LukeMais tarde, a caminho de casa, parei na lanchonete e comprei um sanduíche para viagem. Após efetuar o pagamento, peguei o meu pedido e caminhei em direção ao carro no estacionamento, perguntando-me onde Eva estaria.— E aí, seu merda!Parei e virei-me para trás. Michael Tiff estava parado atrás de mim, segurando um taco de beisebol nas mãos e com o peito estufado, cheio de arrogância. O seu rosto ainda estava bem-marcado pelos socos que lhe dei.— Falou comigo? — Dei dois passos na sua direção.— E tem outro merda por aqui?— Só estou vendo você. — Sorri com cinismo.— Se acha o engraçadinho, não é? Vou te arrebentar hoje, babaca! — Aproximou encarando-me de queixo erguido, dando leves batidas com a ponta do taco na palma da mão esquerda.— Vai para casa, garoto. Ou terá que explicar outra mentira para o seu pai quando chegar com a cara arrebentada novamente. Aliás... o que disse para ele? Pensei que o xerife Tiff me faria uma visita, mas não fez. O que inventou? Uma tentativa de
Luke— É claro que eu quero você, Eva.— Então arranca a minha roupa e me beija! Viva esse momento comigo. — Passou os seus braços por meu pescoço e colou as nossas testas, respirando fundo. — Eu quero você. Quero você, Luke, não vê isso? Seja qual for o medo, que sei que está sentindo, não tenha. Vai ser bom, você verá.— Não tenho camisinhas aqui comigo, Eva. Precisamos nos cuidar.— Eu tenho. Comprei algumas ontem à tarde na farmácia.Sorri.Eva estava certa. Sabia que seria bom, por que temer? Ela não me parecia alguém que dali três meses iria se arrepender de ter se envolvido comigo.Respirei fundo e beijei-a. Foi a minha vez de demonstrar a minha urgência por ela. Eva gemeu baixinho nos meus lábios e entranhou uma das suas mãos nos meus cabelos da nuca, puxando-os com um pouco de força. Subi as minhas mãos por baixo da sua blusa, surpreendendo-me ao tocar os seus seios de tamanho certo para minhas mãos. Eles estavam desnudos de um sutiã. Levantei-me, segurando-a firme no meu colo
Eva Luke sorriu docemente e me beijou com amor. Vagarosamente, penetrou-me deslizando indo fundo. Gemi manhosa com a sensação prazerosa que ainda não conhecia.— Ah, Eva... Você é tão gostosa — falou com a voz rouca de tesão no meu ouvido. — Se doer, por favor... me fale. Eu paro. — Vi um pouco de hesitação nos seus olhos.— Você não vai me machucar, Luke. Está tudo bem.Ele beijou-me outra vez e começou a movimentar-se. Gradativamente as suas investidas aumentaram contra mim. Luke gemia alto, encarando-me. Era delicioso desfrutar do mais intenso prazer com quem se amava, olho no olho. Sorrisos brotaram nos nossos lábios.— Suba mais as suas pernas.Atendi ao seu pedido, subindo-as acima da sua cintura. Luke penetrou-me em uma velocidade maior, indo mais fundo e fazendo-me gritar de excitação, arranhando as suas costas e enterrando a cabeça para trás no travesseiro. Ele beijou o meu pescoço deixando leves mordidinhas, fazendo-me arrepiar por inteira.— Me beija... — pedi ofegante, sen
EvaLuke olhou para mim e continuou com o carinho que fazia na minha cabeça.— Esse tempo todo era você quem eu sempre procurei.Sorri emocionada.— Eu amo você, Luke. — Contornei a sua mandíbula linda com a ponta do meu dedo indicador.— Eu também amo você, Eva. Sempre amei.— Mas não como mulher — disse entristecida.— Antes não, mas agora sim.Ele virou-se de lado e beijou-me, ficando por cima do meu corpo. Abracei o seu quadril com as minhas pernas e esfreguei-me nele. O clima estava esquentando outra vez quando escutamos o carro dos meus pais chegarem, parando à frente da garagem.— Merda! — murmurou entredentes, levantando-se em um pulo.— Ainda nem são meia-noite, faltam vinte minutos — disse olhando as horas no relógio que ficava sobre a mesa de cabeceira, antes de saltar para fora da cama.Luke se vestiu rapidamente e eu peguei o primeiro vestido que vi pela frente, enfiando-o no meu corpo pela cabeça. Descemos a escada correndo e quando pisamos na sala, a porta da frente foi
LukeDeixamos a minha sala rindo e nos encontramos com Arthur conversando com a minha secretária.— Luke! Estava mesmo precisando falar com você, rapaz. — Sorriu falsamente e olhou para Eva, congelando o sorriso. — Eva? O que faz aqui? O que fez com o cabelo?— Eu cortei. Gostou? — perguntou toda sorridente.— Não! Está parecendo uma... — interrompeu, engolindo em seco.“Parecendo o quê, Arthur? A minha Eva está linda!”— Qual é o próximo passo? Uma tatuagem? — perguntou nervoso.Eva me olhou com um sorrisinho e depois tornou a encarar o pai.— Foi só uma mudança no cabelo, pai. Ele cresce de novo.— A sua mãe sabe disso? Ela já viu? — Apontou para os cabelos dela.— Sim. Foi ela quem me convidou para ir ao salão. Ela está linda também. Então, pai... quando a vir hoje, diga a ela que está bonita.Arthur manteve-se calado e sério. O clima começou a pesar. Isso era algo que estava acontecendo com frequência entre os dois nos últimos três anos, desde que Eva finalmente enxergou as traiçõ
Eva Limpa. Era assim que me sentia após a nossa primeira transa. Eu estava limpa outra vez. Estar com Luke me fez sentir eu mesma novamente e, enfim, feliz de verdade. Rezava para que nós fôssemos eternos. Desejava isso com todo o meu coração.Ele havia tirado de mim toda a sensação ruim que ainda sentia. Toda a lembrança dos toques brutos e do aperto da mão grande do Michael no meu corpo. Os meus ouvidos não ouviam mais a frase fria sussurrada: “Você quer?! Estou sentindo que quer!”.Por dias e noites duvidava de mim mesma, perguntando-me se dei motivos ou se fui culpada. Mas entendi que a resposta para ambos os questionamentos era: não! Eu não era culpada. Mas ainda tinha medo de denunciá-lo.Até aquele sábado, no meu quarto, eu tinha uma nuvem negra que pairava sobre mim, fazendo-me chorar todas as noites antes de dormir.Na noite anterior ao Quatro de Julho, pedi aos meus pais para me deixar ir. A minha mãe disse: “Fale com o seu pai”. Enquanto ele disse o mesmo: “Fale com a sua
EvaApós comprar o presente do meu pai, peguei um táxi e fui para casa. Ao descer, o carro do Luke estacionou alguns metros à frente. O táxi se foi e eu caminhei até o seu carro, parando próximo. Luke saiu e deu a volta pela frente, vindo até mim.— Eu preciso saber se a gente está bem.— Nós estamos bem, Luke. Mas você precisa pedir desculpa para aquela mulher, mesmo sabendo que ela pode não o perdoar.— Eu sei. Vou falar com ela, prometo. Mas preciso ter certeza se nós estamos bem. — Segurou o meu rosto entre as suas mãos e com os polegares acariciou as minhas bochechas.— Já disse que estamos bem. Foi só uma discussão. Casais se desentendem, não é? — Sorri fraco.— Sim. — Respirou fundo e beijou a minha testa. — Eu vejo você esta noite?— Hoje não. Vou sair com algumas amigas.— Quer que eu leve você?— Não precisa. Vou dirigindo. Te aviso quando chegar em casa.— Está bem. — Selou os meus lábios com um beijo carinhoso.Entrei em casa e encontrei a minha mãe falando ao telefone, na
Luke — Já estava com saudade — disse ao atender o celular.— Luke... — Eva chamou-me baixinho. A sua voz estava trêmula.Escutei-a chorar do outro lado da chamada e sentei-me em um pulo na cama, com o coração acelerado.— O que aconteceu? Onde você está? — Levantei-me passando as mãos pelos cabelos, agoniado.— No estacionamento do Marlon's Pop. Michael veio até aqui — contou, chorando.— Se aquele infeliz tiver tocado em um fio de cabelo seu, eu o mato! — falei irado, entredentes.— Eu posso ir para aí? Não quero entrar em casa chorando.— Ele já se foi?— Sim.— Fique onde está. Chego em dez minutos.— Está bem.Troquei de roupa rapidamente, enquanto aguardava pelo táxi que pedi com urgência. Como prometido, em dez minutos eu estava lá. Só havia o carro da Eva parado no estacionamento escuro. Neguei com a cabeça a situação de perigo que ela se encontrava.Quando me viu aproximar, destravou as portas e entrei. Eva se jogou nos meus braços e chorou com o rosto enterrado no meu pescoç