Cap. 34: Você bebeu?Andrews se levantou da cadeira rapidamente assim que Aurora passou por eles, mas ficou completamente sem reação ao vê-la cambaleando pela sala, vestindo apenas uma camisola fina,O tecido leve delineava seu corpo e, com o cabelo desgrenhado caindo parcialmente sobre o rosto, ela parecia uma visão hipnotizante, Rodrigo, sentado no sofá, ficou petrificado, seu olhar fixo na mulher que parecia alheia à sua presença.Aurora parou por um momento e piscou algumas vezes, seus olhos pesados pelo sono e pelos efeitos do remédio, Andrews se aproximou com pressa, segurando-a pelos ombros.— O que diabos você está fazendo aqui desse jeito? — ele rosnou, sentindo o calor do corpo dela sob suas mãos em seguida a soltando com pressa com a impressão que ela estava mais quente que o normal.Aurora levantou um dedo em desafio, apontando para o rosto dele, os olhos semicerrados em uma expressão que misturava atrevimento e sonolência.— Você não manda em mim! Me deixa em paz! — ela p
Cap. 35: Quem disse que não me importo?O ambiente pareceu congelar, O sorriso de Rodrigo se manteve, mas a postura de Andrews endureceu, Seu olhar fixou-se no amigo, e sem dizer nada, ele virou a taça de vinho de uma só vez, pousando-a com firmeza na mesa de vidro.— Se você repetir isso mais uma vez — sua voz era baixa, ameaçadora — nossa amizade termina aqui e agora.Rodrigo gargalhou, apontando o dedo para Andrews ainda segurando sua própria taça.— Eu sabia! — Ele riu mais um pouco, balançando a cabeça. — Você está apaixonado por ela.Andrews desviou o olhar, pigarreando, tentando manter a compostura, Sua mandíbula se contraiu enquanto ele negava, tentando ignorar o aperto no peito ao ouvir aquelas palavras.— Não seja ridículo, Eu não vou me aproximar dela e também não vou deixar nenhuma mulher chegar perto de mim. — Ele cruzou os braços, seu tom carregado de amargura. — Não depois do que minha mãe fez, do que Janete fez, Eu já aprendi minha lição, elas não são confiáveis, por i
Cap. 36: seja meu servo.— Que diabos... o que faz aqui? Não sabe bater? — ele perguntou ainda calmo enxugando o cabelo, enquanto ela corava ao encarar os ombros dele descendo até o peitoral.— Você não tem o costume de bater antes de entrar? — Sua voz saiu grave, carregada de exasperação agora a despertando de seus devaneios;Aurora, ainda envolta em uma mistura de vergonha e raiva, cruzou os braços e apontou para ele.— E você não tem o costume de invadir o quarto das pessoas? Entrei sem bater, se incomodou? Eu também me incomodo com o fato que você sempre invade. — Ela rebateu, sua voz carregada de indignação.Andrews bufou e jogou a toalha sobre a cama, dando um passo em sua direção, e ela recuou assustada mas mal conseguindo desviar o olhar do corpo dele.— Eu não invadi seu quarto, Só fui ver se você estava bem, a propósito, você parecia muito confortável na banheira para alguém que adora reclamar de mim. — Ele esboçou um sorriso de canto, notando o rubor crescente nas bochechas
Cap. 37: quem te beijou?Assim que Andrews abriu os olhos naquela manhã, levantou-se com a calma luz do dia invadindo seu quarto. Sua cabeça estava pesada após ter bebido, mesmo sem poder.Ele estava pronto para se arrumar e sair junto com Rodrigo. Selecionou as peças de roupa e, ao passar a mão pelo rosto, percebeu uma vermelhidão na pele. Pensou que havia se machucado novamente. Apesar de estranhar, seguiu até o banheiro.O choque foi imediato.Seus olhos se estreitaram, e sua expressão endureceu ao notar o tom avermelhado sobre seus lábios. O álcool ainda entorpecia um pouco seus sentidos, mas sua mente trabalhava rápido o suficiente para sentir um princípio de pânico. Ele mal conseguia tocar aquilo ao redor da boca. Seu único pensamento foi que estava tendo uma reação alérgica agressiva. O medo cresceu em seus olhos.— Jacy! — chamou, a voz saindo mais ríspida do que pretendia.A governanta entrou apressada, surpresa com o tom alarmado do patrão. Atrás dela, Rodrigo acompanhava com
Cap. 38: penhorando minha alma.Ela finalmente chegou à casa de vendas de joias e entrou com decisão, O brilho dos diamantes e pedras preciosas espalhados pelas vitrines reluziu ao seu redor, mas seu foco estava em apenas um item, o colar dentro de sua bolsa, suas mãos estavam tremendo, sentindo medo enquanto pensava na punição quando Andrews descobrisse.Calma aurora, quando estiver com o dinheiro na mão, não tem com o que se preocupar.” Ela dizia para si mesmo para se dá coragem, enquanto tirava o colar da bolsa.O homem do penhor, um joalheiro de aparência refinada, lançou lhe um olhar avaliador quando ela colocou a joia sobre o balcão.Ele pegou o colar entre os dedos experientes, analisando cada detalhe, e então ergueu os olhos para Aurora com um brilho desconfiado.— De onde conseguiu isso? — perguntou ele, sua voz carregada de suspeita.Aurora não percebeu o tom, ansiosa demais para saber o valor.— Isso importa? Eu só quero saber quanto vale. — ela respondeu, impaciente.O joa
Cap. 39: soluço, mas não conto.Andrews entrou no estabelecimento como se fosse o dono do lugar, Seu terno escuro contrastava perfeitamente com a camisa clara, e seu perfume fresco invadiu o ambiente, havia uma confiança arrogante em cada passo que ele dava, como se soubesse exatamente o impacto que causava.Aurora apertou os lábios, um pouco desapontada, queria ter visto a reação dele ao acordar com o batom vermelho nos lábios, mas tudo que tinha agora, era um homem visivelmente irritado prestes a acoita-la se pudesse.O joalheiro, respeitoso, estendeu a mão para Andrews, entregando-lhe o colar sem hesitar, aurora podia sentir o vulto das mãos deles em seu lado.— Senhor Andrews, eu sinto muito pelo inconveniente.Andrews pegou a joia com naturalidade, como se já soubesse que acabaria recuperando-a, Então, virou-se para Aurora, seu olhar frio e intenso.Ela cruzou os braços e tentou manter a pose, mas o peso daquele olhar fez sua confiança vacilar por um momento se entregando ao medo
40: Sim, eu só quero seu dinheiro.Aurora hesitou por um momento, mas ergueu o olhar com determinação com o rosto ainda encharcado.— Porque me casei por dinheiro, mas até agora não recebi a minha parte, é só por isso!Os olhos de Andrews brilharam com diversão diante da ousadia dela, mas, ao mesmo tempo sentiu uma leve frustração com as palavras dela.— Ah... Então a pequena esposa está cobrando o pagamento?Ela cerrou os punhos.— Sim! E se eu estou casada com você, é justo que eu tenha acesso a pelo menos parte da sua fortuna!Andrews soltou um riso baixo e debochado.— Se queria dinheiro, deveria ter pedido.Aurora franziu o cenho.— Então me dá. — ela berrou batendo o pé fazendo birra.— Não. — A resposta veio imediata, carregada de provocação ao mesmo tempo que ele revelava uma discreta sombra de sorriso.Aurora estreitou os olhos, furiosa.— Você é insuportável!Ela bateu o pé no chão como uma criança contrariada enquanto chutava os cascalhos do jardim em seguida, entrou na man
41: Feche os olhos e me abrace.Com passos firmes e um ar de irritação, Andrews caminhou pelo corredor e abriu a porta do quarto de Aurora sem sequer bater.Ela estava sentada na cama, contando algumas notas empilhadas, mas sua tranquilidade foi destruída pelo estrondo da porta se chocando contra a parede.Aurora deu um salto, assustada.— O que diabos está fazendo? — questionou, fechando os punhos ao ver a fúria estampada no rosto dele.— Eu que pergunto! — A voz de Andrews saiu fria, cortante. — Então é verdade? Você estava trabalhando em uma boate? O que exatamente fazia lá, Aurora? Estava se vendendo?Aurora arregalou os olhos, sentindo uma onda de indignação subir por seu peito.— E se estivesse? Isso te diz respeito? O que eu fazia antes desse casamento forçado não é da sua conta!— Forçado? Ninguém te forçou! Você se casou por livre e espontânea vontade, do que está falando? — Ele perguntou com deboche.— Forçado porque estar com um homem como você é um inferno! — Ela gritou, e