Capítulo 48: O Teste dos SentimentosAurora bloonsonÀ beira da piscina, o silêncio era quase incômodo, quebrado apenas pelas folhagens balançando com o vento.Eu ainda sentia o peso das minhas palavras, daquela confissão que, de alguma forma, pareceu ser a única forma de mantê-lo são. Saber que ele tinha tentado... aquilo... foi um choque. Nunca imaginei que o Sr. Westwood pudesse chegar a esse ponto.Eu não sabia o que pensar. Será que, pelo fato de eu ter me recusado a abrir a porta para ele, ele se sentiu magoado ao ponto de tentar se matar? Isso não era drástico demais?Eu estava achando tão divertido o fato de ele me obedecer quando estava sonâmbulo que não cheguei a imaginar o quanto ele parecia um pobre coitado nessa situação. Não sei como um homem com todas as qualidades que tem chegou a esse estado.Ele continua com os braços em volta de mim, e agora seu queixo está apoiado sobre minha cabeça. Suspiro aliviada e, de forma deliberada, o abraço ainda mais forte. Tudo bem... eu
Capítulo 49: O Jogo PerigosoQuando ele deu um passo a frente, fiquei paralisada, meu coração batendo descontroladamente. As palavras que tinha dito ecoavam em minha cabeça, eu dei liberdade a Andrews para fazer o que quiser, e eu me odiava por tê-las dito.Deus... por que eu sou assim? Por que continuo fazendo isso, sabendo que ele me odeia e pode ate me matar? Eu murmurava para mim mesma, com um nó no estômago, me sentindo ainda mais perdida. Eu sabia que estava prestes a cometer um erro, mas algo dentro de mim me impelia a continuar.Foi então que a atmosfera no quarto mudou, a presença de Andrews, que estava a uma distância considerável, de repente parecia se aproximar de mim de forma implacável.Não tive tempo de reagir antes de sentir o calor do corpo dele contra o meu. As mãos dele, firmes e determinadas, correram pelo meu quadril, apertando minha cintura e me puxando para mais perto.Eu mal tive tempo de respirar antes que ele me virasse com facilidade, me deitando sobre a ca
Part.2 Entre o Ódio e o Dever— Ele precisa de alguém que o entenda, que o proteja quando está vulnerável — disse Rodrigo, aproximando-se de mim com uma expressão mais séria, quase sombria. — Eu sei que você e ele têm uma história que começou complicada, mas ele precisa de ajuda.Ele sempre foi uma alma perdida. Eu o observei, sem saber o que dizer. Rodrigo suspirou e se dirigiu até a janela de vidro, olhando para o jardim escuro.— Andrews tem depressão profunda — ele falou de forma simples, mas as palavras carregavam um peso imenso. — E não é algo recente. Quando ele perdeu alguém importante, quando Janete fez algo terrível... algo que ele nunca conseguiu superar. A culpa que ele carrega... tudo isso o destrói aos poucos. Janete acabou com a vida dele simplesmente por acreditar que ele não poderia lhe dar a vida que ela queria. Você saberá os detalhes quando chegar a hora. Não precisa sentir pena de Andrews.Meu coração apertou ao ouvir aquelas palavras. Eu nunca imaginara que o hom
Cap. 50: Se eu tomar o remédio?— Sim, supostamente, se ele está demonstrando afeto por você nessa situação, é porque esse deve ser o desejo interior dele, já que Andrews está sempre vestindo uma personalidade que não é dele. — Ele fez uma pausa, antes de acrescentar suavemente: — Eu sei que você está perdida agora, mas talvez... talvez isso tudo faça mais sentido quando ele começar a se tratar e se sentir seguro para confiar em você.Fiquei em silêncio, minha mente cheia de perguntas sem respostas. Eu estava distante, mas ao mesmo tempo, algo dentro de mim começava a ceder. Como poderia odiar Andrews agora? Como poderia afastar-me
Cap. 51: Resistência ou loucura?Seus gritos tinham chamado a atenção da maioria das pessoas da casa. Andrews, que ainda estava no quarto dormindo, acordou abruptamente. Os gritos não eram tão claros, mas eram algo tão incomum que seu cérebro o fez despertar. Ele se impulsionou a sair correndo, com Jacy imediatamente atrás dele, saindo do quarto ao mesmo tempo. No andar de baixo, Rodrigo e Donovan, que tinham acabado de acordar, já estavam saindo.Quando chegaram ao jardim, encontraram Aurora no centro do espaço, encolhida, os braços abraçando os joelhos enquanto soluçava, gritando em angústia. Ela estava completamente desfeita, seu corpo tremia como um bambu ao vento.Andrews parou por um momento, observando Aurora. Por alguns segundos, percebeu sua expressão como se ela estivesse perdida, sem ter ideia do que estava fazendo.— Por que ela está assim de novo? — ele se perguntou, lembrando-se do dia em que ela brigou com ele
Cap. 52. Entre Dívidas e Sentimentos— Exatamente, não existem sentimentos entre nós. Não estava brigando por causa disso ainda agora? — ele perguntou com frieza, sem expressar nenhum sentimento.Aurora baixou a cabeça e, em seguida, começou a chorar silenciosamente.— Então por que me beijou...? — ela soluçou, e ele riu desconcertado.— Você deve mesmo ter roubado meus remédios. Não faça mais isso ou vai se prejudicar! — ele a alertou.As pernas dela fraquejaram, e ele a segurou antes que caísse.— Aurora... — ele sussurrou, a voz falhando.Ele se aproximou e, sem saber exatamente o que fazer, a conduziu de volta para a cama. Deitou-a com cuidado, seus olhos atentos a cada detalhe dela.Ela fechou os olhos, finalmente se entregando ao sono.Ele
53: O Peso das Palavras— Você está me enrolando, Aurora — a voz impaciente de sua tia soou do outro lado da linha. — Eu preciso do dinheiro, soube que você conseguiu que enviassem uma quantia enorme para o tratamento de sua mãe. O que você está fazendo para aquela família imunda? Está junto com eles agora? Sua mãe avisou tanto para que você não fosse procurá-los!Aurora fechou os olhos, pressionando os dedos contra a têmpora, sentindo a irritação subir.— Eu levo amanhã. — Sua voz saiu fria, firme, sem espaço para discussão.— Aurora!Antes que a tia pudesse retrucar, ela encerrou a ligação e deixou o aparelho cair sobre a cama. Seu olhar caiu sobre o envelope grosso que Andrews havia deixado ali, como se o dinheiro fosse um fardo sem importância pa
54: invisível em seu carro.Após examinar Aurora, o profissional fez exatamente o que Rodrigo pediu e depois se retirou, sem conseguir encarar Andrews com a mesma confiança. Assim que a porta se fechou, Andrews cruzou os braços e lançou um olhar frio para Rodrigo.— Eu vou trocar de médico. — avisou, lançando um rápido olhar para Aurora, que agora dormia tranquila.Rodrigo arqueou as sobrancelhas, surpreso.— Por quê?Andrews estreitou os olhos.— Porque você o usou para mentir.— Como assim? — Rodrigo franziu a testa.— Eu já sabia que ela está assim por causa dos meus remédios. — disse Andrews, seco. — Ainda assim, eu precisava de um diagnóstico sério. E se ela tivesse uma convulsão? Você sequer pensou nas consequênc