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 O homem à minha frente é gigantesco, uma montanha de músculos.

"Será que ele está envolvido na lavagem de dinheiro do irmão? Ou a imobiliária é só fachada para negócios mais sujos? É isso que estou aqui para descobrir."

A música troca para uma batida ainda mais intensa, dificultando qualquer conversa. O loiro aproveita o momento e me convida:

— Vamos dançar?

Avalio rapidamente. Preciso passar despercebida, ser apenas mais uma convidada comum. Atrair a atenção de Rafael agora seria arriscado, mas parecer entrosada na festa é essencial.

— Tudo bem.

Fecho os olhos por um instante, tentando relaxar, e deixo meu corpo acompanhar a batida da música. A pista está cheia, os passos rápidos e os risos misturam-se à vibração elétrica do ambiente. De tempos em tempos, lanço um olhar discreto em direção à mesa de Rafael. Ele parece absorto na conversa, gesticulando de forma moderada, como quem expõe um argumento importante.

Suspiro, voltando minha atenção à dança, enquanto o loiro ao meu lado me observa com um sorriso cada vez mais convencido. Retribuo com um sorriso breve, sem intenção de dar margem a mais nada.

É então que meus olhos encontram Leandro Almeida. Ele está na pista, dançando com uma mulher morena e alta, que sorri para ele como se o mundo tivesse parado ali. Nossos olhares se cruzam, e meu coração acelera. A intensidade nos olhos dele me desconcerta, e viro as costas antes que ele leia algo mais.

Dou mais uma olhada em Rafael. Ele se levantou. Meu peito aperta, e sinto a necessidade urgente de não perder seus movimentos. Ele está indo em direção ao banheiro.

— Vou parar um pouco. — Digo ao loiro, já me afastando antes que ele tenha tempo de responder.

Enquanto atravesso a pista cheia, tropeço em corpos suados que se movem no ritmo frenético. Pretendo ficar perto dos toaletes e se possível chamar atenção de Rafael Souza.

Estou quase alcançando meu objetivo quando dou de encontro ao peito duro de alguém. O impacto é tão forte que quase caio, mas mãos firmes seguram meus braços antes que eu perca o equilíbrio.

Levanto os olhos e encontro o olhar mais fascinante que já vi. Mesmo com a luminosidade fraca, dá para notar os olhos verdes cristalino que me observam de perto, carregados de intensidade.

O homem à minha frente é gigantesco, uma montanha de músculos. Barba por fazer, cabelo castanho claro desgrenhado da mesma cor dos meus. Seus braços tatuados parecem narrar histórias inteiras em cada desenho.

— Olha por onde anda, garota. Se eu não te segurasse, cairia no chão como manga madura — Sua voz é grave, quase um trovão que reverbera no peito.

Por alguns instantes, fico completamente perdida, piscando confusa diante daquele "urso" que me encara com um sorriso no canto da boca. Ele exala força, perigo, e algo irresistível que faz minha pele arrepiar.

Dou um sorriso sem graça, tentando sair daquela aura sufocante que ele cria ao meu redor.

— Hein, aonde vai com tanta pressa, princesinha? — Ele pergunta, segurando meu braço com firmeza, como se não tivesse a menor intenção de me deixar ir.

Tento me recompor, o coração ainda disparado.

— Estou acompanhada. Com licença.

Ele gargalha, uma risada profunda e carregada de virilidade.

— Acompanhada? Aquele playboyzinho com quem você estava dançando? Não me faça rir.

Minha pele esquenta, e meu olhar endurece.

— Não que seja da sua conta, mas apenas fui gentil e dancei com ele.

— Hum, uma garota de bom coração. Dançando com um homem só por gentileza? E por que não usa esse bom coração comigo também? — Ele se inclina, sua presença tomando todo o espaço ao meu redor. — Só uma dança. Não quero arranjar briga com seu “amigo”.

Olho rapidamente para o banheiro e percebo que Rafael ainda não voltou. O "urso" à minha frente sorri, como se soubesse que já me venceu.

— Tudo bem. Mas pare de me chamar de princesinha.

— Gosto disso. — Ele diz, me puxando para a pista com um sorriso predatório.

A batida do funk muda para algo mais envolvente, e o corpo dele se move com uma habilidade que não combina com seu tamanho bruto. Ele me conduz como se o mundo ao nosso redor tivesse parado, e, por mais que eu tente evitar, meu corpo responde àquele magnetismo avassalador.

Meus pensamentos gritam para focar no plano, mas, por um momento, estou perdida na energia avassaladora daquele homem que exala sensualidade.

Nada se compara com as minhas experiências anteriores. Posso sentir o puro magnetismo que sinto por esse homem das cavernas.

Rio nos ombros dele, achando incrível isso.

—Está rindo de mim ou para mim?

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