ódio, cerrou os punhos mantendo a expressão calma, mas ele estava sob a pior hipótese.Ele havia sido enganado.Sua verdadeira, a mulher que deveria estar ali, desapareceu e o entregou a uma substituta. E ele? Ele estava prestes a assinar um casamento com uma completa estranha, diante de toda a sociedade.Mas Andrews Westwood jamais seria visto como um homem humilhado e enganado.Seu rosto permaneceu impassível. Nenhuma emoção transpareceu enquanto a noiva parava ao seu lado. O véu foi retirado, revelando um rosto que ele nunca tinha visto de
Capítulo 3– O Confronto Inicial.O caminho até a mansão foi silencioso. Aurora observava asluzes da cidade passarem pela janela, mas seu olhar estava perdido. O medocrescia dentro dela conforme o carro se afastava da vida que conhecia. Sem suaamiga governanta ao lado, sentia-se completamente sozinha. Se perguntando o quea esperava naquela casa que seria sua próxima moradia ao lado de um homem queclaramente a odiava a primeira vista.No banco da frente, o assistente de Andrews quebrou o silêncio.— Tem certeza de que deseja levá-la para casa esta noite, senhor?O coração de Aurora se contraiu. Mesmo sem encará-los, podia sentir a tensão no ar.— O que esperava? Que eu a deixasse em um hotel? — A voz de Andrews era fria, impiedosa. — Ela é minha esposa agora. Além disso, se eu facilitasse, ela fugiria, e eu perderia qualquer rastro dessa mulher.Aurora apertou os dedos contra o tecido do vestido. Ele falava dela como se fosse um objeto, um problema a ser resolvido.— Mas não era el
Cap. 4: A cadeira não tem serventia.Sentado na cadeira de rodas, vestido com um pijama impecável de seda escura, Andrews a esperava. parece que até mesmo planejou onde se posicionaria apenas para a encurralar, bem em frente à porta do banheiro, como se já soubesse exatamente o que iria acontecer.Os olhos dele desceram lentamente pelo corpo dela, analisando-a sem pudor, e um sorriso enviesado surgiu em seus lábios.— Parece que estou atrapalhando um momento de celebração. — ele perguntou com ironia.Aurora sentiu o rosto queimar.— O que… o que você está fazendo aqui? — ela perguntou tentando cobrir o corpo.Andrews inclinou levemente a cabeça, seu olhar afiado prendendo o dela.— Onde mais eu deveria estar? Esse é o meu quarto. E, aparentemente, o seu também, ela não tinha analisado nada que estava ali e nem olhado dentro do closet.— Achei que… que você teria preparado outro quarto para mim. — ela balbuciou e ele riu.— Achei que já tivéssemos estabelecido que eu não sou um homem t