128 A Ausência

O hospital sempre foi meu refúgio.

Um lugar onde a racionalidade prevalecia, onde eu podia me perder em exames, diagnósticos e cirurgias, afastando-me de tudo que parecia incontrolável.

Mas agora, caminhar pelos corredores não era mais um alívio.

Cada rosto familiar, cada som das máquinas, cada passo ecoava o vazio que ela deixou.

Alby.

Eu nunca soube como alguém podia preencher tanto espaço até que ela não estivesse mais nele.

Antes, meu apartamento era apenas um lugar onde eu descansava entre turnos.

Hoje, era um mausoléu de memórias — dela, de nós, do que nunca dissemos e do que jamais teremos a chance de viver.

Entrei na sala de descanso do hospital, onde a luz fria contrastava com o calor abafado do ambiente.

Poderia ter um quarto só para mim, mas sempre me permitir estar aqui para a necessidade de alguma emergência ou algo mais.

Meus colegas conversavam sobre casos difíceis e procedimentos desafiadores, mas eu mal conseguia ouvir.

Meu trabalho, que antes me preench
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