— Querida Bárbara, eu sei que quando receber esta carta, você deve estar querendo diversas respostas, eu sei que você e Pedro devem estar sentindo uma dor imensa no coração de vocês, eu não queria partir tão cedo e muito menos de uma para outra, eu não sei quando e quais foram a circunstância da minha morte, mas faz um ano que eu sinto que esse momento poderia chegar a qualquer momento, por isso eu escrevi essa carta, assim como outras que irão chegar até você, elas estão com uma pessoa que eu confio muito e para ter certeza que essas cartas chegaria até você, eu deixei com uma pessoa que você não conhece, mas que em breve irá entrar em contato com você e te dar a resposta de todas as suas dúvidas, por isso eu peço que não conte a ninguém sobre essa e as outras cartas que irá r
Segurando aquela carta nas mãos e chorando muito, porque não conseguia segurar a emoção de ler as suas palavras, era sua letra e só ele conseguiria escrever essas palavras. No primeiro momento eu só sabia chorar, eu lia e relia aquela carta e era como se eu escutasse ele falando em meu ouvido, era como se ele tivesse do meu lado.— Eu vou te amar para sempre também — eu falo chorando e soluçando — Você é e sempre será, o único amor da minha vida — coloco a minha cabeça na mesa deixando que as lágrimas caíssem naquela carta.Eu tinha certeza agora que na noite da festa, Paulo me preparava para sua morte, porque ele sabia que algo iria acontecer, mas o que iria acontecer? O que ele sabia? O que ele tinha feito? O que ele tinha?
Eu me sento em uma cadeira na sala de espera do consultório do doutor Fernando e não tinha ninguém ali, apenas eu. Era uma sala de espera pequena com três cadeiras e alguns livros. Eu tinha chegado vinte minutos antes do meu horário, eu não tinha dormido a noite toda, tinha passado o tempo todo lendo e relendo a carta, cada palavra, cada detalhe que ele fez, seus pontos de interrogação, os corações no final das linhas com o BP escrito dentro.— Bárbara, bom dia – Fernando fala abrindo a porta do seu consultório — É bom ver você aqui.— Bom dia, doutor Fernando — falo dando um leve sorriso e apertando a sua mão, entro dentro do seu consultório, colocando a minha bolsa em cima de uma pequena mesa ao lado da poltro
Eu saio do consultório e vou no parque que eu e Paulo sempre caminhamos, a natureza aqui era linda de mais, a última vez que caminhamos por aqui foi um dia antes da sua morte e lembro como se fosse agora. Naquele dia a gente desceu do carro, entrelaçou as nossas mãos e começamos a nossa caminhada, paramos na beirada do lago vendo os patos nadarem ali, tinha uma mãe pata com tantos filhotinhos que tentavam subir uma rampa para sair do lago e os filhotinhos não tinham força, Paulo se aproximou ajudando-os a subirem, depois disso continuamos a nossa caminhada que terminou em pipoca doce em plena 8h30 da manhã.Todas as pessoas que a gente encontrou durante o nosso percurso, continuavam aqui caminhando, eu encontrava todos e me cumprimentavam surpresos de me ver ali, com certeza se não sabia da morte de Paulo, perguntavam a si mesmos: cad&ec
Capítulo 28Ele me encara.— Sim existe o fundo sim! — ele fala — Está aberto e bastante abastecido.— E por que não foi aprovado o orçamento, que ela enviou? — eu pergunto.— Eu estava esperando para falar com você — ele fala.— Então pode aprovar tanto esse, como o orçamento que Marcos vai entregar para você — eu falo.— Eu achei que por ser empresas diferentes, não sairia daqui — ele fala — Por isso acabei me confundindo.— Sai sim —
Assim que os dois saem da minha sala, eu começo a entrar em desespero. No começo realmente eu achei que Pietro estava preocupado com os cofres da empresa, com o fato dela poder falir, mas depois de ver o nervosismo de ambos quando falei sobre a contabilidade, eu percebi que tinha algo a mais.Eu me sento na cadeira tentando encontrar alguma coisa nos e-mails, que Paulo poderia ter trocado com alguém e encontro um, que ele tinha mandado a um escritório de advocacia marcando um encontro com eles um mês antes da sua morte, eu anoto o nome e o endereço que tinha no escritório.Quando me levanto e pego a minha bolsa eu vejo o envelope que Aline me entregou, sento de novo na mesa e quando abro, era mais uma carta de Paulo, eu cheiro aquele envelope e passo a mão pela sua letra escrita nela, antes mesmo de abrir e
Eu tento mais uma vez contato com o médico de Paulo, mas ele não me responde, então eu procuro na internet sobre a clínica dele e logo consigo o contato, pego o meu celular, mas resolvo ir lá pessoalmente.Saio do meu escritório, encontrando Aline conversando com Marcos e ela estava nervosa.— Tudo bem? — eu pergunto me aproximando e ela leva um susto.— Tudo sim, senhora Bárbara — ela fala me olhando e eu a encaro.— Tem certeza? — eu pergunto — Estou sentindo você nervosa nos últimos dias.— Ela só está nervosa com a coleção — Marcos fala — Assim como todos n
Sentamo-nos na mesa e pedimos o nosso café.— Eu sei que você não está trabalhando — eu falo antes dele me dizer qualquer coisa — Mas no momento, você é a única pessoa que eu posso confiar sem ter medo.— Pode falar — ele fala.— Eu recebi outra carta — eu falo tirando da minha bolsa — E nesta carta, ele me pede para enviar toda a contabilidade para uma avaliação, algo que eu acabei fazendo, antes mesmo de abrir a carta — ele me olha pegando a carta — Após meu cunhado, que eu coloquei como Ceo da empresa junto do advogado, questionar sobre umas retiradas que Paulo fez, então eu enviei para uma avaliação, só que eu fui até a clínica do médico do Paulo e ele está viajando, só que eu consegui uma relação das vezes que Paulo foi se consultar com ele, uma vez por semana n
Eu estou sentada ao lado de Fernando, enquanto o seu primo Artur Peregrine analisa todos os documentos que entreguei para ele.— Me diz que consigo revogar eles — eu falo.— Consegue! — ele fala — Mas terá que entrar em uma batalha judicial.— Como? — pergunto — Eles me disseram, que eu poderia revogar… — ele me interrompe.— Você pode revogar e tem todo o direito disso — ele fala — Principalmente se Fernando fizer um diagnóstico, falando que no momento que você assinou, estava passando por um momento difícil após a morte do seu marido, qualquer juiz aceitaria a revogação, mas isso poderia demorar alguns dias ou até semanas.