40: Sim, eu só quero seu dinheiro.Aurora hesitou por um momento, mas ergueu o olhar com determinação com o rosto ainda encharcado.— Porque me casei por dinheiro, mas até agora não recebi a minha parte, é só por isso!Os olhos de Andrews brilharam com diversão diante da ousadia dela, mas, ao mesmo tempo sentiu uma leve frustração com as palavras dela.— Ah... Então a pequena esposa está cobrando o pagamento?Ela cerrou os punhos.— Sim! E se eu estou casada com você, é justo que eu tenha acesso a pelo menos parte da sua fortuna!Andrews soltou um riso baixo e debochado.— Se queria dinheiro, deveria ter pedido.Aurora franziu o cenho.— Então me dá. — ela berrou batendo o pé fazendo birra.— Não. — A resposta veio imediata, carregada de provocação ao mesmo tempo que ele revelava uma discreta sombra de sorriso.Aurora estreitou os olhos, furiosa.— Você é insuportável!Ela bateu o pé no chão como uma criança contrariada enquanto chutava os cascalhos do jardim em seguida, entrou na man
41: Feche os olhos e me abrace.Com passos firmes e um ar de irritação, Andrews caminhou pelo corredor e abriu a porta do quarto de Aurora sem sequer bater.Ela estava sentada na cama, contando algumas notas empilhadas, mas sua tranquilidade foi destruída pelo estrondo da porta se chocando contra a parede.Aurora deu um salto, assustada.— O que diabos está fazendo? — questionou, fechando os punhos ao ver a fúria estampada no rosto dele.— Eu que pergunto! — A voz de Andrews saiu fria, cortante. — Então é verdade? Você estava trabalhando em uma boate? O que exatamente fazia lá, Aurora? Estava se vendendo?Aurora arregalou os olhos, sentindo uma onda de indignação subir por seu peito.— E se estivesse? Isso te diz respeito? O que eu fazia antes desse casamento forçado não é da sua conta!— Forçado? Ninguém te forçou! Você se casou por livre e espontânea vontade, do que está falando? — Ele perguntou com deboche.— Forçado porque estar com um homem como você é um inferno! — Ela gritou, e
Capítulo 42: feche os olhos e seja meu.AuroraEu não tinha ideia do que fazer e não sei o que aconteceu para ele estar agindo assim... Ele me envolvia em seus braços de uma forma como se sentisse algo por mim, eu poderia acreditar nisso por hoje e admito que não acharia nada ruim.Mas era completamente estranho ter ele deitado em minha cama, do meu lado, de frente para mim, nunca na minha patética vida pensaria que estaria com um homem do seu tipo, em questões tão extravagantes quando se trata de Andrews Westwood.Os braços fortes me aninhavam contra seu peito quente e desnudo, e, por mais que eu soubesse que deveria afastá-lo, não consegui de imediato,Seu toque era firme, mas não opressor de como era quando estava acordado, E o cheiro dele... Deus, aquele perfume amadeirado, misturado com algo mais puro e quente, fazia um nó se formar no meu estômago. Eu queria me afastar, Precisava me afastar, Mas, por um instante, só um instante, me permiti sentir.Quando finalmente criei corage
43: leve ele para um lugar seguro.Rodrigo olhou fixamente para ela, um olhar astuto e cheio de acusação mantendo os braços cruzados a analisando enquanto aurora se assustava com ele.— Ficou doido? — ela retrucou.— Shhh — Ele murmurou, tampando a boca dela com a mão e aproximando os lábios se seu ouvido, — Eu não sou Andrews, mas se continuar gritando, ele vai acordar e descobrir que você estava no quarto dele no meio da noite, — Ele falou num tom brincalhão, mas ela tremeu em pânico ao encarar a porta..Aurora abriu os olhos, e seu coração, que já estava acelerado, agora parecia que ia explodir, Rodrigo a soltou aos poucos, para que ela pudesse respirar, mas não se afastou.— Que você estava fazendo no quarto dele? — Ele perguntou, cruzando os braços novamente como se a tivesse a interrogando.— Nada! Eu... Eu só... — Ela gaguejou, abaixando a cabeça.Rodrigo ergueu uma sobrancelha, achando graça.— Nada? E por que está vermelha desse jeito? — Ele inclinou a cabeça, a analisando.A
44: Tudo por despesas. A boate estava vazia, exceto pela iluminação suave e algumas mesas reservadas para clientes especiais, O ambiente era silencioso, e todos os garçons limpavam após a agitação da noite anterior. Andrews entrou com o semblante impassível, mas sua mente fervia com perguntas sobre Aurora, Alice seria o primeiro passo para entendê-las. Rodrigo e Donovan estavam à frente, conversando com o gerente, Após pagar uma quantia, seguiram até Alice e passaram o recado a ela, Ela encarou os três homens próximos ao balcão e, ao reconhecer Andrews, travou no lugar, o olhar fixo nele. Ela engoliu em seco, ainda olhando para Andrews, que apenas desviou com indiferença. — Você podia ser mais cordial, A menina pode pensar que estamos vindo para matá-la, — Rodrigo o alertou. — Eu sou um homem casado, esqueceu? — Andrews disse com deboche, girando a aliança no dedo. — Como se levasse isso em consideração... Eles finalmente seguiram para a sala privada, Alice deu seu primeiro mov
45 Não ofenda minha amiga.— Você comanda quase toda a cidade, A empresa que fez isso com ela também tem seu nome no meio, Uma construtora que é uma das nossas sócias.— Está dizendo que uma das empresas associadas às minhas imobiliárias está envolvida nesse acidente?— Exatamente, Podemos sair agora e ter uma reunião com eles antes de voltar para casa.— Agora mesmo, Mas quero rescindir o contrato com qualquer empresa que aja de forma vil com seus funcionários, Eu não trabalho dessa forma.— Vou investigar a conduta de todas as empresas com as quais temos contrato, — Rodrigo avisou, levando uma das mãos à cabeça, também demonstrando preocupação.O ambiente da sala privada estava carregado de tensão, Os três homens mantinham-se sérios, Andrews ainda tentava processar as palavras de Alice, mas o impulso de falar sobre o comportamento de Aurora explodiu em sua mente e, sem pensar nas consequências, ele se levantou.— Certo, ela precisava de dinheiro para pagar os tratamentos da mãe, mas
Capítulo 46: Ecos de Ódio e DesejoDonovan levantou uma sobrancelha, reconhecendo a seriedade no tom de Andrews, mas não disse nada, ele apenas acenou, compreendendo a urgência da tarefa, e fez como ele havia pedido.— Deixe comigo — respondeu Donovan, e, em poucos minutos, ele já estava fora da sala, tomando providências para atender ao pedido de Andrews.Andrews ficou ali, em silêncio, refletindo sobre o que acabara de pedir. Ele não tinha certeza do que estava tentando fazer ou se aquilo era realmente o certo, mas, de alguma forma, ele queria que Aurora soubesse que ele se importava, que ela não estava sozinha, mesmo que suas ações anteriores tivessem mostrado exatamente o oposto.Alguns minutos depois, Andrews escutou um som vindo do andar de cima, um grito agudo, seguido de um choro abafado. Ele parou, congelando por um momento, ouvindo atentamente. Aquele som.... era Aurora.Ele se levantou rapidamente da cadeira e caminhou até o corredor, chegando perto do quarto dela. A porta
47: Noite de Incertezas e certezaA noite havia caído pesadamente, e o ambiente estava impregnado de uma tensão que Andrews não conseguia afastar. Após ouvir as palavras de Aurora, ele continuava com aquilo se repetindo várias e várias vezes em sua mente.Ele estava irritado consigo mesmo, com ela e com a situação toda. Sua mente girava em círculos, se perguntando por que estava se importando com alguém que ele considerava tão insignificante.E, como já era de se esperar, não encontrou suas respostas. Para aliviar a ansiedade e conseguir descansar, tomou vários comprimidos naquela noite. A mistura de medicamentos e o cansaço físico logo o fizeram adormecer. Mas, como todas as noites, ele não dormiu normalmente. Despertou no meio da noite, sonâmbulo, e seus passos o levaram diretamente até o quarto de Aurora.Ele se aproximou da porta do quarto dela, seus passos quase sem som no corredor escuro. Ela estava sentada no chão, encostada na porta. Sentiu a presença dele, e sua respiração fi