Cap. 120: Hora errada para dormir.Aurora seguiu às pressas pelo corredor, o coração batendo descompassado. As palavras de Mariana ecoavam em sua mente como uma avalanche desordenada, mas o que mais doía era o sentimento de ter sido deixada de lado por Andrews, a forma como ele a ignorou como se nem existisse. Ela atravessou os corredores e encontrou Rodrigo saindo da sala de jogos, completamente cambaleante, com um copo vazio na mão.— Ele… ele ainda tá lá — murmurou Rodrigo com um meio sorriso bêbado, antes de seguir trôpego pelos corredores.Aurora entrou devagar. A luz baixa da sala de jogos revelava Andrews, largado no sofá, com os olhos semiabertos e a camisa desabotoada. Ele a olhou com uma expressão confusa, mas havia ali algo além da embriaguez, uma chateação evidente quando ele desviou o olhar, virando a taça de vinho pela metade.— Por que está bebendo tanto? — ela perguntou, se aproximando com cautela.— De quem será a culpa, se não da minha querida esposa. — Ele bufou, ma
Cap. 121: tramando uma noite perfeita.O sol ainda nem havia subido completamente quando Rodrigo estacionou em frente à universidade. Alice já estava ali, pontual como sempre, encostada em uma das colunas da entrada. Os braços cruzados, os olhos fixos no relógio e o semblante impaciente.— Sempre com cara de quem vai bater em alguém — comentou Rodrigo ao se aproximar, oferecendo um café que trouxe para ela.Alice arqueou uma sobrancelha.— E você sempre com esse sorriso irritante, como se o mundo fosse uma comédia romântica. O que está pensando em fazer? Eu te disse que não tenho tempo.— Você fala como se fosse alguém importante. Sinto que você deve ter tomado meu lugar — ele brincou. — Mas descanse, hoje você está com a manhã de folga. Vamos tornar esse dia importante para sua amiga e meu amigo. Está bem?— Eles deveriam fazer isso por eles mesmos, mas já que são tão cabeça dura, eu darei meu melhor hoje, Aurora! — Alice disse com determinação.Rodrigo riu, mas seus olhos se demorar
Cap. 122. drama de um apaixonado.O corredor do hospital estava silencioso, exceto pelo zumbido distante dos aparelhos e o som abafado de passos apressados. Rodrigo estava sentado na maca, o braço imobilizado por uma tala provisória, enquanto Alice permanecia de pé à sua frente, os braços cruzados e o olhar firme, quase inabalável.— Eu já pedi desculpas, não sei quantas vezes — ela disse, com a voz contida, mas decidida. — Foi reflexo. Instinto. Não fiz por mal.Rodrigo a encarava, ainda confuso com o rumo daquela manhã.— Eu entendi isso. O que eu não entendi foi... todo o resto.Alice desviou os olhos, respirou fundo.— Rodrigo, você é... divertido. Charmoso até. Mas eu não tô interessada em ninguém. Eu simplesmente... não funciono desse jeito.— Como assim “desse jeito”?Ela deu um passo para trás, mantendo distância.— Relacionamentos, aproximações, qualquer coisa que envolva mais do que cooperação profissional. Eu não sei lidar com isso. Nem quero.O silêncio que se seguiu foi m
Cap. 123: Expectativas da primeira noite.Entrei no apartamento com cautela, o coração acelerado sem motivo aparente. O ambiente era... lindo. Sofisticado. Os tons suaves da decoração pareciam sussurrar um convite perigoso. Havia velas espalhadas com sutileza, flores frescas e um aroma envolvente de baunilha e canela que me envolveu por inteiro. Era íntimo, acolhedor... preparado. Quase corei com a ideia. Hesitei por um segundo antes de cruzar completamente a porta, sentindo que estava entrando em um cenário de filme romântico — mas com um enredo do qual eu não conhecia o roteiro.Parei no centro da sala, surpresa. Segurei os documentos com força, quase como uma proteção.— Isso não parece uma reunião... — murmurei.A porta se abriu atrás de mim. Virei devagar e lá estava ele, Andrews, ajustando as mangas da camisa com a elegância que só ele parecia ter. Ele parecia que já estava aqui a algum tempo, mesmo que tenha acabado de entrar, sim, pelo fato dele estar tão casual e confortável,
Cap. 124 Ele é quente e visceral.Porém, naquele momento... tentei imaginar como Andrews poderia ser, mas porque está tão ansiosa? Os toques dele eram sempre intensos e seus beijos eram sempre profundos, e quando lembro de quando nos odiávamos, Andrews gostava de punir, de repente meu cérebro parece um computador, para meu próprio bem tentando saber o que esperar de Andrews.Mas meus pensamentos se desmancharam quando sentir a mão dele deslizando pelo elástico da minha peça intima, puxando e descendo, céus... ele tocou... ele tocou lá? Apertei os olhos e cerrei os punhos tentando não o impedir, eu queria isso.Seus dedos rocando entre minhas pernas, eu podia sentir a umidade em seus dedos, isso veio de mim?— Você está mais molhada do que imaginei e eu ainda nem fiz nada... — ele sussurrou em meu ouvido ao se inclinar em minhas costas beijando minha nuca, senti seu dedo massagear meu ponto sensível, mordi o lábio inferior para conter o gemido, mas foi inútil quando sentir o dente dele
Cap.125 — A Ligação na MadrugadaA escuridão do quarto era cortada apenas pela luz morna do abajur, projetando sombras suaves nas paredes. O silêncio era denso, quase aconchegante, como se o mundo lá fora tivesse deixado de existir. Aurora dormia profundamente, a cabeça repousada no peito de Andrews, os cabelos espalhados, a respiração lenta, sincronizada com a dele.Mas então vibração. O som insistente do celular rompeu a paz, vibrando sobre a mesa de cabeceira como um lembrete de que o passado nunca dorme.Andrews abriu os olhos, Ficou imóvel por um instante, como se o mundo ainda estivesse entre o sonho e o pesadelo, O número na tela não tinha nome. Mas ele conhecia bem aquele numero que até então estava desativado, o pressentimento apertou seu peito com uma força conhecida.Com cuidado para não acordar Aurora, ele estendeu o braço e atendeu, baixando o tom da voz até quase um sussurro.— Alô?Silêncio por um segundo. Então, a voz feminina, parecia um sussurro envenenado, carregad
Capítulo 1: Um casamento tramado.Implacável, Difícil de lidar, Impossível de agradar. E... cadeirante.— Essa era a descrição completa de seu noivo, Andrews Westwood. O homem que dominava a cidade com um poder absoluto e inquestionável. Aurora passou a mão pelo rosto, enxugando os vestígios das lágrimas que ainda não haviam secado. Não podia parecer fraca. Não agora. Ela era resiliente, moldada pelas adversidades que a vida lhe impôs—e, mais ainda, pelos dias de humilhação na mansão que agora ficava para trás. Mas as humilhações nunca a abalaram de verdade. Seu foco sempre foi sobreviver, encontrar um caminho para a estabilidade que tanto precisava, especialmente com as responsabilidades que carregava nos ombros. Mesmo quando tudo ao seu redor parecia desmoronar, ela se forçava a ser forte. E, por trás da fachada inabalável, suas escolhas pesavam como correntes invisíveis que não podia quebrar. Agora, estava a caminho de um casamento que nunca escolheu. E, mesmo que o medo
Cap:2: Casamento com uma estranha.A noiva que se aproximava tinha traços semelhantes, mas era visivelmente mais jovem. O vestido caía perfeitamente em seu corpo esguio, e mesmo com o véu cobrindo parte de seu rosto, Andrews conseguia notar sua expressão hesitante, como se ela estivesse pisando em um território perigoso.O coração de Andrews não acelerou, ele não se perturbou tão facilmente. Mas o que sentiu naquele momento não foi surpresa… foi ódio, cerrou os punhos mantendo a expressão calma, mas ele estava sob a pior hipótese.Ele havia sido enganado.Sua verdadeira, a mulher que deveria estar ali, desapareceu e o entregou a uma substituta. E ele? Ele estava prestes a assinar um casamento com uma completa estranha, diante de toda a sociedade.Mas Andrews Westwood jamais seria visto como um homem humilhado e enganado.Seu rosto permaneceu impassível. Nenhuma emoção transpareceu enquanto a noiva parava ao seu lado. O véu foi retirado, revelando um rosto que ele nunca tinha visto de