Helena HarrisPrendo a respiração e seguro firme na mão da enfermeira que estava ali como meu apoio. Quando a dor passa consigo relaxar. — Vamos conseguir amor, era meu desejo estar segurando a sua mão, mas essa panterinha tinha outros planos. — Vejo Petter sair do carro e correr em direção ao avião. — Estou indo, seja valente assim como sempre foi. Concordo com a cabeça e vejo sua ligação cair, olho para a enfermeira que tenta ligar novamente, mas é em vão. Acho que ele já deve ter decolado. — Helena você está com oito centímetros, mas já sinto a cabecinha da Charlie, na próxima quero que empurre. — Olho assustada para o celular e não via o meu marido ali. — Não podemos esperar, ele está vindo… — Pergunto para Rebeca que estava entre minhas pernas. Seguro a mão da enfermeira e deixo um grito de dor sair. Céus é como se estivesse sendo partida ao meio. Olho para Rebeca, ela estava com um sorriso no rosto. — Isso, filha, está quase lá. — Nesse momento não a corrijo. Quero apenas
Helena LiraMinha festa estava maravilhosa, esperava apenas por Tanaka, para que tudo estivesse perfeito, hoje havia programado de depois da festa, ter um momento com ele. Estava pronta para me entregar ao homem que amava e sabia que ele iria fazer o meu tão sonhado pedido de casamento.Mas algo aconteceu, ele terminou, não dei chances de explicar, porque não havia explicação para nada do que ele estava fazendo comigo.Apenas fui…Não olhei para trás, nem me expliquei para ninguém.Sair da minha própria festa sem rumo, com esse vestido me apertando, não foi a melhor de todas as ideias, o coitado do taxista não sabia o que me falar, chorava desesperadamente deitada no banco de trás enquanto sentia o carro se movimentando sem rumo.Como pude ser tão boba, achar que ele realmente fosse me fazer a sua esposa, não sou uma deles, meu único elo com esse mundo sombrio é a Laís e nada mais que isso.Mesmo achando que a tia Carol jamais deixaria que ele fizesse algo que fosse me deixar magoada.
Petter Harris Desde o dia que sai atrás dela por que tivemos a infeliz ideia de interferir no relacionamento dela com o Tanaka me sinto o maior cretino que existe e não posso negar que a Helena é uma mulher linda, a vi crescendo ao lado do alvo do meu amigo Henrique estava tão fudido quanto eu, não podia negar isso a mim mesmo. Mas diferente dele, não tinha uma vingança me cegando, assim como a nossa amiga Faína achava que ele deveria usar o casamento para poder se vingar, mas era de conhecimento de todos que o Henrique acabará cedendo ao sentimento que ele não quer aceitar, mesmo estando na cara dele que está apaixonado por seu alvo. Saber que estaria novamente com aquela morena com os cabelos cacheados até a cintura estava me enlouquecendo, sabia que não iria suportar ficar tão próximo dela e não tocar. Mesmo não sendo irmã de sangue do Henrique, ela era tão importante quanto, sei que se a magoar ele me mata com uma puta tortura. Ainda sinto o remorso me corroendo por ela sentir
Petter HarrisChegar na casa da Helena, me trouxe diversas preocupações, principalmente quando notei que a Laís estava mais eufórica do que imaginava, enquanto Helena estava com o mesmo olhar tristonho e podia notar que ela se esforçava para que seus pais não percebessem que ela estava atuando.Estou tão acostumado com as fotos que recebo da vigilância que coloquei sobre ela que consigo perceber o seu humor pelo olhar. Ver as duas se despedindo dos pais da Helena me deu a chance de mandar mensagem para o Henrique e todos os nossos amigos avisando que já estávamos saindo da casa dos Lira. No mesmo instante chegam as notificações deles afirmando que estarão a postos assim que avisar.O mochilão da Laís estava programado para ser por quinze dias, passaríamos em cinco países e terminaríamos na Alemanha, entregando ela na casa da avó em Berlim. Tivemos sorte que ela escolheu justamente o período que o irmão dela Matheus teria a sua primeira missão.O que deixaria os olhos dos pais dela foc
Helena LiraNosso voo foi muito, muito, muito longo, no meio da viagem resolvi pegar meu tablet e começar a olhar algumas das minhas matérias para o próximo semestre, Laís decidiu fazer faculdade de turismo já que não queria seguir os passos da mãe que foi uma enfermeira e nem de CEO como o tio Bruno, mas ela estava quase dando orgulho para a tia Bonnie que durante muitos anos administra o museu que ela tanto ama.Vejo que terei umas matérias, bem complicada. Diferente da minha amiga, seguirei os passos do meu pai, com o tio Augusto e a tia Vanessa, eles me treinarão com a Alisson para assumir a empresa deles.Já que o Henrique, reviro os olhos só de me lembrar dele.Bom o Henrique por motivos óbvios não assumirá a empresa que eles tanto se empenharam em fazer crescer e a transformar no que é hoje.Estou olhando as matérias e fazendo algumas anotações em um bloquinho, vejo quando o Petter sentar na minha frente, ele tira o fone do ouvido e afrouxa um pouco a sua gravata, ele realmente
Helena Lira Depois do nosso passeio resolvemos ir descansar um pouco, a Laís ficou no seu quarto, resolvi ir me refrescar um pouco, estava uma tarde quente e me sentia um pouquinho pegajosa do calor, entrei no meu quarto e fechei a porta, comecei tirar toda a minha roupa e coloquei em um cesto, entrei no box e deixei correr a água fria para melhorar meu calor, do nada ouço um tossida na porta me assustando, o que me fez desequilibrar e cair de bunda no chão. — Que merda está fazendo dentro do meu banheiro, Petter? — Olho na direção do Petter e tento esconder a minha nudez com as mãos. Fiquei assustada vendo que ele estava ali no meu banheiro, ele virou o rosto na outra direção e me entregou a toalha que estava sobre a pia, a peguei numa velocidade que o assustei e me cobri com ela. — Vim te chamar para passear, assim podemos conversar um pouco mais, o que acha? — Não estou me sentindo a vontade ainda sentada no chão. — Pode me dar licença para poder terminar o meu banho? — Ele e
Petter HarrisEstar ao lado da Helena a cada dia que estamos nesse mochilão está me tirando a paz, a cada mensagem que mando para meus amigos tenho que aguentar eles curtindo com a minha infelicidade de estar próximo e tão distante ao mesmo tempo.Ainda me sinto responsável pelo período que ela mais sofreu. Ouvir pelo Henrique o quanto ela estava afundada na depressão recebendo os cuidados de seus pais e, ao mesmo tempo, a preocupação em como eles fariam para que ela voltasse para a faculdade em poucas semanas.Por isso coloquei alguém para cuidar dela a distância, pedi para que a filha de um dos nossos soldados se aproximasse dela em Harvard e por outros olhos acompanhava a sua tristeza, mas agora com ela ao meu lado, diariamente a via o se esforçando em se divertir e achar algo interessante ao lado da Laís.Mas só passei a entender os motivos de que ela estava aqui no dia que a Laís me chamou para conversar um pouco mais afastado dela.— Ela continua deprimida, Petter, sei que foi v
Helena LiraAcordo e a raiva que estava na hora que entrei naquela maldita van me domina novamente, ignoro a puta dor de cabeça que estava sentindo, sabia que não devia ter aceitado a ideia de participar do mochilão com a Laís, que loucura é essa dela não aceitar as merdas dos seguranças, mas me deixa só olhar para a cara da minha melhor amiga, provavelmente após saber que ela está bem, acertarei um belo soco em seu lindo rosto.Tento levantar da cama e uma tontura me atinge, olho para o lado e percebo que estou em algum prédio e possivelmente devo estar nos últimos andares, respiro fundo e encontro um equilíbrio meio duvidoso, caminho e me aproximo da janela de vidro, acho que devo estar no meio do prédio e tenho a leve impressão que estou no mesmo prédio onde o Henrique tem um apartamento.Me afasto do vidro gelado que estava me deixando com frio e olho ao redor do quarto, percebo a minha mala depositada em um sofá encostado na parede, caminho até lá meio tonta e me ajoelho, procuro