120 Engolindo cacos de vidro

A tarde no outlet havia sido divertida até aquele momento.

Charles e eu estávamos debatendo qual sapato seria mais confortável para eu enfrentar um dia com as crianças, enquanto ele insistia que eu precisava de algo mais “fashion”.

Mas então, do nada, ele parou.

A cor fugiu de seu rosto como água descendo pelo ralo.

Segui seu olhar e vi o motivo.

Uma mulher alta, com uma elegância calculada, ria ao lado de um homem que parecia ter saído direto de um editorial de moda.

Não precisava de palavras para entender: era ela.

A ex.

Instintivamente, alcancei a mão de Charles e a segurei firme.

Ele precisava saber que não estava sozinho.

Quando nossos dedos se entrelaçaram, senti sua tensão diminuir apenas um pouco, mas ainda assim ele parecia petrificado.

A mulher virou e nos viu.

Por um breve instante, seu sorriso permaneceu.

No entanto, ao notar nossas mãos unidas, ele morreu tão rápido quanto havia surgido.

Seu olhar tornou-se frio, mas, de alguma maneira, havia algo mais al
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