Helena Lira
Depois do nosso passeio resolvemos ir descansar um pouco, a Laís ficou no seu quarto, resolvi ir me refrescar um pouco, estava uma tarde quente e me sentia um pouquinho pegajosa do calor, entrei no meu quarto e fechei a porta, comecei tirar toda a minha roupa e coloquei em um cesto, entrei no box e deixei correr a água fria para melhorar meu calor, do nada ouço um tossida na porta me assustando, o que me fez desequilibrar e cair de bunda no chão.
— Que merda está fazendo dentro do meu banheiro, Petter? — Olho na direção do Petter e tento esconder a minha nudez com as mãos.
Fiquei assustada vendo que ele estava ali no meu banheiro, ele virou o rosto na outra direção e me entregou a toalha que estava sobre a pia, a peguei numa velocidade que o assustei e me cobri com ela.
— Vim te chamar para passear, assim podemos conversar um pouco mais, o que acha? — Não estou me sentindo a vontade ainda sentada no chão.
— Pode me dar licença para poder terminar o meu banho? — Ele estica a mão na minha frente e me ajuda a ficar de pé.
Percebia o desejo ali no seu olhar, me aproximei um pouco mais do seu corpo, ver que ele estava me desejando e faltavam alguns poucos centímetros para sentir os seus lábios nos meus fez com que meu coração começasse a bater, mas rápido que asas de um beija-flor.
Antes que me aproximasse dos seus lábios, o vejo sair devagar do banheiro sem falar nada, volto a tomar meu banho. Um sentimento familiar começou a tomar a minha cabeça, me recordando quando o Tanaka apenas me disse que não poderíamos mais ficar juntos.
Olhar a reação do Petter em apenas sair do banheiro sem falar nada me trouxe as lembranças da noite do meu fatídico aniversário. Termino o meu banho e noto que a minha roupa estava na minha cama, passo a toalha pelo meu corpo e enrolo outra em meus cabelos, quando abro a porta me surpreendo em vê-lo ainda ali.
Caminho até a minha mala, tentando não olhar para o homem sentado na ponta da cama, me abaixo na frente da mala que estava ao lado da cama e pego o vestidinho rosa bebê com elástico no meu busto, assim consigo ficar sem sutiã, escolho uma lingerie e volto para o banheiro, quase correndo.
Sinto meus pensamentos caóticos tentando entender o que estava acontecendo com o homem lá fora. Olho para o espelho e vejo uma garota insegura e cheia de dúvidas e medos em sua cabeça, respiro fundo e decido encarar o que estava me esperando do lado de fora.
Começo a me arrumar lá dentro, penteio o meu cabelo e faço um coque com ele, volto para o quarto e observo que Petter já estava deitado na minha cama, com a camisa aberta até a metade e sem sapatos, estava a com o aspecto de despreocupado, com os braços atrás da cabeça, crio coragem e subo na cama do lado oposto onde ele estava, fico de frente para ele sentada sobre minhas pernas.
— Você é linda sabia? — Ele diz assim que fico de frente para ele.
— Petter, não quero sair, estou cansada e queria realmente só descansar, se quiser podemos ficar aqui assistir a um filme. — Digo cansada.
— Tudo bem, acho melhor ficarmos aqui então. — Ele diz com um sorriso no rosto.
— O que quer conversar comigo? — Sinto a sua mão na minha cintura, o vejo mordendo o lábio inferior.
Sou surpreendida quando ele me puxa em sua direção e me deita na cama ao seu lado, com um movimento rápido ele entra em meio as minhas pernas, seus olhos de azul ficaram escuros com o tesão que surgiu entre nos dois.
Passo as mãos por seus ombros largos e conseguia sentir a tensão na musculatura que tinha ali, percebo que gosto daquilo e deixo que um sorriso surja em meu rosto, empurro um pouco o tecido e toco em sua pele quente.
— Por isso te chamei para ir passear, não conseguirei resistir, se ficarmos aqui com você vestida assim… — Seus olhos estavam cravados nos meus lábios e os meus no dele.
— Então não resista… — Sussurro e fecho meus olhos, me entregando a seus toques.
Seus beijos começam a me relaxar, nossas respirações revelavam o desejo latente que havia entre nos dois, sua mão puxou o tecido do meu vestido para baixo revelando meus seios, meus mamilos estavam rígidos com o tesão, segurei em seu cabelo tentando controlar o calor que sentia entre as pernas, começo a gemer entre as chupadas que ele dava entre um mamilo e outro, sua mão grande estava na minha cintura começou puxar o tecido que estava amarrotado nas minhas coxas para cima, procurando uma abertura para achar a minha calcinha, o desejo que ele me deixasse nua e me desse prazer quase me tirou o juízo, precisava contar…
Meu corpo ficou tenso quando o seu dedo alcançou a pele sensível que desejava e estava implorando por algum contato para amenizar o desconforto que estava sentindo.
— Petter. — Minha voz saiu embargada de prazer, ele riu e me olhou nos olhos — Preciso contar a você que sou… eu… sabe… — As palavras me fugiam e estava completamente constrangida tentando falar para ele que nunca estive com um homem.
— Que é virgem? — Concordo com a cabeça, e o sorriso de satisfação dele é maior ainda. — Então princesa vamos parar aqui, pode não ser o seu mundo, mas ele é o meu e quero fazer as coisas direito. — Ele começa arrumar minha roupa e me beija com ternura.
Ele se deita ao meu lado e tento recuperar o fôlego enquanto ele volta a cobrir meus seios com meu vestido, aproveito e vou para o seu ombro e como continuo sentindo um fogo que não entendo, jogo a minha perna por cima da dele e sinto a sua ereção, ele sorri e mantêm a minha coxa ali, em cima da ereção que parecia procurar alívio de alguma forma.
Nos olhos estavam conectados, procurando explicações para tudo o que acabei de sentir com ele, via Petter sempre com o Henrique e tudo o que ele deixou claro aqui nessa cama, não é apenas algo de momento.
— Por muito tempo te via apenas como uma menininha, fui treinado para ser obediente ao seu irmão, então fiz o meu melhor para tentar ficar longe… — Ele me fala e percebo a sua sinceridade.
Ouço enquanto ele me conta como foram os anos de treinamento dele com o Henrique e como ele veio parar com a Laís, fico rindo na maioria das coisas que ele diz.
— Mas quando você e o Henrique brigaram ficou mais complicado de te ver, quando você fez seus 15 anos e seus pais deram a festa e nós fomos… — Franzo a testa, porque o Henrique não foi a minha festa.
— Quero dizer ficamos escondidos, te achei tão linda e a desejei para mim, mas você era só uma menina e estava namorando o Tanaka, senti tanto ciúmes quando vi ele te entregando aquele anel de compromisso na frente de todos. — Ele respira fundo e se vira na minha direção.
— Não podia estar tendo esse tipo de pensamento, então pedi ao seu irmão que não me mantivesse mais perto de você, mas tudo saiu errado quando fui solicitado para ficar com a Laís. — Seguro em seu rosto e puxo para um beijo.
— Petter porque não se declarou antes, digo, depois do que aconteceu. — Penso na possibilidade.
— Porque você estava machucada, Helena, e sendo sincero, não queria ser estepe, quero que me ame, a mim. — percebo o quanto acabei de ser egoísta.
Conversamos por um bom tempo e trocamos vários beijos até que somos interrompidos pelo telefone dele, pelo visto algo deve ter acontecido.
— Princesa pode ir lá acordar a senhorita Laís, tenho um assunto para tratar com ela. — Nos levantamos e tento me arrumar o melhor possível.
Mas ele não me dá tempo de sair do quarto, sinto suas mãos em meu corpo e me imprensa na porta do quarto, com um impulso ele me ergue do chão, trocamos um beijo quente e cheio de desejo, a vontade de tirar a roupa renasce.
— Petter o desejo está grande, quero me entregar a você… — Seu sorriso é lindo, ele continua a beijar o meu pescoço e sussurra no meu ouvido.
— Logo a farei minha, que Deus me ajude e seu irmão não me mate… — Ele ri em meu pescoço.
Finjo que não entendi o que me diz, ele deixa que meus pés toquem ao chão e debaixo de seu olhar atento arrumo a minha roupa e antes que saia do quarto ele me rouba outro beijo, o que foi o suficiente para me trazer felicidade. Caminho para o quarto da minha amiga, conversamos um pouco sobre o que acabou de conhecer.
Enquanto a Laís entra no banheiro para lavar o rosto, sou surpreendida com o Henrique entrando no quarto, deixo que a minha raiva dele seja perceptível, mas quando ia trocar algumas acusações o Petter me leva de volta para a minha suíte.
Olhar para aquele homem que até ainda pouco estava me enchendo de beijos e dizendo querer me fazer a sua mulher me deixa confusa, havia um pedido de desculpas em seus olhos, enquanto me puxava para dentro do quarto.
— Arruma as suas coisas, estamos saindo agora! — Olho para ele sem entender.
O vejo andando pelo quarto e pegando todos os meus pertences e colocando tudo na minha mochila, ele não falava nada, apenas colocava as coisas na mala e deixava separada a minha caixinha de joias.
— O que está acontecendo? — Pergunto ficando cada vez mais aflita.
Ele tenta não demonstrar, mas vejo que ele não parecia mais a vontade com algo que estava fazendo, continuava parada na entrada do meu quarto olhando para tudo que ele começou a arrumar. Petter se aproxima e segura meu rosto com as duas mãos e meus olhos começam a criar lágrimas, sinto medo do que está acontecendo.
— Eu, apenas obedeço ordens do seu irmão Helena, sinto muito por isso mesmo, então por favor apenas o obedeça e depois conversem! — Respiro fundo e decido pôr o tolo dos meus sentimentos em uma caixa.
Uma raiva enorme sobe pelo meu peito, tenho vontade de matar os dois nesse momento, tenho a sensação que uma coisa grande está para acontecer, esses dois e principalmente o Petter pode ter certeza que não terão de uma pessoa nada dócil.
Aprendi com toda a família Alcântara e Spanos que temos que fazer eles acreditarem que sou uma pessoa dócil, assim como a Laís também fui treinada para diversas situações. Saímos do quarto e olho para a porta da suíte da minha amiga havia homens do lado de fora, sinto o Petter colocando a mão na base das minhas costas, ele me leva para a entrada do hotel.
Havia um carro nos aguardando, entro no carro e me sento em um dos lugares, quando ia dar um tapa na cara do Petter, a dor de uma agulhada atinge meu braço e tudo começa a ficar escuro.
Petter HarrisEstar ao lado da Helena a cada dia que estamos nesse mochilão está me tirando a paz, a cada mensagem que mando para meus amigos tenho que aguentar eles curtindo com a minha infelicidade de estar próximo e tão distante ao mesmo tempo.Ainda me sinto responsável pelo período que ela mais sofreu. Ouvir pelo Henrique o quanto ela estava afundada na depressão recebendo os cuidados de seus pais e, ao mesmo tempo, a preocupação em como eles fariam para que ela voltasse para a faculdade em poucas semanas.Por isso coloquei alguém para cuidar dela a distância, pedi para que a filha de um dos nossos soldados se aproximasse dela em Harvard e por outros olhos acompanhava a sua tristeza, mas agora com ela ao meu lado, diariamente a via o se esforçando em se divertir e achar algo interessante ao lado da Laís.Mas só passei a entender os motivos de que ela estava aqui no dia que a Laís me chamou para conversar um pouco mais afastado dela.— Ela continua deprimida, Petter, sei que foi v
Helena LiraAcordo e a raiva que estava na hora que entrei naquela maldita van me domina novamente, ignoro a puta dor de cabeça que estava sentindo, sabia que não devia ter aceitado a ideia de participar do mochilão com a Laís, que loucura é essa dela não aceitar as merdas dos seguranças, mas me deixa só olhar para a cara da minha melhor amiga, provavelmente após saber que ela está bem, acertarei um belo soco em seu lindo rosto.Tento levantar da cama e uma tontura me atinge, olho para o lado e percebo que estou em algum prédio e possivelmente devo estar nos últimos andares, respiro fundo e encontro um equilíbrio meio duvidoso, caminho e me aproximo da janela de vidro, acho que devo estar no meio do prédio e tenho a leve impressão que estou no mesmo prédio onde o Henrique tem um apartamento.Me afasto do vidro gelado que estava me deixando com frio e olho ao redor do quarto, percebo a minha mala depositada em um sofá encostado na parede, caminho até lá meio tonta e me ajoelho, procuro
Helena Lira Estou tão abismada com a situação que apenas me deixo cair no sofá enquanto ele termina de recolher os vidros pelo chão, me sinto uma idiota, agora me aproximo dele e recolho alguns cacos. — Petter? — Mantenho a cabeça baixa, enquanto meus pensamentos começam a criar os cenários para explicar o motivo de estarmos aqui. — Henrique planeja matar a Laís? — Pergunto com medo de ouvir a resposta. Percebo quando ele chega mais próximo de mim e tira os vidros da minha mão, ergue meu rosto e seus olhos azuis parecem mais sinceros do que já vi nos últimos dias. — Não, porque o Henrique se apaixonou pela sua pequena Esmeralda. — Solto uma lufada de ar e sorrio para ele. — Quando éramos mais novas, uma vez ela disse que se ela não fosse tão mais jovem que ele, ela poderia considerar namorar o chefe da máfia novaiorquina. — Começo a rir. — Sinto muito que as coisas aconteceram dessa forma, mas as mudanças de plano só ocorreram depois que já estavam na van, então por hora teremos
Petter HarrisCéus, estou ferrado com essa mulher, como o humor dela muda mais rápido que um raio?Saio do quarto antes que ela saia do banheiro e consiga realmente me matar, caminho pelo corredor e vejo no espelho que meu rosto estava cheio de hematomas, provavelmente ela conseguiu quebrar o meu nariz, toco e sinto o latejar, com certeza não vou precisar levar um surra para provar a ninguém que também estive com elas em algum cativeiro.Um calafrio percorre minha coluna e borbulha em minha barriga, a sensação de desconforto com a dor que estou sentindo por todo o meu corpo. Porque essa mulher tem uma mão pesada. Preciso falar com o Henrique, vou levá-la para a casa de campo, tenho certeza que será muito mais fácil para ela me perdoar lá, do que aqui. Sem contar que não corro o risco de que ela me jogue aqui de cima.Ainda tenho esperança que essa seja a nossa casa, gosto da vista privilegiada para o Central Park, sem contar que a proximidade com o Henrique é ótimo, facilita muito a
Petter HarrisSe ele não estivesse tão cego naquela época, poderia ter pedido ela em casamento e não estaria vivendo nessa confusão agora.Me afasto dele e volto a sentar no sofá enquanto Henrique vai até o seu quarto. Meus sentimentos pela Helena não são tão recentes, a ver amadurecer mesmo que a distância, era como se, no fundo, a esperasse estar pronta para mim.Minha mente começa a vagar entre todos os pontos de nossa história.Vê-la tão linda no dia de sua festa, aqueceu o meu peito, mesmo sabendo que ela não estava tão linda daquele jeito para mim, a ver usando joias que provavelmente foi Tanaka que deu me entristeceu naquela noite. Ouvia as preocupações dos meus amigos enquanto tentava manter a postura na frente de todos, escondendo os meus sentimentos de cada que estava ali.Afinal sou o conselheiro do chefe da máfia da América, é esperado que me case com alguma das herdeiras de outras casa para consolidar as alianças e firmar a minha lealdade. Tenho sorte que até hoje Henriqu
Helena LiraOuço quando o Petter saio do quarto, decido ficar mais algum tempo ali sentada no chão encostada contra a porta, minha cabeça estava tão confusão, não fazia ideia do que possa fazer agora, a única coisa que sei é que esse dois não irão nos machucar.Fico um bom tempo no banheiro e saio para o closet que percebi estar organizado, abro algumas roupas e noto que eram femininas, a raiva que até ainda pouco que estava sobre controle me domina novamente quando percebo que não eram as minhas roupas.Retiro um conjunto de tricô azul-escuro e percebo que ainda estavam com as etiquetas, passo a mãos por todas as peças…— São novas. — Digo quando vejo as etiquetas em cada uma.Abro mais ainda as portas do closet e todas as minhas roupas que levei para o mochilão estavam ali, guardadas com cuidado e separadas por cor, provavelmente obra de Abigail pela organização.Caminho até o fundo do closet e abro as portas escuras, uma luz se acende e o perfume do Petter invade minhas narinas, to
Helena LiraRetiro tudo o que estava vestindo, visto um conjunto preto de renda que coube perfeitamente em meu corpo, olho no espelho e fico satisfeita em como fiquei linda usando o tom preto, vou até a parte das camisas de do Petter e pego uma, sinto o seu perfume nela e sinto uma felicidade que não sei explicar, mas é algo novo. Algo que nem mesmo com o Tanaka consegui sentir, tento não pensar nele agora, pelo menos não nesse momento. Está na hora de experimentar outras sensações. Passo meus braços pelas mangas da camisa e a deixo aberta, saio do closet praticamente correndo. Mal havia subido na cama, ouço a porta sendo aberta. Perceber o olhar cheio de luxúria do Petter fez com que o meu desejo por aquele homem aumentasse ainda mais, o vejo incerto do que fazer, quando ele se vira para ir em direção ao closet percebo que já havia uma ereção ali. — Petter? — Chamo a sua atenção, principalmente por que o quero daquele jeito. — Sente-se. Ele parece em dúvida ao que pedi, mas algo
Petter HarrisComo poderia sentir raiva dessa mulher em cima da minha cama, tenho a sensação que ela tem a capacidade de destruir o que chamo de coração.Somente ela tem conseguido fazer com que sinta algo bom nessa vida que levamos, é difícil encontrar uma mulher em nosso meio, uma que entenda e aceite tudo o que fazemos em nossos negócios.Mesmo que sempre tenha sentindo algo pela Helena, nunca pensei que poderia realmente encontrar um pouco de luz no meio dessa podridão onde estou imerso.Não tenho mais vontade e tão pouco desejo em manter distância da mulher seminua que me olha com desejo, que anseia por meu toque e principalmente me exige a verdade.Como posso negar qualquer coisa para a pequena que vive guardada no íntimo do meu coração, escondida de qualquer um que possa usar a informação da mulher que amo contra mim.Sentia o meu peito trepidar com os meus batimentos, sem falar na minha ereção que já se tornou extremamente desconfortável, o resquício de lucidez se esvaiu quand