123 A justiça que eu precisava

Ela cambaleou para frente, como se a terra tivesse sido retirada debaixo de seus pés.

A mulher que antes estava cheia de graça e sorrisos agora estava em pânico, incapaz de manter a compostura.

Ela desabou no chão, a expressão de um ser humano completamente derrotado, sua máscara de perfeição quebrada em pedaços.

E eu só pude sentir um prazer amargo, um triunfo por finalmente fazer justiça.

Agora, todos veriam quem ela realmente era.

Com um movimento brusco, tomei o microfone.

Minha voz saiu cortante e cheia de desprezo:

— Doutora Fernanda Foley, você acha que poderia me enganar, não é? Acha que poderia me fazer de tolo e esconder sua maldita traição por todo esse tempo? Eu sabia que algo estava errado, sabia desde o começo, mas você não pensou que eu teria coragem de expor tudo, não é?

Ela olhou para mim, os olhos inchados de raiva e medo.

Tentou se levantar, mas as pernas tremiam como se a dor do que estava acontecendo a tivesse paralisado.

Eu não sentia um pingo de pena,
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